terça-feira, 5 de maio de 2009

Filme de Spike Lee responde ao racismo de Clint Eastwood

da Folha Online

Baseado no romance homônimo de James McBride, também encarregado pela elaboração do roteiro, chegou às telas do Brasil no último fim de semana o longa-metragem "Milagre em Santa Anna", do cineasta Spike Lee. Trata-se de um épico que narra a história de quatro soldados, membros de uma divisão do Exército americano formada apenas por negros, que passam por situação delicada depois que um deles arrisca sua vida para salvar uma criança italiana.
A produção é uma resposta do cineasta ao patriotismo de Clint Eastwood em suas obras sobre a Segunda Guerra Mundial. Em junho de 2008, Lee havia criticado Eastwood por ele não ter usado um único ator negro em "A Conquista da Honra" e "Cartas de Iwo Jima".

Com a produção, Lee continua mostrando as injustiças raciais na telona, como já fez em "Faça a Coisa Certa" (1989), "Malcom X" (1992), "Todos a Bordo" (1996) e "A Hora do Show" (2000).


veja trailer:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/videocasts/ult10038u557471.shtml

Terça-feira, 05 de maio de 2009 . Folha On Line. Videocasts

Fé sem os limites da religião

Assim como o presidente do Tribunal de Justiça do Rio, muitos cariocas também ‘flexibilizam’ suas crenças

POR NATALIA VON KORSCH , RIO DE JANEIRO
Rio - Em busca do conforto proporcionado pela religião, vale tudo: de tocar tambor a se curvar às leis do Corão, até conciliar a Torá ao livro de Kardec. Num país onde 73,6% dos brasileiros ainda se declaram católicos, o sincretismo é cada vez mais comum. No início do ano, o presidente do Tribunal de Justiça (TJ), Luiz Zveiter, provocou polêmica ao mandar tirar o crucifixo do plenário e definir sua religiosidade: “Sou maçom, judeu e kardecista”. O Rio tem centros espíritas frequentados por judeus, assim como uma sinagoga messiânica onde a palavra de Jesus é propagada por novos evangélicos que mantêm a fé na Torá. “Sou judeu por tradição, mas nunca frequentei sinagoga. Meu pai, minha mãe e meu irmão são kardecistas, apesar de judeus. Nasci do ventre de mãe judia e de pai judeu, não é questão de escolha”, diz Zveiter. No gabinete, ele mantém imagens do seu guia espiritual e de um rabino. Na mesa, copo d’água cheio contra energias negativas. Segundo ele, além do berço, o que o faz judeu é guardar as tradições e praticar o bem: “Eu me considero mais judeu do que muitos judeus”. Fundadora da Sinagoga Judaico-Messiânica, no Humaitá, a pedagoga Ângela Mizhari Homfani também não se considera menos judia, apesar da fé no Evangelho: “A gente não muda de religião, apenas se completa. Celebramos todas as datas judaicas, mas cremos na Palavra de Jesus”.Trajetória familiar liberalZveiter diz que seu perfil religioso se explica pela própria trajetória familiar. “Nunca frequentei sinagoga, mas me considero mais judeu que muitos judeus. Não é questão de escolha. Quando fiz 13 anos, idade em que pela tradição o jovem comemora sua entrada no mundo adulto, não comemorei”, lembra. Ele, então, recebeu carta do pai que dizia: “Não praticamos a religião dos nossos ancestrais, o que não nos impede de ser judeus’”.Triplicou o número de não-católicos, diz IBGESegundo o IBGE, o número de brasileiros que declaram não praticar a fé católica triplicou em seis décadas. Em 1940, apenas 5% diziam ter outra ou nenhuma religião. Hoje, 15,4% declaram-se evangélicos e 1,4% kardecistas, entre outros.O pastor da Igreja Presbiteriana de Jacarepaguá Marcos Amaral, 47, é filho de umbandista e único membro da família evangélico. Por isso, defende a eterna busca pela fé: “A gente desaguou numa sociedade desalmada, sem espírito. E essa é a solução para o novo século, a retomada do sacro, onde o homem vai reencontrar seu equilíbrio. Qualquer experiência religiosa que colabore para isso é válida”. Ex-católica, ex-evangélica, ex-kardecista e atualmente umbandista, a recepcionista Cristiane Carvalho, 45, encontrou-se com o pastor Marcos em sua igreja, numa prova de que, religião à parte, a fé ainda move montanhas. “Religião é uma busca. Se eu quiser, vou continuar mudando até morrer”, garante.

02.05.09 às 22h29. O Dia. Rio
http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2009/5/fe_sem_os_limites_da_religiao_9854.html

Cia Rubens Barbot convida:

Cia Rubens Barbot te ha invitado al convidou para o evento '2ª Temporada do espetáculo "Oreino do outro mundo- Orixás"' el em movimiento.org movimento.org!

