quarta-feira, 29 de julho de 2009

Powell elogia trabalho de Hillary Clinton como secretária de Estado dos EUA

29/07/09 - 00h56 - Atualizado em 29/07/09 - 00h55

Powell elogia trabalho de Hillary Clinton como secretária de Estado dos EUA

Da EFE


Washington, 28 jul (EFE).- O ex-secretário de Estado americano Colin Powell elogiou o trabalho realizado pela atual ocupante do cargo, Hillary Clinton, em particular seus esforços para resolver os problemas com a Coreia do Norte, em entrevista concedida ao programa "Larry King Live", da rede de televisão "CNN", divulgada hoje.


O ex-chefe da diplomacia americana disse que Hillary está manejando "adequadamente" as relações com Coreia do Norte ao insistir em que o diálogo com Pyongyang se limite às negociações de seis lados nas quais participam Estados Unidos, China, Japão, Rússia e as duas Coreias.


Segundo Powell, os norte-coreanos são os mais duros negociadores que conheceu e Hillary parece estar "nos moldes de quase todos os secretários (de Estado) que conheci".


O primeiro secretário de Estado afro-americano revelou que chorou de alegria quando Barack Obama venceu as eleições do ano passado e se tornou o primeiro presidente negro dos EUA.


"Havia gente que dizia que era algo que os EUA não fariam. Mas ele conseguiu", disse.


Utilizando termos militares, Powell aconselhou Obama a estabelecer suas prioridades e se centrar nos problemas de maneira individual e não em conjunto.


"É preciso ter um ataque principal, como dizem os militares. Não adianta ter uma dúzia de ataques, porque um acaba diminuindo sua própria energia e a de suas tropas", manifestou.


Durante a entrevista de uma hora, Powell também falou do futuro de seu Partido Republicano, que depois das eleições de novembro passado perdeu a Casa Branca e a maioria no Congresso frente ao Partido Democrata de Obama.


O ex-secretário de Estado alertou que seu partido deve mudar se não quer se resignar a ocupar de maneira permanente um lugar na oposição a um Governo democrata.


Além disso, Powell lembrou que os republicanos perderam em todas as fatias da população americana e que já não podem enfocar somente em suas bases conservadoras.


Powell, que chegou a ser considerado como provável candidato presidencial republicano, assinalou que o partido terá agora que buscar os moderados e os independentes do país.


Grande parte da entrevista foi dedicada ao incidente ocorrido neste mês envolvendo o acadêmico negro Henry Louis Gates, detido por policiais brancos em Massachusetts, em ação que chamou a atenção por suas conotações raciais.


Gates foi detido em sua própria casa por policiais que respondiam a uma ligação de emergência que denunciava um suposto assalto à residência. Após se negar a sair de sua casa, o acadêmico foi detido e algemado pelos policiais. Ele foi detido por perturbar a ordem, em acusação depois retirada.


"Creio que Gates deveria ter esperado um pouco, conversar com o policial e isto teria sido o fim do incidente", opinou Powell, ao acrescentar que já foi vítima de atitudes racistas.


"Não há nenhum negro neste país que não tenha sido exposto a este tipo de situação", disse Powell, para quem a melhor atitude nesses casos é manter a calma e não permitir que a raiva piore a situação.

EFE


http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1246630-5602,00-POWELL+ELOGIA+TRABALHO+DE+HILLARY+CLINTON+COMO+SECRETARIA+DE+ESTADO+DOS+EUA.html

De La Peña: a coisa ficou afrodescendente para o humor negro



28 DE JULHO DE 2009 - 18h17

De La Peña: a coisa ficou afrodescendente para o humor negro


“King Kong, um macaco que, depois que vai para a cidade e fica famoso, pega uma loira. Quem ele acha que é? Jogador de futebol?” Tomei conhecimento desta piada feita pelo Danilo Gentili através do twitter. Admiro o trabalho do humorista, acompanho a atualização do seu twitter, fiz questão de assistir seu stand up quando esteve no Rio e ri muito, assim como curto suas matérias no CQC. Enquanto representante do humor negro, black ou afrodescendente, resolvi pôr a mão nessa cumbuca quente.

Por Hélio De La Peña, em seu blog



É um tema que provoca discussões passionais. Há os que querem condenar quem faz piada com preto, há os que querem condenar quem reage a uma piada com preto. Sou contra proibir piadas, mas acho que a reação a elas deve ser encarada com naturalidade.

Não tenho problemas com piadas de qualquer natureza, desde que elas sejam engraçadas. Não foi o caso. Quando a piada é boa, não cria constrangimento. E as explicações patinam, não esclarecem nada. No caso, ela me incomodou porque faz um paralelo do gorila com um jogador. Mas não qualquer jogador e sim um jogador preto. Afinal, a graça estaria aí. Ninguém comenta ou faz piada se um jogador branco pega uma loura. O estereótipo com o qual nós, humoristas, trabalhamos com frequência é a do jogador negro (ou pagodeiro negro) que subiu de vida e, como tem grana, consegue pegar uma lourinha. O argumento de que não foi citada a cor do jogador é furado.

