quarta-feira, 5 de maio de 2010

Propaganda enganosa em novo dilema racial

Propaganda enganosa em novo dilema racial
Autor(es): # Renata Mariz
Correio Braziliense - 04/05/2010



Levantamento mostra que a participação de afrodescendentes em peças publicitárias cresceu de 3% para 13% em 20 anos, mas elas ainda apresentam os modelos de forma estereotipada, como o atleta ou o artista exótico








Carlos Silva/Esp. CB/D.A Press

Eduardo, modelo: “Muita gente liga e pergunta: ‘você que é o negro’?”



Mal desfez o casamento com um homem que a impedia de trabalhar, a personagem de Taís Araújo na novela Viver a vida, da Rede Globo, já voltou à ativa. Na trama, a modelo internacional não para de receber convites para fotos e desfiles. A vida real, porém, é bem diferente da trajetória de Helena, a primeira protagonista negra de uma novela das oito. Um estudo da Universidade de São Paulo (USP) mostrou que a proporção de profissionais de pele escura na publicidade brasileira saltou de 3% para 13% num período de 20 anos. E os papéis representados nas peças ainda se restringem, em quase metade dos casos, a estereótipos clássicos, como o trabalhador braçal, a mulata sexualizada ou o carente social.

Os dados foram coletados pelo pesquisador Carlos Augusto de Miranda e Martins durante seu trabalho de mestrado no Núcleo de Estudos Interdisciplinares do Negro Brasileiro, ligado à Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP. Ele avaliou todas as peças publicitárias de 1985 a 2005 na revista Veja — escolhida por ter alta arrecadação com anúncios. “Não posso deixar de reconhecer que houve um avanço, só que muito tímido, em relação à presença dos negros. Mas a imagem depreciativa apresentada continua colaborando para a naturalização do preconceito. É o atleta com a mensagem clara de que a habilidade do negro se restringe a funções ligadas à força física ou o artista exótico, de cabelo trançado e roupas excêntricas”, lamenta Martins.

A pesquisa aponta que, no período analisado, os anúncios com estereótipos clássicos diminuíram de 75% para 43%, enquanto a publicidade tida como neutra, por não apresentar contexto, subiu de 12% para 50%. “Note que esses dois movimentos culminam na queda da proporção das peças com abordagem positiva, de 13% para 7%”, afirma. Para Martvs Antônio Alves, subsecretário de ações afirmativas da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, a publicidade ainda tem uma “visão racista”. “Não passa de falácia quando os produtores do setor afirmam que não há negro no mercado de trabalho”, diz. A Associação Brasileira de Agências de Publicidade foi procurada, mas não retornou as ligações do Correio.

O Estatuto da Igualdade Racial, um marco regulatório atualmente estagnado no Senado Federal, previa reserva de 20% para negros em programas de televisão e peças publicitárias. Um acordo na Câmara para garantir a aprovação do projeto, entretanto, retirou o item do texto. Para o frei David Santos, diretor executivo da Educafro, a alteração representou um retrocesso no tema. “A negação do negro, do indígena, do diferente na publicidade é latente e difícil de ser combatida”, afirma. Segundo Santos, as poucas mudanças que ocorreram são decorrentes das pressões(1) feitas pelo movimento negro.

Para o carioca Eduardo Nascimento, 23 anos e há cinco em Brasília, o fato de ser negro restringe seu trabalho às vezes. O modelo conta que, de fato, a maior parte das oportunidades de trabalho é para brancos. Mas quando o requisito é o contrário, ele se dá bem. “Logo lembram de mim. Muita gente liga e pergunta: ‘você que é o negro’?”, afirma, bem-humorado. Entre campanhas promocionais, desfiles, fotos e vídeo, Eduardo enxerga uma tendência de maior procura pelo seu perfil. “Vejo que muitas vezes querem diversificar.”

Um reflexo histórico e o preconceito, na avaliação de Zulu Araújo, são os principais fatores da pequena participação do negro na publicidade. “Apesar de termos uma variedade de povos, parte significativa da população identifica o belo no perfil do eurodescendente. Não deixa de ser uma consequência do passado de escravidão”, diz o presidente da Fundação Cultural Palmares.

The new black
Motivado pela Educafro, uma rede de cursos pré-vestibular para pessoas negras e carentes, o Ministério Público firmou com os organizadores da São Paulo Fashion Week, no ano passado, um acordo para que 10% dos modelos do evento fossem negros. Inspirado nessa iniciativa, o Ministério Público do Trabalho, no Distrito Federal, abriu um processo de investigação para verificar se há preconceito no mercado da moda brasiliense. Algumas audiências com pessoas do setor já foram realizadas.

https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/5/4/propaganda-enganosa-em-novo-dilema-racial

Tintin corre o risco de não ser editado na sua terra natal, a Bélgica.

