domingo, 17 de maio de 2009

ASSOCIAÇÃO DE PESQUISADORES NEGROS DA BAHIA – APNB

A ASSOCIAÇÃO DE PESQUISADORES NEGROS DA BAHIA – APNB, seção baiana da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros, fundada em 06 de novembro de 2004, é uma associação civil, sem fins lucrativos e que se destina à defesa e divulgação de pesquisas realizadas, prioritariamente por pesquisadores negros, sobre temas de interesse direto das populações negras e todos os demais temas pertinentes à construção e ampliação do conhecimento humano. Possui como principais objetivos:
a) Congregar os Pesquisadores Negros Baianos, acadêmicos ou não, que trabalham com temas de interesse direto das populações negras no Brasil;
b) Assistir e defender os interesses da APNB e dos sócios perante os poderes públicos em geral;
c) Promover conferências, reuniões, cursos e debates sobre temas e questões diretamente ligadas a populações negras no Brasil;
d) Possibilitar publicações de teses, dissertações, artigos, revistas sobre assuntos relativos às culturas negras no Brasil e em toda diáspora;
e) Manter intercâmbio com associações congêneres do país e do exterior;
g) Defender e zelar pela manutenção da pesquisa com financiamento público e dos institutos de pesquisa em geral, propondo medidas para seu aprimoramento, fortalecimento e consolidação;
h) Propor medidas para as políticas públicas no estado e no país.
A APNB é resultado da trajetória histórica traçada por pesquisadores negros na Bahia e no Brasil, nos diversos espaços institucionais de pesquisa e nos Movimentos Negros de forma geral. Desde 2004, a APNB tem envidado esforços para promover a congregação e o diálogo com pesquisadores e instituições de pesquisas da Bahia, intensificando e ampliando o campo de debate sobre as relações étnico-raciais, com vistas a interferir ativamente nos vários setores da vida pública do estado e do país, bem como fortalecer uma rede de solidariedade entre populações negras.
Em 2006, a APNB organizou juntamente com a Associação de Pesquisadores Negros do Brasil - ABPN, o IV Congresso Nacional de Pesquisadores Negros, na UNEB, no período de 13 a 16 de setembro, com a participação de mais de 600 pesquisadores das mais diversas regiões do país e de estrangeiros. Em 2007, com o intuito de estabelecer e/ou aprofundar o debate entre pesquisador@s da Bahia e de sugerir políticas públicas direcionadas para a democratização da educação e a pesquisa em todos os níveis no Estado, organizou o I Congresso de Pesquisador@s Negr@s da Bahia, I CBPN, com o objetivo, entre outros, de:
promover intercâmbios de experiências de pesquisa;
tomar posição e implementar ações de participação efetiva nos debates sobre temas significativos para a sociedade brasileira, com ênfase nas africanidades, relações étnico-raciais e questões de afrodescendência;
inventariar as áreas e temas de interesse dos pesquisador@s negros; criar estratégias com vistas a buscar apoio e convênio com as instituições de fomento nacionais e internacionais;
propor mecanismos de divulgação de resultados das pesquisas concluídas e em andamento; apresentar e participar de projetos e atividades de Programas de Graduação e de Pós-Graduação que visem a contribuir para a implementação da Lei 10. 639 e fomentar o intercâmbio com instituições que estão discutindo temas diretamente ligados aos interesses das populações negras.
O I Congresso se realizou nas dependências da Universidade Federal da Bahia e da Faculdade 2 de Julho e consolidou a APNB como um espaço de produção de conhecimento crítico e divulgação de pesquisa; entre os participantes que apresentaram trabalhos e os que se inscreveram como ouvintes, este evento contou com a presença de mais de quatrocentas pessoas. Também nele foi eleita a diretoria para o biênio 2008/2009 que foi assim composta:
Diretoria Executiva
Dr. Nilo Rosa dos Santos – Presidente – UEFS;
Ms. Marluce de Lima Macedo - 1º Vice-presidente- UNEB;
Dra. Maria de Lourdes Siqueira - 2ª Vice-presidente – UFBA;
Ms. Juvenal de Carvalho Conceição - 1 Secretário – FTC – UEFS;
Ms. Marcos Aurélio dos Santos Souza - 2ª Secretário – UESB;
Ms. Romilson da Silva Souza - 1º Tesoureiro- UNEB;
Dra. Lívia Natália de Souza Santos - 2º Tesoureira – UESB;
Conselho Fiscal
Ms. Valdélio Santos Silva - UNEB;
Ms. Rosângela Souza da Silva - UEFS e FACE;
Prof. Guacira Cavalcante Oliveira;
Suplente: Dr.José Henrique Freitas Santos UNEB;
Conselho Consultivo
Dr. Wilson Roberto de Matos - UNEB;
Dra. Florentina da Silva Souza - UFBA;
Dr. Sílvio Humberto dos Passos Cunha - UEFS;
Dr. Jocélio Telles dos Santos - UFBA;
Dr. Cloves Luis Pereira Oliveira - UEFS;
Dra. Ana Célia da Silva - UNEB;
Dra. Célia Oliveira - UEFS;
Ms. Maria Durvalina Cerqueira Santos - FAC. 2 de Julho. .
O II Congresso Baiano de Pesquisador@s Negr@s a realizar-se de 24 a 26 de setembro de 2009, nas dependências da Universidade Estadual de Feira de Santana, com o apoio das universidades e de faculdades da Bahia e de entidades do movimento social, será uma oportunidade de ampliar a participação de pesquisadores e pesquisadoras do estado na APNB e ainda espera constituir-se em espaço para discussão das diversas dimensões e expressões da cultura negra na Bahia.

