quinta-feira, 22 de julho de 2010

VI CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISADORES(AS) NEGROS(A

VI CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISADORES(AS) NEGROS(AS)

mapa1.jpgO VI Congresso Brasileiro de Pesquisadores(as) Negros(as) entre os dias 26 a 29 de Julho, debaterá sobre “Afrodiáspora: saberes pós-coloniais, poderes e movimentos sociais”, a fim de apresentar e discutir os processos de produção/difusão de conhecimentos intrinsecamente ligados às lutas históricas empreendidas pela populações negras nas Diásporas Africanas, nos espaços de religiosidades, nos quilombos, nos movimentos negros organizados, na imprensa, nas artes e na literatura, nas escolas e universidades, nas organizações não-governamentais, nas empresas e nas diversas esferas estatais, que resistem, reivindicam e propõem alternativas políticas e sociais que atendam às necessidades das populações negras, visando a constituição material dos direitos.

Difundir e debater os saberes produzidos por negros(as) no Brasil implica no esforço de identificar no cenário sociocultural brasileiro, conhecimentos, manifestações e formas de pensar/estar no mundo, concepções, linguagens e pressupostos não hegemônicos, construídas pela multiplicidade de sujeitos que constituem as populações negras, focalizando essa população como produtora de conhecimentos científicos, técnicos e artísticos.

Essa temática também propõe uma reconfiguração dos quadros da memória, no que tange a experiência histórica da população negra no Brasil, que respeite a presença da ancestralidade e tradições africanas, mas, ao mesmo tempo, considere as composições, traduções e recriações realizadas nos movimentos da diáspora.

A escolha dessa temática para orientar os debates e proposições do VI Congresso Brasileiro de Pesquisadores(as) Negros(as), leva em consideração a atual conjuntura brasileira, quando os segmentos negros organizados reivindicam e acentuam o incremento de mecanismos jurídicos-políticos de constituição material de direitos, tais como: a Lei n.º 10.6391 e suas Diretrizes Curriculares, a implementação de Políticas de Ações Afirmativas, a luta pela aprovação do Estatuto da Igualdade Racial e do Projeto de Cotas para Negros nas Universidades pelo Congresso Nacional, o que tem implicado na exigência e na urgência de ampliar o campo de discussão e produção de conhecimentos sobre as populações negras.

Em suma, traremos à tona estudos e debates sobre a realidade das populações negras, principalmente as questões ligadas ao racismo, às reconstruções culturais diaspóricas, às resistências e (re)existências negras. A disseminação de conhecimentos e o debate sobre tais questões, a busca de alternativas que possibilitem a equidade social, farão parte dos trabalhos de intelectuais negros e negras no VI Congresso Brasileiro de Pesquisadores(as) Negros(as).

Estimamos que sejam beneficiados(as) diretamente pelo VI COPENE cerca de 2000 participantes, de todas as Unidades da Federação e do exterior. Além disso, espera-se que na realização deste congresso, assim como nas edições anteriores, tenhamos um crescimento quantitativo e qualitativo da produção científica.


http://www.abpn.org.br/copene/index.php?option=com_content&view=article&id=14&Itemid=27

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Pais negros geram um bebê branco na Inglaterra

Genética

Pais negros geram um bebê branco na Inglaterra

Especialistas em genética têm tentado explicar o acontecimento, pois a criança não é albina

20/07/2010

Um casal de negros gerou uma filha branca de olhos azuis na Inglaterra. Especialistas em genética têm tentado explicar o acontecimento, pois a criança não é albina. Além disso, Benjamin e Angela Ihegboro, de origem nigeriana, afirmam não ter conhecimento de nenhum ascendente branco em suas famílias. Exames de DNA comprovaram que a criança realmente é filha do casal.

Benjamin e Angela com sua mais nova filha (fonte: Globo Online)

Para o professor de genética Bryan Sykes, da Universidade de Oxford, apesar de os pais negarem, ambos precisariam ter um ancestral branco para poder ter uma criança de pele clara.

A cor da pele é um processo genético complexo que se acredita envolver sete genes. Por isso, a mistura de raças (mãe branca e pai negro, por exemplo) permite existir esse tipo de caso. Isto seria possível até mesmo se a criança tiver bisavós de raças diferentes.

fonte - http://opiniaoenoticia.com.br/vida/ciencia/pais-negros-geram-um-bebe-branco-na-inglaterra/


Câmara da Espanha rejeita lei que bane véu islâmico em locais públicos

20/07/2010 22h29 - Atualizado em 20/07/2010 22h29

Câmara da Espanha rejeita lei que bane véu islâmico em locais públicos

Já aprovada no Senado, proposta foi vetada por 183 votos a 162.
Há uma semana, parlamentares franceses aprovaram lei que bane véu.

Do G1, em São Paulo

Deputados da Espanha rejeitaram nesta sexta-feira (20), por 183 votos a 162 e duas abstenções, a proposta do oposicionista Partido Popular de proibir o uso de véu islâmico integral (niqab ou burca) em lugares públicos no país, informa o diário espanhol “El País”.

