quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Requião volta a usar a TV para falar de homossexualidade: 'Vocês não me verão dançando durante um desfile gay'

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Polêmica

Publicada em 03/11/2009 às 18h00m
Gazeta do Povo; O Globo
CURITIBA E RIO - O governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), que na semana passada causou polêmica ao relacionar, durante programa na TV Educativa paranaense, a ocorrência de câncer de mama em homens a passeatas gays, usou o mesmo o espaço nesta terça-feira para falar de políticas públicas voltadas para as minorias. Durante o programa, Requião afirmou que o governo desenvolve ações voltadas para a diversidade como "uma aposta a favor da evolução", mas fez questão de ressaltar.

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Muito provavelmente, vocês (espectadores) não me verão dançando durante um desfile gay
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- Muito provavelmente, vocês (espectadores) não me verão dançando durante um desfile gay.

No domingo, a declaração polêmica foi alvo de críticas do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e do governador do Rio, Sérgio Cabral, que participaram da 14ª Parada do Orgulho Gay do Rio . ( Leia mais: Rio é eleito melhor destino gay do mundo entre seis cidades )

- Preconceito dá câncer, faz mal à saúde e pode matar - disse Minc, na ocasião.

- Eu lamento, não há nada mais nojento do que o preconceito. Lamento que haja político atrasado dessa maneira - completou Cabral.

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O auditório está vazio porque o pessoal ainda está voltando do Rio, onde houve passeata (gay) no fim de semana
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Sem citar as críticas, Requião lembrou o evento no Rio, ao comentar o baixo quórum no auditório, onde foi gravado o programa.

- O (Carlos) Moreira (secretário de gabinete) me informou que o auditório está vazio porque o pessoal ainda está voltando do Rio de Janeiro, onde houve passeata (gay) no fim de semana - disse.

Segundo Requião, a intolerância contra minorias sexuais está ligada à cultura da sociedade e que dificilmente pode ser batida de frente.

O secretário especial de Assuntos Estratégicos, Nizan Pereira, falou no programa sobre a criação de núcleos e programas especiais voltados às comunidades quilombolas, indígenas e LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros).

Embora o governo não tenha aberto espaço para falas do movimento LGBT, Pereira fez questão de citar a presença de Igo Martini e Andrielly Vogue, representantes das minorias, na plateia. O secretário também brincou durante a fala, pedindo ao governador que deixe de chamá-lo de Dr. Negrão.

- Se não vão dizer que o senhor é racista - explicou.

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