Policiais submetem advogado a vexame
Por: Redação - Fonte: Afropress - 7/5/2010
S. Paulo - O advogado Sinvaldo Firmo, do Instituto do Negro Padre Batista e ativista do Movimento Negro, foi vítima de vexame e constrangimentos, juntamente com o filho menor N.P.S.F., de 13 anos, por parte de policiais militares, ao se dirigir ao Estádio do Pacaembu para assistir ao jogo Corinthians x Flamengo pela Taça Libertadores das Américas. Os policiais não foram identificados mas estavam na viatura M-16024, Placa CWN-5424.
O caso aconteceu em frente ao prédio da Receita Federal, por volta das 19h40. Ao ver o filho ser abordado de forma agressiva pelos PMs, tendo uma arma sob a cabeça, o advogado tentou socorrê-lo. Um dos policiais exigia que o garoto parasse e tirasse a mão do bolso da blusa do agasalho, em tom ameaçador.
Sinvaldo, então se apresentou como pai do menor e membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB, além de assessor jurídico do deputado José Cândido (PT/SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia. A intervenção irritou ainda mais os PMs. “Você é mesmo advogado?. Então também será revistado”, disse com ironia e em tom ameaçador, empurrando-o com a cabeça virada contra o muro.
Ao tentar usar o celular para pedir por socorro, os policiais pegaram a carteira da OAB e disseram que poderia denunciar para “OAB ou para quem quisesse e que não iria ligar para ninguém”.
Ao dizer que era assessor jurídico do deputado José Cândido, a resposta veio em tom de deboche. “O deputado tem imunidade?”.
O advogado ainda pediu para um sargento que fazia parte da equipe, os nomes dos policiais, ouvindo do mesmo a resposta de que se quisesse anotasse o número da viatura. Terminada a revista, ainda em tom inquisitivo e ameaçador pediram que se retirasse, e rápido.
”É importante frisar que outras pessoas que estavam passando pelo local não eram abordadas, meu filho conversando comigo lembrou-me que muitas portavam mochilas ou bolsas, o que não era o nosso caso”, disse Sinvaldo.
O advogado apresentou representou na Ouvidoria da Polícia e na Comissão de Direitos Humanos da OAB.
Nesta sexta-feira (07/05), ainda assustado, Sinvaldo disse que os policiais estavam visivelmente irritados e que os constrangimentos demoraram cerca de 10 minutos. Ele acrescentou que sentiu que a agressividade seu deveu ao fato de, tanto ele quanto o filho, serem negros.
http://www.afropress.com/noticiasLer.asp?id=2197
sábado, 8 de maio de 2010
Policiais submetem advogado a vexame
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Índios criam "etnoturismo" na Amazônia
Índios criam "etnoturismo" na Amazônia
Sáb, 08/Mai/2010 00:00 Ecoturismo
Turistas poderão conhecer cultura e cotidiano de nativos de Rondônia
Maio/2010 - Para ajudar na captação de renda e no aumento da oferta de emprego local, a tribo Suruí, em Rondônia, criou o projeto de "etnoturismo", que consiste em levar visitantes para conhecer de perto como é a vida, a cultura, os hábitos e as relações sociais e com a natureza em uma aldeia indígena tradicional.
A ideia surgiu quando o então estudante de turismo, Gasodá Suruí, começou a pesquisar maneiras sustentáveis de desenvolvimento social e ambiental na Terra Indígena Sete de Setembro, reserva no município de Cacoal, Rondônia. O projeto pretende receber pequenos grupos de turistas e oferecer opções de programas culturais e passeios ecológicos na região. "Agora estamos na fase de planejamento, e nossas preocupações estão voltadas para a elaboração de um projeto sólido capaz de atender as necessidades do nosso povo. Diagnosticamos a região e fazemos levantamento de dados", explica Suruí.
