domingo, 14 de agosto de 2011

Especialistas alertam para risco de golpes com 'consultas místicas'


14/08/2011 14h19 - Atualizado em 14/08/2011 14h19


Representantes de candomblé, tarô e astrologia foram ouvidos pelo G1.
Local de atendimento, roupa e itens usados são pistas de autenticidade.

Juirana Nobres e Lílian MarquesDo G1 BA e ES
Especialistas alertam para risco de golpes com consultas místicas  (Foto: Juirana nobres e Lílian Marques)Especialistas alertam para risco de golpes envolvendo as chamadas "consultas místicas" (Foto: Juirana Nobres e Lílian Marques/G1)
O sucesso de Herculano Quintanilha, personagem de Rodrigo Lombardi no remake da novela "O Astro", colocou novamente em discussão o interesse despertado pelas consultas prestadas por representantes de diferentes correntes místicas e tradições religiosas. Especialistas ouvidos pelo G1 explicam o que esperar de um atendimento e alertam para os riscos de golpes praticados por estelionatários. 

A reportagem conversou com um representante do candomblé, com um astrólogo e com uma numeróloga e taróloga. Em comum, os três especialistas alertam que ninguém deve se enganar com "promessas milagrosas" e tampouco com adivinhações do futuro. De forma geral, as consultas místicas e espirituais servem como ponte para o autoconhecimento.
Búzios abertos, conforme indicou Baba PC (Foto: Lilian Marques/G1)Búzios abertos, conforme indicou Baba PC: concha
tem abertura em um dos lados (Foto: Lilian
Marques/G1)
Veja abaixo dicas de como evitar golpes:

Local das consultas e elementos
Um dos primeiros pontos a serem observados é o local onde será feita a consulta. Baba PC, do terreiro Oxumaré, em Salvador, diz que “o local deve ser um templo, não um quarto de apartamento”.  Baba PC explica que para fazer consulta o ideal é que o cliente procure as entidades que registram as casas (os terreiros) ou que liguem para o terreiro onde o pai de santo foi iniciado para confirmar se ele está apto para desempenhar a função. Os principais terreiros são registrados e os 'filhos' dessas casas, aptos a desempenhar a função de pai de santo, também abrem seus terreiros e atendem nesses locais. Esse segundo terreiro está ligado ao primeiro, que está registrado.Segundo o babalorixá, outra característica que pode significar um indício de golpe é um item simples. “No caso do jogo de búzios, eles devem estar sempre abertos”, indica Baba PC, se referindo à fenda na parte de baixo dos búzios, que deve estar aberta na concha.

No caso do tarô, as cartas não podem ser confundidas com o baralho cigano ou outros baralhos de jogos. De acordo com a especialista, os tarólogos utilizam as cartas da kabala tradicional do antigo Egito. "São 78 arcanos. Desses 22 representam o mundo subjetivo, que é o mago e a sacerdotisa. Os outros 56 são os arcanos menores que representam o mundo objetivo, indicados pelos quatro elementos. Fogo, ar, água, terra que na psicologia representam sensação, sentimento, intelecto e intuição", diz a taróloga.
 Já o filósofo e astrólogo Paulo Viana Randow, que estuda a astrologia há mais de 25 anos, destaca que ambientes "limpos" são características fundamentais da vertente. Segundo ele, bolas de cristal, baralhos, incensos e pedras não são usados pelos astrólogos. Os especialistas na área utilizam computadores e tabelas planetárias para fazerem os cálculos.

 Comportamento e roupas
O astrólogo Randow diz que está enganado quem pensa que consultor de astrologia anda pelas ruas de turbante e batas. Segundo Randow, ele usa calças e roupas comuns. Diferentemente do que ocorre no candomblé, onde o traje, de acordo com o Baba PC,  é diferente das roupas "civis", mas não são garantia de que o consultor é um pai de santo sério.

“Tem uma roupa específica, mas as pessoas podem comprar e vestir. O que diz se a pessoa é mesmo da religião, e está preparada para a função, é o comportamento dela”, explica. “Algumas pessoas dizem que estão manifestadas, mudam de voz, ou fazem coisas do gênero. Isso não é comum no candomblé”, diz.