28-04-2010 - 13:27h
Tintin «racista» pode não ser editado
Uma aventura do herói belga no Congo corre o risco de não ser publicado no país natal

Tintin corre o risco de não ser editado na sua terra natal, a Bélgica. Em causa está uma das suas aventuras, tida como racista, a segunda escrita por Hergé em finais da década de 20 do século passado.
O ajudante de Tintin numa aventura no Congo, negro, é visto como «estúpido e sem qualidades», lamenta à BBC Bienvenu Mbutu, um congolês a viver na Bélgica e que quer impedir a publicação do livro. «Faz crer que os negros são subdesenvolvidos», acrescentou Mbutu.

A decisão do tribunal belga era esperada hoje mas foi adiada para 5 de Maio. Em jogo está também a possibilidade de edição, com um aviso sobre conteúdo racista.

Já há três anos o livro tinha acendido muitas críticas devido aos estereótipos raciais. Na altura, a comissão britânica para a Igualdade Racial pediu que o texto fosse banido, já que continha um imaginário e palavras de conteúdo racista. O livro é agora vendido junto de literatura mais adulta e com um aviso.

Como exemplo há um excerto em que uma mulher negra diz a Tintin «Homem branco muito bom. Senhor branco é um grande homem juju!». Hergé, que morreu em 1983, explicou que o livro foi um «pecado» de juventude e que reflectia os preconceitos da época (1920). Uma aula de geografia de Tintin aos africanos sobre a Bélgica presente no texto foi mais tarde substituída por uma aula de matemática.

Bienvenu Mbutu espera então pelo dia 5 de Maio, mas já ficaria contente pela presença do mesmo aviso sobre conteúdos racistas existente na edição britânica.

http://diario.iol.pt/internacional/tintin-racismo-belig/1158572-4073.html

terça-feira, 4 de maio de 2010

Teremos eleições no SATEDRJ nos dias 3, 4 e 5 de maio para definirmos a diretoria para o próximo período (2010 - 2013)

sEXTA-FEIRA, 30 DE ABRIL DE 2010

Informe do SATED/RJ (Rio de Janeiro, RJ)


Teremos eleições no SATEDRJ nos dias 3, 4 e 5 de maio para definirmos a diretoria para o próximo período (2010 - 2013)


Depois de sucessivos mandatos elegendo chapa única este ano temos duas chapas candidatas:

Chapa 1 - UNIÃO E DETERMINAÇÃO

Chapa 2 - RESGATE

Vou publicar abaixo duas cartas que sintetizam os atuais acontecimentos para que todos possam tomar pé da situação e fazer a melhor escolha, começo publicando as manifestações da Chapa RESGATE, o grupo que abriu o debate sobre a gestão do SATEDRJ (através da carta de apoio do Dudu Sandroni), em seguida a resposta de Jorge Coutinho (atual presidente do SATEDRJ, concorrendo ao segundo mandato pela Chapa 1), às questões colocadas pelos membros que se desligaram da diretoria para formarem a Chapa 2.

1 - ELEIÇÕES NO SATED - Carta de Dudu Sandroni (apoiando a Chapa 2)

2 - NOTA DE ESCLARECIMENTO - Carta de Jorge Coutinho (em resposta)

Leiam com atenção e façam suas escolhas, vamos participar das eleições para o próximo mandato do SATEDRJ ele a casa de todos nós:

1 - Carta de Dudu Sandroni

ELEIÇÕES NO SATED

Logo no início de maio, dias 4,5 e 6, teremos eleições para a diretoria do SATED no triênio 2010/2013. Depois de muitos anos temos uma chapa de oposição a atual diretoria, o que nos coloca oportunamente o debate sobre os rumos do nosso sindicato.

Já fui diretor do SATED na gestão de Sérgio Sanz (1990/1992), antes já havia participado da gestão de Otávio Augusto, sem ser diretor; e depois disso fui conselheiro fiscal da gestão da Rosa Maria Murtinho. Não quero ser saudosista, mas naquela época – século passado! – o sindicato ao menos tentava ser mais presente no cotidiano da nossa profissão, diferente do que tem ocorrido de uns anos para cá.

Nos últimos anos o único contato que tenho com o SATED é o recebimento de cartinhas terroristas nos teatros onde produzo, ameaçando mandar um representante do Ministério do Trabalho caso o espetáculo em questão não esteja devidamente autorizado pelo SATED. No mais, nada...

