A Organização das Nações Unidas - ONU - instituiu o dia 21 de março como o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial em memória do Massacre de Shaperville. Em 21 de março de 1960, 20.000 negros protestavam contra a lei do passe, que os obrigava a portar cartões de identificação, especificando os locais por onde eles podiam circular. Isso aconteceu na cidade de Joanesburgo, na África do Sul. Mesmo sendo uma manifestação pacífica, o exército atirou sobre a multidão e o saldo da violência foram 69 mortos e 186 feridos.
O dia 21 de março marca ainda outras conquistas da população negra no mundo: a independência da Etiópia, em 1975, e da Namíbia, em 1990, ambos países africanos.
FONTE: http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/datas/discriminacao/home.html
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
A Organização das Nações Unidas - ONU - instituiu o dia 21 de março como o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial
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Símbolo nazista em muro da Uerj
19.01.10 às 01h15
Teatro universitário amanheceu ontem com pichação de frases racistas
Rio - Os muros do Teatro Odylo Costa Filho, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), amanheceram ontem pichados com símbolos nazistas e frases racistas. A reitoria da universidade informou que o caso está sob investigação e que recebeu denúncias indicando o autor das pichações. Ontem mesmo, funcionários apagaram as inscrições.
A Uerj foi a primeira universidade pública do País a adotar o sistema de cotas, em 2003. Desde então, assiste a brigas entre estudantes favoráveis e contrários ao sistema.
Em dezembro de 2008, uma discussão sobre racismo acabou na delegacia. Um estudante de Filosofia, branco, acusou integrantes do Grupo Denegrir, formado por negros que defendem a política de cotas, de tê-lo agredido. A confusão aconteceu na saída de uma festa na universidade. O aluno disse que foi cercado e agredido pelo grupo e que outros dois amigos foram ofendidos. Já o Denegrir alegou que os três rapazes brancos gritaram expressões como ‘poder ariano’, ‘somos brancos e por isso somos superiores’. Após a confusão, o sistema de cotas dividiu ainda mais as opiniões entre os alunos. Segundo os estudantes, o incidente foi o estopim para a briga ser declarada.
“Há um grupinho racista pichando toda a Uerj com frases de apoio a Hitler há um tempo. Depois apanham e vêm bancar as vítimas. Tinha que ser aluno de Filosofia mesmo, porque os demais estão preocupados em estudar”, disse um aluno negro que não quis se identificar. “Também quero direito a cotas e demais apadrinhamentos, pois, definitivamente, negros e mestiços são maioria no país”, disparou um estudante branco.
CRIME
Pichar ofensas racistas é crime e pode dar cadeia. Chegar à autoria das pichações será difícil. Mas caso isso aconteça, o aluno ou alunos que fizeram as inscrições no teatro serão indiciados por injúria racial, que “se baseia na proteção da honra subjetiva, incluindo o respeito dos atributos físicos, intelectuais e morais de cada um”. A pena prevista para esse tipo de crime pode chegar a três anos de prisão.
Além de responder criminalmente, os alunos também correm o risco de serem expulsos da universidade.
FONTE: http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2010/1/simbolo_nazista_em_muro_da_uerj_59329.html
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Oxumaré está em festa!!!! E hoje a Festa é do/para o Ogum da Casa!!!!
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
O Oxumaré está em festa!!!!
E hoje a Festa é do/para o Ogum da Casa!!!!
Traga sua família, seus amigos! Participe!
As funções terão início a partir das 20:00hs.
Marcadores: Informes da Casa
Ògún ieé!!
DIA: Terça-Feira
CORES: Verde ou Azul-escuro, Vermelho (algumas qualidades)
SÍMBOLOS: Bigorna, Faca, Pá, Enxada e outras ferramentas
ELEMENTOS: Terra (florestas e estradas) e Fogo
DOMÍNIOS: Guerra, Progresso, Conquista e Metalurgia
SAUDAÇÃO: Ògún ieé!!
