03/ 05/ 2007 - casa do estudante
Governo e UnB acompanham inquérito
Entidades reuniram-se com superintendente da PF nesta
quinta-feira, 3 de maio. Investigações continuam por mais 30 dias
CAMILA RABELO
Repórter da UnB Agência
Cláudio Reis/UnB Agência
Janete ressalta que é papel do governo acompanhar o caso
As investigações sobre o incêndio criminoso na Casa do Estudante Universitário (CEU) da Universidade de Brasília (UnB) – que atingiu três apartamentos de africanos em 28 de março – foram tema de reunião entre representantes do governo federal, Universidade de Brasília (UnB) e Polícia Federal (PF) na quinta-feira, 3 de maio. Realizado na Câmara Federal, na sala da Comissão dos Direitos Humanos e Minoria, o encontro teve o intuito de buscar esclarecimentos sobre o andamento do processo. “É um caso internacional. Cabe ao governo monitorar as providências”, afirma a deputada federal, Janete Pietá.
Cláudio Reis/UnB Agência
Valquiria afirma que as investigações da PF continuarão por mais 30 dias
Segunda a superintendente da PF, Valquiria Souza Teixeira de Andrade, a perspectiva é que as investigações sejam encerradas em 30 dias. “Cumprimos pela manhã mandado judicial de busca e apreensão em nove unidades do local”, diz a superintendente. Ela informa que a operação teve a finalidade de encontrar novas provas e indícios. A partir dos resultados, os possíveis culpados serão indiciados. Até o mandado, as ações da Polícia Federal concentraram-se no recolhimento de indícios e dos depoimentos de moradores da CEU. “Temos vestígios e procuramos prova. Não podemos ser levianos”, afirma.
Daiane Souza/UnB Agência
Mulholland revela que sindicância da UnB será prorrogada por mais 30 dias
O reitor da UnB, Timothy Mulholland, relata que a instituição criou uma comissão interna para apurar o ocorrido, em funcionamento há quase um mês. “Estamos ouvindo as pessoas envolvidas no fato. Mas ainda ninguém foi indiciado”, diz. Segundo ele, a comissão já pediu extensão dos prazos para mais 30 dias. Sobre os africanos atingidos no atentando, ele informa que todos já retornaram ao CEU, após a reforma dos apartamentos. O local está com segurança redobrada.
Cláudio Reis/UnB Agência
Silva questiona o foco do inquérito, centrado nos danos ao patrimônio e não no racismo
QUESTÃO RACIAL - O ouvidor da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Luiz Fernando Martins da Silva, preocupa-se quanto ao foco das investigações, mais voltada à questão do patrimônio que racismo e xenofobia. Membro da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Ivair Santos, acrescenta a importância do Núcleo de Enfrentamento à Discriminação do Ministério Público do Distrito Federal (MP/DF) e demais órgãos aptos para tratar da questão racial também acompanharem o processo.
"Desde o primeiro momento, a polícia aborda o patrimônio, mas estamos preocupados com a violação dos direitos humanos", ressalta Santos. Valquiria esclarece que o envolvimento da PF justifica-se pelo fato ter ocorrido em uma instituição pública federal, a UnB. No entanto, o interesse da entidade é buscar autoria e intenção. "O delegado a frente das investigações não está se esquivando de verificar o animus (intenção) do delinqüente. Quando se chega à autoria, chega-se também aos motivos que levaram a violência”, explica. Segundo ela, a PF está em comunicação com a MP/DF.
Matéria: CAMILA RABELO (Repórter da UnB Agência). Cláudio Reis (UnB Agência). Publicado no site Secretaria de Comunicação Social da UnB. Clique aqui para ler
sexta-feira, 2 de maio de 2008
Casa do Estudante:Governo e UnB acompanham inquérito
Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 22:28
Marcadores: Luiz na Mídia
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