quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Comissinária da ONU se diz preocupada com genocídio de negros no Brasil e com violência praticada por policiais

Notícias
Alta comissária de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas diz que número de execuções no Brasil é inaceitável. A sul-africana Navanethem Pillay disse que foi informada por organizações sociais de Salvador que há até um genocídio de negros no país, o que é motivo de grande preocupação e razão de sua visita. Nesta terça, ela foi à Unidade de Polícia Pacificadora do Morro Dona Marta, em Botafogo. Apesar de ter elogiado o projeto, Pillay disse estar atenta aos altos índices de violência nas outras centenas de favelas, principalmente a praticada por policiais. De acordo com a comissária da ONU, o governador Sérgio Cabral prometeu que os crimes cometidos por agentes da corporação não ficarão impunes. Segundo ela, o governador também disse que pretende aumentar o salário dos policiais, uma questão considerada por especialistas como chave para a melhora da qualidade da instituição.


http://www.geledes.org.br/noticias-direitos-humanos/comissinaria-da-onu-se-diz-preocupada-com-genocidio-de-negros-no-brasil-e-com-violencia-praticada-por-policiais.html

Aguinaldo Silva critica Helena negra de Manoel Carlos: "Falta a ela o componente racial"

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10/11 - 07:00


Valmir Moratelli, iG Rio




Aguinaldo Silva abriu ao iG as portas de sua casa, num condomínio de luxo na Barra da Tijuca, no Rio, dias antes de embarcar para Lisboa, onde mantém residência. O autor concedeu a polêmica entrevista a seguir, rodeado de obras de arte garimpadas em leilões e feiras de antiguidades.



Sem rédeas, Aguinaldo assume um dos principais traços de sua personalidade: o gosto pela polêmica. “Eu não rejeito confusão, claro, adoro polêmica, sou barraqueiro mesmo”, diz ele, às gargalhadas, sentado no amplo sofá de sua sala.



Léo Ramos






Essas polêmicas se traduzem em repercussão aos seus trabalhos. O próximo deles, a minissérie "Cinquentinha", da Globo, com previsão de estreia para 8 de dezembro, é um claro exemplo disso. Marília Pêra, que seria uma das protagonistas, abandonou as gravações por achar que sua personagem não teria o devido destaque. Aguinaldo dispara: “Marília é meio um Tim Maia da TV. O problema é que ela, quando não larga o trabalho, o faz muito bem, então você tem que perdoar”, diz.



Aos 66 anos ele declara guerra ao “politicamente correto” que, segundo ele, tem dominado a pauta da teledramaturgia. “Isso está matando as novelas”, dispara. E não poupa palavras para criticar a nova Helena de Manoel Carlos, interpretada por Taís Araújo em "Viver a Vida", da Globo. “O que falta à personagem é o componente racial. Você não pode ter uma atriz negra na novela como se fosse uma branca”, diz ele, com a autoridade de quem já assinou seis minisséries e 13 novelas, cinco das quais entre as doze de maior audiência na TV brasileira, "Roque Santeiro", "Tieta", "Pedra sobre Pedra", "Fera Ferida" e "Vale Tudo", esta última escrita em parceria com Gilberto Braga.



Lançando seu 15º livro, "Deu no Blogão", uma reunião de alguns dos textos mais comentados no blog que mantém há dois anos, Aguinaldo fala sobre essas e outras polêmicas que o rondam.



Léo Ramos






iG: "Cinquentinha" só estreia em dezembro e já está cercada de polêmicas. Gosta disso?
Aguinaldo Silva: Não rejeito confusão, claro, adoro polêmica, sou barraqueiro (risos). Bate-boca é comigo mesmo. Me orgulho de vender meu peixe. Mas não apareço porque gosto de aparecer. O que aparece é o meu trabalho.



iG: O que você acha de a Marília Pêra ter desistido porque achou que seu papel era secundário?
AS: Me preocupei em contar as falas das três principais personagens, e todas tinham o mesmo peso. Ela, Susana Vieira e Marília Gabriela. Ela não se sentiu bem, percebi isso desde a primeira reunião com elenco, não estava empolgada. E daí usou esse argumento, falando que a personagem era menor... Fiquei chateado porque ela assinou um contrato para fazer isso. Tem que pensar bem quando se assina um contrato, para não dar vexame depois.



