quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Batidão liberado: Alerj aprova as Leis do Funk

Batidão liberado: Alerj aprova as Leis do Funk
Deputados põem fim a restrições a bailes e a raves, que precisavam de autorização da polícia

Rio - Com as galerias da Assembleia Legislativa lotadas, os deputados aprovaram ontem à noite, por unanimidade, as leis que definem o funk como movimento da cultura popular e permitem a realização de bailes nas favelas do estado sem prévia autorização da Secretaria Estadual de Segurança. A permissão também vale para festas rave. Os textos seguem agora para sanção do governador Sérgio Cabral, que tem 15 dias para dar o seu parecer.


“Não há dúvida de que são as maiores conquistas da História do batidão. Somos agentes culturais, e não marginais”, desabafa MC Leonardo, 34 anos, presidente da Associação de Profissionais e Amigos do Funk (Apafunk). Os deputados Marcelo Freixo (PSOL) e Wagner Montes (PDT), autores do projeto que torna o funk movimento popular, esperam que o governo assegure as manifestações, como festas, bailes e reuniões, sem interferência ou regras discriminatórias.

Assim que terminou a votação, 300 pessoas saíram em carreata até o Circo Voador, na Lapa, ao som de funk, para comemorar. “Essa Casa corrigiu um erro, graças à população, à massa funkeira”, afirmou Freixo, que, com o deputado Paulo Melo, assinou o projeto da revogação das restrições.

“O samba sofreu a mesma discriminação no século passado, quando era tido como música de vagabundo”, comparou Jorge Pigmeu, produtor musical. “Criminoso cria crime, funkeiro cria música. Não somos criminosos”, definiu. Segundo ele, há meses em que organiza até 100 eventos. Segundo a Fundação Getúlio Vargas, o funk movimenta por mês R$ 10,6 milhões no Grande Rio, gerando 10 mil empregos.


http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2009/9/batidao_liberado_alerj_aprova_as_leis_do_funk_32767.html

0 comentários: