10-03-2010 17:00
São Tomé e Príncipe
Alda Espírito Santo "foi uma espécie de mãe da pátria" Pires Laranjeira
Coimbra - A poetisa Alda Espírito Santo, falecida terça feira, "foi uma espécie de mãe da pátria são-tomense" e desde muito cedo denunciou a condição da mulher africana, afirmou hoje (quarta-feira) o professor universitário Pires Laranjeira, citado pela Lusa.
"Foi uma das primeiras mulheres africanas a escrever sobre a sua condição feminina, de negra, colonizada" no espaço de língua portuguesa, salientou, acrescentando que a sua obra é uma "poesia de combate, nacionalista".
O especialista em literaturas africanas lusófonas na Faculdade de Letras de Coimbra referiu que já aos 21 anos, no texto "Mundo Negro", publicado a 16 de janeiro de 1948 em A Voz de São Tomé escrevia: "O negro vive e sente como nenhum povo de outra raça. Não é inferior. 'É que não existem povos inferiores, mas inferiorizados".
Segundo Pires Laranjeira, Alda Espírito Santo fez parte da denominada "geração de 50", a par de outros intelectuais como Amílcar Cabral, Agostinho Neto, Viriato da Cruz e Marcelino dos Santos, entre outros.
"Era uma mulher com grande consideração em todo o espaço da língua portuguesa", foi presidente da Assembleia Nacional de São Tomé e Príncipe após a independência e foi uma figura muito empenhada na cultura, tendo presidido à União dos Escritores do seu país.
Pires Laranjeira, dada a importância desta poetisa de São Tomé e Príncipe, tinha escolhido precisamente o texto "Mundo Negro" para trabalhar na próxima sexta feira num seminário de mestrado e doutoramento na Faculdade de Letras de Coimbra.
Alda do Espírito Santo faleceu terça feira em Luanda, Angola, aos 83 anos, e ao seu funeral comparecerá o escritor angolano Luandino Vieira, que reside em Portugal, adiantou o professor universitário.
http://www.portalangop.co.ao/motix/pt_pt/noticias/africa/2010/2/10/Alda-Espirito-Santo-foi-uma-especie-mae-patria-Pires-Laranjeira,c07a1827-df4b-4d57-af7c-9a51abd21485.html
segunda-feira, 15 de março de 2010
Alda Espírito Santo "foi uma espécie de mãe da pátria" Pires Laranjeira
Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 21:58
Marcadores: Discriminação, Notícias, Política
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