iG: Voltaria a escrever um papel para ela, numa outra novela?
AS: Olha, não sei. Na verdade, se você der uma olhada na sua história pregressa, ela já largou projetos, peças, filmes... Marília é meio um Tim Maia da TV. O problema é que, quando não larga o trabalho, ela o faz muito bem, então você tem que perdoar, fazer o quê? Nas três vezes que tentei ver um show do Tim, não consegui, porque ele não apareceu. Marília falta aos compromissos, como fazia Tim.



iG: O que é mais difícil, lidar com ego de atores ou definir um final coerente para seus personagens?
AS: Ah, definir final coerente, pelo menos no meu caso. Não gosto de intimidade com atores. Qualquer dúvida deles com relação ao trabalho, tem que ser pelo intermédio de Wolf Maya, que é meu diretor. Se tiver que dar atenção a todos, não tenho tempo para escrever.



iG: Quem é o melhor autor de novelas hoje?
AS: Não me faça essa pergunta! Que difícil. Nesse momento, se eu citar um nome estaria sendo apenas gentil. Todos os autores das oito se equivalem, cada um com seu estilo. Mas veja, sou o único autor de novela que só escreve para o horário das oito, em trinta e poucos anos de TV.



Léo Ramos


As obras de arte garimpadas em leilões e feiras de antiguidades





iG: Segundo o Ibope, das 12 novelas de maior audiência na TV, cinco são suas. Tem o segredo para ganhar o público?
AS: Tenho sim. Minhas novelas são extremamente populares, não escrevo apenas para a elite. Existem autores brilhantes, como Manoel Carlos, que eu adoro, que nunca escreveram um sucesso de audiência porque são novelas mais voltadas à elite. O Leblon não é o Brasil. Há muito mais Baixadas Fluminenses do que Leblons pelo país.



iG: Você já frequentou a Baixada Fluminense?
AS: Claro que já, principalmente quando fui repórter policial. Eu ia muito à Baixada. Como também vou ao Leblon!



iG: Há alguns anos, você criticou o fato de as novelas terem casais gays em suas tramas. Acha que há um exagero?
AS: Não é que haja um exagero. Eu não aguentava mais ver casais gays bem comportados, como reprodução de casais heterossexuais. É como essa novela atual do Maneco ("Viver a Vida"). O que falta a essa Helena (papel de Taís Araújo) é o componente racial. Você não pode ter uma atriz negra na novela como se fosse uma branca.



iG: Por que não?
AS: Quantas vezes ouvi pessoas se referindo a Naomi Campbell como a modelo ‘neguinha’! É preciso levantar essa questão das minorias. É como tratar casal gay como coisa comum. Por mais que os gays se comportem, serão sempre suspeitos. Essa é a verdade. Os jovens me olham com desconfiança, acham que vou atacá-los a qualquer momento (risos).



iG: Falando em Manoel Carlos, você gosta do ‘elemento social’ inserido nas novelas? Abordar, por exemplo, síndrome de Down, alcoolismo etc?
AS: Odeio o politicamente correto. Isso está matando as novelas. O folhetim precisa ser politicamente incorreto, senão deixa de ser novela. Me recuso a entrar nessa onda. Anão é anão e ponto.



Léo Ramos






iG: Mudando de assunto, quando você percebeu que estava rico?
AS: (risos) Não sei se sou rico, acho que não. Para os padrões brasileiros, tudo bem, sou sim. A conta do PT diz que quem ganha mais de um milhão e meio de reais é rico. Então, para os petistas, sou rico. A gente percebe que está bem quando perde a vontade de comprar. Fui a um outlet em Paris, recentemente, fiquei lá o dia inteiro e só comprei uma gravata. Não me interessei por nada.



iG: Está namorando?
AS: As pessoas da minha idade não precisam de namorados, precisam de enfermeiros. Tenho quase 66 anos, mas me sinto ‘cinquentinha’ fisicamente.



iG: Por que resolveu reunir num livro alguns textos do seu blog?
AS: Porque na internet as palavras ficam no ar e a palavra escrita tem peso maior do que qualquer outra coisa. Meus textos repercutem muito.



iG: Saberia dizer por quê?
AS: Meu blog é provocativo, falo de costumes com uma linguagem de duplo sentido, abusando dessa provocação. Tenho acesso diário de 130 mil internautas.



iG: Aproveitando que você está sempre entre Rio e Lisboa, o que falta ao Brasil que Portugal tem de sobra?
AS: Falta ao Brasil uma noção de ética, que os portugueses cultivam. Ser ético no Brasil é sinônimo de ser otário. E quanto a Portugal, falta a eles bastante bunda! É o que o Brasil tem de sobra (risos).


