terça-feira, 7 de setembro de 2010

Queimar Alcorão é 'idiota e perigoso', afirma secretário de Justiça dos EUA

07/09/2010 20h11 - Atualizado em 07/09/2010 20h34
Queimar Alcorão é 'idiota e perigoso', afirma secretário de Justiça dos EUA
Igreja da Flórida pretende atear fogo ao livro sagrado em 11 de setembro.
Mais cedo, Casa Branca, Vaticano e Irã já haviam criticado o plano.
Do G1, com agências internacionais

imprimir O secretário de Justiça dos EUA, Eric Holder, disse nesta terça-feira (7) que é "idiota e perigosa" a ideia de uma igreja batista do estado da Flórida de queimar um exemplar do Alcorão, livro sagrado do Islã, no dia do aniversário dos ataques do 11 de Setembro.

A declaração foi feita durante reunião com líderes religiosos em Washington, com o objetivo de encontrar meios de combater a violência religiosa. Ela foi citada aos jornalistas por líderes que participaram do encontro e confirmada por um funcionário do Departamento de Justiça, que não quis se identificar.

O plano de queimar o livro sagrado é da Dove World Outreach Center, uma igreja cristã fundamentalista. Eles pretendem queimar o exemplar no sábado, na cidade de Gainesville.


O reverendo Terry Jones posa nesta terça-feira (7) em frente à sede da igreja em Gainesville, no estado americano da Flórida. (Foto: AP)A ideia provocou protestos em várias partes do mundo, inclusive da Casa Branca, do Vaticano, do Irã e do comandante das tropas internacionais no Afeganistão, mas a igreja anunciou que não pretende recuar.

"Estamos firmemente determinados em fazê-lo", disse à CNN o pai da iniciativa, Terry Jones, pastor da igreja.

"Sabemos que este ato poderá efetivamente ofender (...), mas acreditamos que a mensagem que tentamos transmitir seja muito mais importante que o fato dessas pessoas se ofenderem. Acreditamos que não devemos retroceder diante dos perigos do islã", completou.

O general americano David Petraeus, comandante em chefe das forças da Otan e das tropas americanas no Afeganistão, avisou que o ato serviria de propaganda aos talibãs no Afeganistão e reforçaria o sentimento antiamericano no mundo muçulmano.

"Estou muito preocupado com as possíveis repercussões", disse Petraeus. "Poderá colocar em perigo tanto as tropas como o esforço global no Afeganistão. É precisamente esse tipo de ação que os talibãs utilizam e poderá gerar problemas significativos", completou o general.

O porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, concordou com Petraeus. A queima do Alcorão "coloca nossas tropas em uma situação perigosa".

O "L'Osservatore Romano", o jornal do Vaticano, publicou um artigo cujo título era "Que ninguém queime o Alcorão", enquanto o Irã advertiu que o ato poderá provocar reações "incontroláveis".

"Aconselhamos os países ocidentais a impedir a exploração da liberdade de expressão para insultar livros sagrados, caso contrário os sentimentos provocados nas nações muçulmanas não poderão ser controlados", afirmou o porta-voz do Ministério de Assuntos Externos iraniano, Ramin Mehmanparast.

O porta-voz do Departamento de Estado americano, Philip Crowley, qualificou a ideia de "provocadora, desrespeitosa e intolerante".

Na Indonésia, país com maior população muçulmana no mundo, a minoria cristã também teme tensões.

A organização que reúne 20.000 igrejas cristãs protestantes da Indonésia enviou uma carta ao presidente Barack Obama para que ele intervenha no caso.

visita à EDUCAFRO para reunião com cerca de 50 coordenadores de cursos para afrobrasileiros

17.09 - das 18:30 às 20:30 - visita à EDUCAFRO para reunião com cerca de 50 coordenadores de cursos para afrobrasileiros



Pessoal, segue o programa das atividades a serem realizadas em 17 e 18.09.2010
(sexta e sábado) para discutirmos a relação da Pedagogia Social com os países
africanos de língua portuguesa. Teremos um Reitor de Angola, seu Pró Reitor de
Cooperação acadêmica e 5 ou 6 estudantes angolanos no Brasil e, possivelmente,
representantes de outros paises africanos de língua portuguêsa.
Vamos negociar um plano de trabalho concreto que inclua:
1. intercambio de professores
2. intercâmbio de alunos de graduação e de pós
3. publicação do livro Pedagogia Social em Angola
4. realização de pelo menos um encontro de Pedagogia Social em Angola


Quem puder estar presente por favor confirme.