Danilo publicou um texto no seu blog sobre o assunto. Ali argumenta que quem chama um preto de macaco é crucificado. E afirma que “eu mesmo cresci ouvindo que sou uma girafa”. E que muitos gordos são apelidados de “baleia”ou “elefante”. O problema é que ninguém parado numa blitz foi xingado de girafa pelos canas. Também não ouvi falar de um porteiro que tenha dito a um gordo: “Sobe pelo elevador de serviço, baleia.” Associar o homem preto a um macaco não é novidade no anedotário e causa desconforto aos homens pretos.

Se alguma vez você sofreu discriminação racial, sabe o quanto isso é desagradável. Esta é a razão deste tipo de piada bater na trave. Isso não significa que eu seja a favor de cotas raciais — sou contra, prefiro um ensino de qualidade para todos. Também não sou militante da causa negra. Sou militante da mistureba geral das etnias. A fúria do “politicamente correto” é fruto de fanatismo. Mas democracia é o direito de se manifestar contra ou favor do que quer que seja, inclusive de uma piada.

Acho exagero imolar o humorista em praça pública. Processo é bobagem. Danilo não apontou o dedo na cara de nenhum preto e disse “olha aqui, seu macaco.” Ele fez uma piada, quem não gostou expôs sua opinião. Eu não gostei. E só.


http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=60463


Pardos e negros enfrentam maior jornada de trabalho, diz Ipea

29/07/09 - 10h35 - Atualizado em 29/07/09 - 10h37

Pardos e negros enfrentam maior jornada de trabalho, diz Ipea

Escolaridade também afeta tempo médio de serviço.
Setor de transportes registra a maior quantidade de horas trabalhadas.

Nathalia Passarinho Do G1, em Brasília


Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (29) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que a população parda no Brasil é a que passa mais tempo no trabalho, em média 41 horas semanais. Na sequencia, estão os negros, que trabalham em média 40,1 horas por semana.

O levantamento teve como principal fonte de informações dados colhidos entre 1988 e 2007 pela Pesquisa Nacional de Amostras por Domicílios (PNAD), produzida pelo IBGE. Segundo o Ipea, a carga horária média semanal dos trabalhadores brasileiros caiu 10,7%, de 44,1 para 39,4 horas.


De acordo com números de 2007, os brasileiros de cor branca trabalham em média 39,7 horas semanais, enquanto os de cor amarela passam 38,5 horas por semana no trabalho.

O levantamento mostra ainda que a carga horária das mulheres é 17,6% menor que a dos homens. Atualmente, trabalhadores do sexo feminino trabalham 35,1 horas semanais, enquanto os homens passam em média 42,6 horas em serviço. Em 1988, as mulhares trabalhavam cerca de 39,5 horas e os homens, 47,4 horas.

Idade e Escolaridade

A faixa etária também influencia na jornada de trabalho, segundo o levantamento. Os trabalhadores entre 24 e 40 são os que passam mais tempo em serviço: 41,1 horas semanais. A menor carga horária está entre os maiores de 55 anos, que trabalham em média 35,4 horas por semana.

O estudo revela ainda que os brasileiros com menor escolaridade trabalham menos horas. Quem estudou até um ano passa em média 36,2 horas semanais em serviço. Em contrapartida, os que têm entre 8 e 10 anos de estudo, trabalham mais de 40 horas por semana. Trabalhadores de maior escolaridade, com mais de 11 anos de estudo, trabalham em média 39,7 horas.

Ocupação

O setor que registra a maior quantidade de horas trabalhadas é o de transportes. De acordo com o levantamento, os empregados dessa área trabalham em média 46,2 horas semanais, cerca de duas horas a mais do que o permitido por lei.

O setor de serviços industriais aparece em segundo lugar, com carga horária de 44,7 horas. Já o segmento que registrou a menor jornada semanal em 2007 foi a agricultura, com 33,6 horas semanais - uma queda de 26,3% em relação a média de trabalho dos agricultores em 1988, quando a carga era de 45,6 horas.

