quinta-feira, 13 de maio de 2010

SINHÁ MOÇA Novela representa a visão da Casa Grande

SINHÁ MOÇA
Novela representa a visão da Casa Grande

Por Willian Luiz da Conceição em 11/5/2010

Reproduzido do Correio da Cidadania, 4/5/2010

Acredito que muitos dos leitores já tenham assistido pelo menos parte de um capítulo da telenovela Sinhá Moça, produzida pela Rede Globo. A primeira versão foi apresentada em 1986, escrita por Benedito Ruy Barbosa e contava em seu elenco com Lucélia Santos e Marcos Paulo. A telenovela foi readaptada em 2006, com novo elenco formado por Débora Falabella e Danton Mello, entre outros; agora, em 2010, o folhetim está sendo reprisado em Vale a Pena Ver de Novo.

No enredo, busca-se representar o contexto que vivia o país, principalmente em 1887, um ano antes da abolição formal da escravidão no Brasil. A trama ocorre em uma cidade do interior de São Paulo chamada Araruna, onde monarquistas e republicanos (abolicionistas) enfrentam-se entre aqueles que buscam conservar o trabalho forçado de negros e os que buscam abolir a escravidão.

Como todas as novelas de época, busca-se um certo contexto histórico da realidade brasileira (na maioria das vezes sem sucesso), vindo carregada de muito romantismo para agradar aos paladares de quem as assiste sem muito senso crítico. Nesta novela pode se perceber algo que esteve muito presente nas ciências sociais e na literatura do século 20: velhas idéias e maneiras que fortaleçam a construção no imaginário brasileiro de um país mestiço e de democracia racial.

Uma história de luta de resistência

O que pouco se vê nas novelas como Sinhá Moça é a ação e luta dos escravos para sua própria libertação, talvez por esta ficar apagada e às sombras das boas intenções de brancos advindos do escravismo. A ação do sinhozinho branco e abolicionista nos últimos anos até a efetivação formal (e não real) em 1888, em meio à efervescência internacional de ver a última e sofrida abolição efetuada na teledramaturgia, fica acima de milhares de revoltas de negros que pipocavam em todo o território brasileiro. Sinhá Moça representa a visão da casa grande (senhores) acerca do processo de abolição.

Levantes como em 1756 e 1864, em Minas Gerais, a revolta dos Malês, em 1835 na Bahia, e os milhares de quilombos formados a partir de fugas e conflitos contra o escravismo ficam abafados pela TV comercial brasileira, na tentativa de enganar a todos com o velho discurso de passividade dos negros com sua situação, negando-os como sujeitos históricos em meio à bondade de senhores brancos em um sistema já falido social e economicamente.

Sinhá Moça, como tantas outras novelas, busca apagar de nossa memória e história a luta de resistência dos escravos que ajudaram a construir este país. Ainda hoje, seus descendentes sofrem os reflexos de quase quatro séculos de dominação e isso também querem apagar.


http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=589TVQ001

O CENTRO CULTURAL JOSÉ BONIFÁCIO,estará realizando, no dia 13 de maio

Olá,

O CENTRO CULTURAL JOSÉ BONIFÁCIO,estará realizando, no dia 13 de maio, á partir das 19 horas, atividades referente á ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA.Será um momento de reflexão,com o lançamento, do livro da pesquisadora HELENA THEODORO.Teremos também a ORQUESTRA DE PERCUSSÃO ROBERTINHO SILVA &CARLOS NEGREIROS ,apresentando toques das nações do candomblé e toque do culto de umbanda;toques de matrizes africana,ritmos que cotribuiram na formação da música brasileira.teremos também a exposição de imagens de umbanda e candomblé que foram apreendidas pela polícia, que segundos analise dos pesquisadores, são SANTOS que faziam parte na formação das primeiras CASAS DE AXÉ do RIO DE JANEIRO.

Será servido o feijão do preto(a) velho(a), além da marafá.

Aguardo você na quinta feira á partir das 19 horas.
Um forte abraço.

AMURY OLIVEIRA DA SILVA
(gestor doccjb)
RUA PEDRO ERNESTO,80
FONE 22337754



como chegar: zona sul ou centro
De carro: praça Mauá,Barão de Teffé (lado esquerdo da pista),Sacadura cabral,Praça da Harmonia, primeira a esquerda,no final da rua antes de passar pelo antigo prédio do BANERJ, entrar a direirta depois a direita e está na rua PEDRO ERNESTO.
De ônibus: linha 127,172
De carro ou ônibus: linha c-10,180-passar pelo túnel da CENTRALdo BRASIL,entrar na segunda á direita,primeira á direita, entrou na RUA PEDRO ERNESTO, logo noprimeiro ponto.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Numero -2 - Ano 2 - ABPN conquista sede na UNB - 11 de maio de 2010