Aos amigos da Cia Rubens Barbot A Cia Rubens Barbot Teatro de Dança, convida a todos para a segunda encenação do espetáculo que emocionou o Ria de Janeiro.Cia RB

Hora: junio 11, 2009 de 8am às 9:15amUbicación Locação: Casa Alto Lapa SantaOrganizado por: Cia Rubens Barbot Teatro de Dança

Descripción del evento:A Cia Rubens Barbot Teatro de Dança, tem o prazer de convidar a todos para 2ª encenação do espetáculo "O reino do outro mundo- Orixás, eleito o melhor espetáculo de 2008, pelo Jornal do Brasil.
Acontecerá na mata da sala de ensaios da cia no bairro de Santa Teresa. A temporada começa no dia 11 de Junho e vai até o dia 02 do mês Agosto.
Ingressos: R$20,00 inteira e R$10,00 meia
Ver más detalles y enviar RSVP el Ver mais detalhes e RSVP em movimiento.org movimento.org:http://movimientolaredsd.ning.com/events/event/show?id=2358986%3AEvent%3A26911&xgi=bSXfE8H
Sobre movimiento.org movimento.org
Danza y cultura en red. Dança e cultura em rede.

Jovem é denunciado por racismo no Orkut

Um rapaz de 21 anos foi denunciado à Justiça paulista na semana passada por ser membro da comunidade do Orkut "Mate um negro e ganhe um brinde". Nela, eram divulgadas mensagens racistas e nazistas. Para o Ministério Público Federal (MPF), ele pode ter praticado, induzido e incitado a discriminação e o preconceito. O órgão não revelou o nome do acusado, cujas iniciais são R.C.. Segundo o MPF, 16 pessoas participavam da comunidade. Com exceção de R.C., todos são de fora de São Paulo. Num tópico da comunidade no qual era discutido o "brinde", R.C. teria afirmado: "Deveria ser a eliminação de todos eles e proibir a internet gratis sei la como eh neh siegheil camaradas." O Google identificou o internauta e a Justiça autorizou busca e apreensão na casa dele. Foram recolhidos materiais de cunho nazista, imagens de Hitler, o DVD Skinheads - Força Branca e o livro Diário de um Skinhead.

Terça-Feira, 05 de Maio de 2009. Estadão de Hoje. Metrópole

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090505/not_imp365555,0.php

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Relatório do Ipea revela 'racismo institucional'

O relatório "Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça", divulgado nesta terça-feira (9) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostrou que quase metade das mulheres negras com 25 anos ou mais nunca fizeram um exame clínico de mama (46,3%). Entre as brancas, a proporção é de 28,7%. Do total de mulheres nessa faixa etária, 36,4% nunca realizaram o teste. Na mesma faixa de idade, 25% das mulheres negras nunca se submeteram ao exame de colo de útero, enquanto entre as brancas o índice é de 17%. No País, 21% da população feminina nessa idade nunca realizaram o exame. Na avaliação dos pesquisadores, a discrepância reflete comportamentos discriminatórios dos serviços de saúde, "resultantes de preconceitos e estereótipos racistas".Para o ministro da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Edson Santos, esses dados mostram o menosprezo do sistema de saúde pelos que vivem em situação de pobreza, "que atinge de forma mais profunda e dura a população negra". Para combater o que chama de "racismo institucional", ele informa que o Ministério da Saúde tem R$ 3 milhões no orçamento para elaborar políticas voltadas especificamente à população negra.Na opinião da deputada Cida Diogo, é fundamental educar as mulheres para terem melhor consciência de seu corpo e da necessidade de cuidar da própria saúde. Já o deputado Carlos Santana (PT-RJ), coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Igualdade Racial, defende a realização de uma campanha nacional contra o racismo. O parlamentar também propõe políticas compensatórias, como a adoção de cotas pelas universidades.Reflexos do racismo Outro reflexo da situação de dependência da população negra são os índices relativos ao recebimento de benefícios assistenciais. Pela pesquisa, 69% das famílias que recebem Bolsa Família são chefiadas por negros. Além disso, 60% das pessoas que recebem o BPC-Loas e 68% das que recebem bolsas do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil são negras.Essas informações tornam-se mais compreensíveis quando se observa que, em 2006, enquanto 14,5% da população branca encontravam-se abaixo da linha de pobreza (renda per capita inferior a 1/2 salário mínimo), entre os negros o índice era de 33,2%. Dos brancos, 4,5% viviam abaixo da linha de indigência (renda per capita inferior a 1/4 de salário mínimo), enquanto 11,8% dos negros viviam nessa situação.Devido a condições de trabalho mais precárias, os negros também têm mais dificuldade para se aposentar, apesar de começarem a trabalhar mais cedo. Entre a população negra com 60 anos ou mais, 34,7% ainda trabalhavam em 2006, comparados a 29,3% entre brancos. Na faixa de 10 a 15 anos, no mesmo período, 15% dos negros trabalhavam, enquanto apenas 11,6% de brancos nessa idade já estavam trabalhando.O ministro Edson Santos acredita que essa situação só irá se alterar com a adoção de políticas específicas. "Precisamos de programas voltados à educação, à saúde e aos salários. Estudantes atendidos por cotas devem receber um outro olhar das empresas, que precisam saber que tiveram condições diferentes de um jovem de classe média", afirma.Ele recomenda que as empresas públicas dêem o exemplo, oferecendo oportunidades de trabalho ou de estágio a esses profissionais. De acordo com o ministro, pesquisa anterior do Ipea mostrou que sem ações específicas de compensação para os negros, só em 65 anos o País será menos desigual.

Mais - 10/09/2008 12h09. Reportagem - Maria NevesEdição - Natalia Doederlein. Camara dos Deputados
http://www2.camara.gov.br/homeagencia/materias.html?pk=126326