ABçs


Frei David Santos OFM
(11) 8473 5568 cel
(11) 3107 5024 trab
Rio (21) 2509 3141 trab

SIMPÓSIO USP/ÁFRICA DE COOPERAÇÃO ACADÊMICA
FEUSP - Sala 114 Bloco B


17.09 - das 9 às 12hs - reunião técnica de trabalho com todos os coordenadores
de convênios USP/África

ALMOÇO NO CLUBE DOS PROFESSORES/USP
17.09 - das 14 às 16 hs - visita ao Projeto Negritude, da Escola de Aplicação da
FEUSP
17.09 - das 18:30 às 20:30 - visita à EDUCAFRO para reunião com cerca de 50
coordenadores de cursos para afrobrasileiros
18.09 - das 9 às 12 - reunião aberta com CCInt/Feusp, direção, presidentes de
comissões estatutárias, professores e alunos da FEUSP
ALMOÇO
18.09 - das 14 às 16 - discussão do plano de trabalho USP/Africa, na FEUSP
18.09 - das 16 às 17 - Avaliação das atividades


Prof. Dr. Roberto da Silva
Professor Livre Docente do Departamento de Administração Escolar e Economia da
Educação
Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo
Av. da Universidade, 308 - Cidade Universitária - SP - CEP 05508-040
Fone: 55 11 3091-8278
E-mail: kalil@...
Home Page: www.usp.br/pedagogiasocial
No Skype ou Messenger ligue: robsilvausp

Assunto: Dr.Wade W. Nobles_Curso: pedagogia e psicologia de raíz africana / UFSCar

Para divulgação e participação de pessoas e instituições do movimento social
negro e, demais interessados nas temáticas da população negra.

CURSO - Excelência na Educação: contribuições do pensamento africano em
Psicologia e Educação

EDUCADOR: Dr.Wade W. Nobles da San Francisco State University / EUA

De: 14 a 20 de outubro 2010.
Local: Universidade Federal de São Carlos

domingo, 5 de setembro de 2010

Ex-ministra disputa suplência ao Senado

Ex-ministra disputa suplência ao Senado
Por: Redação - Fonte: Afropress - 1/9/2010

S. Paulo - Embora não tenha aparecido até agora no horário eleitoral gratuito, a ex-ministra da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), Matilde Ribeiro é a segunda suplente do cantor, empresário, apresentador e vereador Netinho de Paula, do PC do B, que concorre ao Senado por S. Paulo. Ela foi indicada pela executiva do PT paulista.

Matilde, 50 anos, saiu do Governo, exonerada no caso dos cartões corporativos, em fevereiro de 2008. “Depois da experiência de Ministra da Igualdade Racial no período de 2003 e 2008, voltei a São Paulo para dar continuidade ao doutorado, iniciar uma nova etapa profissional e política, conviver mais de perto com a família, enfim, tocar a vida com a mesma dignidade de sempre”, afirma.

Ela atualmente trabalha, no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a convite da diretoria do Sindicato e continua militando no PT e nos movimentos negro e feminista. “Agora aceitei esse novo desafio de ser candidata suplente ao Senado. Isso me faz renovar a crença na mensagem de Guimarães Rosa de que “a vida é assim, esquenta e esfria, aperta e depois afrouxa. O que ela quer de nós é coragem. Pois é estou com coragem para a vida e para a atuação política”, acrescenta

Confira a entrevista exclusiva da ex-ministra ao editor de Afropress, Dojival Vieira, postada no dia 05 de julho passado:http://www.afropress.com/noticiasLer.asp?ID=2273

http://www.afropress.com/noticiasLer.asp?id=2332
FONTE:

1949: Tumultos após concerto de Paul Robeson

Calendário Histórico
1949: Tumultos após concerto de Paul Robeson

Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: A polícia praticamente nada fez para conter a ira dos manifestantesNo dia 4 de setembro de 1949, protestos interromperam a apresentação do ator e cantor negro Paul Robeson em Nova York.