No entanto as questões relativas ao trabalho dos artistas e técnicos de teatro que deveriam ser representados pelo SATED são cada vez mais preocupantes e as últimas diretorias parecem não querer saber dos nossos problemas.

Toda as questões relativas as políticas públicas das artes cênicas, da ocupação dos espaços públicos, ao financiamento das produções, via editais ou leis de incentivo; o festival de autorizações especiais para participações em novelas, filmes e publicidade – nosso mercado de trabalho!; a proliferação de cursos profissionalizantes de ator; os cachês teste – quando existem, absurdamente baixos pagos no Rio pelo mercado publicitário; a ilegalidade e informalidade a que a maioria de nós estamos submetidos, entregues a alternativa de notas frias ou mesmo de cooperativas que não conseguem ser totalmente transparentes na sua relação com os cooperativados; as questões relativas a previdência específica para as nossas funções – algumas já conquistadas mas ainda pouco difundidas; a desoneração tributária que incide sobre nossa cadeia produtiva; são alguns dos temas que deveriam estar sendo discutidos com a participação direta do nosso sindicato.

Para essas eleições surge uma chapa de oposição, a CHAPA RESGATE (CHAPA 2), liderada pelo ator Marcos Weinberg. Fazem parte da diretoria colegas por quem tenho admiração e respeito como Tonico Pereira, Jandir Ferrari, Buruca, Betina Viany, Ginaldo, Guti Fraga, entre outros. As denúncias – gravíssimas – que recaem sobre a atual diretoria, iniciadas com uma carta do ator Mário Gomes, que foi destratado numa assembléia, e a distância das últimas diretorias dos seus representados, exigem mudanças. Estou com a CHAPA RESGATE (CHAPA 2), acho que o nosso SATED merece, no mínimo, uma sacudida para acordar.

As eleições do SATED também devem ser entendidas como mais uma oportunidade de exercermos nossa cidadania. As mudanças na nossa sociedade só acontecerão se nós, sociedade civil, estivermos participando das nossas entidades de classe e também das questões políticas. Esse ano teremos eleições para Presidente, Governador, Senador e Deputados federais e estaduais. A nossa participação junto as nossas entidades de classe e aos nossos representantes políticos – candidatos, parlamentares e partidos – é a única garantia de que nossas reivindicações poderão ser ouvidas.

Participar das eleições sindicais com um debate franco sobre a atuação do SATED nos últimos anos e como ele deverá atuar nos próximos deve ser a senha para uma participação maior e mais organizada dos artistas e técnicos de teatro.

VAMOS PARTICIPAR E VOTAR NAS ELEIÇÕES DO SATED!

A CHAPA RESGATE (CHAPA 2) É O CAMINHO PARA RENOVAÇÃO E UM SATED QUE SEJA DE FATO UM INSTRUMENTO DE LUTA DOS TRABALHADORES DE TEATRO, ARTISTAS E TÉCNICOS!

DUDU SANDRONI, abril de 2010.

ATENÇÃO:

Para anistiar as dívidas anteriores, o SATED estabeleceu o valor de R$150,00. Esse é o valor de referência de um ano de contribuição. Basta quitar essa dívida para poder votar nas próximas eleições. O estatuto do SATED determina que só pode votar quem estiver em dia com o sindicato. Portanto, o primeiro passo é esse: quitar dívidas anteriores. O segundo é comparecer em massa às urnas, nos dias 04, 05 ou 06 de maio e votar na CHAPA 2, a chapa de oposição

Segue abaixo mensagens que recebi dos colegas Tonico Pereira e Kiko Mascarenhas.

O primeiro já aconteceu graças à Justiça, através de uma liminar que nos coloca em condições de participar das eleições para o nosso SATED RJ, corrigindo uma impugnação que nos foi imposta pelo AUTORITARISMO e pela ARBITRARIEDADE numa prática que condenamos em qualquer setor da nossa sociedade e com a qual não poderíamos conviver dentro do nosso Sindicato.

Pois é, estamos enfim, concorrendo na próxima eleição e nossos pensamentos e ações são norteados pela palavra RESGATE. Podemos dizer que resgate se dá com TRANSPARÊNCIA, HONESTIDADE, TRABALHO REAL EM PROL DA NOSSA CLASSE e fundamentalmente, DEMOCRACIA.

Passamos nesse momento a pedir e contar com o apoio dos associados do SATED RJ, para trazer de volta a nossa esperança, mantendo um bom relacionamento com o Retiro dos Artistas, como sempre foi e com as práticas legais de uma convivência democrática.

