segunda-feira, 26 de julho de 2010

Lula diz que dívida do Brasil com negros não pode ser paga em dinheiro

26/07/2010 - 08:44 (atualizada em 26/07/2010 08:46)

Lula diz que dívida do Brasil com negros não pode ser paga em dinheiro

No programa semanal "Café com o Presidente", o presidente defendeu o Estatuto da Igualdade Racial, aprovado na semana passada

    Ao comentar a sanção da lei que cria o Estatuto da Igualdade Racial na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (26) que a dívida do Brasil com os negros não pode ser paga em dinheiro,mas com solidariedade.

No programa semanal "Café com o Presidente", ele avaliou que a importância da lei está em garantir que, a partir de agora, não exista diferença entre brancos e negros no País. Lulalembrou que o projeto tramitou no Congresso Nacional por vários anos, até a elaboração de uma proposta única.

“Não é tudo o que a gente quer. Ainda faltam coisas pra gente fazer, mas é importante que a gente tenha a clareza de que hoje nós temos o Estatuto da Igualdade Racial, nós temos uma lei que dá mais direitos, que recupera a cidadania do povo negro brasileiro”, disse.

O estatuto prevê garantias e políticas públicas de valorização, além de uma nova ordem de direitos para os brasileiros negros, que somam cerca de 90 milhões de pessoas. O documento é formado por 65 artigos e tem como objetivo, segundo a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, a correção de desigualdades históricas no que se refere às oportunidades e aos direitos dos descendentes de escravos do País.


http://www.abril.com.br/noticias/brasil/lula-diz-divida-brasil-negros-nao-pode-ser-paga-dinheiro-581596.shtml



domingo, 25 de julho de 2010

Obama conversa com funcionária que renunciou após falsa acusação racista

Agencia EFE

22/07/2010 23h50 - Atualizado em 22/07/2010 23h50


Obama conversa com funcionária que renunciou após falsa acusação racista

Agencia EFE

Washington, 22 jul (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, conversou por telefone com uma funcionária de raça negra do Departamento de Agricultura obrigada a renunciar após falsa acusação de racismo contra um fazendeiro branco.

Segundo o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, a ligação telefônica durou sete minutos, e Obama expressou seu "pesar" pelo fato de a funcionária Shirley Sherrod ter perdido seu posto de trabalho em decorrência do incidente.

O secretário de Agricultura, Tom Vilsak, já tinha pedido desculpas publicamente a Sherrod na quarta-feira e revelou que tinha oferecido a ela a reincorporação ao Departamento, embora em outro posto diferente ao que ocupava e onde, segundo assegurou, Sherrod poderia pôr em prática "suas capacidades únicas".

Na conversa telefônica desta quarta-feira Obama assegurou a Sherrod que Vilsak tinha sido sincero em sua oferta e suas desculpas, e pediu para que ela aceitasse a reincorporação, segundo a Casa Branca.

Em entrevista posterior concedida à rede de televisão "ABC News", Obama admitiu que o secretário de Agricultura tinha se "precipitado" ao pressionar para que Sherrod renunciasse.

O caso, que despertou uma tempestade política nos Estados Unidos, representa uma situação embaraçosa para a Casa Branca - que quarta-feira reconheceu que a saída de Sherrod foi um "erro" e uma injustiça.

O escândalo surgiu depois que foi divulgado, domingo, em uma página conservadora da internet, um vídeo, gravado em março, que mostrava de forma fragmentada um discurso da funcionária no qual parecia reconhecer que deixou de ajudar um fazendeiro branco por questões racistas há 24 anos.

Segunda-feira, Vilsak anunciou a renúncia de Sherrod em meio a grande confusão, ao declarar que "no Departamento de Agricultura não há tolerância alguma para a discriminação e eu condeno energicamente a discriminação contra qualquer pessoa".

Entretanto, a funcionária, que desde o primeiro momento alegou que suas declarações no vídeo estavam fora de contexto, afirmou que sua renúncia não tinha sido voluntária, e só foi apresentada por pressões de seus superiores, segundo ela, com participação da Casa Branca.

O Governo rejeita taxativamente ter participado do caso, e assegurou que a situação foi tratada unicamente por Vilsak. Obama foi informado sobre a situação depois que a funcionária renunciou, segundo a Casa Branca.

Enquanto isso, foi publicado o vídeo completo, no qual Sherrod deixa claro que ajudou o fazendeiro. O próprio homem, de nome Roger Spooner, saiu em defesa da funcionária e confirmou que graças a sua ajuda pôde manter suas propriedades.

"Não sei de onde saíram estas tolices sobre racismo. Parece que alguém quer fazer alvoroço", disse Spooner, que disse que a funcionária é "uma amiga para toda a vida".