Ogum (Ògún) é o temível guerreiro, violento e implacável, deus do ferro, da metalurgia e da tecnologia; protector do ferreiros, agricultores, caçadores, carpinteiros, escultores, sapateiros, talhantes, metalúrgicos, marceneiros, maquinistas, mecânicos, motoristas e de todos os profissionais que de alguma forma lidam com o ferro ou metais afins.
Orixá conquistador, Ogum fez-se respeitar em toda a África negra pelo seu carácter devastador. Foram muitos os reinos que se curvaram diante do poder militar de Ogum.
Entre os muitos Estados conquistados por Ogum estava a cidade de Iré, da qual se tornou senhor após matar o rei e substituí-lo pelo seu, próprio filho, regressando glorioso com o título de Oníìré, ou seja, Rei de Iré.
Não é por acaso, portanto, que nas orações dedicadas a Ogum o medo fica tão evidente e a piedade é um pedido constante, pois como diz uma das suas cantigas:
Ògún pá lélé pá
Ògún pá ojaré
Ògún pá, ejé pá
Akoró ojaré.
Ogum mata com violência
Ogum mata com razão
Ogum mata e destrói completamente.
Ogum é o filho mais velho de Odudua, o herói civilizador que fundou a cidade de Ifé. Quando Odudua esteve temporariamente cego, Ogum tornou-se seu regente em Ifé.
Ogum é um orixá importantíssimo em África e no Brasil. A sua origem, de acordo com a história, data de eras remotas. Ogum é o último imolé.
Os Igba Imolé eram os duzentos deuses da direita que foram destruídos por Olodumaré após terem agido mal. A Ogum, o único Igba Imolé que restou, coube conduzir os Irun Imole, os outros quatrocentos deuses da esquerda.
Foi Ogum quem ensinou aos homens como forjar o ferro e o aço. Ele tem um molho de sete instrumentos de ferro: alavanca, machado, pá, enxada, picareta, espada e faca, com as quais ajuda o homem a vencer a natureza.
Em todos os cantos da África negra Ogum é conhecido, pois soube conquistar cada espaço daquele continente com a sua bravura. Matou muita gente, mas matou a fome de muita gente, por isso antes de ser temido Ogum é amado.
Espada! Eis o braço de Ogum.
Características dos filhos de Ogum
Fisicamente, os filhos de Ogum são magros, mas com músculos e formas bem definidas. Compartilham com Exu o gosto pelas festas e conversas que não acabam e gostam de brigas. Se não fizerem a sua própria briga, compram a dos seus camaradas.
Sexualmente os filhos de Ogum são muito potentes; trocam constantemente de parceiros, pois possuem dificuldade de se fixar a uma pessoa ou lugar.
São do tipo que dispensa um confortável colchão de molas para dormir no chão; gostam de pisar a terra com os pés descalços. São pessoas batalhadoras, que não medem esforços para atingir os seus objectivos, são pessoas que mesmo contrariando a lógica lutam insistentemente e vencem.
Não se prendem à riqueza, ganham hoje, gastam amanhã. Gostam mesmo é do poder, gostam de comandar, são líderes natos. Essa necessidade de estar sempre à frente pode torná-los pessoas egoístas e desagradáveis, mas nem sempre.
Geralmente, os filhos de Ogum são pessoas alegres, que falam e riem alto para que todos se divirtam com suas histórias e que adoram compartilhar a sua felicidade.
Fonte: http://ocandomble.wordpress.com/os-orixas/ogum/
FONTE: http://casadeoxumare.blogspot.com/
Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 11:12 0 comentários
Apresentadora se uniu a Fausto Franco em cerimônia do candomblé
Astrid Fontenelle | 16/01/2010 21:15 | Atualizado em: 16/01/2010 21:24
Astrid Fontenelle se casa em Salvador
QUEM Online
Astrid Fontenelle se casou com o produtor da banda Chiclete com Banana, Fausto Franco, na noite deste sábado (17), em Salvador.
