quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

STF:Battisti poderá ser extraditado se decreto presidencial contrariar tratado

Notícias STF Imprimir Terça-feira, 18 de janeiro de 2011


Battisti poderá ser extraditado se decreto presidencial contrariar tratado


O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) voltará a analisar o processo de Extradição (Ext 1085) do italiano Cesare Battisti no próximo mês, quando terminam as férias coletivas dos ministros da Corte. Durante entrevista coletiva concedida nesta tarde (18), no Rio de Janeiro, o presidente do STF, ministro Cezar Peluso, afirmou que caberá ao Tribunal examinar se a permanência de Battisti no Brasil, como determinou o governo federal, está de acordo com os termos do tratado. “Se o Supremo Tribunal Federal decidir que não está nos termos do tratado, ele vai ter que ser extraditado", afirmou.



No último dia de seu mandato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou decreto no qual nega ao governo italiano o pedido de extradição do ex-ativista. Imediatamente, a defesa de Battisti apresentou petição ao STF solicitando a expedição imediata de alvará de soltura. Já o governo da Itália apresentou petição requerendo que Battisti permanecesse preso até que o Plenário do STF examine o caso. Após determinar o desarquivamento do processo de extradição e anexar as duas petições aos autos, o ministro Cezar Peluso decidiu manter a prisão do italiano e remeteu o processo para análise do relator, ministro Gilmar Mendes.


VP/EH

http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=169698&tip=UN

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Bancos suíços devolverão dinheiro sujo

17/01/2011 - 08h12


Bancos suíços devolverão dinheiro sujo


MARIO CESAR CARVALHO

ENVIADO ESPECIAL À SUÍÇA



A Suíça quer sepultar de vez a imagem de que seus bancos lavam mais branco.



Uma lei inédita no mundo entra em vigor no dia 1º de fevereiro com o objetivo de ajudar os países pobres a receber de volta dinheiro desviado por políticos corruptos que foram depositados em bancos suíços.



O primeiro país beneficiado pela nova legislação é o Haiti. O país receberá US$ 5,7 milhões que pertencem ao ex-ditador Jean-Claude Duvalier e estão nos bancos suíços desde 1986. "Baby Doc", como era conhecido, viveu 25 anos exilado em Paris e ofereceu doar o dinheiro bloqueado na Suíça assim que o terremoto que completou um ano devastou aquele país.



As autoridades suíças recusaram a oferta. Alegam que o dinheiro não pertence à família Duvalier, mas sim à população do Haiti, de quem os recursos foram desviados.



A Suíça quer limpar seus bancos de dinheiro sujo por uma estratégia de sobrevivência --a Comunidade Europeia não aceita mais a antiga liberalidade dos bancos suíços nem a clientela quer saber de dinheiro de corrupto ou de traficante no mesmo banco em que ela tem conta.



Os bancos suíços têm hoje depósitos que somam cerca de US$ 3 trilhões (o dobro da riqueza produzida no Brasil em um ano) e recebem um terço das fortunas que são depositadas fora do país de quem a detém.



Devolver dinheiro de ditadores corruptos não é uma novidade na Suíça.



Desde 1986, quando Ferdinando Marcos deixou o poder nas Filipinas após uma ditadura de 21 anos, o país tenta se livrar da pecha de porto seguro para dinheiro sujo de políticos. No caso de Marcos, um processo que durou 17 anos terminou com a devolução de US$ 684 milhões às Filipinas em 2003.



As Filipinas puxaram lista de países que hoje inclui Nigéria, Angola, Peru e Cazaquistão.



A Nigéria é o número um da lista em volume de dinheiro: recebeu US$ 700 milhões de volta da Suíça, dos cerca de US$ 4 bilhões que foram saqueados pelo general Sani Abacha, considerado um cleptomaníaco mesmo entre ditadores africanos. Abacha retirava valores do Banco Central da Nigéria em carros-fortes, enchia um avião e enviava-o à Suíça.



O total de recursos desviados que voltou ao país de origem já alcança US$ 1,7 bilhão --a Suíça é o país que mais devolveu dinheiro, segundo o Banco Mundial.



O Haiti será o primeiro beneficiado por uma razão humanitária: o país não tem um Ministério da Justiça operante nem condições de contratar um escritório na Suíça para acompanhar o processo.



A nova lei visa esse tipo de país --os "falidos", termo que o Banco Mundial aplica a 17 nações pobres. A lei será usada também para os casos em que o dono do dinheiro sujo na Suíça tem força política em seu país para que a remessa não seja investigada.



Uma figura jurídica relativamente nova foi usada para facilitar a volta do dinheiro. É a chamada inversão do ônus da prova. Quem tem de provar que o dinheiro tem origem legal é o político investigado, e não a Suíça.

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/861564-bancos-suicos-devolverao-dinheiro-sujo.shtml

domingo, 16 de janeiro de 2011

Ex-presidente do Haiti retorna ao país depois de 25 anos de exílio = Jean-Claude Duvalier chegou a Porto Príncipe neste domingo (16).

