quarta-feira, 14 de abril de 2010

Acusado de racismo contra jornalista, mestre de cerimônias nega ato preconceituoso

Publicado em: 06/04/2010 16:40

Acusado de racismo contra jornalista, mestre de cerimônias nega ato preconceituoso
Por Eduardo Neco/Redação Portal IMPRENSA

Divulgação

Manoel Costa

O mestre de cerimôninas Manoel Costa, acusado de ato racista contra a jornalista Juliana Albino na semana passada, em São Paulo, durante evento, respondeu às acusações dizendo não ser preconceituoso e que não tinha intenção de humilhar a repórter.

Na ocasião, em feira voltada ao mercado de gastronomia e turismo, Costa discutiu com Juliana ao ser questionado por ela, que teria o flagrado violando objetos pessoais em sua bolsa. Ao ser indagado pela jornalista, o cerimonialista teria dito: "Volta pra senzala".

O jornalista Caio Martins, que se apresentou como testemunha do desentendimento, confirmou ao Portal IMPRENSA a agressão. "Falou com todas as palavras: minha filha, não enche o saco, volta pra senzala!", contou.

"Em primeiro lugar, esclareço que não sou preconceituoso ou racista, e que provarei até a ultima instância, que não tive a intenção de atingir a moral de ninguém. Não tenho diferenças ou atritos com pessoas de outra cor, credo, formação, ideologia, posição social e afins", disse Costa em resposta dirigida à Comissão dos Jornalistas pela Igualdade Racial de São Paulo (Cojira-SP), órgão do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) que repudiou publicamente o episódio.

"Ressalto que não tive e não tenho nenhuma intenção de ofender ou humilhar quem quer que seja. Imagino que a Juliana tenha interpretado mal minhas atitudes (...)", avaliou Costa sublinhando que "houve excessos de ambas as partes".

Dizendo-se surpreso com a repercussão, o cerimonialista classificou o fato como uma "infelicidade" e questionou outros chavões de conteúdo preconceituoso. "Quem de nós nunca se excedeu? Todos os dias ouvimos frases como: "Vai lavar roupa! Só podia ser mulher ao volante", ou "Vai buzinar para sua mãe!", e tantas outras", observou.

Por fim, Costa alerta à Juliana sobre as dimensões do episódio. "Lamento o ocorrido, continuarei com minha vida e carreira, com o mesmo respeito e dedicação e, se me permitem, sugiro à Juliana que reflita sobre as consequências que podem advir".

Em entrevista ao Portal IMPRENSA, na última terça-feira (30), Juliana contou que registrou boletim de ocorrência e estuda pedido de indenização por danos morais.

http://portalimprensa.uol.com.br/portal/ultimas_noticias/2010/04/06/imprensa34852.shtml

terça-feira, 13 de abril de 2010

INSTITUTO ETHOS ABRE INSCRIÇÕES

INSTITUTO ETHOS ABRE INSCRIÇÕES
PARA A CONFERÊNCIA INTERNACIONAL 2010


O Mundo Sob Nova Direção.
Sustentabilidade: O Novo Contrato da Sociedade com o Planeta.


Estão abertas as inscrições para a 12a. Conferência Internacional Empresas e Responsabilidade Social do Instituto Ethos. Esta edição ocorrerá entre 11 e 14 de maio de 2010, no Hotel Transamérica, em São Paulo. A Conferência terá toda a sua programação baseada na Carta da Terra, uma declaração de princípios éticos fundamentais para a construção de uma sociedade global justa, sustentável e pacífica.

Como já se tornou tradicional, a Conferência Internacional 2010 será iniciada com o debate “RSE na Mídia”, no dia 11 de maio. Que em ano de eleições trará o debate “A Imprensa como Indutora da Sustentabilidade na Pauta Política”. Esta atividade é aberta ao público, assim como a 3ª edição da Mostra de Tecnologias Sustentáveis, que vai se realizar simultaneamente à Conferência Interna cional, no local.

A Conferência Internacional 2010 será mais interativa e participativa: o público será convidado a selecionar os momentos que quer vivenciar durante o evento: Compartilhar, Debater ou Aprender e também poderão propor novas discussões. Outra novidade serão as atividades propostas pelos parceiros nacionais e internacionais da Conferência: Instituto Akatu, Movimento Nossa São Paulo, Business for Social Responsibility, Fórum Empresa, Global Reporting Initiat ive, Pacto Global da ONU, Sustainability e Volans.