Queremos também a parceria, sem quebra da moralidade e da ética com o patronal, pois entendemos modernamente que firmas fortes propiciam trabalhadores mais bem remunerados e mais felizes. Lutaremos para manter e se possível expandir o nosso mercado atual levando sempre em conta os interesses dos trabalhadores. Até a vitória! Porque se Deus é brasileiro, quem sabe se ele não é ator também!

RESGATE Chapa 2

Marcos Wainberg

Ana Lamenha

Antonio Ysmael

Augusto Gutierrez

Betina Viany

Edward Monteiro

Fernando Reski

Ginaldo de Souza

Guti Fraga

Ivan Martins

Jandir Ferrari

João Florêncio

Limachem Cherem

Luiz Carlos Buruca

Mickey Leão

Marcelo Faustini

Marcus Cinelli

Paulo Martinelli

Paulo Marraio

Renato Martins

Tonico Pereira

Sandro Rocha

Vitor Hugo

William Vita

SATED RJ - Denúncias sobre má administração e arbitrariedades

Essas denúncias foram feitas abertamente em reuniões da classe e através de emails. O que se pode ler aqui é a apresentação dos fatos, omitindo-se nomes de pessoas e entidades patronais envolvidas. Leia atentamente e tire suas conclusões.

FALTA DE TRANSPARÊNCIA: Prestação de Contas SATED RJ

A prestação de contas referente ao ano fiscal de 2008 (de 1º janeiro a 31 de dezembro de 2008) só foi feita no dia 19 de outubro de 2009 (quase 1 ano depois), após insistentes solicitações de diretores preocupados com o fato de não terem acesso às mesmas, solicitações estas constantes em diversas Atas de Reunião de Diretoria.

Porém, neste dia não houve a aprovação das contas que se apresentaram deficitárias. Ressaltamos ainda que nesse mesmo dia, o Presidente do Conselho Fiscal da entidade afirmou, em assembléia aberta e diante dos presentes que "há coisas que não se podem mostrar". Nesta ocasião, diante da não aprovação das contas por vários motivos, incluindo a impossibilidade de acesso, ficou acordado que a Assembléia de Prestação de Contas da entidade seria transformada em Assembléia Permanente por um prazo de 30 dias, para que os associados que assim desejassem, pudessem ter acesso às planilhas contábeis.

Ainda assim, a despeito das solicitações, houve vários impedimentos. Primeiramente havia a necessidade do agendamento com o Presidente do Conselho Fiscal. Após a primeira solicitação, houve então a orientação de que esse pedido de agendamento deveria ser feito por escrito. Depois de agendada por escrito veio a exigência de que as contas só poderiam ser vistas na presença do contador da entidade. Esse processo gradativo de exigências tomou boa parte do tempo estipulado para que as contas fossem acessadas em sua totalidade. Só houve tempo para dar vistas às planilhas referentes aos meses de Setembro a Dezembro de 2008.

Nesta ocasião verificou-se por parte da Ex-Secretária Geral, a retirada de R$ 66.000,00 extras, correspondentes a 20% da verba de R$330.000,00 referentes ao Projeto Rio Por Inteiro, somados à verba de representação e ao abono de Natal perfazem um total de R$73.000,00, apenas no mês de dezembro de 2008. Estes fatos levaram a uma renúncia coletiva de dez membros da diretoria da entidade que não compactuam com os desmandos praticados pela atual gestão. Ressaltamos que desses 10 diretores demissionários, 4 pertenciam a área financeira e nada sabiam sobre o Projeto Rio por Inteiro que apesar de ter sido patrocinado não fora realizado.

Gostaríamos ainda de apontar a remuneração irregular de um associado, que recebe mensalmente cerca de R$1600,00 sem ser diretor ou sequer funcionário da entidade. Receamos que essa situação irregular, sem a concordância da Diretoria possa acarretar problemas de natureza trabalhista para o SATED / RJ no futuro, a exemplo de várias outras contratações irregulares que já vem acarretando prejuízos a entidade.

QUESTIONAMENTOS: estes são alguns dos questionamentos que gostaríamos que fossem respondidos:

O SATED-RJ é emprego apenas para seus funcionários registrados em carteira.

Considerando que um sindicato deve servir aos interesses de seus trabalhadores associados e que, os profissionais que fazem parte da sua diretoria devem receber apenas uma ajuda de custo, gostaríamos de questionar o pagamento de verba de representação de até R$ 3.500,00 mensais que em dezembro deu direto ao abono de Natal, multiplicando por 2 esta quantia. A esta verba, que custa ao SATED-RJ R$ 19.500,00 por mês, alguns diretores outorgaram-se ainda o direito de reembolso de despesas com alimentação, taxis, estacionamento e viagens.