CONSULTA RELIGIOSA DO RIO DE JANEIRO

A Secretaria de Estado de Assistência Social e DireitosHumanos-SEASDH, por intermédio da Superintendência de IgualdadeRacial-SUPIR, juntamente com as organizações da sociedade civil:Coletivo de Entidades Negras-CEN; Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-brasileiro e o Centro de Tradições Afro-brasileiras,convoca para a Consulta Religiosa do Rio de Janeiro, com aparticipação de representante da Secretaria Especial de Políticas dePromoção da Igualdade Racial-SEPPIR, para tratar da representação –delegados – do Estado do Rio de Janeiro à Plenária Nacional dossegmentos de Comunidades Tradicionais.
Local: CEDIMEnd.: Rua Camerino, 51 – CentroDia: 19 de maio de 2009, terça-feiraHorário: às 15h

I Seminário Internacional Áfricas:

historiografia africana e ensino de história
28,29 e 30 de maio de 2009
Salvador - Bahia

O I Seminário Internacional Áfricas: historiografia africana e ensino de história é uma iniciativa da PPG/UNEB, CECAFRO/PUC/SP, Casa das Áfricas e NEAB/UDESC, com o apoio do CNPq, cujo objetivo é promover debates que problematizem a discussão sobre história da África na produção historiográfica contemporânea, o ensino da história do continente, e da diáspora.

sábado, 16 de maio de 2009

IMIGRAÇÃO: PORTUGAL FAZ REDUÇÃO DRÁSTICA DE VISTOS DE TRABALHO



IMIGRAÇÃO: PORTUGAL FAZ REDUÇÃO DRÁSTICA DE VISTOS DE TRABALHO
O governo de Portugal anunciou que reduzirá em mais da metade o número de vistos de trabalho concedidos a imigrantes de fora da UE neste ano devido à crise econômica, diz a rede britânica BBC. Segundo o Ministério da Solidariedade Social, serão 3,8 mil estrangeiros admitidos no país neste ano, contra 8,6 mil em 20
08.
São Paulo, sábado, 16 de maio de 2009 . Folha de São Paulo. mundo

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Conferência tumultuada em Manaus

