quinta-feira, 4 de agosto de 2011

XIII CAMINHADA Azoany! SALVADOR - BAHIA

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Marvel anuncia que novo Homem-Aranha é negro de origem hispânica


02/08/2011 16h28 - Atualizado em 02/08/2011 20h31
Miles Morales vestirá fantasia do herói após morte de Peter Parker na HQ.

Revista chega às bancas dos Estados Unidos nesta quarta-feira.

Da EFE


A Marvel anunciou nesta terça-feira (2) que o herdeiro do uniforme do Homem-Aranha após a morte de Peter Parker será Miles Morales, um jovem negro de origem hispânica que protegerá Nova York de vilões a partir desta quarta-feira, data em que o quarto número da série "Ultimate comics fallout" chegará às bancas dos Estados Unidos.
Homem-Aranha negro, na nova série 'Ultimate' (Foto: Marvel Comics/AP)Homem-Aranha negro, na nova série 'Ultimate' (Foto: Marvel Comics/AP)
"Quando apareceu a oportunidade de criar um novo Homem-Aranha, sabíamos que tinha que ser um personagem que representasse a diversidade, tanto pela origem como pela experiência, do século XXI", disse em comunicado o editor-chefe da Marvel, Axel
Assim, pela primeira vez na história será possível ver um novo Homem-Aranha que não está vivido pelo fotógrafo Peter Parker, que morreu em junho pelas mãos do vilão Duende Verde na saga "Ultimate", embora Parker continue vivo na série de histórias em quadrinhos original, "The Amazing Spider-Man".
Morte do personagem Peter Parker na série 'Ultimate comics fallout' (Foto: Divulgação/Marvel Comics)Morte do personagem Peter Parker na série 'Ultimate
comics fallout' (Foto: Divulgação/Marvel Comics)
Agora, o encarregado de proteger a cidade dos vilões nesta saga será Morales, que a Marvel qualifica de "novo personagem mais importante do século" e que em breve descobrirá "que junto com seus grandes poderes também vêm grandes responsabilidades... e grandes perigos", afirma a editora.
A história do novo Homem-Aranha foi escrita por Brian Michael Bendis, Jonathan Hickman e Nick Spencer, desenhada por Sara Pichelli, Salvador Larroca e Clayton Crain, e a capa ficou por conta de Mark Bagley.
A série "Ultimate" começou em 2000 com o objetivo de atrair jovens leitores com histórias alternativas e atualizadas dos super-heróis mais populares de Marvel, como Homem-Aranha, o Quarteto Fantástico e os X-Men.


sábado, 30 de julho de 2011

Black In Latin America - Henry Louis Gates, Jr.