Gostaríamos de ter uma explicação sobre isto.

PROJETO FANTASMA: RIO POR INTEIRO

Vamos aos fatos:

No dia 12/09/08, uma empresa patronal depositou na conta do SATED-RJ a quantia de R$ 50.000,00 para o Projeto RIO POR INTEIRO.

No dia 30/09/08 mais R$ 10.000,00, também para o Projeto RIO POR INTEIRO. No entanto, esta quantia foi trocada por 3.545 euros para patrocinar a viagem do Presidente do SATED RJ ao Marrocos para um Congresso da FIA (Federação Internacional de Atores). O Presidente representaria a referida empresa patronal, muito preocupada com "a perda de audiência de sua emissora na África" (sic).

No dia 27/11/08, Esta mesa empresa patronal deu mais R$ 330.000,00 ao SATED RJ para o referido projeto.

Deste valor a ex Secretária Geral do SATED RJ ficou com 20% (R$ 66.000,00) que somados à verba de representação de R$ 3.500,00 e ao Abono de Natal R$ 3.500,00, perfaz o total em dezembro de 2008 o valor de R$ 73.000,00 para esta senhora. Para o SATED ficaram R$ 264.000,00, que somados aos R$ 60.000,00 anteriores, perfazem o total de R$ 324.000,00 para o Projeto RIO POR INTEIRO, que gostaríamos de conhecer já que o mesmo sequer foi mencionado no relatório de atividades lido na Assembléia de prestação de contas realizada no dia 19/10/09.

Mesmo considerando as boas relações de empresas patronais com a atual diretoria do SATED-RJ, pois há muitos pontos em comum, os interesses das entidades são antagônicos e até mesmo incompatíveis. É uma relação de empregador e empregado, sentados em lados opostos da mesa de negociação.

Portanto, solicitamos relatório completo, por escrito, da realização do Projeto RIO POR INTEIRO

É importante salientar que, mesmo sob a força dessas acusações e denúncias, a atual diretoria do SATED RJ jamais se pronunciou oficialmente. Estamos às vésperas de uma eleição que determinará os rumos dessa entidade nos próximos 3 anos. Cabe à nós uma reflexão, não somente sobre os fatos acima descritos, mas acima de tudo, sobre nossa postura diante de um sindicato que deveria nos representar, defender nossos direitos, lutar por melhores condições de trabalho, etc, etc, etc. Nossa omissão, nosso silêncio, nossa ignorância sobre nossos direitos e deveres e sobre a importância de um sindicato resultou nisso que estamos, agora, presenciando.

Não se pode mudar um sindicato sem mudarmos nossa postura profissional.

Abraços aos que são de abraços e beijos para os que são de beijos

Kiko Mascarenhas

2 - Carta de Jorge Coutinho:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Tendo em vista os ataques diretos que o SATED/RJ vem sofrendo, em especial por meio da internet nesse processo eleitoral, a omissão não se mostra uma opção respeitosa para com os associados. Por diversas vezes o SATED/RJ foi acusado de repassar indevidamente valores a seus diretores; de abandonar a categoria; de abandono do Retiro dos Artistas; de não ter prestado contas do último exercício fiscal e de não ter tido as mesmas aprovadas, dentre tantas levianas imputações. O SATED/RJ tem uma história de respeito para com a classe artística e aos diversos trabalhadores, que viabilizam as mais diversas manifestações da cultura.

As lutas sociais nunca foram tão arraigadas no nosso Sindicato, quanto no presente momento. Atualmente nossa diretoria é liderada pelo primeiro presidente negro da história do SATED/RJ, o que o aproxima da realidade de 57% da população de nosso país. A nossa instituição deve ser, por tudo isso, respeitada, não sendo admissível que qualquer pessoa ou chapa, ultrage o nome de quem sempre travou batalhas em defesa de seus representados, e que, atendendo aos apelos democráticos, manteve-se, enquanto pode, em silêncio.

O SATED/RJ, como se sabe, surgiu do Sindicato Casa dos Artistas, tendo as instituições, em que pese a separação, se mantido unidas pela luta da classe por elas representadas. Em razão dessa fraternidade, o SATED/RJ sempre caminhou, e pretende seguir, ao lado do Retiro dos Artistas. Ainda que enfrentando tantas criticas, o SATED/RJ entende como legítimo seus atos para com o Retiro dos Artistas e ratifica seu posicionamento de manter-se sempre disponível a Diretoria de tão nobre casa. Quanto ao pagamento de valores à diretora do Sindicato, sob a rubrica comissão de captação no percentual de 20%, os mesmos jamais foram velados, tendo em vista a aprovação deles pela diretoria.