Foi a primeira votação sobre o assunto na Câmara baixa espanhola, após o Senado ter aprovado a proposta de lei para banir a vestimenta.

A resolução do PP pedia ao Executivo a “proibição em todos os espaços públicos que não tenham finalidade estritamente religiosa do uso de véus integrais, assim como qualquer outro acessório que ocultem o rosto ou dificultem a identificação da pessoa ou a comunicação visual”.

País com mais de 40 milhões de habitantes, a Espanha tem cerca de 1 milhão de muçulmanos, a maioria proveniente do Marrocos, onde o uso do véu é comum.

Na semana passada, parlamentares franceses votaram a favor de banir o uso de véus em locais públicos, deixando a França mais perto de se tornar o segundo país europeu a tornar seu uso ilegal.

A França tem a maior população minoritária muçulmana, com cerca de 5 milhões de pessoas. A medida passou com grande maioria na Assembleia, e ainda precisa passar no Senado.

Medida semelhante havia sido aprovada pela Bélgica em abril.

véus islâmicos diferença burca niqabMulheres islâmicas usam diferentes tipos de véus islâmicos: no alto, um hidjab (esq) e um niqab, abaixo, o shador (esq) e a burca (Foto: AFP)


http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/07/camara-da-espanha-rejeita-lei-que-bane-veu-islamico-em-locais-publicos.html

terça-feira, 20 de julho de 2010

Lula cria universidade e sanciona Estatuto da Igualdade Racial

20/07/2010 16h16 - Atualizado em 20/07/2010 16h43

Lula cria universidade e sanciona Estatuto da Igualdade Racial

Documento estimula políticas afirmativas para a raça negra.
Universidade Luso-Afro-Brasileira é a 14ª federal do governo Lula.

Robson Bonin Do G1, em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta terça-feira (20), sem vetos, o projeto de lei que cria o Estatuto da Igualdade Racial, que tem por objetivo promover políticas públicas de igualdade de oportunidades e combate à discriminação.

Entenda o Estatuto da Igualdade Racial

Durante a cerimônia realizada no Palácio do Itamaraty, o governo também anunciou a criação da Universidade Federal da Integração Luso-Afro-Brasileira (Unilab), a 14ª instituição federal criada na gestão de Lula.

O Estatuto da Igualdade Racial foi aprovado no Senado no dia 16 de junho. Na votação, os senadores retiraram do texto os pontos que previam a criação de cotas para negros em diferentes atividades, como universidades, empresas e candidaturas políticas. No caso das empresas, a cota se daria por meio de incentivos fiscais.

O documento define o que é discriminação racial, desigualdade racial e população negra. Segundo o documento, discriminação racial "é a distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em etnia, descendência ou origem nacional". Desigualdade racial é definida como "todas as situações injustificadas de diferenciação de acesso e oportunidades em virtude de etnia, descendência ou origem nacional. Já o termo população negra é o "conjunto de pessoas que se autodeclaram pretas e pardas".

Na área da educação, o estatuto torna obrigatório o ensino de história geral da África e da população negra do Brasil nas escolas de ensino fundamental e médio, públicas e privadas. Ele prevê ainda o incentivo de atividades produtivas rurais para a população negra, proíbe empresas de exigir aspectos próprios de etnia para vagas de emprego e reconhece a capoeira como esporte, permitindo que o governo destine recursos para a prática.

Já na questão religiosa, o estatuto reitera o livre exercício dos cultos religiosos de origem africana e libera assistência religiosa aos seguidores em hospitais. No mundo virtual, além de multa para quem praticar crime de racismo na internet, o documento prevê a interdição da página de internet que exibir irregularidades.

O estatuto também garante às comunidades quilombolas direitos de preservar costumes sob a proteção do Estado e prevê linhas especiais de financiamento público para essas comunidades. O poder público terá de criar ouvidorias permanentes em defesa da igualdade racial para acompanhar a implementação das medidas. O documento também estabelece que o Estado adote medidas para coibir a violência policial contra a população negra.


http://g1.globo.com/vestibular-e-educacao/noticia/2010/07/lula-cria-universidade-e-sanciona-estatuto-da-igualdade-racial.html

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Grupos racistas da Ku Klux Klan crescem protegidos pela Constituição nos EUA

publicado em 19/07/2010 às 06h00:

Grupos racistas da Ku Klux Klan crescem
protegidos pela Constituição nos EUA

Extremistas pregam superioridade da 'raça branca' e segregação de negros e imigrantes

Lucas Bessel, do R7

Reprodução/IKAFoto Reprodução/IKA
Membros de grupo da KKK fazem a queima da cruz, ritual centenário adotado pelos racistas ainda hoje; organização prega superioridade dos brancos

"Se você não é da raça branca, este site não é para pessoas como você. A IKA odeia negros, hispânicos, asiáticos e judeus".

