terça-feira, 20 de abril de 2010

Evo Morales abriu conferência sobre aquecimento global em Cochabamba. 'Ou morre o capitalismo, ou morre a Terra', disse ele em discurso.

20/04/2010 20h05 - Atualizado em 20/04/2010 20h59

Frango com hormônio afeta virilidade e cabelo, afirma presidente da Bolívia
Evo Morales abriu conferência sobre aquecimento global em Cochabamba.
'Ou morre o capitalismo, ou morre a Terra', disse ele em discurso.
Do G1, com agências internacionais

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O presidente da Bolívia, Evo Morales, abriu nesta terça-feira (20) uma conferência mundial de 20 mil ativistas para discutir propostas contra o aquecimento global e difundir uma mensagem clara: "ou morre o capitalismo, ou morre a Terra".

"O capitalismo é sinônimo de inanição, o capitalismo é sinônimo de desigualdade, é sinônimo de destruição da mãe Terra. Ou morre o capitalismo, ou morre a Terra", afirmou o presidente, na inauguração do evento no povoado de Tiquipaya, vizinho a Cochabamba, região central da Bolívia.


O presidente da Bolívia, Evo Morales, agita poncho durante discurso nesta terça-feira (20). (Foto: AFP)Em um campo de futebol diante de milhares de pessoas, o presidente disse que só os movimentos sociais do mundo, unidos a povos indígenas e intelectuais, "podem derrotar esse poder político e econômico (capitalismo), em defesa da mãe Terra".

Morales também disse que os homens devem evitar comer frango se querem manter seus cabelos e sua virilidade. Ele argumentou que os produtores de frango injetam hormônios femininos nas aves, e, portanto, homens que comem frango industrializado têm problemas de masculinidade.

"O frango que comemos está cheio de hormônios femininos. Por isso, quando os homens comem esses frangos, têm desvios no modo como são homens", disse.

Ele também disse que comer frango demais por muito tempo pode tornar os homens carecas.

Produtores de frango na Europa, nos EUA e em vários outros países já abandonaram o uso de hormônios, e a prática é proibida em vários países do Ocidente.

Morales também disse que a Coca-Cola é prejudicial.

Durante três dias, Tiquipaya se tornará no centro de uma conferência mundial de aborígenes e movimentos sociais de 129 países, celebrada para debater uma proposta para enfrentar as mudanças climáticas, que será apresentada na próxima Conferência Climática da ONU, agendada para o fim deste ano, no México.

Morales assumiu, em dezembro passado, o compromisso de organizar uma reunião mundial da sociedade civil, após criticar, junto a colegas de Venezuela, Nicarágua e Cuba, as conclusões da Conferência do Clima de Copenhague que, segundo ele, não obteve o consenso mínimo necessário para conter o aquecimento global.

A inauguração se realizou em meio a uma festa folclórica no estádio do povoado de Tiquipaya, que não bastou para abrigar todas as pessoas que ali foram para ouvir o presidente.

Bandeiras de Bolívia, Peru, Chile, Equador, México e do 'whipala' - xadrez multicolorido, símbolo dos indígenas andinos - dominavam o estádio de Tiquipaya. Um barulhento grupo de argentinos gritava vivas para o presidente Morales e entoava cânticos esquerdista dos anos 1970.

Indígenas bolivianos quechuas e aimaras, bem como de Chile, Peru, América Central, Estados Unidos e Europa estiveram presentes à inauguração.

Ativistas antiglobalização de África, Oceania e países sul-americanos também integravam a multidão de movimentos sociais que exigiam das potências industrializadas que freassem o aumento da temperatura do planeta, com o slogan "mudem de modelo, não mudem o clima".

"Há uma profecia, uma voz do norte, uma mensagem que diz à humanidade que temos que parar para não tirar a vida da Pachamama (mãe Terra em idioma quechua)", declarou em inglês, com ajuda de um intérprete, Faith Gammill, que disse representar os indígenas do Alasca e do Canadá.

Alicia Bárcena, representante do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, viveu um momento difícil ao ser vaiada no estádio.

Secretária-geral da Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), Bárcena ameaçou retirar-se caso as vaias continuassem.

"Viemos escutar os povos com todo o respeito; vocês nos convidaram, mas se não querem que estejamos aqui, nós podemos nos retirar", disse, embora em seguida tenha conseguido dar seu discurso.

