terça-feira, 12 de outubro de 2010

Brasil cai 4 posições em ranking da desigualdade de gênero

Brasil cai 4 posições em ranking da desigualdade de gênero


Elaborado pelo Fórum Econômico Mundial relatório analisa desempenho de 134 países em relação as diferenças entre homens e mulheres

EFE
12/10/2010 07:45

Mudar o tamanho da letra: A+ A- O Relatório Global de Desigualdade de Gênero 2010, apresentado nesta terça-feira em Nova York, indica que os países nórdicos seguem liderando o ranking dos Estados com menor desigualdade entre homens e mulheres, enquanto o Brasil está em 85º lugar, caindo portanto quatro posições em relação ao ano passado.



Elaborado pelo Fórum Econômico Mundial (FEM), o relatório analisa diversos fatores para avaliar o desempenho de 134 países em relação às diferenças entre gêneros na sociedade.



Quatro países nórdicos encabeçam o topo do ranking. São eles, em ordem: Islândia, Noruega, Finlândia e Suécia. O quinto colocado é a Nova Zelândia.



Segundo o documento, o Brasil, que estava em 81º lugar na lista do ano passado, caiu quatro posições devido a perdas em educação e no poder político, bem como ganhos relativos de outros países. Apesar do aumento de matrículas de meninas no ensino primário (93%), o país ainda registra maior proporção de meninos (95%), constata o texto.



A participação feminina no mercado de trabalho (64%) é ainda significativamente menor que a masculina (85%), além do fato de a renda estimada delas ser menor que dois terços da deles, acrescenta.



De acordo com o relatório, a percepção de salários para o mesmo tipo de trabalho no Brasil é uma das piores do mundo, colocando o país em 123º colocado nesse quesito - esse dado veio piorando constantemente nos últimos três anos.



As mulheres representam apenas 9% dos parlamentares no Brasil e somente 7% dos cargos de nível ministerial, destaca o documento, segundo o qual o país está, respectivamente, na 108ª e 102ª colocação nesses quesitos.



Em relação aos países da América Latina, o Brasil fica atrás de Trinidad e Tobago (21ª), Cuba (24º), Costa Rica (28º), Argentina (29º), Nicarágua (30º), Panamá (39º), Equador (40º), Chile (48º), Honduras (54º), Colômbia (55º), Uruguai (59º), Peru (60º), Venezuela (64º), Paraguai (69º), República Dominicana (73º) e Bolívia (79º).



Na mesma comparação, o Brasil só fica à frente de El Salvador (90º), México (91º) e Guatemala (109º).



"Aproximar a igualdade de gênero proporciona as bases para uma sociedade próspera e competitiva", assinalou o responsável do programa de liderança feminina e igualdade de gêneros do FEM, Saadia Zahidi, coautora do documento, divulgado anualmente desde 2006.



Entre outros destaques do relatório, estão os Estados Unidos (19ª), que melhoraram 12 posições em relação ao ano passado. Já entre os países europeus, a França ficou em 46º lugar, despencando 28 posições de 2009 para cá.



Na Ásia, as Filipinas (9º) são o país mais bem colocado, enquanto a China se mantém em 61º e o Japão passou a 94º, avançando sete posições.



Na África, são Lesoto (8º) e África do Sul (12º) os que ocupam as melhores posições devido ao aumento da participação feminina no mercado de trabalho.



Já a situação do mundo árabe continua sendo das mais atrasadas, pois quase todos estão entre os piores, como ocorre com Emirados Árabes Unidos (103º), Kuwait (105º), Tunísia (107º), Barein (110º), Catar (117º), Argélia (119º), Jordânia (120º), Irã (123º), Síria (124º), Egito (125º), Turquia (126º) e Marrocos (127º).



Os últimos colocados do ranking são Paquistão (132º), Chade (133º) e Iêmen (134º).



* Com EFE

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/brasil+cai+4+posicoes+em+ranking+da+desigualdade+de+genero/n1237796894260.html

domingo, 10 de outubro de 2010

HISPÂNICOS PODEM EVITAR ELEIÇÕES POR CAUSA DA QUESTÃO IMIGRATÓRIA

Hispânicos podem evitar eleições por causa da questão imigratória

HISPÂNICOS PODEM EVITAR ELEIÇÕES POR CAUSA DA QUESTÃO IMIGRATÓRIA

Pesquisa revela que, apesar de os latinos apoiarem mais os democratas, apenas 51% dos eleitores hispânicos comparecerão às urnas