Conforme ata da assembléia de 20 de setembro de 1999, os diretores Betti Pinho, Guti Fraga, Jorge Coutinho, Marcus Cinelli, Betina Viany, Beti Mendes, Cláudio Piovesan, Bira Vasconcelos e Sandra Barsotti, aprovaram que todas as pessoas que vendessem projetos do SATED/RJ, receberiam o percentual de 20% sobre o valor pago pelo projeto. Tal pagamento poderia, inclusive, ser feito aos diretores que vendessem os projetos do SATED/RJ. Assim, respeitando as deliberações soberanas da diretoria, o SATED/RJ realizou o pagamento de comissões de captação no percentual de 20%, de forma legal e estatutária.

Ademais, no que pertine à verba de representação, essa é uma prática perene em nossa instituição. Calcado na justiça, o SATED/RJ adotou desde os primórdios, a prática de efetuar aos seus diretores, o pagamento de valores como forma de restituir as despesas decorrentes dos trabalhos sindicais. Esses pagamentos estão arquivados em nosso setor financeiro e registrados em nosso livro caixa, tendo sido reembolsados conforme documentação, do período de 1995/2010, os diretores que funcionaram em tais exercícios.

Conforme noticiado por documentos que circulam na internet e por apontamentos contábeis internos do SATED/RJ, as mesmas pessoas integrantes de diretorias passadas que criticam o pagamento dessas quantias, são as mesmas que dela fizeram uso enquanto estiveram na diretoria do SATED/RJ. Ainda que penoso para o SATED/RJ, o mesmo se viu acusado de abandonar a categoria por ele representada e seus tão valiosos funcionários.

O funcioário do SATED conhecido por nossa categoria como Quim Negro jamais fora abandonado por nosso Sindicato. Ao contrário, o mesmo fora contratado pelo SATED e com o advento de sua morte, sua família foi abraçada por nossa Casa que até os últimos momentos dignificou sua pessoa. O SATED/RJ cuidou para que seus anseios fossem atendidos, e o enterro de seu corpo se desse em cova rasa, tendo em vista suas convicções religiosas.

Os trabalhos efetuados pelo SATED/RJ sempre foram reconhecidos pelos associados e aprimorados pelo Sindicato. Nosso departamento médico foi ampliado. Agora, além de atendimento odontológico, novas especialidades são oferecidas; o atendimento jurídico é realizado por meio de 3 plantões semanais e acompanhamento gratuito dos processos. Ademais, após longa e árdua negociação, foi ratificada a Convenção Coletiva de Trabalho da área de dublagem e demais áreas, conforme noticiado pelo jornal Boca de Cena.

Assim, causa-nos espanto a utilização política de comentários por parte de quem integrou diretorias anteriores, e como tal, ou aprovou comissionamento sobre projetos, ou recebeu verbas de representação, tais como Ana Maria Lamenha, Tonico Pereira, Marcos Cinelli, Luiz Carlos Buruca e Guti Fraga. Como forma de reconhecer esse trabalho, anualmente mais e mais profissionais tem se associado ao nosso Sindicato, o que nos confere legitimidade. De 2005 até os dias de hoje, mais de 4.600 profissionais se associaram ao SATED.

O SATED/RJ reconhece que ainda há muito a ser feito, mas a nossa história e o que foi feito, deve ser reconhecido e respeitado. Quanto à Escola SATED/RJ e à Agência SATED/RJ, ambas com funcionamento no período em que a Diretoria do SATED/RJ contava com diretores, hoje candidatos de ambas as chapas, ainda que lindos projetos, de fato tiveram o funcionamento encerrado, já que sempre funcionaram de forma deficitária. Em que pese o engajamento dos professores e a qualidade das aulas lá ministradas o prejuízo anual da Escola SATED/RJ foi de, aproximadamente, R$150.000,00.

A Escola e a Agência SATED deixaram para o Sindicato alguns processos trabalhistas, tendo sido até o momento indisponibilizados dos cofres do SATED/RJ, cerca de R$300.000,00 referente ao pagamento de uma das indenizações. Como se vê, o fechamento dessas duas atividades se deu não em razão de falta de vontade na formação ou reciclagem dos profissionais, mas sim por conta do fato das mesmas serem insustentáveis. O SATED/RJ hoje tem projetos em pequena escala na formação de profissionais e reciclagem dos mesmos.

