quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Microsoft pede desculpas após trocar cabeça de negro em foto

quarta-feira, 26 de agosto de 2009, 10:44 | Online

Microsoft pede desculpas após trocar cabeça de negro em foto

Gigante do software trocou a cabeça do homem negro por um homem branco no seu site para a Polônia

BBC Brasil

LONDRES - A Microsoft pediu desculpas após ser acusada de editar uma foto na qual a cabeça de um homem negro foi trocada pela de um homem branco. A foto, que mostrava empregados sentados ao longo de uma mesa de reunião, apareceu em sua versão original no site da empresa nos Estados Unidos. Mas no seu site para a Polônia, a gigante do software trocou a cabeça do homem negro por um homem branco, mas deixou a mão do homem intocada.

A Microsoft disse que retirou a imagem de seu site e que investigará quem foi o responsável pelas mudanças na imagem. A empresa pediu desculpas formais pela gafe.

A imagem alterada, na qual havia também um homem asiático e uma mulher branca, foi amplamente divulgada e circulada em sites e blogs na internet.

Em discussões online, alguns bloggers afirmaram que a Microsoft estava tentando agradar a todos os gostos ao ter um homem com uma face branca e mãos negras. Outros sugeriram que a empresa pode ter alterado a imagem para refletir melhor a composição étnica da população da Polônia.

http://www.estadao.com.br/noticias/economia,microsoft-pede-desculpas-apos-trocar-cabeca-de-negro-em-foto,424913,0.htm


Lançamento do Livro "O Negro no Século XXI, da juíza Luislinda Dias de Valois Santos |

26/08/2009 às 08:23
| ATUALIZADA às 15:08 | COMENTÁRIOS (2)

Juíza baiana lança livro para fazer desabafo histórico sobre preconceito racial

Liana Rocha, do A Tarde

Ressentimento é algo que passa bem longe da juíza Luislinda Dias de Valois Santos. Mesmo assim, a baiana que é a primeira magistrada negra do País, não podia deixar passar despercebida a engrenagem racista que teve que enfrentar e que ainda segue funcionando, para indignação de grande parte da população brasileira, e principalmente, baiana.

Por isso seu primeiro livro, O negro no século XXI – que será lançado hoje à noite na Livraria Saraiva – é ao mesmo tempo um desabafo e uma análise histórica da posição do afro-descendente no Brasil. Tomando como base suas próprias vivências, a autora pontua, de forma simples e direta, em 18 capítulos, o processo histórico causador da desigualdade social e racial no País.

O livro começou a ser escrito em um momento difícil, quando a juíza enfrentava dois processos judiciais nos quais foi citada injustamente. A experiência acabou servindo como gatilho para algo que vai muito além do simples relato pessoal. A intenção da obra é provocar uma reflexão sobre o retorno que a sociedade brasileira tem dado ao povo negro, em vista de sua contribuição social, econômica e cultural ao longo dos séculos.

| Seriço |


Lançamento do Livro "O Negro no Século XXI, da juíza Luislinda Dias de Valois Santos |


Quando: quarta-feira, 26, 19h30


Onde: Saraiva Mega Store (3341-7020), Avenida Tancredo Neves, Salvador Shopping, 2° piso