As inscrições podem ser feitas exclusivamente pelo site www.ethos.org.br/ci2010

Apoio: Planeta Voluntários

Mais informações:
Instituto Ethos – Assessoria de Imprensa
Cristina Spera – cspera@ethos.org.br
Tel: 11 3897-2444
Gladis Éboli – gladis@ethos.org.br
Tel: 11 3897-5709 ou 11 8899-0147

domingo, 11 de abril de 2010

O DIA EM QUE JAMES BROWN SALVOU A PATRIA


Livro > Literatura e Ficção > Biografias e Memórias


O DIA EM QUE JAMES BROWN SALVOU A PATRIA


O DIA EM QUE JAMES BROWN SALVOU A PATRIA

James Sullivan

Editora: Jorge Zahar


http://www.travessa.com.br/O_DIA_EM_QUE_JAMES_BROWN_SALVOU_A_PATRIA/artigo/ca9c380e-685e-42fa-ab6d-2fb50418c107


O dia em que James Brown salvou a pátria
O show que garantiu a paz depois do assassinato de MLK
SINOPSE

Vinte e quatro horas após o assassinato de Martin Luther King, James Brown fez o que sabia de melhor: pegou o microfone e foi à luta. Embora o clima estivesse quente em Boston – com inúmeros focos de revolta contra a morte do líder pacifista negro ¬, o cantor insistiu em subir ao palco, tentando acalmar os ânimos na cidade. O saldo daquele dia, nos Estados Unidos, foi de mais de 40 mortos, centenas de feridos e 20 mil presos. Mas, na capital de Massachusetts, cenário de históricas disputas raciais, James Brown soube fazer prevalecer a paz, em um show corajoso e eletrizante.

Centrado nesse concerto inesquecível, o livro reconstrói a vida e a carreira do pioneiro do funk nos Estados Unidos, com destaque para uma faceta pouco conhecida: a relação entre Brown, o movimento pelos direitos humanos e as lideranças negras naquele período conturbado da história americana.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Advogado discriminado por racismo na Bahia.

Advogado discriminado por racismo na Bahia.

Um ex-funcionário do Bradesco, após ser demitido, moveu ação trabalhista contra o banco requerendo indenização por ter sido alvo de discriminação pela empresa. Ele alegou que, em virtude de ser negro, teria sido preterido em oportunidades de ascensão e promoção no banco, beneficiando outros funcionários menos experientes, mas de cor branca.

O caso acabou no Tribunal Superior do Trabalho, em recurso de revista analisado pela Sétima Turma, que apesar de ter reduzido a indenização – de 100 mil para 20 mil – manteve a condenação.

Inicialmente, o juiz de primeiro grau não havia concedido o pedido do advogado, concluindo que, conforme as testemunhas, os benefícios dados aos outros funcionários tiveram por base critério de competência, como uma prova para aferição de conhecimentos.

O ex-funcionário interpôs recurso ordinário ao TRT da 5ª Região e acabou conseguindo a reforma da sentença e obtendo o reconhecimento a indenização por danos morais, no valor de R$ 100 mil. Para o TRT, em momento algum o Bradesco contestou as situações de discriminação alegadas pelo trabalhador, tampouco falou sobre um processo de seleção, cujo critério tenha sido a competência.

Conforme os indícios colhidos no processo, o Regional registrou pelo menos três situações discriminatórias: a) somente em julho de 1999 o trabalhador havia sido enquadrado como advogado, embora já exercesse tal função desde julho de 1998; b) recebera salário inferior a outra colega, que exercia mesma função; c) perdeu promoção, que foi concedida a outro colega. Diante disso, o TRT condenou o banco ao pagamento de 100 mil reais por danos morais.

Por considerar desproporcional a indenização concedida a um ex-funcionário do Banco Bradesco, o banco apelou ao TST, mediante recurso de revista. O relator do processo na Sétima Turma, ministro Guilherme Caputo Bastos, considerou desproporcional o valor concedido.

Segundo o ministro, o TRT utilizou-se somente do porte econômico da empresa e das qualidades sociais das partes para fixar o valor, afrontando os princípios constitucionais da razoabilidade.

