sábado, 12 de dezembro de 2009

Governo cubano rejeita acusações de racismo de líderes negros dos EUA

4/12 - 16:28 - EFE



Havana, 4 dez (EFE).- O Governo de Cuba afirmou hoje que são "falaciosas" as acusações de racismo feitas nesta semana por aproximadamente 60 líderes e intelectuais americanos negros contra a ilha
.

Um comunicado distribuído por veículos de comunicação oficiais afirma que as acusações são "delirantes". Os dirigentes negros disseram que, em Cuba, ainda persiste um "insensível desprezo" e que há restrição das liberdades civis "por razões de raça".

O comunicado, assinado por oito funcionários e intelectuais ligados ao Governo de Havana, afirma que os críticos americanos tentaram impor "uma imagem distorcida da sociedade cubana contemporânea", apoiados pelos "círculos políticos mais intolerantes e pelos veículos de comunicação mais poderosos".

O documento destaca ainda que, com as acusações, "fica evidente a intenção de somar respeitáveis vozes da comunidade afro-americana à campanha anticubana, que pretende destruir nossa soberania e identidade".

Para negar que exista racismo hoje na ilha, as autoridades lembram que "mais de 350 mil voluntários cubanos combateram junto a seus irmãos africanos contra o colonialismo" há décadas, e que "mais de dois mil combatentes de Cuba morreram naquele continente".

"Uma personalidade de indiscutível destaque no contexto internacional, (o líder sul-africano) Nelson Mandela, reconheceu o papel desses voluntários na quebra definitiva do regime do apartheid", destaca o documento.

Entre os americanos que denunciaram que há racismo em Cuba estão o ex-pastor Jeremiah Wright, da Igreja que Barack Obama frequentava em Chicago, e Cornell West, professor da Universidade de Princeton.

A réplica de Havana foi assinada, entre outros, pelo escritor Miguel Barnet, presidente da União de Escritores e Artistas (ligada ao governo), e a poetisa negra Nancy Morejón, presidente da Associação de Escritores de Cuba. EFE am/fm


http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/12/04/governo+cubano+rejeita+acusacoes+de+racismo+de+lideres+negros+dos+eua+9199424.html

Polícia prende estudantes por racismo em Ribeirão Preto


12/12 - 15:01 - Agência Estado



Três estudantes de medicina de uma universidade de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, foram presos no início da manhã deste sábado, após terem agredido um homem de 55 anos numa das principais avenidas da cidade.

Os jovens atingiram um auxiliar de serviços gerais com um tapete de carro enrolado, enquanto o chamavam de "negro", aos gritos. Por isso, foram presos em flagrante por racismo e lesão corporal.

O auxiliar de serviços gerais foi abordado por volta das 6h, quando estava em uma bicicleta a caminho do trabalho. Um dos rapazes, com o tapete enrolado, desferiu um golpe nas costas do homem e gritou "negro". Segundo testemunhas, os três vibraram com a ação. Pouco depois, dois vigilantes, que saíam de um evento e testemunharam a agressão, conseguiram deter os estudantes e levá-los à polícia.

O crime de racismo é inafiançável no
Brasil e prevê pena de um a três anos de prisão. Os advogados dos jovens, no entanto, tentam obter a liberdade provisória dos rapazes. Segundo o delegado Mauro Coraucci, que estava de plantão, os três seguiriam para a cadeia de Santa Rosa de Viterbo, pois o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Ribeirão Preto não recebe presos no fim de semana.

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2009/12/12/policia+prende+estudantes+por+racismo+em+ribeirao+preto+9232210.html