The New York Times | 10/10/2010 08:03


A controversa lei imigratória do Arizona provocou denúncias, protestos, boicotes e uma ação federal. Mas pode não provocar o voto de protesto que muitos democratas esperavam ao travar uma investida contra os republicanos nas eleições em todo o país.
Isso porque, embora muitos eleitores estejam desiludidos com o processo político, os eleitores latinos estão particularmente abatidos e muitos podem simplesmente não votar nestas eleições, de acordo com eleitores, organizações latinas, consultores políticos e candidatos.
Foto: The New York Times
Voluntário tenta convencer eleitores a se registrar no Arizona, EUA
Uma pesquisa divulgada na terça-feira revela que, apesar de os latinos apoiarem mais os democratas do que os republicanos - 65% contra 22% - nas eleições para o Congresso que acontecerão em menos de quatro semanas, apenas 51% dos eleitores latinos registrados confirmaram que comparecerão às urnas, em comparação aos 70% de todos os eleitores registrados.
O outro lado do debate sobre a imigração está sofrendo por causa dessa falta de entusiasmo. Analistas políticos e candidatos dizem que o sentimento contra o status quo que assola o eleitorado, assim como a frustração generalizada com as fronteiras porosas do país, parecem contribuir para os candidatos que defendem regras mais duras de imigração.
"Em todas as disputas eleitorais os candidatos são questionados: ‘Você assinaria uma lei de imigração como a do Arizona?’”, disse Jennifer Duffy, editora do apartidário website Cook Political Report. "A questão agora está na lista das mais relevantes, como uma emenda equilibrada do orçamento e um corte de impostos. Faz parte do léxico político e envolve as pessoas".
Debate
Os resultados da pesquisa divulgada na terça-feira passada, pelo Pew Hispanic Center, sugerem que o acirrado debate sobre lei do Arizona e a falta de ação no Congresso sobre reforma imigratória podem ter afastado muitos latinos.
Apenas 32% de todos os eleitores latinos registrados disseram ter “pensando bastante” nas eleições deste ano, em comparação com 50% de todos os eleitores registrados, segundo a pesquisa. A pesquisa nacional foi baseada em entrevistas telefônicas com 1.375 latinos, dos quais 618 são eleitores registrados. O levantamento foi realizado entre 17 de agosto e 19 de setembro e tem margem de erro de mais ou menos 5 pontos percentuais.
Questões
A pesquisa do Pew também constatou que, para os latinos, educação, emprego e saúde são questões mais importantes do que a imigração, o que poderia ser uma má notícia para os democratas que esperam capitalizar da raiva dos hispânicos a respeito da lei do Arizona.
Mas Tomas Robles, um estudante do Estado do Arizona, estava tão furioso com a lei, que exige que a polícia peça os documentos de pessoas que parem nas ruas para verificar se estão no país legalmente, que registrou 12 membros de sua família para votar e se juntou a outros ativistas locais em uma campanha porta a porta que inscreveu mais de 20 mil latinos.
"Pela primeira vez, eu senti que era hora de me envolver", disse Robles. Ele ficou surpreso ao descobrir que, enquanto alguns latinos estavam tão dispostos quanto ele, outros bateram a porta na sua cara.
*Por Marc Lacey

Esposa encontrou o ganhador do Nobel da Paz na cadeia, afirma família - Liu Xiaobo, ativista pró-democracia, está preso na província de Liaoning.

10/10/2010 06h20 - Atualizado em 10/10/2010 10h49


Esposa encontrou o ganhador do Nobel da Paz na cadeia, afirma família

Liu Xiaobo, ativista pró-democracia, está preso na província de Liaoning.


Aparentemente, ele não sabia até agora que havia recebido o prêmio.

Do G1, com agências internacionais



imprimir Liu Xia, a mulher do ganhador do Nobel da Paz, Liu Xiaobo, conseguiu se reunir na tarde deste domingo (10) com o marido na cadeia onde ele cumpre pena de 11 anos por lutar pela democracia na China. Até agora, ele aparentemente não sabia que havia sido premiado.



A informação é de familiares, de um grupo de direitos humanos e da imprensa da província de Liaoning, no noroeste do país, onde ele está preso.



Ela deve voltar ainda neste domingo à capital, Pequim, segundo a mãe da poetisa.



Citando a sogra de Xiaobo, o Centro de Informação dos Direitos Humanos e a Democracia, organização com sede em Hong Kong, afirmou em um comunicado que o casal encontrou-se na tarde deste domingo.





Manifestantes pró-democracia mostram cartazes com foto do Nobel da Paz Liu Xiaobo em Hong Kong neste domingo (10). (Foto: AP)Liu Xia estava incomunicável desde a noite de sexta-feira, quando disse à France Presse que policiais estavam em sua casa e explicaram que a levariam a Liaoning para ver o marido.



Os dissidentes do governo chinês celebraram neste sábado a atribuição do Nobel da Paz de 2010 ao ativista, mas temiam uma nova onda de repressão, depois da relatada prisão de militantes ocorrida logo depois do anúncio do prêmio.