No vídeo que causou a polêmica, Sherrod explicava como Spooner a tratou com carinho exagerado e até suspeito, fazendo com que ela se sentisse inferior quando foi pedir ajuda.

"O não se deu conta que, enquanto tratava de demonstrar que era superior a mim, eu estava pensando se ia a ajudar ou não", disse Sherrod, conforme pode ser visto na gravação.

"Eu estava deliberando sobre o fato de que tantos negros tenham perdido suas terras (ao longo da história), e então eu estava na situação de ter que ajudar um branco a manter as suas", acrescentou. EFE


http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/07/obama-conversa-com-funcionaria-que-renunciou-apos-falsa-acusacao-racista.html

Índios mantêm reféns em obra de hidrelétrica em MT, diz Funai

25/07/2010 12h00 - Atualizado em 25/07/2010 18h28

Índios mantêm reféns em obra de hidrelétrica em MT, diz Funai

Segundo Fundação, indígenas reivindicam indenização.
Empresa diz que aguarda aprovação de plano de ações para comunidade.

Do G1, em São Paulo, com informações da TV Centro América

Cerca de 300 índios de pelo menos seis etnias ocupam, desde a manhã deste domingo (25), o canteiro de obras da usina hidrelétrica de Dardanelos, em Aripuanã (MT). De acordo com Antônio Carlos Ferreira de Aquino, coordenador regional da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Juína (MT), cerca de 100 funcionários da obra são mantidos reféns.

Mato GrossoUsina é construída no noroeste do estado. (Foto: Arte/ G1)

Segundo Aquino, a obra da hidrelétrica começou há cerca de três anos. "Houve alguma falha no processo de licenciamento e a usina foi construída sobre um cemitério indígena. Os índios vêm negociando um ressarcimento", diz o coordenador.

"Queremos indenização pela construção da hidrelétrica. A obra fica a cerca de 30 km da reserva e causou grande impacto social e cultural na comunidade, sem contar os prejuízos ambientais, porque os animais para caça se afastaram", diz ao G1 o líder indígena Aldeci Arara.

Os índios pedem, segundo Aquino, a presença de representantes do Ministério de Minas e Energia, da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, do Ministério Público, da Funai, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e das empresas responsáveis pela hidrelétrica para negociar a indenização.

Paulo Rogério Novaes, gerente de Meio Ambiente da Águas da Pedra, empresa responsável pelo empreendimento, afirmou ao G1 que a energética aguarda a aprovação de um programa de ações para a comunidade indígena.

"A empresa jamais se negou a fazer algo pela comunidade, mas estamos aguardando um parecer da Funai, que está analisando estudos sobre o que é preciso fazer. O empreendimento, dentro da legislação ambiental, está procurando fazer tudo o que é solicitado", diz.

Segundo Novaes, a previsão é de que a hidrelétrica entre em operação em janeiro de 2011.

http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/07/indios-mantem-refens-em-obra-de-hidreletrica-em-mt-diz-funai.html


Do Sudário à barba de Maomé, os objetos mais adorados do mundo

Do Sudário à barba de Maomé, os objetos mais adorados do mundo

Revista ‘Time’ elaborou lista das 10 relíquias mais famosas de todas as religiões. Veracidade das peças é discutida

Rio - Cristão não, há grande chance de você já ter ouvido falar do Santo Sudário, pedaço de tecido mantido no Vaticano que teria envolvido o corpo de Jesus após a crucificação. É menos provável, entretanto, que saiba da existência do dente de Buda, da barba de Maomé ou do sangue de São Januário. Tudo isto faz parte da lista das 10 relíquias religiosas mais famosas, divulgada pela revista ‘Time’.

Com 4,3m, o Sudário é mantido desde o século 16 na Catedral de Turim, Itália. Em seguida na lista, vem o sangue de São Januário, de Nápoles, Itália, decapitado no século 4. Segundo fiéis, várias vezes por ano a substância, mantida numa ampola, torna-se líquida. Também na Itália, em Roma, são mantidas as correntes que teriam aprisionado São Pedro em Jerusalém.

A primeira relíquia não-cristã na lista é a barba de Maomé, que fica no palácio do Museu de Topkapi, Turquia. Apesar de o profeta ter proibido a adoração de outros seres fora Deus, a relíquia é visitada por milhares de pessoas todo ano. O mesmo museu mantém uma pegada daquele que, para os muçulmanos, escreveu a palavra de Deus no Alcorão.