Um total de 17 mesas de trabalho foram instaladas na Bolívia para debater temas principalmente referentes à formação de um tribunal de justiça climática - para punir as nações poluidoras -, a convocação de um referendo mundial - para frear acordos das potências sobre o clima - e a criação de um organismo paralelo à ONU para reforçar políticas ambientalistas.

O encontro se encerrará esta quinta-feira com a presença dos presidentes Hugo Chávez (Venezuela), Daniel Ortega (Nicarágua), Rafael Correa (Equador) e Fernando Lugo (Paraguai).

Morales impulsionou a celebração do encontro, após chamar de fiasco a Cúpula de Copenhague, no ano passado, e para gerar uma proposta alternativa para a próxima Cúpula Climática da ONU, no México.

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/04/frango-com-hormonio-afeta-virilidade-e-cabelo-afirma-presidente-da-bolivia.html

Entidades do futebol combatem racismo

opa do Brasil | sexta-feira, 16 de abril de 2010, 13h12 (atualizada em 16 de abril de 2010, 13h22)
Entidades do futebol combatem racismo
Por: Furacao.com


O problema do racismo evidenciado ontem na agressão do zagueiro palmeirense Danilo ao zagueiro atleticano Manoel não é exclusividade dos gramados tupiniquins. O combate contra a discriminação racial é comum em todo o mundo do futebol e engloba manifestações da FIFA - entidade máxima do futebol - e da UEFA - associação de futebol que congrega as equipes europeias. Em 2006, a FIFA promoveu a campanha "Say no to racism" (Diga não ao racismo) durante os jogos da Copa do Mundo. Já a UEFA coloca o respeito - incluindo o racismo - como um dos 11 valores relacionados à prática do esporte.

"A solução desse problema, como qualquer outro, está primeiro na identificação da existência", explica o presidente da FIFA, Joseph Blatter, no site da entidade. Blatter e a FIFA ainda defendem 'tolerância zero' com casos de discriminação. "Qualquer um que seja complacente não só faz o errado como é irresponsável", aponta.

Quando da confusão envolvendo o atacante são-paulino Grafite, em 2004, por partida da Copa Libertadores da América, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, também se manifestou contra o racismo. "No esporte só há lugar para o entendimento e confraternização entre as pessoas. As diferenças ficam por conta apenas dos confrontos nos gramados", defendeu.

Há 63 anos, primeiro negro na MLB quebrava a barreira do preconceito no esporte por ESPN.com.br

Há 63 anos, primeiro negro na MLB quebrava a barreira do preconceito no esporte
por ESPN.com.br

Nesta quinta-feira, faz 63 anos que o jogador de beisebol Jackie Robinson quebrou a barreira do preconceito no esporte. No dia 15 de abril de 1947, Robinson estreou na MLB (Liga norte-americana de beisebol) com a camisa do Brooklyn Dodgers, atual Los Angeles Dodgers, e foi o primeiro negro a jogar profissionalmente na Liga.

Antes disso, o jogador havia apenas atuado em Ligas especialmente para negros. O reconhecimento de Robinson, não só para o beisebol, mas como para o esporte nos EUA em geral, é tão grande que o número 42 que ele usava foi aposentado por todos os times da MLB em 1997. Somente Mariano Rivera, do New York Yankees, utiliza o número, já que começou a usá-lo antes de 97.

No começo de sua carreira como profissional, Robinson, por ser o pioneiro, sofreu preconceito de vários outros jogadores. Companheiros de equipe chegaram a insinuar que não jogariam ao lado dele por ser negro, enquanto rivais ameaçaram uma greve caso ele jogasse, entre outros tipos de preconceito.

Por ter resistido a tudo isso, além de ter vencido a World Series de 1955, ser eleito MVP da Liga Nacional em 1949, e ter ido a seis All-Star Games, Robinson tem seu reconhecimento até os dias de hoje. Nesta quinta-feira, para homenagear o jogador falecido em 1972, todos os jogadores utilizarão a camisa número 42 nos jogos da MLB.

“15 de abril de 1947 é um dia histórico na MLB. Com todos usando o número 42 nós esperamos demonstrar a magnitude de seu impacto no esporte. A MLB jamais esquecerá as contribuições que ele fez dentro e fora de campo”, disse o comissário da MLB, Bud Selig.