Black In Latin America

Posted: 7/28/11 08:40 AM ET

I first learned that there were black people living in some place called other than the United States in the western hemisphere when I was a very little boy, and my father told me that when he was a boy about my age, he wanted to be an Episcopal priest, because he so admired his priest, a black man from someplace called Haiti. I knew that there were black people in Africa, of course, unfortunately because of movies such as Tarzan. And then, when I was 9-years-old in 1960, our fifth grade class studied "Current Affairs," and we learned about the 17 African nations that gained their independence that year. I did my best to memorize the names of these countries and their leaders, though I wasn't quite sure why I found these facts so very appealing.
But it wouldn't be until I was an undergraduate at Yale, and was enrolled in my sophomore year, 1969, in Robert Farris Thompson's art history class, "The Trans-Atlantic Tradition: From Africa to the Black Americas," that I began to understand how "black" the New World really was. Professor Thompson used a methodology that he called the "tri-continental approach" -- complete with three slide projectors -- to trace visual leitmotifs that recurred among African, African American, and Afro-descended artistic traditions and artifacts in the Caribbean and Latin America, to show, a la Melville Herskovits, the retention of what he called "Africanisms" in the New World. So in a very real sense, I would have to say, my fascination with Afro-descendants in this hemisphere, south of the United States, began in 1969, in Professor Thompson's very popular, and extremely entertaining and rich, art history lecture course. In addition, Sidney Mintz's anthropology courses and his scholarly focus on the history of the role of sugar and plantation slavery in the Caribbean and Latin America also served to awaken my curiosity about another black world, a world south of our borders. And I owe so much of what I know about Pan-Africanism in the Old World and the New World to these two wise and generous professors.
But the full weight of the African presence in the Caribbean and Latin America didn't hit me until I became familiar with "The Trans-Atlantic Slave Trade Database," started by the great historian, David Eltis, and his colleagues. Between 1502 and 1866, 11.2 million Africans survived the dreadful Middle Passage and landed as slaves in the New World. And here is where these statistics became riveting to me: of these 11.2 million Africans, according to Eltis and his colleagues, only 450,000 arrived in the United States. That is the mind-boggling part, to me, and I think to most Americans. All the rest arrived in places south of our border. About 4.8 million Africans went to Brazil alone. So, in one sense, the major "African American Experience," as it were, unfolded not in the United States, as those of us caught in the embrace of what we might think of as"African American Exceptionalism," but throughout the Caribbean and South America, if we are thinking of this phenomenon in terms of sheer numbers alone.
About a decade ago, I decided that I would try to make a documentary series about these Afro-descendants, a four hour series about race and black culture in the western hemisphere outside of the United States and Canada. And I filmed this series this past summer, focusing on six countries, including Brazil, Cuba, the Dominican Republic, Haiti, Mexico, and Peru, choosing each country as representative of a larger phenomenon. This series is the third in a trilogy that began with Wonders of the African World, a six-part series that aired in 1998. This was followed by America Behind the Color Line, a four-part series that aired in 2004. In a sense, I wanted to replicate the points in Robert Farris Thompson's "Tri-Continental" approach to what some scholars called African retentions; another way to think of it is that I wanted to replicate the points of the Atlantic triangular trade among Africa, the European colonies of the Caribbean and South America, and Black America. Black in Latin America, another four hour series, is the third part of this trilogy, and this book expands considerably upon what I was able to include in that series. You might say that I have been fortunate enough to find myself over the past decade in a most curious position: to be able to make films about subjects about which I am curious, and about which I know nothing, or very little, with the generous assistance of many scholars in these fields.
The most important question that this book attempts to explore is this: what does it mean to be "black" in these countries? Who is considered "black," and under what circumstances, and by whom in these societies, the answers to which vary widely across Latin America in ways that will surprise most people in the United States. As my former colleague, the Duke anthropologist Randy Matory, recently put this to me: "Are words for various shades of African descent in Brazil, such as mulattoes, cafusos, pardos, morenos, pretos, negros, etc., types of 'Black people," or are pretos and negros just the most African-looking people in a multi-directional cline of skin-color-facial feature-hair texture combinations?" And how does wealth or class enter the picture? Matory asks.
"And suppose two people with highly familiar phenotypes are classified differently according to how wealthy and educated they are, on the same person is described differently depending upon how polite, how intimate, or how nationalistic the speaker wants to be? In what contexts does the same word have a pejorative connotation, justifying the translation of 'nigger,' and in another context connote affection, such as the word 'negrito?'"

You can read an excerpt from Black In Latin America here.
Henry Louis Gates, Jr.



sexta-feira, 29 de julho de 2011

Ateus fazem campanha para mostrar que são vítimas de preconceito

Ateus fazem campanha para mostrar que são vítimas de preconceito

“Somos a encarnação do mal para grande parte da sociedade”, diz presidente da Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (ATEA)

Danielle Nordi, iG São Paulo 29/07/2011 06:03








A campanha era para ser veiculada na parte traseira dos ônibus, mas empresas de São Paulo, Salvador, Florianópolis e Porto Alegre se recusaram a fazê-lo. A saída foi utilizar outdoors. Pelo menos em Porto Alegre, que desde o começo do mês é a primeira cidade brasileira a exibir uma campanha que defende o ateísmo.



