sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Cabral defende legalização do jogo no Brasil


16/12/2010 16h36 - Atualizado em 16/12/2010 17h25

Cabral defende legalização do jogo no Brasil

Governador do Rio defendeu o controle da atividade nesta quinta.
Câmara dos Deputados rejeitou projeto que legalizava bingos na terça. 

Do G1 RJ
Sérgio Cabral defendeu a legalização do jogo no paísSérgio Cabral defendeu a legalização do jogo no
país (Foto: Marino Azevedo/ Divulgação Governo do
Rio)
O governador do Rio, Sérgio Cabral,  defendeu nesta quinta-feira (16) a legalização do jogo. Na terça-feira (14), a Câmara dos Deputados rejeitou o projeto que legalizava os bingos no Brasil. Segundo Cabral, apenas "é preciso ter um controle" do jogo.
"O Congresso Nacional acabou de derrubar o bingo, mas muitos países têm o jogo legalizado. Quando o jogo passa a ser ilegal ninguém ganha," disse o governador.
O governador participava de um evento de entrega de veículos às instituições beneficentes e às prefeituras do Estado do Rio de Janeiro. O evento aconteceu antes dacerimônia de diplomação do governador, vice, deputados e senadores no Theatro Municipal.
Câmara dos Deputados
O bingo está proibido no Brasil desde 2004 após escândalos relacionados à exploração do jogo. Na votação na Câmara, foram 212 votos contrários à legalização, 144 a favor e 5 abstenções.

Regimentalmente, ainda há a possibilidade de deputados "ressuscitarem" o projeto, trazendo de volta ao plenário o texto original ou ainda substitutivos aprovados em comissões. Politicamente, porém, essa possibilidade é pequena –o projeto até já foi retirado da pauta de votações desta noite após a derrota dos defensores dos jogos na votação.
Aborto
Também na terça-feira, Cabral defendeu a ampliação dos casos em que a interrupção da gravidez é permitida. Ele disse que a atual legislação sobre aborto no país é uma “vergonha” e afirmou que há "hipocrisia" sobre o tema. Atualmente, apenas mulheres vítimas de estupro e que correm risco de morte podem obter autorização judicial para fazer um aborto.
“O Brasil está dando certo, é aprofundar a democracia, vamos aprofundar a liberdade de imprensa, aprofundar a vida como ela é, discutir os temas que têm que ser discutidos. O aborto, por exemplo, foi muito mal abordado na campanha eleitoral. Será que está correto um milhão de mulheres todo ano fazerem o aborto, talvez mais, em que situação, de que maneira? Não vamos enfrentar, então está bom. Então o policial na esquina leva a graninha dele, o médico lá topa fazer o aborto, a gente engravida uma moça – eu não porque já fiz vasectomia e sou bem casado – mas engravidou... Quem é que aqui não teve uma namoradinha que teve que abortar?”, questionou o governador.

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