No que toca a assembléia de prestação de contas, a mesma de fato fora tornada permanente, em razão exclusiva do empate técnico verificado. As contas, em que pesem serem públicas e disponibilizadas sempre aos associados interessados, ficaram a disposição por mais 30 dias para que fossem melhor analisadas e, por fim, pudessem ser votadas.

Decorridos os 30 dias, foi realizada nova assembléia para prestação de contas, tendo sido as mesmas aprovadas com apenas um voto contra e uma abstenção. Como também noticiado pelo jornal Boca de Cena, o SATED/RJ prezando mais uma vez pela transparência, contratou uma auditoria externa e independente para exarar parecer dos exercícios financeiros, tendo em vista o término de mais um mandato.

Todas as contas do SATED/RJ foram aprovadas por nossos coselheiros e pelas assembléias que anualmente são convocadas para esse fim. Nenhum presidente do Sindicato jamais representou os interesses de qualquer empresa. Ainda que com o apoio das empresas, os presidentes sempre tiveram total independência em suas atribuições, não sendo subservientes às empresas, mas parceiros das mesmas com o fito de defender a cetegoria representada. A ida do presidente do SATED/RJ ao Marrocos, teve o objetivo de aproximar a instituição da FIA e de promover o intercâmbio com os Sindicatos dos Atores de diversos países, globalizando nossa instituição.

Não é demais rememorar, que naquele momento estava sendo eleito nos Estados Unidos da América, o primeiro presidente negro daquele país, o congresso da FIA pela primeira vez era realizado no continente africano e o SATED/RJ tinha eleito o seu primeiro presidente negro. O SATED/RJ seguindo sua linha de interlocução com a sociedade e com os diversos seguimentos, associou-se aos demais Sindicatos da área da cultura do Rio de Janeiro – como o Sindmusi, SPDRJ, Sindicato dos Radialistas e STIC - criando o COSINTRAC – Coletivo Sindical dos Trabalhadores da Cultura - que tem a missão de valorizar e reavivar a cultura.

O SATED/RJ é uma sucessão de mandatos, de diretorias que operam em prol de seus associados e filiados.

Nessa disputa eleitoral, de ambos os lados temos candidatos que integram os quadros da diretoria do SATED/RJ há anos, de modo que as críticas às administrações são críticas às suas próprias histórias, nas devidas proporções.Que o procedimento eleitoral siga seu curso, que as campanhas sejam feitas, mas que nosso nome e nossa história sejam preservados!

Apenas finalizando nosso informe aos associados, a carta do senhor Mário Gomes não teve a resposta entregue ao mesmo, já que ele não fora encontrado em seu endereço indicado em sua ficha cadastral e na mesma não há indicação de endereço eletrônico. Como a carta tornou-se pública, o SATED/RJ entende-se no direito de tornar igualmente pública a sua resposta calcada na assembléia do dia 03 de novembro de 2009 – conforme convocação publicada no jornal Extra - secretariada pela então diretora Betina Viany – cenário dos narrados acontecimentos.

O SATED/RJ agradece aos seus Presidentes e Diretores que fizeram a sua história, àqueles que, apesar das tormentas, sempre permaneceram na difícil missão confiada pelos associados de manter viva e límpida a história do Sindicato. Nosso Sindicato se felicita em ser parceiro do histórico presidente Stepan Nercessian não sendo admissível que se crie qualquer intriga entre o SATED/RJ, e aquele que lhe trouxe grande modernidade e avanços.

Por fim, convocamos ambas as chapas a manterem-se respeitosas, frente à história da entidade, mais do que às aspirações políticas individuais.

Jorge Coutinho

Presidente do SATED/RJ
POSTADO POR RUY JOBIM NETO ÀS 08:28
MARCADORES: RIO DE JANEIRO, SATED-RJ, SINDICATO DE ATORES


FONTE:

http://coisasdeteatro.blogspot.com/2010/04/informe-do-satedrj-rio-de-janeiro-rj.html

Na Câmara, uma proposta para mudar a Lei Áurea

Na Câmara, uma proposta para mudar a Lei Áurea
Autor(es): Agencia O Globo/Isabel Braga
O Globo - 29/04/2010





Mas ideia de indenizar descendentes de donos de escravos é arquivada


BRASÍLIA. A inusitada sugestão de projeto que tenta alterar a Lei Áurea, de 1888, para garantir indenização aos descendentes de proprietários de escravos, provocou debate na Comissão de Participação Legislativa da Câmara.

