CCJ do Senado aprova indicação do primeiro ministro negro do STJ
13/08/2008 - 13h15
Os senadores da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovaram nesta quarta-feira (13), após sabatina, a indicação do desembargador federal Benedito Gonçalves para o cargo de ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) por 18 votos a 1. A indicação do novo ministro ainda precisa ser ratificada pelo plenário do Senado, o que pode acontecer nesta tarde.
Indicado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, Benedito Gonçalves poderá ser o primeiro ministro negro da história do STJ. Durante a sabatina, todos os parlamentares que se manifestaram na CCJ apoiaram a indicação do desembargador federal para o cargo. ?Me tranqüilizei mais ainda ao perceber o seu compromisso com o Estado Democrático de Direito?, disse o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM).
Natural do Rio de Janeiro, Benedito Gonçalves foi indicado para ocupar a vaga deixada pelo ministro José Delgado, que se aposentou. Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ele também tem no currículo uma especialização em direito processual civil e um mestrado ? ambos realizados na Universidade Estácio de Sá, no Rio. Gonçalves entrou na magistratura em 1988, aos 34 anos. Em 1998, chegou ao cargo de juiz do Tribunal Regional Federal no fim de 1998. Antes disso, trabalhou na Polícia Federal e também como delegado da Polícia Civil.
Em 2003, também com uma indicação de Lula, Joaquim Barbosa foi o primeiro ministro negro do Supremo Tribunal Federal (STF).
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
CCJ do Senado aprova indicação do primeiro ministro negro do STJ
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segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Isaac Hayes, a soul music mais clássica
SÃO PAULO - Isaac Hayes, que morreu no domingo, 10, em Memphis, Tennessee, aos 65 anos, foi uma figura atípica entre os ícones da soul music, do rhythm and blues e do funk. Para a geração MTV, que não presenciou o auge de sua carreira nos anos 1970, ele era famoso por ter emprestado o potente vozeirão ao Chef, personagem da anárquica série de animação South Park, entre 1997 e 2003. O cantor, compositor, pianista, arranjador e ator decidiu abandonar a série em protesto contra um episódio em que os personagens debochavam da cientologia, seita da qual era adepto. Os criadores da série logo se vingaram com mais deboche: transformaram o Chef num pedófilo e depois o mataram de modo violento.
No domingo Hayes, que sofreu um derrame cerebral em 2006, foi encontrado inconsciente caído ao lado de uma esteira ergométrica, em casa, por sua mulher, Adjowa. Levado ao hospital, Hayes, que se dizia obcecado por saúde, não resistiu. No campo da música, seu feito mais evidente foi ter ganhado um Oscar de melhor canção original por Theme from "Shaft", de 1971, algo revolucionário para o período.
O tema, basicamente instrumental, com um breve texto canto-falado na parte final, combinava efeitos de guitarra wah-wah e metais, entre incidental e dançante, mudava de andamento várias vezes e era também bastante longo para os padrões do mercado. Além do mais, abriu caminho para a disco music de Barry White (1944-2003), que também tinha um vozeirão e emplacou um hit instrumental (Love’s Theme) nas pistas.
No Brasil aconteceu algo curioso. A novela Bandeira 2 utilizou uma espécie de paródia de Theme from "Shaft", confundindo o público. Era o Tema de Tucão, personagem de Paulo Gracindo, executado pela Orquestra Som Livre e composto por um certo Zelão e Eduardo Lima. A música está registrada na trilha sonora da novela, lançada em CD, e é idêntica à de Hayes, na melodia e no arranjo, com algumas variações que talvez legalmente não se caracterize como plágio, mas moralmente é. Feio e descarado.
Na cerimônia de entrega do Oscar em 1972, Hayes foi ovacionado ao tocar Shaft. Consta que foi pioneiro entre os músicos afro-americanos ao vencer o prêmio, mas este é apenas um dentre os lances espetaculares de sua carreira. Shaft foi o que mais repercutiu no mundo, mas não foi a única nem a primeira de suas contribuições revolucionárias.
Hayes já tinha se transformado num astro em 1969 com o álbum Hot Buttered Soul. Em maio do ano anterior, a lendária gravadora Stax, da qual Hayes era o nome de maior porte, tinha perdido o contrato de distribuição com a Atlantic Records. O executivo Al Bell decidiu então tomar uma atitude ousada: lançar 27 álbuns e 30 singles ao mesmo tempo. Hayes, que tinha sido contratado pela Stax em 1963, engrenou na carreira ali como músico acompanhante, substituindo o pianista Booker T.Jones.