A apresentadora do programa "Happy Hour", do canal GNT, fez sua entrada com o filho adotivo, Gabriel, no colo. A Grécia foi escolhida como tema do evento, cujas primeiras imagens foram divulgadas por convidados no Twitter.
A cerimônia, realizada dentro dos ritos do candomblé, foi comandada por Mãe Carmen e aconteceu no Zank Boutique Hotel, mesmo lugar onde deverá se hospedar a cantora Beyoncé durante sua passagem pela cidade, em fevereiro.
O vestido da noiva foi assinado por Samuel Cirnansck, também responsável pelo look de Juliana Paes em seu casamento com Eduardo Baptista, em 2008.
http://revistaquem.globo.com/Revista/Quem/0,,EMI116552-9531,00-ASTRID+FONTENELLE+SE+CASA+EM+SALVADOR.html
Astrid Fontenelle - casamento em primeiro lugar
Criado em Qua, 20/02/2008 16h51 Seja a primeira a comentar
Por Vila Glitter
foto divulgação
No final do ano passado, a apresentadora Astrid Fontenelle surpreendeu os diretores do programa “Happy Hour”, do canal fechado GNT, com a decisão de não prolongar seu contrato com a empresa global. Astrid deixou a atração dizendo que estava cansada da ponte área Rio-São Paulo e queria cuidar do seu casamento com o empresário Marcelo Checon.
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“Coloquei meu casamento em primeiro lugar. As pessoas se preocupam muito pouco em preservar a família, se casam e separam no mesmo pique. Eu não queria isso pra mim. Conversamos muito sobre nossos trabalhos, mas adoramos estar em casa pra jantar juntos. Na real, o trabalho não me impede de fazer isso, mas a questão é que o trabalho era no Rio e moramos em São Paulo. Estávamos nos distanciando e isso não estava bom nem pra mim, nem pra ele. Quero trabalhar, mas em São Paulo”, diz a apresentadora.
A atitude de Astrid Fontenelle chamou a atenção da imprensa e dos seus próprios fãs. Tanto que o relacionamento da apresentadora e do empresário virou notícia nos principais sites e revistas de fofocas.
Astrid e Checon se conheceram em 2005, no meio do trânsito paulistano. “Era véspera de um feriado de Finados e o trânsito estava infernal, tudo parado na região do estádio do Pacaembu. Eu voltava do trabalho toda tristinha, quando ouvi no rádio uma música que me fez lembrar um relacionamento muito ruim do qual eu tinha acabado de sair. Foi o que me motivou a começar a rezar. Comecei a "conversar" com Oxum, que no Candomblé é a representação do amor, da maternidade. Ficava perguntando pra Oxum se não estava na hora de eu ter um cara bacana, que me respeitasse, me amasse de verdade e quisesse ficar comigo pra sempre. Foi olhar para o lado e lá estava o Marcelo me olhando”, relembra ela.
O empresário, então, pediu para a apresentadora abaixar o vidro e iniciou uma conversa. “Eu falei que voltava do trabalho, porque feriado era coisa pra playboy (provocando!). Para minha surpresa, ele já falou que não era playboy porque também iria trabalhar e me perguntou o que eu fazia. Pronto, adorei! O cara não sabia quem eu era, portanto não tinha nenhum pré-conceito formado sobre a minha pessoinha. Daí paramos num posto de gasolina, trocamos telefones e o danado ainda demorou três dias pra me ligar para sairmos pra jantar”, conta Astrid.
Fonte - MBPress
Assuntos relacionados
http://vilamulher.terra.com.br/astrid-fontenelle-casamento-em-primeiro-lugar-6-1-44-6.html
Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 11:09 0 comentários
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
A grande revolução negra
Quem olha hoje para o Haiti, miserável, degradado, dificilmente poderá pensar que o país foi o cenário da ''única revolta de escravos bem-sucedida da História''. No momento da Revolução Francesa, em 1789, a colônia francesa das Índias Ocidentais de Santo Domingo representava dois terços do comércio exterior da Franca e era o maior mercado individual para o tráfico negreiro europeu. Era a maior colônia do mundo, o orgulho da França e a inveja de todas as outras nações imperialistas. Sua estrutura era sustentada pelo trabalho de meio milhão de escravos.