A pesquisa revela também que os empregadores costumam trabalhar mais horas (48,1 horas semanais). Os empregados trabalham cerca de 40,3 horas semanais. Já os não remunerados passam 28,2 horas em serviço e os autônomos, 39,5 horas.



http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL1246139-9356,00-PARDOS+E+NEGROS+ENFRENTAM+MAIOR+JORNADA+DE+TRABALHO+DIZ+IPEA.html

JustificarI SEMINÁRIO NACIONAL RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS E CONTROLE SOCIAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE

JustificarI SEMINÁRIO NACIONAL RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS E CONTROLE SOCIAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE


Nos próximos dias 19, 20 e 21 de agosto de 2009, a Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde realizará o I Seminário Nacional Religiões Afro-Brasileiras e Controle Social de Políticas Públicas de Saúde com a finalidade de ampliar a participação das lideranças de terreiros e do movimento negro nos mecanismos de controle social de políticas públicas de saúde e estabelecer um diálogo com os gestores das diversas áreas da saúde.


Programação
Dia 19 de agosto de 2009
14:30h - Credenciamento
17h:30h – Mesa de Abertura
18:30h – Painel 1 - Religiões Afro-Brasileiras, Cultura e Saúde

Dia 20 de agosto
08:30h - Cânticos de louvor a vida e a natureza
09:00h – Painel 2 - Os terreiros e as Políticas Públicas de Saúde
10:00h – Painel 3 - Dialogando com as Políticas Públicas de Saúde
12:30 - Almoço
14:00h – Painel 4 - Os mecanismos de controle social de políticas públicas de saúde e a participação do povo de santo no controle social
16:30h – Apresentacão Cultural
17:00h - Lanche

Dia 21 de agosto de 2009
09h – Painel 5 - Dialogando com as ações e programas de saúde
2:00h - Almoço
14:00h - Por uma agenda de saúde nos terreiros em parceria com o SUS: firmando compromissos
16:00h – Encerramento e apresentação cultural
Lanche – 16:30


I Seminário Nacional Religiões Afro-Brasileiras e Controle Social de Políticas Públicas de Saúde
Local: Scorial Rio Hotel- Rua Bento Lisboa 155 - Largo do Machado - Rio de Janeiro
Apoio: SMS/RJ, Ministério da Saúde, UNIFEM, UNFPA, Fundação Cultural Palmares

terça-feira, 28 de julho de 2009

Criador do sistema de cotas da UnB diz que ação contra a política é “tapetão”


28 de Julho de 2009 - 08h17 - Última modificação em 28 de Julho de 2009 - 10h14


Criador do sistema de cotas da UnB diz que ação contra a política é “tapetão”

Gilberto Costa
Repórter da Agência Brasil

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Brasília - Para o professor José Jorge de Carvalho, que junto com a professora Rita Lauro Segatto (ambos do Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília) elaborou a proposta de política afirmativa, a ação do Democratas - que pede a suspensão do sistema de cotas na UnB - “é um refrito” do Manifesto dos 113 enviado ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, em 30 de abril do ano passado, e assinado por um “grupo pequeno que tem acesso à mídia”. A ação, segundo ele, apresenta “argumentos frágeis”.

O antropólogo afirma que o processo de cotas é um dos mais revolucionários na universidade brasileira. "As universidades funcionaram durante 70 anos, de 1930 ao ano 2000, totalmente segregadas. Há poucos países no mundo que tem um universo tão racista quanto o nosso”, avalia. “Não que exista lei para que os negros estejam fora, mas eles estão fora [da universidade]. O racismo estrutural e o racismo institucional fazem que eles estejam fora.”

“Eles [o partido Democratas e quem assinou o Manifesto dos 113] estão dizendo que 90 universidades [onde há política afirmativa] vão ter que jogar para fora todos os estudantes que entraram e não deixarão entrar nunca mais nenhum deles?”, pergunta. “Eles estão querendo jogar na rua um contingente de mais de 20 mil estudantes”, critica José Jorge de Carvalho afirmando que a ação no STF é uma tentativa de ganhar no “tapetão”.

“O universo acadêmico brasileiro está em uma luta de incluir os negros e os indígenas que estiveram excluídos sempre. Como eles não conseguem mais influenciar na decisão sobre o processo de inclusão, no fundo eles não querem negros na universidade, eles entraram com uma ação no Judiciário”, acusa o professor.

Para o antropólogo, a crítica socioeconômica contra as cotas é falha, assim como o argumento de que a análise dos pedidos é subjetivo. “Se nós fizermos um recorte de renda as pessoas podem falsificar o comprovante de renda. Se fizermos um recorte por origem na escola pública as pessoas também podemos falsificar”, aponta.

“Toda política pública tem uma margem de erro. A comissão que analisa os cotistas é uma comissão formada por pessoas da sociedade, do movimento negro, por professores e estudantes. Ela é tão idônea como qualquer outra comissão jamais feita no Brasil”, defende José Jorge de Carvalho.

“[Se for para] Discutir a idoneidade dessa comissão tem que discutir a idoneidade de todas as comissões. Tem então que parar com o Bolsa Família para que não haja fraude no programa. A comissão existe para que haja responsabilidade na política”, argumenta.



http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2009/07/27/materia.2009-07-27.5477902442/view