16/01/2011 22h30 - Atualizado em 16/01/2011 22h34


Ex-presidente do Haiti retorna ao país depois de 25 anos de exílio

Jean-Claude Duvalier chegou a Porto Príncipe neste domingo (16).

Segundo turno das eleições, que seria neste domingo, foi adiado.



Iara Lemos

Do G1, em Brasília


março de 1982, quando presidia o Haiti (Foto: AFP)O ex-presidente do Haiti Jean-Claude Duvalier retornou ao país no final da tarde deste domingo (16), após permanecer 25 anos exilado na França. A informação foi divulgada primeiramente pela Agência France Presse e confirmada ao G1 pelo embaixador do Brasil no Haiti, gor Kipman.



"Ele [ Duvalier] veio com bilhete de ida e volta. O bilhete dele é para o dia 20. Resta saber se ele vai voltar. Por enquanto, não dá nem para imaginar o que vai acontecer nas ruas a partir de amanhã [segunda-feira]", disse ao G1, por telefone, o embaixador do Brasil.




Ex-presidente Jean-Claude Duvalier chega ao Haiti, informa a AFPSegundo turno de eleições no Haiti deve ocorrer após fevereiroAjuda descoordenada impede que Haiti se recupere, dizem especialistasGeneral brasileiro diz que redução de tropas no Haiti é imprevisívelApelidado de "Baby Doc", Duvalier foi presidente do Haiti entre 1971 e 1986 e foi retirado do poder por uma revolta popular. Aos 59 anos, ele é acusado de ter desviado mais de US$ 100 milhões em obras sociais.



Duvalier volta ao país em um momento tenso da política local. O segundo turno das eleições, que estava marcado para este domingo, foi adiado e ainda não tem data para ocorrer.



Uma comissão da Organização dos Estados Americanos (OEA) esteve nas últimas semanas fazendo uma relatório sobre o pleito em solo haitiano. O material já foi entregue para o presidente René Preval. No relatório, a OEA recomenda que o candidato governista à Presidência se retire do segundo turno das eleições.



Segundo o embaixador barsileiro no Haiti, ainda não há informações de que Duvalier esteja apoiando algum dos candidatos que têm chance de disputar o segundo turno. Ainda na noite deste domingo, segundo o embaixador, o ex-presidente terá reuniões com grupos políticos na captal haitiana.



Minustah

A Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah), que desde 2004 atua no país sob o comando do Brasil, não recebeu nenhuma informação oficial sobre o retorno do ex-presidente. Segundo a Minustah, que é responsável pela segurança do país, juntamente com a polícia haitiana, ainda não há um plano de reforço previsto devido à presença do ex-presidente no país. Além do Brasil, outros 18 países atuam na missão no país caribenho.



Em entrevista ao G1 na última segunda-feira (10), o general brasileiro Luiz Guilherme Paul Cruz, responsável pelas tropas dos 19 países da Minustah, disse que só após o país conseguir uma estabilidade política, com um novo presidente empossado, será possível visualizar os próximos passos da missão.



No ano passado, o Brasil aumentou de 1,3 mil para 2,2 mil o contingente militar no país. A expectativa de começar uma retirada gradual das forças militares a partir de 2011, como era previsto antes do terremoto que atingiu o país no dia 12 de janeiro de 2010, não deverá se concretizar, segundo Paul Cruz.



"A resolução do Conselho de Segurança [da ONU] me determina fazer uma avaliação da questão de segurança e estabilidade para propor uma possível redução dos efetivos daqui. Eu não trabalho com datas”, disse o general ao G1, por telefone.


http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/01/ex-presidente-do-haiti-retorna-ao-pais-depois-de-25-anos-de-exilio.html

sábado, 15 de janeiro de 2011

Mostra "Black Barbie" revela a beleza da versão negra da famosa boneca

Mostra "Black Barbie" revela a beleza da versão negra da famosa boneca
13/01/2011 - 11:08



1ª exposição itinerante da boneca ocorre em Campinas

A exposição “Black Barbie”, mostra itinerante de modelos negros da boneca mais famosa do mundo, chega a Campinas. São 85 exemplares raros que contam a trajetória das bonecas afrodescendentes da família Barbie.


Todos os modelos apresentados pertencem ao acervo do colecionador Carlos Keffer, que em 15 anos acumulou mais de 700 bonecas, sendo 85 delas negras, formando a mais valiosa e importante coleção do gênero no Brasil.



Alguns dos destaques da exposição são o exemplar original da primeira Barbie e do primeiro Ken (boneco criado para ser o namorado da Barbie) negros, uma Barbie customizada pelo conceituado estilista afro-brasileiro Wilson Ranieri especialmente para a mostra, além de exemplares inspirados em celebridades como a cantora Diana Ross e a atriz Halle Berry.



As Barbies negras estão separadas em 11 grupos temáticos: “Black Fever” (época Mod e Disco), “África Negra” (homenagem à África e aos afrodescendentes), “Profissões dos Sonhos: Tudo que Você Quer Ser”, “Alta Temperatura: Praia Animada”, “Trend: Estilos Marcantes”, “Fashion: Passarela da Moda”, “Divas: Vestidos de Gala”, “So In Style: Amigas com o Estilo Black nos Dias de Hoje”, “Porcelana: Luxo e Sofisticação”, “Princesas: Celebração da Fantasia” e “Casamento dos Sonhos: Noivas e Anjos”.