O ator e cantor negro Paul Robeson transformou a canção Old Man River do musical Showboat num hino da esquerda contra a injustiça e a opressão. O mais famoso artista afro-americano dos Estados Unidos também foi um ativista político. Segundo o ator, poeta e roteirista Saul Williams, que fez o papel principal em Slam (1998), "Paul Robeson sempre seguia seu coração e conseguia atingir a alma das outras pessoas."

Na Conferência Mundial da Paz de 1948 em Paris, Robeson declarou que os negros norte-americanos não deveriam ir para a guerra por um governo que os oprimiu durante várias gerações. A reação da opinião pública dos EUA foi imediata, como lembra Ben Hersh, de Peekskill, uma pequena cidade no norte do Estado de Nova York:

"Na época, reinava um clima anticomunista em toda esta região, sobretudo entre os veteranos de guerra. O lema dos grupos de oposição em Peekskill era "Acorda Amerika!" E Peekskill acordou. Muitos moradores colaram adesivos com esse lema nas janelas e nos pára-brisas de seus automóveis."


Espetáculo adiado


No final de agosto de 1949, uma multidão incitada pela imprensa local impediu a realização de um concerto ao ar livre de Paul Robeson em Peekskill. Em seguida, um novo espetáculo foi marcado para 4 de setembro, desta vez sob rigorosas medidas de segurança. Paul Robeson Junior lembra que não foram só os sindicalistas que formaram um anel de proteção ao redor da arena do espetáculo:

"As forças de segurança eram compostas também por ex-combatentes do exército. Tudo fora organizado como numa operação militar, mas sem armas. Nem todos os grupos de veteranos pensavam como os direitistas e a plebe exaltada. De forma alguma."

O cantor e ativista Pete Seeger diz que o clima dominante em Peekskill, naquela noite de setembro, era de perseguição aos comunistas. Essa atmosfera tinha sido incitada na véspera do concerto de Paul Robeson por um editorial do jornal "Evening Star", bem como por um discurso do então secretário da Defesa Louis Johnson. Pete Seeger:

"Ninguém sabe exatamente como os ataques foram organizados. A Legião Americana e algumas outras organizações de veteranos estavam envolvidas, mas foi sobretudo o Ku Klux Klan que mobilizou atiradores de pedras. Eles haviam infiltrado representantes até na polícia. Estive com toda a minha família no concerto. Cantei três canções antes de Paul Robeson pisar no palco. Todos os vidros do nosso carro foram quebrados. Tenho certeza que tinha gente querendo matar Robeson. Antes do início do concerto, um franco-atirador foi descoberto numa árvore."


Tumulto após o concerto


Paul Robeson conseguiu apresentar-se diante de 25 mil pessoas, em 4 de setembro de 1949. Mas, após o espetáculo, a polícia permitiu que uma multidão branca atirasse pedras nos espectadores que voltavam para casa. Inúmeros carros foram danificados e centenas de pessoas saíram feridas nos tumultos. À saída do espetáculo, o público foi prensado por um túnel de ódio dos brancos que cercavam as ruas das cidade.

Os gritos de "Volta pra Rússia!" ou "Te manda, negro!" eram até inofensivos diante dos ataques violentos contra o público. A espectadora Ellen Perlo relembra: "Em ambos os lados das ruas, encontravam-se as mesmas pessoas que já nos haviam recebido com insultos. Só que agora, em vez de insultos, veio uma chuva de pedras. Tremíamos, com medo de tamanha barbárie."

Uma comissão de inquérito instituída pelo governador de Nova York transformou os agressores e a polícia em vítimas. Somente anos depois é que as autoridades admitiram ter observado passivamente os violentos distúrbios de Peekskill.



Michael Kleff (gh)


http://www.dw-world.de/dw/article/0,,319283,00.html?maca=bra-uol-all-1387-xml-uol