Na sexta-feira à noite, a polícia deteve dezenas de partidários de Xiaobo que comemoravam o prêmio, disseram neste sábado o advogado Teng Biao e uma organização de defesa dos direitos humanos.



A Organização Defensores dos Direitos Humanos na China, com sede em Hong Kong, também falou em prisões.





Policiais chineses patrulham neste sábado (9) rua bloqueada próximo à prisão onde o prêmio Nobel da Paz de 2010, Liu Xiaobo, é mantido em Jinzhou, na província de Liaoning. (Foto: AP)Já o jornal oficial "Global Times" reafirmou a posição do governo, de que o comitê do Nobel se "desonrou" e que o prêmio virou "um instrumento político a serviço de motivações antichinesas".



Em editorial, o jornal aludiu à premiação do Dalai Lama, líder espiritual do Tibete, ocorrida em 1989.



Nos principais portais de internet chineses, uma busca pelas palavras "prêmio Nobel da Paz" ou "liu Xiaobo" não dava resultados. Vários internautas, acostumados à censura, citavam Xiaobo de maneira indireta.



A TV oficial chinesa não falou sobre o assunto, e reportagens de cadeias estrangeiras como a CNN e a TV5 foram censuradas.



Professor e defensor da democracia na China, Xiaobo vai receber um prêmio de U$ 1,5 milhão (cerca de R$ 2,7 milhões).



Pressão

Líderes mundiais e organizações pró-direitos humanos reforçaram na sexta os pedidos para que o governo da China liberte Xiaobo.

 
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/10/esposa-encontrou-o-ganhador-do-nobel-da-paz-na-cadeia-afirma-familia.html

Como o debate sobre Deus e o aborto interfere no segundo turno das eleições – e pode inaugurar uma nova fase na política brasileira

08/10/2040 - 22:07 - Atualizado em 08/10/2010 - 22:59 A fé entrou na campanha (trecho)


Como o debate sobre Deus e o aborto interfere no segundo turno das eleições – e pode inaugurar uma nova fase na política brasileira

Ivan Martins e Leonel Rocha. Com Kátia Melo, Martha Mendonça, Nelito Fernandes, José Alberto Bombig e Guilherme Evelin



A religião não é um tema estranho às campanhas políticas no Brasil. A cada par de eleições, o assunto emerge da vida privada e chega aos debates eleitorais em favor de um ou outro candidato, contra ou a favor de determinado partido. Em 1985, o então senador Fernando Henrique Cardoso perdeu uma eleição para prefeito de São Paulo depois de um debate na televisão em que não respondeu com clareza quando lhe perguntaram se acreditava em Deus. Seu adversário, Jânio Quadros, reverteu a seu favor uma eleição que parecia perdida. Quatro anos depois, na campanha presidencial que opôs Fernando Collor de Mello a Lula no segundo turno, a ligação do PT com a Igreja Católica, somada a seu discurso de cores socialistas, fez com que as lideranças evangélicas passassem a recomendar o voto em Collor – que, como todos sabem, acabou vencendo a eleição.





RENDIÇÃO

Dilma e Serra com auréolas de santidade. Os candidatos se curvam ao voto religioso e põem Deus no discurso

Esses dois episódios bastariam para deixar escaldado qualquer candidato a um cargo majoritário no país. Diante de questões como a fé em Deus, a posição diante da legalização do aborto ou a eutanásia, ou o casamento gay, o candidato precisa se preparar não apenas para dizer o que pensa e o que fará em relação ao assunto se eleito – mas também para o efeito que suas palavras podem ter diante dos eleitores religiosos. Menosprezar esse efeito foi um dos erros cometidos pela campanha da candidata Dilma Rousseff, do PT. Nos últimos dias antes da eleição, grupos de católicos e evangélicos se mobilizaram contra sua candidatura por causa de várias declarações dela em defesa da legalização do aborto. Numa sabatina promovida pelo jornal Folha de S.Paulo, em 2007, Dilma dissera: “Olha, eu acho que tem de haver a descriminalização do aborto”. Em 2009, questionada sobre o tema em entrevista à revista Marie Claire, ela afirmou: “Abortar não é fácil pra mulher alguma. Duvido que alguém se sinta confortável em fazer um aborto. Agora, isso não pode ser justificativa para que não haja a legalização. O aborto é uma questão de saúde pública”. Finalmente, em sua primeira entrevista como candidata, concedida a ÉPOCA em fevereiro passado, Dilma disse: “Sou a favor de que haja uma política que trate o aborto como uma questão de saúde pública. As mulheres que não têm acesso a uma clínica particular e moram na periferia tomam uma porção de chá, usam aquelas agulhas de tricô, se submetem a uma violência inimaginável. Por isso, sou a favor de uma política de saúde pública para o aborto”.