A taróloga afirma que, em seu caso,  o lugar de atendimento não é determinante. "Pode ser na casa do cliente ou no espaço da taróloga. O ideal é que o local seja limpo e harmonioso. Não pode ser um lugar pesado, escuro", diz. Dórea destacou que o espaço onde faz o atendimento pode ou não ter imagens de santos. "Isso fica a cargo da crença de cada profissional", finaliza.
Propaganda enganosa
Baba PC alerta que é preciso tomar cuidado com as propagandas enganosas. “É muito comum ver anúncios com grandes promessas. Essa semana mesmo eu vi um site de São Paulo que cita um ‘pai’ que estava oferecendo serviços e diz que é daqui. Ele estava usando o nome da Oxumarê, que é conhecida, para valorizar o seu trabalho”, alerta.

O astrólogo Randow diz que é necessário desconfiar de panfletos afixados nos pontos de ônibus ou em muros da cidade que prometem trazer a pessoa amada em poucos dias. "A desconfiança é sempre a nossa aliada. Por esta razão, não acredite naquelas pessoas que te prometem o que não pode ser feito, como por exemplo devolver um amor perdido ou prometer que você passe no concurso público mais esperado. Em todo lugar existem charlatões, que não têm nenhum tipo de experiência e só querem enganar e ganhar dinheiro", enfatizou.
Promessas e milagres
"Numerologia e tarô não adivinham a vida de ninguém", alerta a numeróloga capixaba Izabel Dórea. "O tarô dá uma indicação segura para um processo a ser iniciado pela pessoa que me procura para o autoconhecimento, nada mais", explica. Segundo Dórea, a partir de uma análise do tarô e da numerologia pode se chegar a um "nível de consciência", mas as práticas não indicam como ganhar na loteria e conquistar o emprego dos sonhos.  “Eu não estou aqui para adivinhar a vida de ninguém, mas para despertar consciências”, comenta.

Para Baba PC, a religião não é uma fonte de milagres. “Temos que ter cuidado com os anúncios fáceis, como consultas de graça, que prometem tudo. A religião não é uma varinha mágica, é muito séria como as outras também. As pessoas vão com sua fé, não é só chegar com uma ‘varinha’ e a coisa acontece”, finaliza.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

DEM escala jovem negro de periferia para dizer não à esquerda


DEM escala jovem negro de periferia para dizer não à esquerda

Partido tenta mudar imagem e divulga a partir desta quinta novos anúncios na TV produzidos por marqueteiro baiano

Adriano Ceolin, iG Brasília 11/08/2011 07:30


O DEM vai dar o primeiro passo para tentar mudar sua imagem depois de ter enfrentado uma crise no começo do ano que quase resultou na extinção da sigla. A partir desta quinta-feira, serão exibidas na TV três inserções publicitárias produzidas pelo novo marqueteiro do partido, o baiano José Fernandes. O iG teve acesso com exclusividade aos vídeos.


Na primeira das inserções, o DEM deixa claro que quer ser visto como partido liberal, mas popular e próximo dos negros e moradores de periferia. Para isso, usa o depoimento de um jovem chamado Bruno Alves. “A esquerda não é dona da juventude e nem de quem mora na periferia”, diz o rapaz.
Bruno é um personagem real, que surgiu após uma polêmica envolvendo o deputado federal e pré-candidato à Prefeitura de Salvador Nelson Pellegrino (PT-BA). Em junho deste ano, o petista divulgou nota à imprensa em que questionou o fato de o partido adversário querer se aproximar de um eleitorado, segundo ele, esquerdista.
“É curioso porque o DEM entrou com processos no Supremo Tribunal Federal contra o sistema de cotas raciais nas universidades e no Prouni, e agora posa de partido dos segmentos populares, negros e jovens das periferias”, afirmou na nota.
A resposta de Bruno foi quase que imediata. Em um artigo publicado no jornal A Tarde, ele reafirmou: “Sou liberal, sim, favorável a cotas sociais, que incluem a todos, independentemente da cor da dele”. E emendou: "Somos livres e idealistas suficientes para escolher o melhor caminho".
Inserções do DEM tentam mostrar cara nova do partido
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O marqueteiro José Fernandes resolveu ir atrás de Bruno e transformou-o em estrela do comercial. “O partido sempre defendeu os pobres, sobretudo na Bahia. Nós temos que ressaltar isso. Mostrar que a esquerda não é dona dos pobres”, afirmou.
Redemocratização e oposição
No segundo novo vídeo do DEM, o partido tenta resgatar o papel que exerceu em 1985, quando ajudou a eleger Tancredo Neves (PMDB) no Colégio Eleitoral. Trata-se, na verdade, da origem do DEM: a Frente Liberal, que surgiu a partir de um racha no PDS. Esse partido apoiava a candidatura do deputado Paulo Maluf, que formou seus apoios em torno dos militares.
No terceiro vídeo, Fernandes tenta ressaltar qual é o papel do DEM como partido da oposição. Para tanto, usa uma maçã para mostrar que, mesmo um fruto bonito, pode estar estragado do outro lado. Apesar do tom crítico, o marqueteiro não se esqueceu de valorizar o Bolsa Família, principal bandeira dos governos Dilma Rousseff Luiz Inácio Lula da Silva.
O marqueteiro foi escolhido para comandar a comunicação do DEM após ajudar o oposicionista José Agripino a se reeleger como senador do Rio Grande do Norte. O caso é raro, entre os políticos do Nordeste, onde aliados de Lula e Dilma foram soberanos na última eleição. Ainda por cima, Fernandes não é caro em comparação a concorrentes.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Igreja terá que reintegrar empregado cego vítima de dispensa discriminatória.