http://gente.ig.com.br/materias/2009/11/10/aguinaldo+silva+critica+helena+negra+de+manoel+carlos+falta+a+ela+o+componente+racial+9055969.html

ONU declara 18 de julho como Dia Internacional de Nelson Mandela

11/11/2009 - 16h26
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da Folha Online

Os 192 Estados-membros da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) consagraram nesta quarta-feira o dia 18 de julho como Dia Internacional Nelson Mandela, a ser celebrado a partir do ano que vem. A data corresponde ao aniversário do ex-presidente sul-africano e Prêmio Nobel da Paz.

"Nelson Mandela é um ícone internacional e um exemplo de esperança para todos os oprimidos e marginalizados em todo o mundo", declarou o embaixador da África do Sul ante a ONU, Baso Sangqu.

A resolução visa a recompensar Mandela por toda sua vida dedicada a causas defendidas pela ONU, como resoluções dos conflitos, as relações inter-raciais, a promoção dos direitos humanos, a reconciliação e a igualdade dos sexos.

Kim Ludbrook/Efe

O Nobel da Paz Nelson Mandela, que teve o dia do aniversário transformado no Dia Internacional Nelson Mandela

Conforme um comunicado divulgado em Johannesburgo pela Fundação Nelson Mandela, a resolução foi aprovada nesta terça-feira por unanimidade e transforma o dia do aniversário do ex-presidente sul-africano em um "dia internacional do ativismo".

"O Dia de Mandela é um dia internacional de ação humanitária para celebrar a vida de Mandela e a sua herança. Deve servir de catalisador para que todas e cada uma das pessoas compreendam que elas têm a capacidade de mudar o mundo com sua ação", afirma a nota. "Esta em nossas mãos criar um mundo melhor", afirma a fundação, ao citar Mandela, enquanto agradece ao governo da África do Sul seus esforços para tornar possível esta resolução internacional.

Mandela, diz a nota, "passou 67 anos de sua vida se dedicando ativamente a promover e conseguir a mudança social" e, por isso, a fundação pede que, no Dia de Mandela, "as pessoas dediquem simbolicamente pelo menos 67 minutos de seu tempo para servir suas comunidades em qualquer coisa que quiserem".

Com Efe e France Presse

http://www.geledes.org.br/em-debate/onu-declara-18-de-julho-como-dia-internacional-de-nelson-mandela.html

África tem a pior infraestrutura do mundo, diz Banco Mundial

12/11/2009 - 01h44
O continente africano tem a pior infraestrutura do mundo, segundo um estudo divulgado nesta quinta-feira pelo Banco Mundial.

Durante o estudo, foram analisadas as infraestruturas em eletricidade, água, estradas e tecnologias de informação e comunicação em 24 países da África subsaariana.

Segundo os resultados, publicados no relatório Africa's Infrastructure: A Time for Transformation ("Infraestrutura na África: Tempo de Transformação"), a falta de infraestrutura reduz a produtividade no continente em até 40%.

"A infraestrutura moderna é a sustentação de uma economia e a falta dela inibe o crescimento econômico", afirmou o vice-presidente para a África do Banco Mundial, Obiageli Ezekwesili.

Acesso
O documento sugere que o acesso inadequado à energia é "o maior impedimento para o crescimento econômico do continente".

Segundo o relatório, a falta de energia crônica afeta 30 países africanos. Além disso, a capacidade geradora de 48 países subsaarianos é de 68 gigawatts - menor do que a da Espanha. Do total gerado, 25% não está disponível por conta de estruturas antigas e manutenção escassa.

Com relação à infraestrutura ligada aos recursos hídricos, o documento também aponta problemas como armazenamento inadequado, grande demanda e falta de cooperação supra-fronteiriça, que ameaçariam o setor hídrico no país.

"Menos de 60% da população da África têm acesso à água potável. (...) Nos últimos 40 anos, somente 4 milhões de hectares de irrigação foram desenvolvidos, comparados com 25 e 32 milhões para a China e Índia, respectivamente", afirma o documento.

Na avaliação do sistema de transporte, o documento afirma que os principais problemas do continente africano seriam a falta de eficácia nas conexões entre os diferentes meios de transporte (ar, terra e ferrovias), a falta de equipamentos nos portos, ferrovias antigas e acesso inadequado às estradas em todas as estações.