Antes ele tinha emplacado hits nas vozes da dupla Sam & Dave, como co-autor de Soul Man, Hold on I’m Comin’, Wrap it up e outros. Em 1968, porém, viu frustrada a tentativa de se lançar como cantor-solo. Seu álbum de estréia, Presenting Isaac Hayes, que continha o single Precious, Precious, foi um fracasso comercial, mas mesmo assim resolveu radicalizar na nova oportunidade dada por Bell. Hayes disse que não dava a mínima se o disco não vendesse, porque estava mais interessado num lado artístico verdadeiro do que no valor monetário.
A (depois) famosa careca reluzente de Hayes, fotografada de cima para baixo, que compunha com os óculos escuros e adereços de vestuário um visual moderno, estampava em primeiro plano a capa do LP Hot Buttered Soul. O conteúdo era ainda mais ousado: apenas quatro faixas, duas delas sendo versões de música pop branca com 12 minutos (Walk on by, de Burt Bacharach e Hal David) e 18 minutos (By the Time I Get to Phoenix, de Glen Campbell), um tema original dele intitulado Hyperbolicsyllabicsesquedalymistic, de 9 minutos, e um relativamente curto tema de 5 minutos (One Woman), escrito por dois compositores de Memphis, Charlie Chalmers e Sandy Rodhes’s.
A ousadia foi, enfim, compensada. O álbum vendeu mais de 1 milhão de cópias e foi considerado vanguardista por vários motivos. Isaac cantava um tom abaixo da média dos cantores de soul do período, os arranjos eram abundantes de experimentalismo e variações. Além disso ele colocou versos falados nas canções, o que também o classifica como precurssor do rap.
Depois veio Black Moses (1971), outro de seus álbuns mais bem-sucedidos, em que gravou Never Can Say Goodbye, hit do Jackson 5, que tomaria as pistas durante a década toda com versões como a de Gloria Gaynor no auge da disco music, e voltou a Bacharach/David - (They Long to Be (Close To You)), em versão de 9 minutos.
Em 2000, Hayes fez uma breve participação no remake do filme Shaft. Em 2001 produziu outro grande êxito tanto artístico como comercial, o álbum de estréia de Alicia Keys, Songs in a Mirror. Com ele a soul music se tornou mais clássica.
Lauro Lisboa Garcia, de O Estado de S. Paulo
Segunda-feira, 11 de agosto de 2008, 20:39
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sexta-feira, 8 de agosto de 2008
Pastor é denunciado por discriminar religião de matriz africana
RIO - O Juiz da 37ª Vara Criminal(RJ) aceitou denúncia apresentada pela promotoria contra o pastor Isaías da Silva Andrade, por discriminação religiosa, enquadrando-o no parágrafo 2º, do artigo 20, da Lei n. 7.716/89 (Lei Caó). A pena varia de dois a cinco anos de detenção. A denúncia foi formulada após representação ao procurador-geral de Justiça, pedindo a abertura de investigação contra o o pastor com base na Lei Caó.
O pastor justificou a atuação de Rodrigo Carvalho Cruz, conhecido como "Tico", acusado como autor da morte do turista italiano Geoge Morassi, no fim de novembro do ano passado, por estar povoado de demônios, dentre os quais o "Exu Caveira e o Zé Pilintra".
É a primeira vez que um pastor é denunciado criminalmente por discriminar religião de matriz africana. O processo foi auxiliado por Leonardo Chaves, subprocurador Geral de Justiça de Direitos humanos, que acompanhou o caso a pedido da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa.
JB Online
Quinta, 7 de agosto de 2008, 11h36 Atualizada às 11h35
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segunda-feira, 4 de agosto de 2008
Presidente da República indica NEGRO Para Ministro do Supremo Tribunal de Justiça
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nomeou nesta sexta-feira (1/08) o Desembargador Federal negro, Dr. Benedito Gonçalves para compor o Superior Tribunal de Justiça (STJ) na vaga aberta com a aposentadoria do ministro José Delgado, destinada a membros de tribunais regionais federais.
Nos próximos 10 dias o Desembargador Benedito será submetido a sabatina no Senado Federal e, sendo aprovado, tomara posse ainda no mês de agosto.
Carioca, Benedito Gonçalves é formado em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com especialização em Direito Processual Civil e mestrado pela Universidade Estácio de Sá. Juiz de carreira, Benedito Gonçalves chegou à magistratura em 1988, alcançando o cargo de juiz do Tribunal Regional Federal da 2ª Região por merecimento, em dezembro de 1998.
O mesmo em mensagem ao Frei David, agradeceu a articulação e apoio da Comunidade Negra e vai fazer de sua função um Instrumento para refletir, debater e ampliar a justiça plurietnica em solo brasileiro.
O STJ tem aproximadamente 540 Ministros e nem um negro. A Comunidade Negra acredita que este foi mais um positivo símbolo do Presidente LULA em corrigir a exclusão institucional do negro em diversos setores da sociedade Brasileira.