Fonte: Afropress - 10/5/2009
Manaus – Por volta da meia noite deste sábado (09/05) e com quase doze horas de atraso, foi declarada encerrada a tumultuada II Conferência Estadual de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do Amazonas (II CEPPIR), segundo o professor e ativista do Movimento Negro, Juarez da Silva Jr. à Afropress.
A Conferência marcada por entreveros e problemas de organização desde a fase preparatória, teve como ponto culminante da tensão, o ataque promovido contra o Ministro interino da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Elói Ferreira, após sua fala na abertura, na sexta-feira (08/05). Ferreira foi agredido verbalmente, cercado e quase atingido fisicamente por lideranças do grupo Nação Mestiça – Forafro e Movimento dos Dependentes Químicos-MDQ e menores arregimentados por essas entidades que chegaram a iniciar a depredação do auditório e saguão e a destruir sofás das dependências.
Segundo Juarez, militantes de entidades do Movimento Negro do Amazonas tiveram de proteger o ministro até a chegada da Polícia, que não se encontrava no interior do prédio da Reitoria da Universidade Estadual do Amazonas, aonde se realizava a Conferência. Com a chegada dos policiais, o ministro interino foi escoltado para local seguro e a Conferência suspensa até o dia seguinte.Os agressores não foram identificados pela organização da Conferência, a cargo da Secretaria Estadual de Justiça do Amazonas. Também não foi feito registro de Boletim de Ocorrência para apurar o caso.
Horas depois da paralisação e após reunião da cúpula da Secretaria de Justiça, Ferreira se reuniu com lideranças do Movimento Negro, indígenas e quilombolas para a reunião de trabalho que havia sido agendada.Em seguida aconteceu outra reunião entre lideranças e a Comissão Organizadora, que prometeu adotar medidas para garantir a continuidade dos trabalhos, porém, sem punições aos responsáveis pelos tumultos. A Comissão, de acordo com Juarez, ignorou os vários requerimentos protocolados pelos movimentos sociais, indignados com as atitudes de provocação do grupo que protagonizou as agressões contra o ministro da Seppir.Indignados, algumas dessas lideranças ameaçaram abandonar a Conferência, porém, foram convencidas a permanecer em respeito aos quilombolas e indígenas e ativistas que se deslocaram do interior durante horas viajando de barco.Afropress não conseguiu localizar as lideranças dos grupos Nação Mestiça – Forafro, e Movimento dos Dependentes Químicos – MDQ para falar sobre o caso.Esquema policial Sempre de acordo com o depoimento de Juarez, sob forte esquema policial, a Conferência seguiu tensa e com tumultos, com nítido prejuízo para os trabalhos.
Os delegados dos grupos dos Movimentos de Negritude, Indígenas e Sociais presentes, porém, segundo Juarez, “conseguiram em plenária impedir praticamente todas as proposições dos grupos desestabilizadores já citados, bem como a eleição de qualquer delegado dos mesmos para a Conferência Nacional”.“Foram aprovadas ainda duas Moções de Repúdio, uma exclusivamente aos movimentos desestabilizadores e outra mais ampla incluindo a organização do evento e solicitando providências às autoridades, como instauração de investigação, procedimentos administrativos e criminais, bem como, a revogação de duas leis (estadual e municipal) que inconstitucionalmente fazem "reconhecimento" de mestiços e "cabocos" (nos termos) como grupo étnico, legislação que afeta o sistema estatístico e de competência exclusiva da união, e que também estipula para os referidos "movimentos" representação garantida em eventos, conferências, conselhos e orgãos públicos e apoio estatal, o que não é garantido a nenhum outro grupo de movimentos sociais”, concluiu Juarez.
Confira a Moção aprovadaMOÇÃO DE REPÚDIOAs entidades dos movimentos sociais locais e individuais imbuídos e solidárias com a promoção da igualdade étnico-racial e combate à todas formas de discriminação, presentes à II CEPPIR-AM, em conjunto, repudiam publicamente o comportamento agressivo e atos praticados durante o primeiro dia da citada conferência, com o tratamento desrespeitoso para com um Ministro de estado convidado, bem como com todo o público presente e por justaposição a sociedade amazonense, praticados pelos ditos Movimentos “Nação Mestiça” ,“FORAFRO”, Movimento dos Dependentes Químicos-MDQ e outros grupos de sua esfera ideológica. Da mesma forma repudiamos outras ações anti-éticas e deliberadamente desestabilizadoras perpetradas por seus grupos durante a II Conferência Estadual de Políticas de Promoção da Igualdade Racial.Destacamos que a participação democrática de movimentos sociais não envolvidos prioritariamente com a questão étnico-racial é bem-vinda nos debates sobre a temática, porém com representantes qualificados para tal ou dispostos a se inteirar sobre a questão e sempre com intenção de agregação, refinamento, avanço na discussão e implementação de soluções e políticas de igualdade, nunca como fator de desestabilização e retrocesso.

Manaus-AM, 09 de maio de 2009 .


http://www.afropress.com/noticiasLer.asp?id=1849