sábado, 4 de julho de 2009

Alvará De Funcionamento é emitido para o Terreiro de Pai Flávio De Yansan


Religião
Intolerância Religiosa

A Casa de Axé está REGULAMENTADA!
Fechados? Nunca!
Impedidos, por um ato caracterizado com a mais violenta manifestação de Intolerância Religiosa, só perdendo para o Terreiro de Salvador, demolido por tratores, da Iyalorixá Rosinha de Oyá. Assim foi ‘o encerramento das atividades religiosas’ do Ilê Alaketú Axé Egbé Oyá Ogun: impedidos por estar inserido há, 24 anos, num bairro caracterizado estritamente residencial.
Num país, onde a desigualdade social, o descumprimento de Leis – através de interpretações manipuladas e dentenciosas-, e a injustiça imperam de forma impiedosa, não há dúvida que a “qualidade, competência e a capacitação” de advogados sejam imprescindíveis para a sustentabilidade da democracia. Estamos falando do Brasil, uma imensa Pátria, onde poucos gozam de UMA JUSTIÇA CEGA E IMPARCIAL.
Em nosso caso especificamente, a ação e objetividade dos advogados Prof. Dr. Hédio Silva Junior (Ex- Secretário de Justiça e Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo) e Dr. Anivaldo dos Anjos Filho (Assessor Jurídico do NAFRO-PM/SP) foram determinantes para um resultado justo e recheado de legalidade. Para isso, a necessidade destes profissionais, promotores da justiça, em dominarem a Lei, através de cansativos estudos e precisa interpretação da legislação, demonstraram que o Poder Público não pode ser arbitrário e impiedoso com seus munícipes.
Nosso templo, depois de anos de embate, foi finalmente relugalarizado, conseguindo a exigência máxima: o ALVARÁ DE FUNCIONAMENTO, que até então, era negado, pois o Terreiro – espaço sagrado e sacralizado para cultos africanos , tinha-o constantemente negado, sob a alegação de que o Bairro era estritamente residencial, a famosa ZER, estabelecida pela Lei Municipal nº13.885 de 25 de Agosto de 2004, portanto não permitia a existência de Templos. Isso sem falar nas inúmeras Igrejas de outros cultos existentes na região.
O atual Sub-Prefeito da Vila Mariana, Maurício de Oliveira Pinterich, que além de receptivo, colocou à disposição do processo, toda a sua equipe jurídica, que finalmente reconheceu o ERRO JURÍDICO cometido por administradores anteriores, pressionados por fanáticos da região e, por falsas denúncias (anônimas - o que é pior).
A participação do Vereador Paulistano José Luiz de França Penna (PV), através de sua assessoria, foi fundamental na articulação em aproximar PODER PÚBLICO X ADVOGADOS.
BINGO!
A COMUNIDADE DE ORIXÁ venceu!
A vitória emocionou a CASA DE OXUMARÊ, da qual Pai Flavio de Yansan é filho. Fez o Babalorixá Pecê de Oxumarê chorar e, também foi motivo de centenas de e-mails de parabenizações, vindos de todo Brasil, do Exterior, e inclusive de Políticos.
A alegria se deu, não só pela LEGALIZAÇÃO de um Terreiro, mas pela resistência ao esquema de perseguição, preconceito e discriminação contra o CULTO DOS DEUSES AFRICANOS, que em outras palavras, é caracterizado como RACISMO. É vitória sobre a INTOLERÃNCIA RELIGIOSA, que vem massacrando Terreiros em todo o País. É vitória do Negro e sua Cultura. É vitória do AXÉ. É vitória de Oyá/Yansan. São os “oxés” de Xangô, sobre a injustiça. É o veneno da Cobra de Oxumarê, contra os intolerantes. São as ÁGUAS DE OXALÁ lavando a sujeira humana dos preconceituosos.
E como mensagem fica que, TODAS AS PESSOAS, OU TERREIROS QUE ESTEJAM PASSANDO POR SITUAÇÕES SEMELHANTES, que primeiramente apelem para bons advogados, resistam à guerra moral e psicológica, ignorem as especulações e fofocas, persistam em suas ideologias e que creiam em seus Orixás. É como se tem dito: ATÉ OXALÁ VAI À GUERRA, desta vez junto com Oyá. Epahey!
Autor:
A Gaxéta

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