Antes de tornar-se, em 1994, o primeiro presidente negro eleito na África do Sul, Mandela liderou o Umkhonto we Sizwe (Lança da Nação), braço armado do partido político Congresso Nacional Africano, que, em 1961, deu início a uma série de ações de guerrilha contra o regime sul-africano. Até então, Mandela defendia a luta pacífica, mas o Massacre de Sharpeville, quando a polícia matou 61 jovens negros, fez o líder negro mudar de ideia. Ele foi acusado de 193 atentados e cumpriu 27 anos de sua pena, a prisão perpétua, sendo libertado em 1990. Nos quatro anos seguintes, Mandela recebeu mais de 250 prêmios e dedicou-se a promover a reconciliação entre negros e brancos, enquanto construiu seu caminho para a presidência. Na África do Sul, os líderes políticos e a população em geral referem-se a ele como "Madiba", título honorário e carinhoso dado aos anciãos do seu clã. Mandela é tido como pé quente no esporte sul-africano. Em 1996, apareceu vestindo a camisa da seleção local antes da vitória inédita dos Bafanas na Copa Africana de Nações. Um ano antes, foi à final da Copa do Mundo de Rúgbi vestindo a camisa verde e dourada dos Springboks, a seleção nacional de rúgbi, com o número 6, do capitão François Pienaar, estampado nas costas. Novamente, vitória dos sul-africanos. Sua presença na abertura e no encerramento da Copa do Mundo aliviará uma das maiores preocupações dos organizadores do evento, que chegaram a dizer que o Mundial da África não seria o mesmo sem a aparição do prêmio Nobel da Paz e líder da luta anti-apartheid, de 91 anos. Reclusão. Mandela retirou-se da vida pública em 2004 e abriu uma rara exceção em sua agenda reclusa apenas na véspera da última eleição presidencial, no ano passado, quando participou de uma reunião de apoio ao seu colega de partido e presidente eleito, Jacob Zuma. Na ocasião, os africanos celebraram 20 anos de sua libertação. Como a agenda do líder negro é mantida em sigilo por razões de segurança, seus compromissos são confirmados com o mínimo de antecedência, razão pela qual a presença de Mandela na Copa ainda não foi anunciada por ele mesmo ou por seus assessores diretos. http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100604/not_imp561429,0.phpLíder negro foi do terrorismo ao Nobel da Paz
Por trás do sorriso plácido do ex-presidente, de 91 anos, há um passado de guerrilheiro[br]e prisioneiro político
O homem que, hoje, é unanimemente considerado um dos símbolos da paz e da reconciliação racial passou quase 30 anos preso em Robben Island, juntamente com outros líderes negros, acusado de sabotagem e terrorismo contra o regime branco.
terça-feira, 8 de junho de 2010
Líder negro foi do terrorismo ao Nobel da Paz
04 de junho de 2010 | 0h 00
Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 21:16
Marcadores: Discriminação, Notícias, Política
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