Prezadas(os) associadas(os),

Ao completar 10 anos de existência, a ABPN conquista uma sede na Universidade de Brasília. A parceria com a UnB sempre representou fato importante para a atual gestão, o que se concretizou na cessão de uma sala, pelo Reitor José Geraldo de Souza Jr., para sediar nossa Associação. Assim, em nossos 10 anos, iniciamos uma nova e importante fase.
Essa conquista, além de evidenciar amadurecimento institucional, simboliza os esforços empreendidos para o fortalecimento da ABPN. Demonstra também a importância das parcerias estabelecidas pela ABPN, visto que o Centro de Convivência Negra da UnB, na pessoa da Profª. Deborah Silva Santos, foi o principal aliado para que a cessão da sala se efetivasse.
Ao longo dos 10 anos de existência, a ABPN tem constituído sua sede nas cidades e instituições onde residem e/ou trabalham seus presidentes e/ou secretários (as). A conquista da nova sede não significa impossibilidade de elegermos para o corpo dirigente pessoas que não residam em Brasília, pois parte significativa das atividades realizadas pela ABPN podem ser empreendidas por meio da internet.
Acreditamos que é importante para o crescimento da ABPN termos uma sucursal permanente em Brasília e sedes estaduais que acompanham a Diretoria, além de bases locais, como, por exemplo, os NEABs para a implantação de projetos. Nessa medida, a sede em Brasília representa a possibilidade de criarmos lastro institucional, além de facilitar o processo administrativo/fiscal por meio da permanência da sede em uma única comarca, fato que dispensa a mudança da documentação institucional junto aos cartórios e outras instituições fiscais. Assim, a sede da ABPN na UnB garante agilidade no processo de mudança de representação da Diretoria, e com isso nos permite vislumbrar novos horizontes de desenvolvimento e fortalecimento para que novas conquistas possam se tornar realidade no futuro.
Na oportunidade em que festejamos essa vitória, anuncio também o I Seminário Virtual da ABPN, intitulado: ABPN 10 anos - Seminário Estratégico de Fortalecimento Institucional. Esse seminário converge para o cumprimento dos objetivos institucionais da ABPN, bem como para participação democrática e ativa de nossas (os) associadas (os). Objetiva proporcionar um debate amplo, no qual possamos refletir sobre novos paradigmas, marcos de análises, e distintas visões sobre o contexto atual da ABPN, bem como sobre suas perspectivas de futuro. Esperamos que esse seminário se constitua como o início de um processo que nos permita desenhar a próxima Assembleia Geral da ABPN, a ocorrer no VI Copene, julho de 2010 e que esse também proporcione mais conhecimento sobre a ABPN a todas(os) associadas(os) sobretudo àqueles que pretendem se candidatar à Diretoria da ABPN, nas próximas eleições que acontecerão também no VI Copene.
Como forma de subsidio para sua participação nesse seminário, disponibilizamos no site da ABPN o Relatório de Pesquisa sobre o Perfil das(os) Pesquisadoras(es) Negras(os) Associadas(os) à ABPN. Nele você encontrará informações que podem servir de base para análises, críticas e sugestões.
Leia também o depoimento do professor Moisés Santanna (UFRPE) sobre a trajetória da ABPN ao longo desses 10 anos, desde o I Congresso Brasileiro de Pesquisadores Negros, em Pernambuco no ano de 2000.

Leia. Envie seu depoimento. Contribua. Comemore e participe!
Axé,
Eliane Cavalleiro

http://www.abpn.org.br/blog/

Pastor processa cantor e compositor por canção homofóbica

Pastor processa cantor e compositor por canção homofóbica




Rio - O pastor da Igreja Cristã Contemporânea Marcos Gladstone, homossexual assumido, entrou com representação no Ministério Público do Rio de Janeiro e na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) contra o cantor Emanuel de Albertin e o compositor Toinho de Aripibu, acusando-os de preconceito, discriminação e homofobia religiosa. Albertin canta a música "Adão e Ivo", composta por Aripibu, que, segundo o pastor, "incita claramente o preconceito e a homofobia". As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A canção ficou conhecida no início de maio, durante showmício do pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro Anthony Garotinho (PR-RJ), quando o político se posicionou contra a união civil entre pessoas do mesmo sexo. A letra do forró diz: "A cada dia multiplica a iniquidade / sinceramente, isso me deixa pensativo / se Deus tivesse feito homem pra casar com outro / não seria Adão e Eva / tinha feito Adão e Ivo". Uma versão da música foi postada no site YouTube, com fotos do casamento de Gladstone com o pastor Fábio Inácio. O clipe tem inscrições contra a Lei da Homofobia e críticas a uma cena de beijo dos pastores.


http://odia.terra.com.br/portal/brasil/html/2010/5/pastor_processa_cantor_e_compositor_por_cancao_homofobica_80572.html

Barbies negras ganham exposição inédita

Barbies negras ganham exposição inédita
Exposição no Shopping Pátio Higienópolis celebra os 30 anos de criação da primeira Barbie negra e faz uma homenagem a beleza feminina
por Patrícia Machado - 11/05/2010 - 19:27
A partir de quinta-feira (13/5) a boneca mais conhecida do mundo ganha em São Paulo uma exposição inédita - mas em uma versão diferente do que se costuma imaginar quano o assunto é a Barbie. Trata-se da comemoração de 30 anos de criação da primeira boneca negra da marca. Na exposição “Black Barbie”, 80 exemplares raros contam a trajetória do brinquedo, que surgiu na década de 80. A mostra apresenta também a nova linha de bonecas negras da Mattel – So In Style (S.I.S) – na qual os modelos têm lábios mais grossos, nariz mais largo, maçãs do rosto proeminentes e cabelo encaracolado. A nova coleção chega ao mercado no dia 13 de maio e cada boneca custará R$ 50. “É uma linha que mostra a evolução de bonecas negras na linha Barbie e revela toda a cultura negra atual”, diz Ana Furtado, gerente da Divisão Girls da Mattel do Brasil.

A mostra tem ainda um modelo único de Barbie negra customizada pelo estilista brasileiro Wilson Ranieri. No figurino criado por ele, a boneca usa um elegante vestido confeccionado com a técnica de moulage, no qual a montagem da roupa é feita diretamente sobre o manequim.

Exposição Black Barbie. Shopping Pátio Higienópolis. Av. Higienópolis, 618, São Paulo. Abre quinta (13/5), 10h/22h. Entrada Gratuita. Tel. (11) 3823-2662. Até 26/5.

Confira galeria de imagens (fotos: Ricardo Schetty)


http://revistaepocasp.globo.com/Revista/Epoca/SP/1,,EMI139658-16296,00.html