Essa é a mensagem que os internautas que acessam o site do "Klans Imperiais da América" (IKA, na sigla em inglês) encontram na página inicial.

O grupo é apenas um dos muitos "descendentes" modernos de uma organização racista cristã que, desde 1860, atua nos Estados Unidos: a Ku Klux Klan (KKK). Normalmente associados à perseguição de negros e imigrantes na década de 1920, muitos membros da KKK do século 21 ainda queimam cruzes e vestem capuzes brancos, da mesma forma que 90 anos atrás.

Sob a proteção da Constituição dos Estados Unidos - que garante a irrestrita liberdade de expressão - a KKK ampliou o leque do seu ódio e prega a superioridade da "raça branca cristã" sobre negros, judeus, homossexuais e imigrantes em geral.

É também sob a proteção do texto constitucional que os grupos inspirados na KKK crescem nos Estados Unidos. De acordo com levantamento do Southern Poverty Law Center (SPLC) - organização americana que monitora os chamados "grupos de ódio" - o número de organizações do tipo passou de 110 no ano 2000 para 187 em 2009, um crescimento de 70%.

Mark Potok, diretor do SPLC, diz que há três razões principais para o aumento de grupos do tipo.

- A mudança do perfil demográfico do país, com aumento da população negra e hispânica, os problemas econômicos que os EUA enfrentam nos últimos anos e a propagação de teorias da conspiração racistas pela direita americana dão combustível a esse tipo organização.

Grupo prega a segregação

Em entrevista exclusiva ao R7, Lawrence Grant, um dos líderes da Igreja Nacional dos Cavaleiros da Ku Klux Klan (NCKKK, um dos maiores grupos dos EUA), disse que a organização não prega a violência, mas sim a segregação.

- Acreditamos na superioridade da raça branca, de origem europeia e caucasiana. Não somos a favor da violência, queremos apenas que negros, hispânicos e homossexuais vivam entre eles e não se misturem com a gente.

Com voz pausada e fala articulada, o "reverendo" Grant, como é chamado dentro do grupo, diz acreditar que a imigração é totalmente desnecessária para os Estados Unidos, embora não condene os imigrantes legais.

- Somos, sim, totalmente contra a onda de imigrantes ilegais que cruzam a fronteira do México, vêm para os Estados Unidos e fazem filhos aqui apenas para poderem pedir residência permanente.

Sobre os homossexuais, Grant é categórico, mas faz questão de ressaltar que não incita a violência.

- O homossexualismo é uma abominação, uma violação do texto da Bíblia. Mas se esse tipo de gente escolhe viver dessa maneira, que vivam entre eles e não se metam com a tradicional família americana. Não prego a violência contra gays.

Episódios de violência ainda existem

Apesar do crescimento no número de grupos, a quantidade de membros da KKK é pequena. O SPLC estima que os Estados Unidos abriguem hoje entre 5.000 e 10 mil "klansman", embora a cifra exata seja quase impossível de calcular, já que muitas das organizações são secretas.

Rick Eaton, pesquisador do Centro Wiesenthal, organização que monitora grupos extremistas nos EUA, acredita que, apesar do reduzido número de participantes, grupos da KKK ainda são perigosos.

- Pela maneira como se promovem e recrutam adeptos, essas pessoas certamente são perigosas em pequenos grupos.

Eaton cita o caso do espancamento de um adolescente de origem panamenha, em 2006, por membros da IKA. O jovem de 16 anos foi atacado durante um evento do grupo em Brandenburg, no Estado de Kentucky, e teve duas costelas fraturadas, um braço quebrado e vários ferimentos na mandíbula.

Na ocasião, o SPLC saiu em defesa do jovem e processou o líder da IKA, Ron Edwards, que foi condenado a pagar uma indenização milionária ao jovem espancado. O mentor do episódio recorreu da sentença, e o caso ainda aguarda novo julgamento.

Para Potok, no entanto, o maior perigo desses grupos não são os episódios de violência, mas sim a propaganda, que pode influenciar gente de fora dos "klans".

- Como proporção, os grupos são pequenos, e a chance de alguém ser atacado é bem reduzida. Mas a propaganda acaba influenciando o debate político, as teorias da conspiração propagadas por eles ameaçam a discussão democrática, e muita gente acaba entrando nessa onda.

Nome do grupo tem origem grega

Embora a origem do nome Ku Klux Klan seja controversa, a explicação é de que os termos nasceram da junção da palavra grega "kuklos" (círculo) com a palavra clã ("clan" em inglês, mas escrita com "k").

Um dos rituais mais conhecidos da KKK, a queima da cruz, tem origem em clãs escoceses da Idade Média que, antes de batalhas, inflamavam os símbolos cristãos para intimidar seus inimigos. Os racistas dos "klans" adotaram a prática no início do século 20 e, ainda hoje, muitos grupos realizam o ritual.


http://noticias.r7.com/internacional/noticias/grupos-racistas-da-ku-klux-klan-crescemprotegidos-pela-constituicao-nos-eua-20110717.html