Notícias do Tribunal Superior do Trabalho

10/08/2011
Igreja terá que reintegrar empregado cego vítima de dispensa discriminatória

A Associação Brasileira da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, mais conhecida como Igreja Mórmon, recebeu decisão desfavorável da Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho em recurso de revista no qual defendia não ter havido discriminação na dispensa de trabalhador que perdeu a visão. Para a Turma, houve relação entre a despedida do trabalhador e o fato de ele ter ficado cego, configurando-se ato discriminatório a sua demissão.

Contratado em junho de 1992 como coordenador pedagógico de uma das filiais da instituição, localizada na cidade de Valparaízo (GO), o trabalhador exercia atividades de análise de material didático, correções de provas, leitura de mensagens religiosas, visitação domiciliar a membros, acompanhamento de missionários e viagens. Todavia, em dezembro de 2007, quando estava em férias com a família, sua filha, brincando com uma espingarda de chumbinho, acidentalmente disparou a arma em direção ao pai. O projétil atingiu-lhe os olhos, causando-lhe cegueira permanente.

Na época, segundo a associação, foi dada toda assistência ao empregado, inclusive material. Em abril de 2008, após o período de recuperação, ele tentou retornar ao trabalho, mas a empregadora explicou-lhe que, em razão das limitações decorrentes da perda da visão, não poderia reintegrá-lo. Foi-lhe oferecida então a possibilidade de reintegração ao trabalho na cidade do Recife (PE), com vaga compatível com suas limitações, mas ele não aceitou, alegando estar sob tratamento médico e cursando pós-graduação.

Se para o empregador não havia alternativa senão rescindir o contato de trabalho, para o trabalhador também não restava alternativa a não ser ajuizar ação trabalhista contra a associação. Segundo ele, a associação não queria ter dificuldades para remanejá-lo na filial em Valparaízo, portanto sua dispensa foi arbitrária e discriminatória e seu direito violado, pois o artigo 7º, inciso XXXI, da Constituição proíbe qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência. Por esses motivos, deveria ser reintegrado ao trabalho.

Com decisão favorável ao trabalhador, a empresa levou o caso ao Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (GO), declarando seu inconformismo com a sentença, já que o contrato foi rescindido sem justo motivo e foram pagos todos os direitos decorrentes da decisão imotivada e ainda concedida uma indenização espontânea de R$ 55 mil. Mais: que não houve ato discriminatório. A associação sustentou que apenas usou o seu direito potestativo (direito assegurado ao empregador de despedir um empregado), e que não há garantia legal de estabilidade no emprego em razão de deficiência visual adquirida em acidente fora do ambiente de trabalho. A igreja pediu a exclusão da reintegração do trabalhador.

Mas, para o Regional, o poder potestativo do empregador encontra limites na lei, e o oferecimento ao empregado de uma vaga no Recife demonstrou ação maliciosa para justificar sua dispensa. Dessa forma, declarou configurada a abusividade da demissão e determinou a reintegração do empregado por ter sido discriminado.

O processo chegou ao TST, e o relator, ministro Alberto Luiz Bresciani, disse em seu voto que a igreja não trouxe nenhuma divergência ou interpretação diversa da que foi dada pelo TRT/GO. Ressaltou que o Regional não analisou o tema sob o aspecto da existência de estabilidade provisória de portador de deficiência visual, e sim se a dispensa foi ou não discriminatória. Ainda, que a parte não comprovou as alegações em sentido contrário, ou seja, de que não houve ato discriminatório. Manteve-se então a decisão do regional.

