quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Ex-presidente Carter diz que racismo está por trás dos ataques a Obama

Ex-presidente Carter diz que racismo está por trás dos ataques a Obama

16/09 - 06:37 - EFE

EFE - v1

Washington - O ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter assegura que o racismo está por trás do ataque do legislador republicano Joe Wilson ao atual presidente, Barack Obama, ao que chamou mentiroso, assim como de outras muitas críticas da oposição que recebeu nos últimos dias.

"Acho que uma arrasador maioria da grande animosidade demonstrada contra o presidente Barack Obama se baseia no fato de que é um homem negro", disse Carter em entrevista emitida ontem à noite pela cadeia "NBC".

Em referência às palavras de Wilson, Carter assegurou que se tratou de um comentário "ruim" que faz parte de um "sentimento inerente" que têm muitos americanos, particularmente do sul, que os afro-americanos "não estão qualificados para dirigir este grande país".

Wilson, republicano pela Carolina do Sul, gritou "O senhor mente!" a Obama durante seu discurso sobre a reforma do sistema saúde perante uma sessão conjunta do Congresso na quarta-feira passada, quando o líder assegurava que a reforma não cobriria aos imigrantes ilegais.

"Essa inclinação pelo racismo ainda existe", assegurou o ex-presidente Carter, que qualificou esse fato de "abominável" antes de assegurar que se sentia "triste" e "profundamente preocupado".

Em qualquer caso, Obama será capaz de "triunfar sobre as atitudes racistas, que são a base do negativo ambiente que vimos nos últimos dias", acrescentou Carter sobre as numerosas críticas recebidas pelo atual presidente, que se encontra imerso na reforma do sistema sanitário dos EUA.

A Câmara de Representantes aprovou ontem uma resolução que condena a conduta de Wilson, que se negou a pedir desculpas perante o Legislativo.

Por 240 votos a favor e 179 contra, os legisladores aprovaram a resolução, que é o castigo mais leve que a Câmara Baixa pode dar a um de seus membros.

O congressista se negou a pedir perdão por sua conduta no plenário da Câmara Baixa por considerar que bastava a desculpa que ofereceu em privado à Casa Branca.




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