"É essencial que tudo seja administrado de forma participativa pela comunidade e caberá a ela coordenar, receber e executar todas as tarefas", explica Suruí. A primeira etapa deve levar até dois anos e meio para ser concluída. Segundo afirma o idealizador, ainda faltam, no entanto, recursos para a construção da infraestrutura do complexo turístico desejado, que deverá ser erguido em breve nas proximidades das aldeias. "Trata-se de um polo de conservação ambiental e valorização cultural", ressalta.
O povo indígena Suruí Paiter vem desenvolvendo diversos trabalhos voltados à preservação da fauna e flora, além do resgate cultural local. Tais atividades têm sido referência do desenvolvimento cultural indígena nacional, assim como um componente importante no processo cultural e social da tribo.
O projeto de "etnoturismo" absorverá mão de obra local e pretende contribuir com a valorização da comunidade. "Será um poderoso instrumento de educação ambiental para os indígenas e visitantes", avalia Suruí.
O povo indígena Paiter Suruí tem uma população de aproximadamente 1400 pessoas, distribuídas em 21 aldeias, todas pertencem a Terra Indígena Sete de Setembro, localizada entre os Estados de Rondônia e Mato Grosso, e somam uma área de 148 mil hectares.
Sobre o Estado de Rondônia
Com população de 1,4 milhões de habitantes, Rondônia é Estado que mais cresce no Brasil, além de ser o terceiro mais populoso e de maior densidade demográfica entre os estados da Região Norte. São 52 municípios entre os quais se destacam Ji-Paraná, Ariquemes, Cacoal, Vilhena e a capital Porto Velho. Da área total de 237 mil km², 85% tem potencial produtivo, segundo a Embrapa. Além do crescimento econômico sustentado principalmente pela agropecuária, duas hidrelétricas em construção sobre o Rio Madeira - Santo Antônio e Jirau - respondem pela geração de 30 mil empregos até 2019.
http://www.portaldomeioambiente.org.br/ecoturismo/3990-indios-criam-etnoturismo-na-amazonia.html
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sexta-feira, 7 de maio de 2010
Homem baleado em banco de SP foi vítima de racismo, diz família
07/05/2010 12h48 - Atualizado em 07/05/2010 13h26
Homem baleado em banco de SP foi vítima de racismo, diz família
Segundo mulher da vítima, não há chances de ele acordar do coma.
Família diz que não teve assistência do banco; estado de vítima é grave.
Juliana Cardilli
Do G1 SP
A mulher do aposentado Domingos Conceição dos Santos, de 47 anos, baleado ao tentar entrar em uma agência do Bradesco na quinta-feira (6) na Zona Leste de São Paulo, acredita que uma atitude racista possa ter motivado o crime contra o marido, que é negro. Santos usa um marca-passo e apresentou um documento que comprova sua condição – e a impossibilidade de passar pela porta-giratória que bloqueia metais – ao vigilante do banco. Após uma discussão, o segurança sacou a arma e atirou na cabeça do aposentado. O funcionário do banco foi preso.
“Como pode um vigilante não deixar um cliente entrar no banco, atirar em um cliente? Se fosse um loiro, podia ter gritado na agência que entrava. Como ele é negro, grande, acharam que era um assaltante”, disse ao G1 na manhã desta sexta-feira (7) Vanda Soranso, de 60 anos.
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Baleado em porta de banco foi barrado por usar marca-passo Vigilante de banco fere dois clientes em agência bancária após discussão Santos foi socorrido inicialmente para o Hospital Tide Setúbal, que é público. No local, não havia neurologista disponível para atendê-lo. A família, então, acionou o plano de saúde. Entretanto, a remoção só foi liberada sete horas depois.
Apesar de a assessoria de imprensa do Banco Bradesco ter informado que está auxiliando a família, Vanda contesta. “Ninguém do banco veio nos procurar. Eles podiam ter ajudado a fazer a remoção mais rapidamente. Só às 17h apareceu uma assistente social do banco, que perguntou do estado de saúde dele para o médico e foi embora. Depois, ninguém falou mais nada”, disse a aposentada, que planeja processar o Bradesco. A assessoria de imprensa do banco informou na tarde desta sexta que uma assistente social acompanha a família do aposentado.