O fato repercutiu na sessão. “A função de coordenador pedagógico não é totalmente incompatível com a cegueira, e temos hoje até mesmo juízes cegos, exercendo suas atividades plenamente”, disse o presidente da Turma, ministro Horácio Raymundo de Senna Pires. “Mas, se lhe foi oferecida vaga semelhante no Recife, por que não reintegrá-lo em Valparaízo?”, indagou.

A ministra Rosa Maria Weber, revisora, lamentou a tragédia, e disse que, segundo os fatos, a situação parece discriminatória e a interpretação dos textos legais autoriza a conclusão a que chegou o TRT goiano.

(Ricardo Reis)

Processo: imprensa@tst.jus.br 
( RR 66500-66.2009.5.18.0241 )
http://ext02.tst.gov.br/pls/no01/NO_NOTICIASNOVO.Exibe_Noticia?p_cod_area_noticia=ASCS&p_cod_noticia=12675



Hoje é Dia Internacional dos Povos Indígenas


09-08-2011 10:01
Efeméride
Hoje é Dia Internacional dos Povos Indígenas 

Angop
ONU reconhece a necessidade de promover e proteger os direitos dos povos indígenas no Mundo
ONU reconhece a necessidade de promover e proteger os direitos dos povos indígenas no Mundo

Luanda   – Assinala-se hoje, 09 de Agosto, o Dia Internacional dos Povos Indígenas, proclamado, em Dezembro de 1994, pela Assembleia Geral das Nações Unidas.


Foram muitos os motivos que levaram a essa decisão, mas a razão fundamental foi o reconhecimento, pela Assembleia, da necessidade de as Nações Unidas se situarem de uma forma clara e firme na vanguarda da promoção e protecção dos direitos dos povos indígenas do Mundo.


Essa promoção e protecção tem como objectivo pôr fim à sua marginalização, à extrema pobreza, à expropriação das suas terras ancestrais e às outras violações graves dos direitos humanos de que tinham sido e continuam a ser alvo.


A proclamação deste Dia foi, sem dúvida, importante, mas foi apenas o prelúdio de um acontecimento ainda mais marcante, a adopção, pela Assembleia, da Declaração sobre os Direitos dos Povos Indígenas.


A Declaração é um elemento que visa garantir os direitos humanos dos povos indígenas. Estabelece um quadro em que os Estados podem construir ou reconstruir as suas relações com os povos.   Constitui o resultado de mais de duas décadas de negociações e proporciona uma oportunidade vital para que os Estados e os povos indígenas reforcem as suas relações, promovam a reconciliação e velem para que os erros do passado não se repitam.  


Por ocasião da data, as Nações Unidas reconhecem as realizações das populações indígenas do mundo, que ascendem a mais de 370 milhões de pessoas e estão espalhadas por cerca de 70 países.


As populações indígenas do mundo preservaram uma vasta quantidade da história cultural da humanidade. Os povos indígenas falam a maioria das línguas mundiais. Herdaram e passaram adiante um rico conhecimento, formas artísticas e tradições religiosas e culturais.


Em sua mensagem por ocasião da data, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, destacou, no ano transacto, que os povos indígenas sofrem com o racismo, saúde precária e pobreza desproporcional.


“Em muitas sociedades, suas línguas, religiões e tradições culturais são estigmatizadas e rejeitadas. O primeiro relatório da ONU sobre o Estado dos Povos Indígenas do Mundo, de Janeiro de 2010, apresentou estatísticas alarmantes.


Em alguns países, povos indígenas estão 600 vezes mais vulneráveis a contraírem tuberculose em relação ao resto da população. Em outros, uma criança indígena tem a expectativa de vida 20 anos menor do que seus compatriotas não-indígenas”, disse Ban Ki-Moon.


Segundo um alto-funcionário da ONU, existem motivos para celebrar o progresso alcançado ao tornar os direitos humanos uma realidade para os povos indígenas.


Destacou que o Dia Internacional dos Povos Indígenas também é uma ocasião para lembrar que “não há espaço para a complacência. As constantes violações dos direitos dos povos indígenas, em todas as regiões do mundo, merecem a atenção e acção máximas”.


A data foi declarada pela Assembleia Geral da ONU para ser comemorada todos os anos durante a Primeira Década Internacional dos Povos Indígenas do Mundo (1995-2004).