Segundo o relatório, melhorar o acesso em áreas rurais é essencial para aumentar a produtividade agrícola em todo o continente.

Por fim, a análise da infraestrutura em tecnologias de informação e comunicação indica que os altos preços de serviços como a telefonia celular é um problema nos países africanos.

De acordo com o documento, apesar do aumento na demanda - o número de usuários aumentou em 170 milhões entre 2000 e 2007 - e dos investimentos do setor privado, os africanos continuam pagando um preço alto pelos serviços.

Segundo o relatório, o preço médio de serviços pré-pagos de telefonia celular custam cerca de U$ 12 por mês na África, comparados com U$2 em países como a Índia e o Paquistão.

Medidas
O relatório do Banco Mundial estima que são necessários US$93 bilhões anuais na próxima década para melhorar a infraestrutura e amenizar os problemas no continente africano - o dobro do que havia sido estimado anteriormente. A nova estimativa representa cerca de 15% do Produto Interno Bruto (PIB) do continente.

Cerca de metade do dinheiro, sugere o documento, deveria ser investido em melhorar a crise do fornecimento de energia elétrica que ameaça o crescimento da África.

O estudo sugere ainda que apesar da necessidade de mais investimentos, os gastos atuais do continente em infraestrutura são maiores do que se imaginava: US$ 45 bilhões por ano. A maioria deste dinheiro é financiada domesticamente, por contribuintes e consumidores.

O Banco Mundial sugere ainda que além dos investimentos, o continente precisa lidar também com o desperdício para fazer melhor uso dos recursos já disponíveis e contribuir para o crescimento dos países africanos.

"Esse relatório mostra que investir mais fundos sem lidar com as ineficiências seria como despejar água em um balde furado. A África pode tampar esses vazamentos com reformas e melhorias nas políticas que serviriam como um sinal para os investidores de que a África está pronta para os negócios", disse Ezekwesili.


http://noticias.uol.com.br/bbc/2009/11/12/ult5022u4002.jhtm

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Encontro discute ações afirmativas, violência policial, racismo e direito humanosColocar na pauta da UFCG as questões raciais.



10h30 Domingo, 08 de Novembro de 2009
Este um dos principais objetivos do 1º Encontro da Consciência Negra da Universidade Federal de Campina Grande, que ocorrerá no próximo dia 16, no Auditório do Centro de Extensão José Farias, no Campus de Campina Grande. A promoção é do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiro da Universidade Federal de Campina Grande e Movimento Negro de Campina Grande, com o apoio da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Campina Grande-ADUFCG.

O Encontro também busca reinserir as questões raciais na pauta da UFCG porque, segundo os organizadores do evento, elas não têm sido discutidas na instituição. Um exemplo é a questão das cotas para o ingresso na instituição, já adotado em outras universidades. Outras são as questões envolvendo racismo contra as populações negras que estão nas áreas de atuação da universidade e os esforços para a implantação da Lei federal 10.639, que o ensino de história e cultura afro no ensino fundamental.

A programação do Encontro será aberto, no dia 16/11, às 8h, com a realização da mesa-redonda “A UFCG e as políticas de ações afirmativas: o estado da questão. Entre os debatedores estarão: Vicemário Simões (Pró-Reitor de Ensino-UFCG); o professor Antônio Berto Machado (UAE-UFCG) e o professor Luciano Mendonça de Lima (UAHG-UFCG). Como mediadora atuará a professora Juciene Ricarte Apolinário (UAHG).

O 1º Encontro da Consciência Negra da UFCG prosseguirá na tarde do dia 16/11, com a realização da mesa-redonda “Violência policial, racismo e direitos humanos: um debate necessário”. Dela participarão como debatedores: Marcos Marcone (Coronel da Polícia Militar-PB); Jair Silva (Movimento Negro-CG), o professor Maurino Medeiros (UACS-UFCG). Atuará como mediador,o professor Josevaldo Cunha (Presidente da ADUFCG).

O 1º Encontro da Consciência Negra da UFCG prosseguirá na tarde do dia 16/11, com a realização da mesa-redonda “Violência policial, racismo e direitos humanos: um debate necessário”. Dela participarão como debatedores: Marcos Marcone (Coronel da Polícia Militar-PB); Jair Silva (Movimento Negro-CG), o professor Maurino Medeiros (UACS-UFCG). Atuará como mediador,o professor Josevaldo Cunha (Presidente da ADUFCG).


http://www.clickpb.com.br/artigo.php?id=20091108113019