Segundo Vanda, os médicos do Hospital São Camilo, para onde a vítima foi transferida, disseram que a demora na remoção e na realização de uma cirurgia prejudicaram o estado de saúde já delicado do aposentado. Ele passou por uma cirurgia na noite de quinta, e está internado em estado grave e coma induzido. De acordo com Vanda, os médicos disseram que seu marido corre risco de morte. “O médico descartou a possibilidade de ele acordar. Agora é só esperar.”
Doença de Chagas
Depois de colocar o marca-passo – necessário após a constatação de que Santos tinha a doença de Chagas – ir ao banco se tornou mais difícil. “Às vezes olhavam feio para ele, porque a carteirinha é só um papel com um carimbo do hospital. Mas ele sempre conseguiu entrar. Chamavam o gerente e eles liberavam”, conta Vanda.
Santos trabalhou como cozinheiro em uma montadora de carros até 2001. Na época, foi demitido, mas como já tinha um histórico de convulsões, passou a receber auxílio-doença. Há dois meses, recebeu a notícia de que havia conseguido a aposentadoria por invalidez, definitiva.
Na casa da família, Vanda aguarda o horário de
visitas do hospital (Foto: Juliana Cardilli/G1)Na quinta, foi pela segunda vez à agência do Bradesco, onde iria pagar contas e sacar parte do dinheiro. No banco que costumava ir anteriormente, ele já era conhecido e não enfrentava mais problemas. Entretanto, o segurança disse que o aposentado não iria entrar no banco. Ele, irritado, afirmou que entraria. Foi quando ocorreu o disparo que atravessou a cabeça da vítima e atingiu outro cliente de raspão.
Alegria
Segundo a família, o aposentado estava muito feliz com a aposentadoria e planejava trocar o carro da mulher. “Ele foi todo feliz ao banco, porque agora era um dinheiro definitivo. Antes não dava para pensar em entrar em uma prestação”, contou Vanda, que trabalhava em banco antes de se aposentar.
Animado, Domingos tinha se programado para passar o fim de semana cozinhando – foi chamado pela igreja que a família frequenta para cozinhar na festa de Dia das Mães. “Ele já ia amanhã [sábado] adiantar o almoço. Ele sempre gostou muito de cozinhar, ficava feliz da vida, se sentia realizado”, contou a mulher.
Casados há 28 anos, os dois moram em São Miguel Paulista, na Zona Leste de São Paulo, próximo à agência onde ocorreu o crime. Um dos dois filhos do casal ainda vive com os dois – Vanda também tem outras duas filhas de um primeiro casamento. Agora, a família vai adequar sua rotina à do hospital. Nesta quinta-feira, o plano era passar a tarde no local para fazer as visitas à Unidade de Terapia Intensiva (UTI), na hora do almoço e no início da noite. “A gente sempre acha que isso só acontece na casa dos outros e vem e acontece coma gente.”
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2010/05/homem-baleado-em-banco-de-sp-foi-vitima-de-racismo-diz-familia.html
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quinta-feira, 6 de maio de 2010
Alto Comissariado para os Direitos Humanos da ONU encerra hoje (5/5), no Rio de Janeiro, seminário sobre coleta de dados estatísticos de raça e etnia
Alto Comissariado para os Direitos Humanos da ONU encerra hoje (5/5), no Rio de Janeiro, seminário sobre coleta de dados estatísticos de raça e etnia nas Américas
O objetivo do encontro é trocar experiências sobre a coleta de dados, análise e promoção de políticas de combate ao racismo e à discriminação. Evento acontece no Palácio do Itamaraty, no Rio de Janeiro
Rio de Janeiro (Brasil) - Encerra nesta quarta-feira (5/5), no Rio de Janeiro, o Seminário para as Américas sobre Coleta de Dados e Uso de Indicadores para Promover e Monitorar a Igualdade Racial e a Não Discriminação, promovido pelo Alto Comissariado para os Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas), com o apoio da Seppir (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial). Participaram da abertura do evento, na segunda-feira (3/5), Christian Salazar, representante do Alto Comissariado para os Direitos Humanos; Jorge Chediek, coordenador residente das Nações Unidas no Brasil; Eloi Ferreira de Araújo, ministro da Igualdade Racial; entre outras autoridades.