O STJ tem aproximadamente 540 Ministros e nem um negro. A Comunidade Negra acredita que este foi mais um positivo símbolo do Presidente LULA em corrigir a exclusão institucional do negro em diversos setores da sociedade Brasileira.
Thiago Thobias
comiteba_congressonacionalnegrasenegros@grupos.com.br
Jussara Santana
Para ler a nota divulgada pela Assessoria de comunicação do STJ , clique aqui:
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terça-feira, 22 de julho de 2008
Crivella diz que não adianta pedir votos na Zona Sul
RIO - Em 16 dias de campanha, o candidato a prefeito do Rio Marcelo Crivella (PRB) foi apenas uma vez à Zona Sul, onde está concentrado seu índice de rejeição, para pedir votos. Durante visita nesta segunda-feira à Saara, local de comércio popular no Centro da cidade, Crivella tentou explicar por que tem problemas para atrair o eleitorado da região. - Sei que na Zona Sul tenho rejeição. As pessoas dizem que o Crivella mistura política com religião, que vai acabar com o carnaval, perseguir homossexual, fechar terreiro de macumba. Mas eu sou homem de tolerância, da paz. Essa é minha vocação - disse, em entrevista para a Rádio Saara.
" As pessoas dizem que o Crivella mistura política com religião, que vai acabar com o carnaval, perseguir homossexual, mas eu sou homem da paz "
Para o candidato, é difícil conversar com os moradores da região, que não param na rua para falar com políticos.
- Essas caminhadas na Zona Sul não têm resposta. As pessoas têm um comportamento diferente das de outras partes da cidade, que gostam de parar na rua para conversar. Na Zona Sul não é assim.
Mulher organiza reuniões para reduzir rejeição
A Zona Sul tem 14,8% dos eleitores da cidade. Os outros candidatos têm agendas repletas de caminhadas pelo Aterro do Flamengo e pela orla da cidade. Crivella prefere centralizar seus esforços eleitorais nas zonas Norte e Oeste. O senador disse que faz campanha na Zona Sul com reuniões domiciliares, embora não afaste a possibilidade de marcar caminhadas pela área. Segundo ele, desde agosto do ano passado já foram promovidos cerca de 130 encontros. Sua esposa, Jane, também organiza encontros particulares, na tentativa de diminuir a rejeição.
De acordo com a última pesquisa do Ibope, Crivella perde para todos os adversários em projeções de segundo turno nos cenários com eleitores que ganham mais de cinco salários mínimos ou que tenham nível superior, estes concentrados principalmente na Zona Sul. Sua rejeição é a maior entre todos os candidatos (29%).
O candidato também passou pelo camelódromo da Uruguaiana, um dos maiores da cidade, onde cumprimentou os camelôs. Disse que não combaterá o comércio ilegal com uso de força, embora não o considere o melhor caminho para gerar emprego.
- Nós precisamos entender que o Rio tem hoje 25% de subemprego. Acho que a informalidade não é o caminho ideal, mas não é com violência que se combate - disse Crivella, depois de parar numa pastelaria para comer pastel com guaraná.
No início da noite, Crivella pegou o metrô do Largo da Carioca até a Pavuna. Estava tão lotado que não havia espaço para se mexer, o que deixou o candidato impressionado:
- Que horror! Parece até Maracanã! O (Sérgio) Cabral é que tinha de vir aqui ver isso.
Candidatos miram na rejeição de Crivella
De olho na rejeição de Crivella, todos os candidatos brigam por uma vaga no segundo turno. A avaliação é do cientista político Luiz Werneck Vianna, professor do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj). Segundo Vianna, ainda não é possível saber o que vai acontecer com 32% dos eleitores do Rio que hoje se dizem dispostos a anular ou votar em branco:
- O índice de 32% é uma parte do iceberg que ainda está oculta. Não dá para fazer especulações. Agora, os jogadores e atores dessa disputa fazem cálculos com o que podem ver - analisa Vianna. Para o especialista, os candidatos agirão de acordo com a percepção de quem tem chances de chegar ao segundo turno. Para ele, o ataque de Solange a Paes, usando a segurança pública, é um exemplo:
- A Solange identifica nele um candidato perigoso, com chances de chegar ao segundo turno. Ele tem a máquina do governo estadual a seu favor, e o Sérgio Cabral como padrinho - diz.
Na avaliação de Vianna, a partir de agora, alguns candidatos vão começar a usar as informações que têm contra os adversários.
Fonte: O Globo. Jornalistas: Flávio Tabak e Ludmilla de Lima
Data: Publicada em 21/07/2008 às 22:49h
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Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 21:01 0 comentários
Marcadores: Discriminação, Política