Sob o argumento de que é uma ideia inconstitucional, o presidente da comissão, Paulo Pimenta (PT-RS), determinou o arquivamento. Deputados integrantes da comissão reagiram, alegando que a iniciativa deveria ter sido tomada com a participação deles.

Pimenta sustentou que a escravidão foi um imenso erro cometido pela humanidade e que reconhecer o direito à indenização seria um retrocesso à legislação vigente e um ataque à dignidade humana.

Mesmo discordando do mérito da sugestão, a deputada Luiza Erundina (PSB-SP) e outros dois deputados questionaram a decisão unilateral: — Ele deveria ter submetido à comissão e não ter decidido unilateralmente.

A CPL é a porta entre Legislativo e sociedade civil e deve analisar as sugestões, sem nenhuma limitação a elas. Certamente, com esse nível de absurdo, não passaria na comissão.

Mas não é democrático o presidente decidir sozinho.

Em meio ao debate, chamou atenção a argumentação usada pelos autores do projeto: a Associação Eduardo Banks, com sede no Rio. Assinada pelo presidente da entidade, Waldemar Annunciação Borges de Medeiros, a sugestão mantém a extinção da escravidão, mas inclui o direito de indenização aos proprietários, seus descendentes ou sucessores. Cita o inciso XXIV do artigo 5oda Constituição de 1988, que trata da desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, e prevê justa e prévia indenização em dinheiro.

Os autores indagam o que ocorreria hoje se, em nome de defender os direitos dos animais, fosse aprovada lei para a “libertação” de todo o gado, sem indenização aos donos. Dizem que, à época, o escravo era tratado como semovente (instrumento vivo).

Ministerio de Igualdad de España abre convocatoria de 1,4 millones de euros para países de Latinoamérica

Las solicitudes deberán ser presentadas o enviadas a las Oficinas Técnicas de Cooperación Española (OTC), dependientes de la AECID, correspondientes al país en el que tenga su sede la organización solicitante


Está abierta hasta el 19 de mayo de 2010 la convocatoria del año 2010 del Ministerio de la Igualdad de España. Se aportarán 1,4 millones de euros para proyectos propuestos para ejecutarse en los siguientes países: Bolivia, Colombia, Ecuador, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicaragua y Paraguay.

Asimismo, se podrán tener en cuenta proyectos presentados para otros países de América Latina que, siendo prioritarios para la cooperación española, cumplan los requisitos de la convocatoria y la evaluación demuestre la calidad de la propuesta.

Esta convocatoria dará prioridad a las propuestas de empoderamiento de las mujeres y mainstreaming que tengan en cuenta los siguientes aspectos:

a) que estén encaminadas a cubrir intereses estratégicos de las mujeres,
b) que estén basadas en iniciativas de organizaciones de mujeres,
c) que promuevan la colaboración de las ONG en redes u otras instancias de coordinación de la sociedad civil,
d) que estén dirigidas a fortalecer las capacidades del grupo destinatario para su participación en el desarrollo,
e) que propongan modelos innovadores y que promuevan buenas prácticas para el
empoderamiento de las mujeres,
f) que tengan en cuenta estrategias de comunicación social,
g) que promuevan complementariedad con otros proyectos o acciones financiadas por la AECID,
h) que permitan el empoderamiento de nuevas organizaciones de mujeres jóvenes como agentes de desarrollo.

Las solicitudes se presentarán exclusivamente en el formato de solicitud normalizado a la presente Convocatoria, y al documento de instrucciones elaborado para su cumplimentación, que estarán igualmente disponible en la página web del Ministerio de Igualdad (http://www.migualdad.es) en la sección Servicios y dentro de esta sección en Convocatorias.

Las solicitudes deberán ser presentadas o enviadas a las Oficinas Técnicas de Cooperación Española (OTC), dependientes de la AECID, correspondientes al país en el que tenga su sede la organización solicitante. Podrán ser entregadas en mano (para lo cual la OTC entregará acuse de recibo al portador) o enviadas en un sobre sellado, por envío certificado o por mensajería rápida. Para consultar las direcciones de las diferentes OTC por país, se puede consultar la página web de la AECID: http://www.aecid.es/web/es/aecid/listado_centros/?letra=A

El plazo de presentación de proyectos para esta Convocatoria entrará en vigor el 21 de abril de 2010, siendo la fecha límite de entrega de solicitudes el 19 de mayo de 2010 a las 15:00h (horario local del país en el que se presentan las solicitudes).

Las organizaciones solicitantes podrán hacer consultas o enviar sus dudas por correo electrónico, a lo largo del plazo de presentación, al correo electrónico: proyectosmyd@migualdad.es indicando claramente la referencia a la convocatoria.