sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Negado habeas corpus a homem condenado por racismo contra a filha de uma empregada

27/10/2010 - 14h39
DECISÃO
Negado habeas corpus a homem condenado por racismo contra a filha de uma empregada
A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o recurso em habeas corpus em que um homem condenado por racismo no Ceará pedia o trancamento da ação penal por ausência de justa causa.

O homem foi condenado por incitar discriminação racial contra uma adolescente que residia no mesmo condomínio que ele. A menina era filha de empregada doméstica e morava no apartamento onde a mãe trabalhava. A jovem fez amizade com outras adolescentes que moravam no mesmo condomínio e passou a frequentar a piscina do prédio.

O denunciado, que exercia a função de síndico, informou ao morador do apartamento em que a menina vivia que não era permitido aos empregados usar a piscina. Ele afirmou que isso era proibido pelo fato de a garota ser filha de uma empregada doméstica. Na ocasião, um funcionário encerrou o acesso à piscina antes do horário habitual.

A mãe da menina resolveu registrar um boletim de ocorrência quando soube das restrições impostas pelo então síndico. No depoimento da jovem e de testemunhas, consta que o homem se referia à vítima como “aquela negrinha” e que ele teria alertado algumas mães sobre a inconveniência de permitirem que as filhas tivessem amizade com a filha da empregada doméstica.

O homem foi condenado a um ano de reclusão em regime aberto. A pena foi substituída por uma restritiva de direitos – prestação de serviço à comunidade.

Para o relator, ministro Jorge Mussi, o trancamento da ação pela via de habeas corpus só é admissível quando a ausência de indícios que fundamentam a acusação é demonstrada sem a necessidade de exame do conjunto fático ou probatório.

O ministro afastou a alegação de carência de justa causa por entender que os elementos de informação produzidos no inquérito policial davam base adequada à denúncia. Jorge Mussi ressaltou ainda que o argumento foi enfraquecido, também, pela existência de posterior sentença condenatória.

Coordenadoria de Editoria e Imprensa

http://www.stj.gov.br/portal_stj/publicacao/engine.wsp?tmp.area=398&tmp.texto=99610&tmp.area_anterior=44&tmp.argumento_pesquisa=

Papa pede que clero no Brasil reaja em debate político sobre aborto e eutanásia Bento 16 pediu que padres brasileiros emitam juízos sobre temas políticos para 'defender a vida'.

Papa pede que clero no Brasil reaja em 

 

 

debate político sobre aborto e eutanásia

 

 

Bento 16 pediu que padres brasileiros emitam juízos sobre temas políticos para 'defender a vida'.



Para Bento 16, padres devem alertar fiéis sobre importância do voto
O papa Bento 16 pediu nesta quinta-feira no Vaticano, em um discurso a um grupo de bispos do Brasil, que os membros do clero brasileiro se manifestem publicamente sempre que a descriminalização do aborto ou da eutanásia se tornar objeto de debate político.
"Quando os projetos políticos contemplam, aberta ou veladamente, a descriminalização do aborto ou da eutanásia, o ideal democrático - que só é verdadeiramente tal quando reconhece e tutela a dignidade de toda a pessoa humana - é atraiçoado nas suas bases", afirmou o papa.
"Portanto, caros irmãos no episcopado, ao defender a vida não devemos temer a oposição e a impopularidade, recusando qualquer compromisso e ambiguidade que nos conformem com a mentalidade deste mundo."
A audiência com o papa contou com a presença de 14 bispos que atuam no Maranhão e que, até o sábado, estão em visita ao Vaticano.
Defesa da vida
Segundo Bento 16, ao formular seus juízos quanto a temas políticos, os padres e bispos devem levar em conta os preceitos que declaram inaceitável a escolha de uma ação "intrinsecamente má e incompatível com a dignidade da pessoa".
"Portanto, seria totalmente falsa e ilusória qualquer defesa dos direitos humanos políticos, econômicos e sociais que não compreendesse a enérgica defesa do direito à vida desde a concepção até a morte natural. Além disso, no quadro do empenho pelos mais fracos e os mais indefesos, quem é mais inerme que um nascituro ou um doente em estado vegetativo ou terminal?"
O papa afirmou que o clero tem o dever de colaborar com a construção de uma sociedade justa e fraterna e que padres e bispos devem lembrar aos cidadãos "o direito, que é também um dever, de usar livremente o próprio voto para a promoção do bem comum".
Bento 16 ainda defendeu que se ensine religião nas escolas públicas brasileiras e a manutenção de símbolos religiosos em instituições públicas nacionais ("Eles têm um valor particular, no caso do Brasil, em que a religião católica é parte integral da sua história").
"Como não pensar neste momento na imagem de Jesus Cristo com os braços estendidos sobre a Baía da Guanabara, que representa a hospitalidade e o amor com que o Brasil sempre soube abrir seus braços a homens e mulheres perseguidos e necessitados provenientes de todo o mundo?", disse o papa.
O pontífice se pronunciou sobre relatórios que lhe foram entregues pelo grupo de bispos. "Lendo os vossos relatórios, pude dar-me conta dos problemas de caráter religioso e pastoral, além de humano e social, com que deveis medir-vos diariamente. O quadro geral tem as suas sombras, mas tem também sinais de esperança", afirmou.

http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/10/papa-pede-que-clero-no-brasil-reaja-em-debate-politico-sobre-aborto-e-eutanasia.html

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Apesar de empate, STF confirma validade da Lei da Ficha Limpa -Após placar de 5 a 5, ministros decidem que deve vigorar decisão do TSE - Com isso, deputado federal Jader Barbalho perde registro de candidatura.