O budismo também tem uma relíquia na lista: o canino esquerdo do líder Buda. O dente está num templo no Sri Lanka. Outra relíquia é a Cruz da Videira, maior símbolo da Igreja Ortodoxa da Geórgia e que teria sido presenteada a uma pregadora do país pela própria Virgem Maria. Por falar na mãe de Jesus, há ainda o Cinto Sagrado de Maria, numa Igreja na Itália, e a Túnica da Virgem Abençoada, na Catedral de Chatres, na França. Esta teria aparecido intacta após incêndio. Talvez a relíquia mais estranha, porém, seja a cabeça de São João Batista. Quatro instituições dizem estar com ela, retirada do corpo do santo após pedido da princesa Salomé, filha de Herodes Filipe. Parece muita cabeça para pouco santo...

Mistério da cabeça de São João Batista

Muitas das relíquias têm a veracidade discutida. Por ser respeitado por várias denominações cristãs e pelos muçulmanos, o paradeiro da cabeça de São João Batista é, de longe, o que levanta mais controvérsia. Reivindicam estar com ela a Mesquita de Umayyad, em Damasco; a Igreja de São Silvestre, em Roma; o Museu Residenz, na Alemanha; e a Catedral de Notre Dame de Amiens, na França. O Museu de Topkapi, na Turquia, diz ter o braço do santo e parte da cabeça. Um monastério ortodoxo também afirma ter a mesma relíquia e outro, na Sérvia, sua mão direita, a que teria batizado Jesus.

Também há pesquisadores que duvidam, por exemplo, tanto da pegada de Maomé como dos supostos fios de sua barba. Já o tal dente de Buda pode nem ser humano. Especialistas em odontologia já o questionaram, dizendo que, pelas suas características, é mais provável que tenha pertencido a um animal.

http://odia.terra.com.br/portal/mundo/html/2010/7/do_sudario_a_barba_de_maome_os_objetos_mais_adorados_do_mundo_98604.html

quinta-feira, 22 de julho de 2010

VI CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISADORES(AS) NEGROS(A

VI CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISADORES(AS) NEGROS(AS)

mapa1.jpgO VI Congresso Brasileiro de Pesquisadores(as) Negros(as) entre os dias 26 a 29 de Julho, debaterá sobre “Afrodiáspora: saberes pós-coloniais, poderes e movimentos sociais”, a fim de apresentar e discutir os processos de produção/difusão de conhecimentos intrinsecamente ligados às lutas históricas empreendidas pela populações negras nas Diásporas Africanas, nos espaços de religiosidades, nos quilombos, nos movimentos negros organizados, na imprensa, nas artes e na literatura, nas escolas e universidades, nas organizações não-governamentais, nas empresas e nas diversas esferas estatais, que resistem, reivindicam e propõem alternativas políticas e sociais que atendam às necessidades das populações negras, visando a constituição material dos direitos.

Difundir e debater os saberes produzidos por negros(as) no Brasil implica no esforço de identificar no cenário sociocultural brasileiro, conhecimentos, manifestações e formas de pensar/estar no mundo, concepções, linguagens e pressupostos não hegemônicos, construídas pela multiplicidade de sujeitos que constituem as populações negras, focalizando essa população como produtora de conhecimentos científicos, técnicos e artísticos.

Essa temática também propõe uma reconfiguração dos quadros da memória, no que tange a experiência histórica da população negra no Brasil, que respeite a presença da ancestralidade e tradições africanas, mas, ao mesmo tempo, considere as composições, traduções e recriações realizadas nos movimentos da diáspora.

A escolha dessa temática para orientar os debates e proposições do VI Congresso Brasileiro de Pesquisadores(as) Negros(as), leva em consideração a atual conjuntura brasileira, quando os segmentos negros organizados reivindicam e acentuam o incremento de mecanismos jurídicos-políticos de constituição material de direitos, tais como: a Lei n.º 10.6391 e suas Diretrizes Curriculares, a implementação de Políticas de Ações Afirmativas, a luta pela aprovação do Estatuto da Igualdade Racial e do Projeto de Cotas para Negros nas Universidades pelo Congresso Nacional, o que tem implicado na exigência e na urgência de ampliar o campo de discussão e produção de conhecimentos sobre as populações negras.

Em suma, traremos à tona estudos e debates sobre a realidade das populações negras, principalmente as questões ligadas ao racismo, às reconstruções culturais diaspóricas, às resistências e (re)existências negras. A disseminação de conhecimentos e o debate sobre tais questões, a busca de alternativas que possibilitem a equidade social, farão parte dos trabalhos de intelectuais negros e negras no VI Congresso Brasileiro de Pesquisadores(as) Negros(as).

Estimamos que sejam beneficiados(as) diretamente pelo VI COPENE cerca de 2000 participantes, de todas as Unidades da Federação e do exterior. Além disso, espera-se que na realização deste congresso, assim como nas edições anteriores, tenhamos um crescimento quantitativo e qualitativo da produção científica.


http://www.abpn.org.br/copene/index.php?option=com_content&view=article&id=14&Itemid=27