Originalmente, a associação pretendia usar as peças em ônibus, mas as empresas não aceitaram - Foto: Divulgação1/5
Afinal, o que há de tão problemático com os anúncios? De acordo com Daniel Sottomaior, presidente da organização responsável pela campanha, o que incomoda é o conteúdo. Ele diz que as mensagens foram feitas com o objetivo de conscientizar a população de que o ateísmo pode conviver com outras religiões e não deve ser encarado como uma deficiência moral. “Todos os grupos que sofrem algum tipo de preconceito procuram fazer campanhas educativas para tentar minimizar o problema. Foi o que fizemos”, afirma.

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Diante das mensagens veiculadas nos outdoors, as reações foram variadas. “Foram interpretadas como provocação por alguns grupos religiosos. Além disso, muitos acharam de mau gosto ou preconceituoso. Acho que isso foi coisa de quem não entendeu ou não quis entender”, diz. Daniel diz que seu objetivo é mostrar que ser ateu é difícil. “As pessoas ficam chocadas quando você revela que não acredita em um deus. Muitos chegam a perder emprego e, principalmente, amigos”.

Punição
Para o sociólogo americano e estudioso das religiões Phil Zuckerman o ateísmo ainda é fonte de muito preconceito. Segundo ele, ateus sofrem até mesmo perseguições. “Mesmo atualmente, em algumas nações, ser ateu é passível de punição com pena de morte. Nos Estados Unidos existe um forte estigma em ser ateu, principalmente no sul, onde a religiosidade é mais forte”, conta.

No Brasil, um país laico, a intolerância pode aparecer nas situações mais improváveis. A professora da Universidade Federal de Minas Gerais Vera Lucia Menezes de Oliveira e Paiva perdeu um filho de dois anos, atropelado. Diante do sofrimento da família no velório da criança, Vera escutou uma frase que a deixou bastante magoada. “Uma amiga me disse: ‘Quem sabe isso não aconteceu para você aprender a ter fé?’. Isso apenas reforçou minha convicção de que eu não queria acreditar em nenhum deus que pudesse levar o meu filho inocente”, revela.

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Apesar de tudo, Vera afirma que não se perturba com comentários acerca de sua escolha. “Acho natural que uma pessoa religiosa queira demonstrar sua fé. Entendo e convivo com pessoas bastante religiosas sem problema algum. Só não gosto quando ficam argumentando sobre o quanto é maravilhoso acreditar em Deus. Tenho direito a ter minha crença pessoal.Ou a falta dela.”

Daniel diz que atitudes como estas, vindas de amigos e familiares, fazem com que ateus não “saiam do armário”. Ele afirma que esta expressão, usada inicialmente para descrever homossexuais que ainda não se assumiram, encaixa-se perfeitamente no momento pelo qual o ateísmo vem passando. “Estamos atrasados uns 30 anos em relação à luta contra o preconceito, se compararmos com homossexuais ou negros. Sou bastante cético, mas tenho a esperança de que possamos alcançar o mesmo patamar daqui a algumas décadas”, revela.

Exagero
Há quem veja afirmações como as dada por Daniel como exagero. O filósofo Luiz Felipe Pondé, professor da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) e Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), considera ações como as desenvolvidas pela ATEA como marketing. “O preconceito diminuiu muito, principalmente nos meios universitários e empresariais. Acho a comparação de ateus com negros e homossexuais um exagero. Tem um pouco de marketing aí.”

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Pondé admite que muitas pessoas ainda têm dificuldade em enxergar a possibilidade de uma vida sem um deus. “Muitos associam moral pública à religião. Isso também é um absurdo. Pessoas matam umas as outras acreditando ou não em deus. O que acontece é que muitos ateus ficam alardeando coisas assim, mas acho que hoje o cenário já é bem diferente. Sofrer preconceito ficou chique”, afirma.

Apesar de não ser tão enfático, Zuckerman admite que em alguns lugares do mundo o ateísmo não é mais visto como algo depreciativo. “Em muitas sociedades, como no Canadá e na Suíça, ser ateu não tem nada de mais. A Austrália, por exemplo, tem um primeiro-ministro ateu. Cada país tem uma dinâmica diferente.”

http://delas.ig.com.br/comportamento/ateus+fazem+campanha+para+mostrar+que+sao+vitimas+de+preconceito/n1597105763135.html

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Mistura de raças do Brasil é catastrófica, escreveu atirador da Noruega


25/07/2011 17h42 - Atualizado em 25/07/2011 19h42


Texto publicado na internet liga mistura de raças a desigualdade social.
Brasil seria exemplo de 'alto nível de corrupção e falta de produtividade'.