Assim, na busca de um parâmetro para novo valor, o relator tomou por base decisões indenizatórias do TST, mostrando que a quantia de 100 mil foi exagerada quando comparada com o sofrimento decorrente de tratamento desigual.

Com isso, o ministro fixou a indenização em 20 mil reais, correspondente a doze remunerações mensais, suficiente para desestimular a repetição do ato ilícito.

Com esses fundamentos, a Sétima Turma, por unanimidade, deu provimento ao recurso de revista do Bradesco e diminuiu o valor da indenização por danos morais decorrente da discriminação.

( RR 241400-04.2001.5.05.0004 )



Fonte: Tribunal Superior do Trabalho

Tensão racial aumenta na África do Sul após a morte de líder ultradireitista

08/04/10 - 13h57 - Atualizado em 08/04/10 - 14h00

Tensão racial aumenta na África do Sul após a morte de líder ultradireitista

Da EFE


Johanesburgo, 8 abr (EFE).- Vários incidentes verbais ocorridos nas últimas horas evidenciaram o aumento da tensão racial na África do Sul após o assassinato do líder ultradireitista Eugene Terreblanche, que defendia a supremacia branca no país.


Os incidentes, acompanhados pelas televisões locais, servem como termômetro para medir a polarização entre os negros, quase 80% da população do país, e os brancos, 9%.


André Visagie, o secretário-geral do Movimento de Resistência Afrikáner (AWB), o partido de Terreblanche, teve que ser retirado do estúdio da televisão privada "eTv" ontem, após ameaçar à comentarista política negra Lebohang Pheko durante a gravação de um programa de debate.


Pheko perguntava insistentemente a Visagie sobre o "abuso dos trabalhadores negros" nas propriedades de fazendeiros brancos na África do Sul, o que incomodou o dirigente ultradireitista, que se levantou e foi embora.


Momentos depois, Visagie voltou com um ar ameaçador e, após uma discussão com o apresentador do programa, Chris Maroleng, se dirigiu a Pheko e antes de ir embora disse: "Ainda não acabei com você".


Visagie é o dirigente do AWB que afirmou que se "vingaria" após o funeral de Terreblanche, que será realizada amanhã em Ventersdorp. Ele foi assassinado no sábado passado em sua fazenda por dois empregados negros após uma discussão a respeito do trabalho.


Posteriormente, o porta-voz do AWB, Pieter Steyn, se retratou da ameaça e disse que o partido, constituído com um modelo paramilitar e de ideologia e simbolismo similar ao dos nazistas, não utilizaria a violência.


Por sua vez, o líder da liga juvenil do governista Congresso Nacional Africano (CNA), Julius Malema, insultou e expulsou hoje de uma entrevista coletiva na sede do partido em Johanesburgo um jornalista da rede britânica "BBC".


Malema tinha elogiado a reforma agrária do Zimbábue, que nos últimos anos levou o país à maior crise econômica, social e política de sua história, e atacou o Movimento para a Mudança Democrática (MDC) zimbabuano.


Malema disse em tom sarcástico que o MDC o criticava a partir de uma sede que dispõe na luxuosa zona de Sandton, em Johanesburgo. Nesse momento o jornalista Jonah Fisher, da "BBC", lembrou que ele vive no mesmo bairro, o que fez com que o político começasse a gritar e enfurecido o chamasse de "agente provocador bastardo e maldito".


O líder do CNA pediu aos gritos que a segurança do local tirasse a Fisher do lugar após dizer: "Ou você se comporta ou vai embora. Não venha aqui com suas tendências brancas".


Todos os partidos opositores, além de organizações religiosas e sociais, apontaram Malema como responsável pelo aumento da tensão racial no país por seus frequentes insultos de tom racista a políticos brancos, tanto opositores como governistas e aliados.


No começo do mês passado, o político começou a cantar em seus comícios um hino do CNA do período do apartheid que diz "mate os bóer, mate os fazendeiros", que finalmente dois tribunais o proibiram de cantar em público. EFE


http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1562017-5602,00-TENSAO+RACIAL+AUMENTA+NA+AFRICA+DO+SUL+APOS+A+MORTE+DE+LIDER+ULTRADIREITIST.html