A mostra apresenta ainda um mostruário com edições históricas de revistas, fotos e LPs que celebram ícones da beleza afro, de Zezé Motta a Michelle Obama, além de 13 fotos do fotógrafo Ricardo Schetty.



Brinquedoteca



Além de conhecer as histórias e curiosidades das Black Barbies e a fim de enriquecer a exposição e levar mais interatividade à mostra, o Campinas Shopping preparou uma brinquedoteca para receber os pequenos visitantes, que poderão brincar com diversas bonecas e bonecos, acessórios, casinhas, móveis e pistas de corrida, exercitando a criatividade do imaginário infantil.



São duas mesas para meninas, com três casas completas da Barbie e diversos móveis de sala, quarto e cozinha, dezenas de bonecas de todas as cores e diversas roupinhas para trocar e dois lap tops da Barbie com jogos infantis, e uma para meninos, com duas pistas de corrida e dezenas de carrinhos Hot Wheels, nove bonecos Max Steel e um lap top Hot Wheels com jogos infantis.



A história da Barbie



Barbie foi criada em 1959 pela americana Ruth Handler, co-fundadora da fábrica de brinquedos Mattel, que percebeu que sua filha Bárbara, cujo apelido era Barbie, gostava de brincar com bonecas de papel, que trocavam de roupa. Até então, todas as bonecas tinham aparência de bebês e a de papel era uma das únicas que tinha a feição mais próxima de uma adolescente. Quando lançada, foi definida como a “modelo teenager vestida na última moda”. Hoje, Barbie é reconhecida como uma das marcas mais fortes de todos os tempos e ainda ícone fashion mundial.



Como toda diva, a partir dos anos 90, estilistas famosos vestiram a boneca em várias ocasiões. Fazem parte desse grupo nomes como Christian Dior, Chanel, Versace, Givenchy, Carolina Herrera, Donna Karan, Giorgio Armani e Alexandre Herchcovitch. Clássicos do cinema, teatro e TV também ganharam bonecas Barbie caracterizadas com seus personagens mais famosos, entre eles “Romeu e Julieta”, “O Mágico de Oz” e “Star Trek”, além de musas como Marilyn Monroe, Audrey Hepburn, Elizabeth Taylor e Vivien Leigh.



O estilo de vida da boneca, que já virou personalidade, sempre fez com que ela fosse popular entre crianças e adultos. Em 50 anos, ela já teve mais de 100 profissões, todas retratando aspectos da cultura e da sociedade de suas épocas. Alguns exemplos emblemáticos são a “Barbie astronauta” (1965), “Barbie médica cirurgiã” (1973), “Barbie negra” (1980) e “Barbie presidente dos EUA” (1992).



Serviço:



Exposição “Black Barbie”

Local: Campinas Shopping. Praça de Eventos. Rua Jacy Teixeira de Camargo, 940, Jardim do Lago

Data: de 10 a 30 de janeiro

Horário: exposição - das 10 às 22 horas / brinquedoteca - de segunda a sexta das 14 às 20 horas. Sábados das 10 às 20 horas e domingos das 14 às 20 horas

Entrada: gratuita

http://www.geledes.org.br/variedades/mostra-black-barbie-revela-a-beleza-da-versao-negra-da-famosa-boneca-13-01-2011.html

Revista Elle = Indianos criticam revista por clarear pele de atriz

Mais racismo nas capas de Revistas03/01/2011 - 14:02


Indianos criticam revista por clarear pele de atriz

A Revista Elle está sendo acusada de postura racista na Índia. A polêmica ocorreu por conta da edição de dezembro, que traz na capa a atriz Aishwarya Rai Bachchan. Apesar de ser uma estrela nacional, em razão de ter atudado em várias produções do complexo cinematográfico conhecido como Bollywood, vários conterrâneas da estrela estranharam a imagem da ex-Miss Mundo na foto. Para essas pessoas, a pele da atriz está tão pálida quanto a de alguém com origem europeia. Os fãs acusam a Elle de racismo. Os editores negam a alteração intencional.

Os jornais indianos afirmam que a primeira reação de Aishwarya foi não acreditar que a revista pudesse ter alterado a cor de sua pele. Mas, se ficar comprovado que houve intenção de fazê-lo, ela não descarta processar a publicação. Se decidir ir à Justiça contra Elle, a atriz indiana vai poder citar pelo menos um outro possível caso de racismo. Na edição de setembro, Elle passou por outra polêmica, ao ser criticada por clarear a pele da atriz Gabourey Sidibe, indicada ao Oscar de melhor atriz pelo ótimo Precious. Os editores dizem que trataram as fotos de Gabourey como as de qualquer outra modelo, mas o site Jezebel não perdoou e incluiu a capa entre as piores falhas de Photoshop de 2010.