27/10/2010 21h07 - Atualizado em 27/10/2010 21h07


Apesar de empate, STF confirma validade da Lei da Ficha Limpa

Após placar de 5 a 5, ministros decidem que deve vigorar decisão do TSE.

Com isso, deputado federal Jader Barbalho perde registro de candidatura.

Débora Santos

Do G1, em Brasília



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Ministro Joaquim Barbosa, relator do recurso do

deputado federal Jader Barbalho (PMDB-PA) contra

a Lei da Ficha Limpa, no julgamento desta quarta

(Foto: José Cruz / Agência Brasil)O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira (27) que a Lei da Ficha Limpa vale para as eleições deste ano e se aplica a casos de renúncia de políticos a mandato eletivo para escapar de processo de cassação, mesmo nas situações ocorridas antes da vigência da lei. Diante do impasse causado pelo empate em 5 a 5, os ministros optaram por manter a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a norma.



O STF analisou nesta quarta o recurso do deputado federal Jader Barbalho (PMDB-PA), barrado na disputa a uma vaga de senador pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com base na Lei da Ficha Limpa. Mesmo com registro indeferido, Jader Barbalho recebeu 1.799.762 de votos e, caso não tivesse sido barrado, seria eleito em segundo lugar para uma vaga no Senado.



O deputado teve a candidatura questionada porque renunciou ao mandato de senador, em 2001, para evitar um processo de cassação em meio às investigações do caso que apurava desvios no Banpará e também por denúncias de envolvimento no desvio de dinheiro da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam).



O candidato sempre negou irregularidades. Sua defesa afirma que a renúncia não representou atentado à moralidade pública porque o então senador foi alvo apenas de denúncias publicadas na imprensa.



Com a decisão do Supremo, o Tribunal Regional Eleitoral do Pará pode convocar novas eleições para o Senado no estado. A soma dos votos obtidos pelo deputado Jader Barbalho e pelo terceiro colocado na disputa – o petista Paulo Rocha, também barrado pela ficha limpa – ultrapassam 50% dos votos válidos. Nesse caso, os votos são anulados, o que, pela legislação eleitoral, abre a possibilidade de realização de novas eleições.



"O que me preocupa agora é o processo do mesmo estado em relação à mesma vaga de senador", disse o presidente do STF, Cezar Peluso.



Regimento do Supremo

A alternativa dos ministros do STF, de manter a decisão contrária ao recurso de Jader, está prevista no regimento interno do Supremo e já havia sido sugerida na primeira vez que o tribunal analisou a ficha limpa, em setembro.



De acordo com o artigo 205 do regimento interno do STF, “havendo votado todos os ministros, salvo os impedidos ou licenciados por período remanescente superior a três meses, prevalecerá o ato impugnado”.



A possibilidade já havia sido aventada quando o STF analisou o recurso do ex-candidato do governo do Distrito Federal Joaquim Roriz (PSC). Ele também teve o registro negado pelo TSE por ter renunciado ao mandato de senador, em 2007, para escapar de cassação. Na apelação ao STF, o julgamento terminou empatado e Roriz desistiu da disputa eleitoral.



O STF está com um integrante a menos desde agosto, quando o ministro Eros Grau se aposentou. A indicação de um novo ministro é feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que não tem data para ocorrer.



Solução para o impasse

Após o empate no julgamento, o advogado de Jader, Eduardo Alckmin, propôs ao plenário a suspensão da análise do recurso para que ele fosse analisado na mesma sessão que vai decidir sobre recurso de Paulo Rocha.



Por 7 votos a 3, os ministros decidiram concluir o julgamento, mas a sugestão levou a uma discussão generalizada no plenário. "A questão já foi amplamente debatida. Durante 11 horas no primeiro julgamento e, agora, mais cinco [horas] e a proposta é que adie mais uma vez? Nós estamos aqui a brincar?", questionou o relator do recurso, Joaquim Barbosa.



Em meio ao debate, a ministra Ellen Gracie pediu que Marco Aurélio Mello concluísse o voto sobre a proposta da defesa. Ele respondeu em tom de ataque. “Vossa Excelência está presidindo este tribunal? Ministra, não me cobre definição. Se há alguém que se posiciona com coerência sou eu. Ou Vossa Excelência tem viagem marcada?”



http://g1.globo.com/especiais/eleicoes-2010/noticia/2010/10/apesar-de-empate-stf-confirma-validade-da-lei-da-ficha-limpa.html

SÃO LUÍS - Morre Dona Celeste vodúnsi da Casa das Minas

25/10/2010 - 14h53


Morre Dona Celeste vodúnsi da Casa das Minas

Dona Celeste tinha 86 anos e era a responsável pela Festa do Divino na Casa das Minas.