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Boaventura Sousa Santos coordena projecto europeu

Boaventura Sousa Santos coordena projecto europeu
Racismo
2010-04-13
Analisar os discursos e políticas anti-racistas nos diversos contextos é o tema de um projecto europeu de investigação que agora se inicia, coordenado pelo português Boaventura de Sousa Santos e que incide sobre sete países.

Portugal, França, Itália, Reino Unido, Espanha, Alemanha e Dinamarca são os países onde serão analisadas as formas como é concebida hoje a ideia de racismo, sobretudo nos domínios de emprego e educação, disse à Lusa uma das coordenadoras executivas do projecto, Sílvia Rodriguez Maeso.

O projecto parte da hipótese de que as políticas europeias de integração não incorporam de forma suficiente medidas anti-racistas, resultando em modos de integração precários e tornando as estruturas sociais vulneráveis ao racismo. Procura também analisar até que ponto sociedades europeias culturalmente diversas estão a testemunhar a racionalização das relações sociais e a diferenciação de um conjunto de tipologias mais ou menos recentes de racismos, registados a nível regional, e as suas implicações para as "culturas público-políticas".

Hoje e amanhã, os cerca de 20 investigadores envolvidos no projecto "The semantics of tolerance and (anti)racism in Europe: public bodies and civil society in comparative perspective", de Portugal, Espanha, Alemanha, Reino Unido e Dinamamarca, reúnem-se no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, entidade coordenadora dirigida por Sousa Santos. A investigação teve início a 1 de Março e prolonga-se até 28 de Fevereiro de 2013, sendo financiada pela Comissão Europeia.

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1542398

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Rebolation: Grupo Parangolé sofre racismo em Araxá-MG

Rebolation: Grupo Parangolé sofre racismo em Araxá-MG


SOS Racismo - Notícias
A dançarina Xênia Bispo, do grupo baiano Parangolé, contou emocionada uma história de racismo recente sofrida pela banda liderada por Léo Santana, durante a conversa do grupo com a imprensa, no começo da madrugada deste sábado, no Axé 2010, no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte. Xênia revelou que os integrantes do grupo foram vítimas de racismo em um hotel de Araxá (MG).

- Eu estava andando pelo corredor do hotel, quando passei pela governança e escutei uma funcionária do hotel dizer ao telefone que o Parangolé estava hospedado lá e que éramos "uma turma de pretinhos desgraçados". Para não perder minha razão, eu fui até o quarto, para me acalmar, e contei para as meninas [as dançarinas Tina Oliveira e Xina Vianna, que também integram a banda].

Xênia revelou que, mais calma, "para não perder a razão", resolveu ir conversar com a funcionária. Esta, no relato da baiana, disse que não queria ofender o grupo e que o termo "pretinhos desgraçados" não era pejorativo em Araxá. Ainda de acordo com o relato de Xênia, a mulher chegou até a pedir autógrafo para uma neta como pedido de desculpas. A dançarina não deu e ainda mandou essa.

- Já que não é pejorativo, vou escrever: "um beijo para sua neta desgraçadinha". Depois disso, Xênia deu a conversa por encerrada e o grupo resolveu então fazer uma reclamação formal com os proprietários do hotel, do qual preferiram não revelar o nome, e a funcionária foi demitida. O Parangolé preferiu não envolver a polícia no caso. A dançarina comemorou a demissão da funcionária.

- Ela mesma que se demitiu ao ter tal atitude racista. Tomara que ela reflita sobre o que disse. Neste momento, dançarina foi aplaudida. Léo Santana, que acompanhou atento ao relato da colega de trabalho, afirmou depois que sua banda tem orgulho de ser negra e cantar letras que defendem a vida e valores da periferia, como Favela.

- Tive uma boa criação e tenho muito orgulho de minha origem. Se alguém fizer um ato racista comigo na minha cara assim, eu nem sei o que posso fazer. É um absurdo tudo isso. As pessoas precisam ter respeito, como eu canto "Favela ê, favela. Favela, eu sou favela. Favela, ê, favela. Respeite o povo que vem dela".

Fonte: Tudo na Hora

http://www.geledes.org.br/sos-racismo/rebolation-grupo-parangole-sofre-racismo-em-araxa-mg.html
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