Tais declarações forneceram munição para uma campanha contra Dilma que começou nas igrejas, agigantou-se na internet e emergiu nos jornais e na televisão às vésperas do primeiro turno. Foi como se um imperceptível rio de opinião subterrâneo se movesse contra Dilma. Esse rio tirou milhões de votos dela e os lançou na praia de Marina Silva, a candidata evangélica do PV. Segundo pesquisas feitas pela campanha de Marina, aqueles que desistiram de votar em Dilma na reta final do primeiro turno – sobretudo evangélicos – equivaleriam a 1% dos votos válidos. Embora pequeno, foi um porcentual que ajudou a empurrar a eleição para o segundo turno, entre Dilma e o candidato José Serra, do PSDB. Mais que isso, a discussão sobre a fé e o aborto se tornou um dos temas centrais na campanha eleitoral.



A polêmica religiosa deu à oposição a oportunidade de tomar a iniciativa na campanha política, pôs Dilma e o PT na defensiva e redefiniu o segundo turno. Na sexta-feira, quando foram ao ar as primeiras peças de propaganda eleitoral gratuita, o uso da carta religiosa ficou claro. Dilma agradeceu a Deus, se declarou “a favor da vida” e disse que é vítima de uma “campanha de calúnias”, como ocorreu com Lula no passado. O programa mencionou a existência de “uma corrente do mal na internet” contra ela. Serra se apresentou como temente a Deus, defensor da vida e inimigo do aborto (apesar de seu partido, o PSDB, ter apresentado nos anos 90 um projeto de legalização do aborto no Senado). Pôs seis grávidas em cena e prometeu programas federais para “cuidar dos bebês mesmo antes que eles nasçam”.



Agora, atônito, o mundo político discute que tipo de efeito a discussão sobre valores religiosos terá sobre a votação de 31 de outubro. E como ela afetará o Brasil no futuro. Tradicionalmente, o cenário político brasileiro tem sido dominado por temas de fundo econômico – como inflação, desemprego, previdência e salário mínimo – ou social – como pobreza, segurança, educação e saúde. Mas a elevação do padrão de vida dos pobres e a superação das necessidades elementares de sobrevivência podem ter começado a abrir espaço para aquilo que, em democracias mais maduras, é conhecido como “agenda de valores”. Ela reúne temas como fé, aborto, eutanásia, ensino religioso, casamento entre homossexuais ou pesquisas com manipulação genética. “Ninguém mais vai se eleger para um cargo executivo facilmente com um programa que prevê a legalização do aborto”, afirma Ary Oro, estudioso de religião e política da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. “É impossível ignorar a força numérica, demográfica e eleitoral da religião.”



http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI178518-15223,00-A+FE+ENTROU+NA+CAMPANHA+TRECHO.html

Morre aos 70 anos o soulman Solomon Burke

10/10/2010 06h33 - Atualizado em 10/10/2010 12h20


Morre aos 70 anos o soulman Solomon Burke

Cantor morreu quando chegava à Holanda para fazer show.

Americano cantava o hit 'Everybody needs somebody to love'.

Do G1, com agências internacionais



O cantor norte-americano Solomon Burke morreu neste domingo (10) de manhã quando chegava de avião a Amsterdã, vindo de Los Angeles.



Ainda não estava claro se ele morreu no avião ou depois de chegar à capital da Holanda.



Suspeita-se que ele tenha tinho um ataque cardíaco ainda dentro da aeronave.



Seus amigos e familiares, no entanto, afirmam que Burke morreu de causas naturais pouco depois do pouso.



Burke, que era conhecido como 'o rei do rock'n soul', iria fazer um show na terça-feira à noite.





Solomon Burke em show em Rabat, no Marrocos, em 20 de maio de 2009. (Foto: AP)Nascido em 21 de março de 1940 na Filadélfia, ele fez sucesso de público com "Everybody needs somebody to love", do filme "Blues Brothers" (Os irmãos cara-de-pau), de 1980, e também emplacou canções como "Cry to me", "Just out of reach (of my two open arms)" e "Got to get you off my mind".



Burke, vencedor do Grammy e membro do Hall da Fama do Rock and Roll, ele também era conhecido por ser um show man no palco.



Para o produtor Jerry Wexler, Burke era "o melhor cantor de soul de todos os tempos", segundo a biografia do cantor no Hall da Fama do Rock.



A fase principal de sua carreira ocorreu na década de 1960, mas a vitória no Grammy em 2002, pelo álbum 'Don't give up on me', garantiu um revival ao cantor.

 
http://g1.globo.com/pop-arte/musica/noticia/2010/10/morre-aos-70-anos-o-soulman-solomon-burke.html