Imirante

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Foto: De Jesus/O Estado

SÃO LUÍS - Morreu nesta segunda-feira (25), aos 86 anos, vítima de uma parada cardíaca, Dona Maria Celeste Santos, vodúnsi da Casa das Minas Jeje, em São Luís. Segundo informações, Dona Celeste que usava marca-passo passou mal em casa e foi levada para o hospital Socorrão I, no Centro de São Luís, mas já teria chegado ao local sem vida. O corpo de Dona Celeste foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) e vai ser velado na Casa das Minas que fica na Rua São Pantaleão, no bairro Madre Deus. O enterro vai ser amanhã (26), às 16h, no cemitério do Gavião.





Dona Maria Celeste Santos começou a frequentar a Casa das Minas ainda jovem, em 1950, ao tempo da famosa mãe Andresa, foi iniciada vodúnsi-he.





Dando continuidade a uma tradição que vem do século XIX, em 1968, Dona Celeste assumiu a responsabilidade pela organização da festa do Divino na Casa das Minas. Como especialista no assunto, ajudou a organizar essa e muitas outras festas, em várias casas e terreiros de São Luís e Alcântara. Era considerada uma das grandes conhecedoras da Festa do Divino no Maranhão.





Na missa campal que celebrou no aterro do Bacanga, quando visitou o Maranhão em 1991, o papa João Paulo II recebeu presentes típicos das mãos de diversos representantes do povo maranhense. Dona Celeste ofereceu ao papa uma pomba branca, símbolo dessa devoção, que em São Luís é assumida principalmente pela religião afro-brasileira.





Em 1993, quando visitou o Benim, a convite de Pierre Verger, participando da cerimônia de inauguração de um monumento que assinalava o local do embarque dos escravos em Ouidah, Dona Celeste entoou cântico da Casa das Minas, que foi reconhecido e acompanhado pelos mais velhos, conhecedores do culto, que estavam presentes.





Dona Maria Celeste dos Santos nasceu em 13 de abril de 1924.

http://imirante.globo.com/noticias/2010/10/25/pagina257476.shtml

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Luxemburgo barra pastor de jogadores do Flamengo

26.10.10 às 01h05

Luxemburgo barra pastor de jogadores do Flamengo

Técnico suspende cultos evangélicos que eram realizados nas vésperas dos jogos no Rio



POR JANIR JÚNIOR



Rio - Desde que chegou ao Flamengo, Vanderlei Luxemburgo mudou o time, testou jogadores, conseguiu uma vitória e dois empates e fez uma barração religiosa: o técnico suspendeu os cultos evangélicos que eram realizados nas vésperas dos jogos no Rio, quando o Pastor Fernando, da comunidade evangélica Até Aqui Nos Ajudou o Senhor, fazia uma roda de oração com palavras motivacionais no hotel que serve de concentração para o time. Com isso, o encontro agora acontece numa Igreja e com o auxílio da tecnologia, com mensagens de texto de celular e através da Internet.



“Quando muda o técnico, os jogadores pedem autorização. O Diego (Maurício) chegou a falar com o Isaías (supervisor de futebol)... O Vanderlei disse que liberando a presença de um pastor, daqui a pouco vão querer levar pai de santo, padre... Eu entendi, ele foi coerente, quis organizar”, afirma o pastor Fernando.



O veto acontece justamente no momento em que mais jogadores passaram a buscar conforto e apoio nas palavras de Deus e conversas motivacionais. Juan e Correa são os novos integrantes do grupo, que já contava com Marcelo Lomba, Diego Maurício, Diogo, Paulo Vitor, Deivid e Val Baiano, entre outros. Na base da fé e da confiança que ganhou de Luxemburgo, Val Baiano fez gols e desencantou.



“Os encontros estão acontecendo na Igreja. Depois do culto, reservo um momento em separado para os jogadores do Flamengo, com orações e conversa”, revela o pastor.



Apesar da proibição de Luxemburgo, o religioso não cria polêmica e elogia o treinador rubro-negro. “Ele é o cara, um fera, técnico de verdade mesmo”, afirma Fernando.



Além dos encontros na Igreja, o pastor troca mensagens pela Internet e SMS de celulares com os jogadores. “Às vezes, quando eles estão no ônibus da delegação indo para o jogo, mandam um SMS dizendo que estão com Deus”, destaca o pastor.



Os jogadores que buscam forças na palavra evangélica costumam escrever mensagens religiosas no Twitter para propagar sua fé. Mas o pastor Fernando faz um alerta. “Digo que não tem essa de Deus faz tudo... os jogadores têm que fazer a parte deles”, ressalta.

 
http://odia.terra.com.br/portal/ataque/flamengo/html/2010/10/luxemburgo_barra_pastor_de_jogadores_do_flamengo_119695.html