Dois anos após a Revolução Francesa, com seus reflexos em Santo Domingo, os escravos se revoltaram. Numa luta que se estendeu por 12 anos, eles derrotaram os brancos locais e os soldados da monarquia francesa, debelando também uma invasão espanhola, uma tentativa de invasão britânica com cerca de 60 mil homens e uma expedição francesa de tamanho similar comandada pelo cunhado de Napoleão. A derrota dessa expedição resultou no estabelecimento do Estado negro do Haiti, que completou, dia 1º de janeiro deste ano, dois séculos.
A grande liderança desse movimento foi Toussaint L'Ouverture. C.L. R. James, ensaísta nascido na Jamaica, que viveu na Inglaterra e nos Estados Unidos, do começo do século até sua morte, em 1989, autor do principal estudo sobre a revolução haitiana, Os jacobinos negros (Boitempo Editorial), diz que ''entre 1789 e 1815, com a única exceção do próprio Bonaparte, nenhuma outra figura isoladamente foi, no cenário da História, tão bem-dotada quanto esse negro, que havia sido escravo até os 45 anos de idade''. Mas, como diz James, ''não foi Toussaint que fez a revolução, foi a revolução que fez Toussaint''.
Foi naquela ilha que os colonizadores europeus pisaram pela primeira vez na América. Assim que Cristóvão Colombo desembarcou na ilha de Santo Domingo, buscando ouro, os nativos indicaram-lhe o Haiti, uma ilha do tamanho da Irlanda. (O nome Haiti vem do vocábulo de origem caribenha Ahti, que significa ''montanha''.) Quando um dos navios de Colombo naufragou, os índios ajudaram a recuperar tudo e nada foi perdido. Os espanhóis, considerados o povo mais avançado da Europa naquela época, anexaram a ilha, introduziram o cristianismo, o trabalho forçado nas minas, o assassinato, o estupro, os cães de guarda, doenças desconhecidas e a fome, forjada pela destruição dos cultivos para deixar os rebeldes sem alimentos. A população nativa ficou reduzida, de cerca de meio milhão ou talvez até 1 milhão, a 60 mil, em 15 anos.
Foi diante desse quadro de dizimação dos povos indígenas que foram importados os negros da África para serem escravos no empreendimento colonial europeu. Uniam-se os dois maiores massacres que a humanidade já conheceu - o massacre dos povos indígenas e a escravidão negra -, na chegada do capitalismo às Américas, revelando as promessas que o continente poderia esperar da Europa ''civilizada''.
A revolução haitiana foi o maior movimento negro de rebeldia contra a exploração e a dominação colonial das Américas. Mesmo com o assassinato de Toussaint L'Ouverture pelos franceses - que haviam substituído os decadentes espanhóis como colonizadores da ilha -, a revolução triunfou e fez realidade, contra a França, os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade. A abolição da escravidão, não contemplada pelos revolucionários de 1789, foi conquistada pelos ''jacobinos negros'' do Haiti.
Sua derrota e o massacre posteriores deram lugar ao quadro de miséria e abandono em que voltou a viver o Haiti e que persiste - é o país mais pobre das Américas. Tivessem triunfado plenamente os ideais de Toussaint L'Ouverture, outro seria o destino do Haiti. Mas sua gesta confirma a capacidade dos negros de afirmar sua cidadania e ser dono dos seus próprios destinos.
[04/JAN/2004]
emirsader@uol.com.br
http://jbonline.terra.com.br/jb/papel/colunas/emir/2004/01/03/jorcolemi20040103001.html
Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 21:05 0 comentários
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