Do G1, em São Paulo


Documento tem o nome de Andrew Berwick na capa (Foto: Reuters)
A política de estabelecer uma mistura de raças europeias, asiáticas e africanas em países como o Brasil se provou “catastrófica” e resultou em altos níveis de corrupção, baixa produtividade e conflitos entre as diferentes culturas.
A teoria sobre o país está numa das páginas do manifesto atribuído a Andrew Behring Breivik, o norueguês de 32 anos que assumiu a autoria dos atentados que mataram ao menos 76 pessoas em Oslo, na última sexta (22).

Para o autor do documento, que tem ligações com a extrema-direita norueguesa, o “Brasil vem se estabelecendo como o segundo país do mundo com o menor nível de igualdade social". O texto não cita qual seria o primeiro.

“Os resultados são evidentes e se manifestam num alto nível de corrupção, falta de produtividade e um eterno conflito entre várias ‘culturas’ competindo, enquanto a miríade de ‘sub-tribos’ criadas (preto, mulato, mestiço, branco) paralisa qualquer esperança de sequer alcançar o mesmo nível de produtividade e igualdade de, por exemplo, Escandinávia, Alemanha, Coreia do Sul e Japão”, diz o texto do terrorista de extrema-direita na página 1.153.
Observando a falta de igualdade social no Brasil e a média de produtividade do brasileiro, continua o texto, “é evidente que uma abordagem similar na Europa seria devastadora e um atraso para as nações (...)”.
Intitulado “A European Delaration of Independence - 2083" (Uma declaração de Independência Europeia - 2083), o manifesto, que leva a assinatura "Andrew Berwick" na capa, foi publicado na internet apenas horas antes do massacre no país. Com várias referências históricas, o manifesto inclui numerosos detalhes da personalidade do agressor, seu modus operandi para fabricar bombas e seu treinamento de tiro, além de um minucioso diário dos três meses que precederam o ataque.
Anders Behring Breivik, à esquerda, é transportado em carro da polícia nesta segunda-feira (25) em Oslo, capital da Noruega (Foto: Reuters)Anders Behring Breivik, à esquerda, é transportado em carro da polícia nesta segunda-feira (25) em Oslo, capital da Noruega (Foto: Reuters)


As afirmações que relacionam raça e produtividades estão no trecho em que o autor trata das “razões por trás da oposição conservador à mistura de raças e adoção de não-europeus”. Em outro trecho, na página 1.161, o texto volta a citar o Brasil como exemplo de desigualdade social.

“(...) Um país que tem culturas que competem entre si vai acabar se dividindo internamente ou, a longo prazo, vai terminar como um lugar permanentemente disfuncional como o Brasil e outros países semelhantes”, diz. “Quando você acrescenta o Islã a esta mistura, o pior cenário muda de um país disfuncional para o fracasso total; a sharia [lei islâmica] e disputa entre povos”.

Acidente em GoiâniaHá pelo menos 12 referências aos termos “Brasil” ou “brasileiro” no documento, nem todas com o mesmo teor. No trecho em que trata sobre a fabricação de bombas, o autor cita o acidente radioativo com o césio 137 em Goiânia, que deixou centenas de mortos em 1987. “Seja extremamente cuidadoso quando lidar com material radiológico”, alerta na página 1.060.

Na página 1.287, o texto cita o Brasil em meio a países que se tornaram independentes com “golpes de estado sem sangue”. “Em 1889, o Brasil se tornou uma república via um golpe de estado sem sangue.” Em outra menção, o país está numa lista de nações que sofreram intervenções dos Estados Unidos. A anotação cita o ano de 1964 ao lado de “Acesso do comunismo a recursos e trabalhadores pobres”.
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/07/mistura-de-racas-do-brasil-e-catastrofica-diz-texto-de-atirador-da-noruega.html