O UNIFEM Brasil e Cone Sul (Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher) acompanha o seminário com a equipe técnica do Programa Regional de Gênero, Raça, Etnia. O encontro foi desenhado em agosto de 2009, quando o Grupo de Afrodescendentes para os Censos 2010 nas Américas e o governo brasileiro foram recebidos pela Alta Comissária para os Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, em Genebra. Na ocasião, foi acionada a Unidade Antidiscriminação das Nações Unidas para dar suporte à mobilização da sociedade civil das Américas para os censos de 2010. Em 2001, a Conferência de Durban recomendou que o combate ao racismo fosse incorporado como primeira responsabilidade dos Estados, encorajando a adoção de medidas efetivas para coleta e análise de dados para de dimensionar a discriminação racial e monitorar a situação com o objetivo de desenvolver políticas de combate ao racismo.
Entre os objetivos do Seminário para as Américas, está a análise dos benefícios e os riscos envolvendo a perspectiva de direitos humanos, além de oferecer um fórum de debate e troca de experiências em coleta de dados e uso de indicadores de monitoramento da igualdade de raça e a não discriminação.
Dados desagregados de raça e etnia
Nesta quarta-feira (5/5), o encontro fará um panorama dos indicadores de direitos humanos e apontará as recomendações para a coleta de dados, análise e promoção de políticas de combate ao racismo e à discriminação nas Américas. Os trabalhos serão encerrados às 17h30 em painel conduzido por Almerigo Incalterra, representante do Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU, e Martvs das Chagas, subsecretário de Ações Afirmativas da Seppir.
Durante a sessão desta manhã, Ana Carolina Querino, gerente do Programa Regional de Gênero, Raça e Etnia, apresentou a série de reportagens em Português e Espanhol sobre o censo nas Américas e a mobilização negra para a coleta de dados por raça e etnia. A parceria entre UNIFEM, TV Brasil Internacional e Grupo de Afrodescendentes nos Censos de 2010 registrou a realidade da população negra do Brasil, Equador, Panamá e Uruguai. O conteúdo foi exibido em janeiro de 2010 para 14 países das Américas.
Ontem (4/5), os debates se centraram na troca de experiências sobre a coleta e uso de dados estatísticos desagregados para a promoção e o monitoramente da igualdade racial e da não discriminação. O primeiro painel teve exposições de José Luiz Petrucelli, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística); Alma Sacalxot, diretora de Projetos dos Povos Indígenas da Embaixada da Espanha na Guatemala; Ricardo Bucio, presidente do Conselho Nacional do México para Prevenir a Discriminação; Luis Caiza, do Instituto Nacional de Estatística do Equador; Humberto Brow, membro do Grupo de Afrodescendentes para os Censos de 2010 nas Américas; Jhon Anton, da Corporação de Desenvolvimento Afroequatoriana; e Bruno Ribotta, oficial da Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe). A segunda mesa contou com as apresentações de José Ribeiro, da OIT (Organização Internacional do Trabalho); Martha Rangel, da Divisão de População da Celade; Maria Inês Barbosa, do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada); e Margarete Paz, pesquisadora estadunidense.
Em 2001, a Conferência de Durban recomendou que o combate ao racismo fosse incorporado como primeira responsabilidade dos Estados, encorajando a adoção de medidas efetivas para coleta e análise de dados para de dimensionar a discriminação racial e monitorar a situação com o objetivo de desenvolver políticas de combate ao racismo.
Fonte: Unifem Cone Sul
Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 22:09 0 comentários
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Morre presidente da Nigéria
05/05/2010 - 19h55
Morre presidente da Nigéria
Do UOL Notícias*
Em São Paulo
Umaru Yar'Adua, morreu na manhã desta
quarta-feira (5) na residência oficial de Aso Rock
Atualizada às 20h45
O porta-voz da Presidência da Nigéria informou há pouco que o presidente do país africano morreu por volta das 21h (horário local) desta quarta-feira (5). As informações são da agência Associated Press e os jornais locais já confirmaram o óbito.