Justiça social e justiça histórica


São Paulo, quarta-feira, 26 de agosto de 2009

TENDÊNCIAS/DEBATES
BOAVENTURA DE SOUSA SANTOS
É possível adotar um sistema de ações afirmativas para ingresso nas universidades que destine parte das vagas a negros e indígenas?
AO REGRESSAR de férias, o STF enfrenta uma questão crucial para a construção da identidade do Brasil pós-constituinte: é possível adotar um sistema de ações afirmativas para ingresso nas universidades públicas que destine parte das vagas a negros e indígenas?Ao rejeitar o pedido de liminar em ação movida pelo DEM visando suspender a matrícula dos alunos, o ministro Gilmar Mendes sugeriu que a resposta fosse dada em razão do impacto das ações afirmativas sobre um dos elementos centrais do constitucionalismo moderno: a fraternidade.Perguntou se se estaria abrindo mão da ideia de um país miscigenado e adotando o conceito de nação bicolor, que opõe "negros" a "não negros", e se não haveria forma mais adequada de realizar "justiça social" -por exemplo, cotas pelo critério da renda. Situar o juízo de constitucionalidade no horizonte da fraternidade é uma importante inovação no discurso do Supremo. Mas, assim como o debate sobre a adoção de ações afirmativas baseadas na cor da pele não pode ser dissociado do modo como a sociedade brasileira se organizou racialmente, o debate sobre a concretização da Constituição não pode desprezar as circunstâncias históricas nas quais ela se insere. Como já escrevi nesta seção, o ideário da fraternidade nas revoluções europeias caminhou de par com a negação da fraternidade fora da Europa ("As dores do pós-colonialismo", 21/8/06).
No "novo mundo", a prosperidade foi construída à base da usurpação violenta de territórios originários dos povos indígenas e da sobre-exploração dos escravos para aqui trazidos.Por essa razão, no Brasil, a injustiça social tem forte componente de injustiça histórica e, em última instância, de racismo anti-índio e antinegro ("Bifurcação na Justiça", 10/6/08). Em contraste com outros países (EUA), o Brasil apresenta um grau bem maior de miscigenação. A questão é saber se esse maior grau de miscigenação foi suficiente para evitar a persistência de desigualdades estruturais associadas à cor da pele e à identidade étnica, ou seja, se o fim do colonialismo político acarretou o fim do colonialismo social. Os indicadores sociais dizem que essas desigualdades persistem. Por exemplo, um estudo recente divulgado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República mostra que o risco de ser assassinado no Brasil é 2,6 vezes maior entre adolescentes negros do que entre brancos. Falar em fraternidade no Brasil significa enfrentar o peso desse legado, grande desafio para um país em que muitos tomam a ideia de democracia racial como dado, não como projeto. Mas, se o desafio for enfrentado pelas instituições sem que se busque diluir o problema em categorias fluidas como a de "pobres", o país caminhará não só para a consolidação de uma nova ordem constitucional, no plano jurídico, como também para a construção de uma ordem verdadeiramente pós-colonial, no plano sociopolítico. Ao estabelecer um sistema de ações afirmativas para negros e indígenas, a UnB oferece três grandes contributos para essa transição. Em primeiro lugar, o sistema de educação superior recusa-se a reproduzir as desigualdades que lhe são externas e mobiliza-se para construir alternativas de inclusão de segmentos historicamente alijados das universidades em razão da cor da pele ou identidade étnica.
Segundo, a adoção dessas alternativas não acarreta prejuízo para a qualidade acadêmica. Ao contrário, traz mais diversidade, criatividade e dinamismo ao campus ao incluir novos produtores e modos de conhecer. Terceiro, apesar de levantarem reações pontuais, como a do DEM, ações afirmativas baseadas na cor da pele ou identidade étnica obtêm um elevado grau de legitimidade na comunidade acadêmica. Basta ver como diversos grupos de pesquisa e do movimento estudantil se articularam em defesa do sistema da UnB quando ele foi posto em causa. Para o estudo das reformas universitárias, é fundamental que o programa da UnB possa completar o ciclo de dez anos previsto no plano de metas da instituição. A resposta a ser adotada pelo STF é incerta. O tribunal poderá desprezar a experiência da UnB sob o receio de que ela dissolva o mito de um país fraterno, porque mais miscigenado do que outros. Mas o tribunal também poderá entender que o programa da UnB, ao reconhecer a existência de grupos historicamente desfavorecidos, é, ao contrário, uma tentativa válida de institucionalizar uma fraternidade efetiva. Somente a segunda resposta permite combinar justiça social com justiça histórica.
BOAVENTURA DE SOUSA SANTOS , 68, sociólogo português, é professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (Portugal). É autor, entre outros livros, de "Para uma Revolução Democrática da Justiça" (Cortez, 2007).
Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo. debates@uol.com.br

Senador Ted Kennedy morre aos 77 anos


26/08/09 - 02h36 - Atualizado em 26/08/09 - 05h17

Senador Ted Kennedy morre aos 77 anos

Ela era irmão de John Kennedy, presidente assassinado em 1963.
Ted lutava contra um câncer desde 2008.

Do G1, com agências internacionais *

O senador democrata americano Edward (Ted) Kennedy morreu aos 77 anos, em sua casa, em Hyannis Port, no estado de Massachusetts, vítima de câncer, informou por comunicado a família Kennedy, na noite de terça-feira (25), início da madrugada desta quarta (26) no Brasil.


“Edward M. Kennedy - o marido, pai, avô, irmão e tio - morreu na noite de terça-feira em casa, em Hyannis Port”, diz o comunicado da família. E segue: “Perdemos o centro insubstituível da família e a luz da alegria em nossas vidas. Agradecemos a todos que deram a ele assistência e apoio ao longo deste último ano, e todos que estavam com ele há muitos anos em sua marcha incansável em prol do progresso, justiça e oportunidades para todos. Ele amava este país, e dedicou sua vida para servi-lo. Ele sempre acreditou que nossos melhores dias ainda estão por vir. É difícil imaginar qualquer dia sem ele”.