Em 2004, a Assembleia proclamou a Segunda Década Internacional, 2005-2015, com o tema “Uma Década de Acção e Dignidade”.

http://www.portalangop.co.ao/motix/pt_pt/noticias/sociedade/2011/7/32/Hoje-Dia-Internacional-dos-Povos-Indigenas,c1f312ed-6ba1-4f41-8993-212db442a25f.html

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Acusan a bomberos de Nueva York de racistas




ELESPECTADOR.COM

El Mundo | Sab, 08/06/2011 - 10:58

Acusan a bomberos de Nueva York de racistas

Por: AFP | Elespectador.com

Los denunciantes encabezados por un grupo de bomberos negros acusan a la Institución de favorecer el reclutamiento de blancos.

El Departamento de Bomberos de Nueva York (FDNY, según sus siglas en inglés), una de las instituciones más icónicas de la Gran Manzana, se encuentra jaqueado por denuncias de un persistente racismo que hace que su cuerpo siga integrado en su inmensa mayoría por blancos.
Los bomberos de Nueva York, que surcan las calles de la ciudad en inmaculados carros rojos, son considerados como héroes, en particular por su desempeño y sacrificio tras los ataques del 11 se septiembre, cuando 343 de ellos murieron rescatando gente y apagando incendios antes del derrumbe de las torres gemelas.
Pero un juicio que se inició esta semana en el tribunal federal de Brooklyn está afectando seriamente esa imagen.
Los denunciantes, encabezados por un grupo de bomberos negros que se autodenomina la "Vulcan Society" (La Sociedad de Vulcano), acusa a la Institución de favorecer el reclutamiento de blancos y pide al juez Nicholas Garaufis realizar drásticos cambios.
El capitán Paul Washington, que lanzó la batalla judicial, dijo que el FDNY enfrenta el mismo tipo de transformación que sufrió el Departamento de Policía de Nueva York años atrás.
"Hay una buena posibilidad de que ésto sea histórico", dijo Washington a la AFP.
De su lado, el departamento de bomberos niega cualquier tipo de racismo, aunque las cifras no lo ayudan.
En una cuidad conocida por ser un crisol de razas y en el que 25% de la población es negra y 27% de origen latino, solo 3,4% de los bomberos son negros y 6,7% latinos, señalaron los denunciantes.
El juicio, que se celebra en un tribunal cerca del cuartel central del FDNY, es solo el último de una serie de denuncias legales con el objetivo de que se recluten más personas de estas minorías.
El juez Garaufis ya dio a conocer un fallo el año pasado afirmando que los exámenes de ingreso al FDNY estaban diseñados de manera de favorecer a los candidatos blancos.
Según el jefe de los bomberos, se están llevando a cabo cambios. Este verano se ha puesto en marcha una intensa campaña de reclutamiento entre los negros y los latinos de cara a los exámenes del año próximo.
Una de las personas a cargo del proceso de reclutamiento, Michele Maglione, testimonió en el proceso afirmando que un número récord de no blancos podría pasar el examen, que se organiza una vez cada cuatro años.
De acuerdo con Maglione, las candidaturas presentadas hasta el momento dan porcentajes de 63% de blancos, 20,7% de latinos, 12,9% de negros y 2,9% de asiáticos.
Para este mismo periodo cuando años atrás, en 2007, los números eran de 73,1% de blancos, 15,2% de latinos, 8,3% de negros y 2,3% de asiáticos.
En un centro de reclutamiento cerca de Harlem, tres bomberos afroestadounidenses entregan volantes de información para atraer candidatos.
Estos reclutadores parecen amar realmente su trabajo, que puede ser a veces peligroso y en el que ganan unos 100.000 dólares anuales a partir del quinto año con una generosa jubilación al cabo de 20 años.
Annie Martínez, de origen cubano se detiene para obtener informaciones para su hijo, que idolatra a los bomberos desde que era pequeño. Ahora, con algo más de 20 años de edad, su sueño es convertirse en uno de ellos.
Martínez, de 47 años, dice que como voluntario, su hijo siempre se llevó bien con los bomberos blancos, pero no oculta su temor de que las puertas para conseguir un trabajo en el FDNY sigan cerradas.
"Si Dios quiere van a reclutar más minorías ahora, pero la situación ha sido la misma durante tanto tiempo que los latinos como yo ni siquiera tratan de entrar", lamenta.
 
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