Umaru Yar’Adua, 58, morreu na residência oficial de Aso Rock. O presidente sofria de problemas no coração e nos rins.
O vice-presidente Goodluck Jonathan já havia assumido o poder no último dia 9 de fevereiro devido aos problemas de saúde de Yar’Adua. Jonathan assumiu a presidência durante a ausência de três meses do presidente, que deixou o cargo em 24 de novembro de 2009 para tratamento médico em uma clínica saudita.
Em janeiro, durante o tratamento, Yar’Adua afirmou à BBC: “No momento, estou passando por tratamento e estou melhorando com o tratamento. Espero que muito em breve haverá um progresso tremendo, que vai me permitir voltar para casa”. O presidente voltou à Nigéria em 24 de fevereiro, mas se manteve afastado do cargo e não apareceu mais em público.
Disputa pelo poder
Em março desse ano, milhares de nigerianos marcharam até os portões do palácio presidencial para exigir o fim da presidência de Yar'Adua, para que Jonathan pudesse assumir o cargo oficialmente.
O retorno secreto do presidente após tratamento na Arábia Saudita levantou temores de que seu círculo de assistentes, liderado por sua esposa Turai, tentaria manter a influência sobre a nação mais populosa da África e minar o poder de Jonathan.
A disputa de poder no país de 140 milhões de habitantes e membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo poderia paralisar o governo, ameaçar um programa de anistia na região petrolífera no delta do rio Niger, e forçar reformas em diversos setores, como o bancário e o de petróleo e gás natural.
"Nós queremos que o presidente invisível seja revogado. Estamos cansados de um presidente que não podemos ver, que não pode governar. Queremos vê-lo," disse aos manifestantes Babatunde Ogala, um político da capital comercial, Lagos, e um dos organizadores do protesto.
"Se não podemos vê-lo queremos outra pessoa que tenha a permissão para governar. Por que um membro da sociedade secreta está controlando nosso país," disse na época.
O grupo também defendia a dissolvição e substituição de outros membros do governo e a implementação de reformas eleitorais, o que poderia antecipar eleições presidenciais.
Governo conturbado
Yar'Adua havia assumido o poder em 2007, em um país atingido por vasta corrupção, e ganhou a admiração popular por ser o primeiro líder a declarar publicamente seus bens. No entanto, o entusiasmo com sua Presidência diminuiu com a falta de mudanças.
Durante seu mandato, ele tentou dar fim à violência no Delta do Níger, região rica em petróleo. O Movimento para a Emancipação do Delta do Níger atacava instalações petrolíferas, sequestrava funcionários das companhias e lutava contra tropas do governo desde janeiro de 2006, no que qualificava de manifestação contra a pobreza na região.
Lula cumprimenta presidente nigeriano, Umaru Yar´Adua, durante visita ao Brasil (29/07/2009)
Visita recente ao Brasil
O presidente Lula recebeu Umaru Yar'Adua no Palácio Itamaraty, em Brasília (DF), em julho do ano passado. Durante a visita, foram assinados acordos de parceria bilateral na área de pesquisas e patentes de biotecnologia, cooperação esportiva e energia.
A viagem de Yar'Adua foi a segunda visita de um chefe de Estado nigeriano ao Brasil desde a posse de Lula. Em 2005, o então presidente Olusegun Obasanjo esteve em Brasília para participar das celebrações do Sete de Setembro. Lula, por sua vez, foi duas vezes à Nigéria, em 2005 e em 2006.
A Nigéria é o principal parceiro comercial do Brasil na África. Em 2008, o intercâmbio comercial foi de US$ 8,2 bilhões. O Brasil é o segundo maior importador de produtos nigerianos no mundo, sendo que a Nigéria é o maior fornecedor de petróleo do país.
*Com informações das agências internacionais
http://g1.globo.com/
Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 22:08 0 comentários