Sucesso e tragédia

O senador integrava uma das famílias mais célebres da política americana, cujo clã conviveu ao mesmo tempo com o sucesso e a tragédia.

Ted era o último sobrevivente de uma geração de Kennedys que dominaram a política americana na década de 1960. Era irmão de John F. Kennedy, presidente baleado e assassinado em 1963, e de Robert Kennedy, senador também baleado e morto durante campanha para a nomeação presidencial democrata de 1968. Seu irmão mais velho, Joseph P. Kennedy Jr, morreu em 1944, aos 29 anos, na Segunda Guerra Mundial. O sobrinho John F. Kennedy Jr morreu em um acidente de avião em 1999, aos 38 anos.

Tumor

Segundo a imprensa dos EUA, Ted estava debilitado, com a saúde precária desde que sofreu uma convulsão em maio 2008, em sua casa, em Hyannis Port.

Ainda de acordo com a imprensa local, os médicos determinaram como causa da morte um câncer maligno no cérebro.




Desde o início do tratamento para minimizar os efeitos do tumor cerebral, Ted Kennedy, com 46 anos de vida pública, foi pouco visto em Washington. O jornal "The New York Times” diz que o político esteve na Casa Branca pela última vez em abril, quando o presidente Barack Obama assinou uma lei do serviço nacional que ostenta o nome de Kennedy.

O senador ainda foi um dos principais cabos eleitorais de Obama, eleito presidente dos EUA no ano passado.

(*) Com informações das agências de notícias EFE, France Presse e Reuters

http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1280603-5602,00-SENADOR+TED+KENNEDY+MORRE+AOS+ANOS.html


Ensino religioso em escolas públicas pode gerar discriminação, avalia professor

23.08.09 às 12h37 > Atualizado em 23.08.09 às 12h38

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Ensino religioso em escolas públicas pode gerar discriminação, avalia professor

São Paulo - O ensino religioso que aborda uma doutrina específica pode gerar discriminação dentro das salas de aula, segundo o sociólogo da Universidade Estadual Paulista (Unesp), José Vaidergorn. “O ensino religioso identificado com uma religião não é democrático, pode ser considerado discriminatório”, disse em entrevista à Agência Brasil.



Segundo Vaidegorn, o ensino voltado para uma determinada religião pode constranger os alunos que não compartilham dessas ideias. O professor ressalta ainda a possibilidade de que, dependendo da maneira que forem ministradas, as aulas de religião podem incentivar a intolerância entre os estudantes.



As aulas de religião estão previstas na Constituição de 1988. No entanto, um acordo entre o governo brasileiro e o Vaticano, em tramitação no Congresso Nacional, estabelece o ensino católico e de outras doutrinas.



A inserção do elemento religioso no processo educacional pode, segundo Varidergorn, gerar conflitos. “Em vez da educação fazer o seu papel formador, o seu papel de suprir, dentro das suas condições, as necessidades de formação da população ela passa a ser também um campo de disputa política e doutrinária.”



O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Leão, contesta a justificativa apresentada na lei de que o ensino religioso é necessário para a formação do cidadão. “Não podemos considerar que a questão ética, a questão moral, o valores sejam privilégios das religiões”, ressaltou. A presença do elemento religioso não faz sentido na educação pública e voltada para todos os cidadãos brasileiros, segundo ele. “ A escola é pública, e a questão da fé é uma coisa íntima de cada um de nós”.



Ele indicou a impossibilidade de todos os tipos de crença estarem representados no sistema de ensino religioso. Segundo ele, religiões minoritárias, como os cultos de origem afro, não teriam estrutura para estarem presentes em todos os pontos do país.



Além disso, as pessoas que não têm religião estariam completamente excluídas desse tipo de ensino, como destacou o presidente da Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea), Daniel Sottomaior. “Mesmo que você conseguisse dar um ensino religioso equilibradamente entre todos os credos você ia deixar em desvantagem os arreligiosos e os ateus.”



Sottomaior vê com preocupação a possibilidade de a fé se confundir com os conhecimentos transmitidos pelo sistema educacional.“Como o aluno pode distinguir entre a confiabilidade dos conteúdos das aulas de geografia e matemática e o conteúdo das aulas de religião?”



Para o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Geraldo Lyrio Rocha, a religião é parte importante no processo educacional. “Uma educação integral envolve também o aspecto da dimensão religiosa ao lado das outras dimensões da vida humana”, afirmou.



As informações são da Agência Brasil


http://odia.terra.com.br/portal/educacao/html/2009/8/ensino_religioso_em_escolas_publicas_pode_gerar_discriminacao_avalia_professor_31046.html#