segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O Negro na Mídia

O Negro na Mídia

Sindjors realiza seminário internacional sobre os indicadores da negritude nos meios de comunicação

Evento será nos dias 17 e 18 de setembro em Porto Alegre e terá palestrantes especialistas em indicadores sócios econômicos e jornalistas da Colômbia, Equador, Porto Rico, Espanha, Organização das Nações Unidas – ONU e do governo brasileiro. A entrada é franca e o prazo para inscrições encerra no dia 15/09. Interessados (as) em participar devem enviar e-mail solicitando ficha de inscrição para: secretaria1@jornalistasrs.brte.com.br



O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul - Sindjors realiza nos dias 17 e 18 de setembro próximo, no Salão Nobre da Associação Rio-grandense de Imprensa - ARI o 2º Seminário Estadual O Negro na Mídia - a Invisibilidade da Cor, nesta edição, tendo como tema Indicadores da Negritude e os Meios de Comunicação e o Encontro Latino-americano de Comunicação, Afrodescendentes e Rodada dos Censos de 2010. A entrada é franca e as inscrições estão abertas até o dia 15/09, podendo a ficha de inscrição ser solicitada através do e-mail: secretaria1@jornalistasrs.brte.com.br.

Os eventos são uma produção do Núcleo dos Jornalistas Afro-brasileiros e marcam a parceria do Sindjors com o Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher – Unifem, Centro de Informação das Nações Unidas - UNIC e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA. Com tradução simultânea, o Encontro Latino-americano de Comunicação, Afrodescendentes e Rodadas dos Censos 2010 já tem confirmada a presença de convidados do Equador, Colômbia, Porto Rico e Espanha.

De acordo com Jeanice Dias Ramos, integrante da diretoria do Sindjors e coordenadora do Núcleo, um dos objetivos do Seminário “é refletir sobre o que significa para os profissionais da mídia ter em mãos informes e indicadores sobre a população negra, ou seja representa a oportunidade de dominar com maior propriedade a temática étnica racial”. Ela, também, alerta que os eventos são abertos para o público em geral e as inscrições devem ser feitas de imediato “para garantir lugar, já que a procura tem sido grande nestes últimos dias".

VISIBILIDADE - Sobre o Encontro Latino-americano de Comunicação, Jeanice Ramos enfatiza que o seminário é parte da estratégia de assegurar a visibilidade estatística de afrodescendentes na região das Américas e no Brasil, como uma ação política que garanta a coleta e análise de dados desagregados por raça/etnia nos censos de 2010/2012 e, igualmente, verificar o impacto dessas alterações na produção de dados e indicadores socioecnômicos.

A desagregação de dados por raça/etnia pode resultar, segundo a coordenadora do Núcleo dos Jornalistas Afro-brasileirpos , no aperfeiçoamento das políticas públicas de combate ao racismo e promoção da igualdade racial, de acordo com os compromissos assumidos pelos Estados da região e reiterados na Conferência de Revisão de Durban, realizada em Genebra, em abril de 2009.

Esta iniciativa do Sindjors se integra aos esforços de garantir a ampliação dos direitos humanos da população negra através do enfrentamento do racismo, como determinam o Plano de Ação de Durban e as orientações do Comitê sobre Eliminação da Discriminação Racial - CERD, bem como instalar uma agenda de interlocução com jornalistas e comunicadores e sociedade civil.

O Seminário O Negro Na Mídia – Invisibilidade da Cor terá abertura no dia 17/9, quinta-feira, às 18h30min, no Salão Nobre da Associação Rio-grandense de Imprensa – ARI com prosseguimento, no mesmo local, no dia seguinte, 18/9, às 8h30min e reunirá representantes do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA (DF); do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (DF); Centro de Informação das Nações Unidas – UNIC (RJ); Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – Seppir (DF) e Empresa Brasil de Comunicação – EBC (DF) e Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher – Unifem (DF).

Programação

17 de setembro de 2009 - Seminário Estadual O Negro na Mídia – a Invisibilidade da Cor

Das 18h30min às 22h

18 de setembro de 2009 - Encontro Latino-americano de Comunicação, Afrodescendentes e Rodada dos Censos de 2010

Das 8h30 às 10h - Painel I – Afrodescendentes e a Rodada dos Censos de 2010

Das 10h30 às 12h - Painel II – Raça e Etnia nos Censos do Brasil, Pesquisas e Indicadores sobre a População Negra


CONVIDADOS/CONFIRMADOS

  • Eloi Ferreira de Araújo - Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – Seppir
  • Mário Lisboa Theodoro - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA
  • Maria Inês Barbosa -Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher – Unifem
  • Ana Lucia Sabóia - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE
  • Giancarlos Suma - Centro de Informação da ONU
  • José Carlos Torves - Federação Nacional de Jornalistas - Fenaj
  • Eliane Cavalleiro - Associação Brasileira de Pesquisadores Negros - ABPN
  • Cristian Guevara - Federação de afrodescendentes iberoamericanos - Fedafro - Espanha
  • Esaud Noel - Presidente da Associação Nacional de Jornalistas Afrocolombianos - Colômbia
  • Julio Rivera - Jornalista de Porto Rico

Mais informações com: Jeanice Dias Ramos - 51 91.17.33.90 - jeanice_ramos@hotmail.com

Vera Daisy Barcellos - Jorn. Reg.Prof.3.804 - 51.913.56.435
Núcleo de Jornalistas Afro-brasileiros /Sindjors
veradaisyb@yahoo.com.br


Fala de Obama a estudantes gera polêmica

São Paulo, segunda-feira, 07 de setembro de 2009





Fala de Obama a estudantes gera polêmica

Republicanos fazem cavalo de batalha de discurso em que presidente incentivará alunos a se esforçarem em sua educação

Democrata é acusado de induzir culto à personalidade; discussão mostra como divisão política se acirrou em meio a debate sobre saúde

Saul Loeb/France Presse

Obama com a mulher, Michelle, e as filhas Sasha(à esq.) e Malia,
no retorno à Casa Branca após duas semanas de férias do presidente


DO "FINANCIAL TIMES",
EM WASHINGTON

Encorajar crianças a se esforçarem na escola e a estabelecerem metas para si mesmas não parece a princípio uma mensagem incendiária. Mas a intenção do presidente dos EUA, Barack Obama, de se dirigir a estudantes amanhã detonou uma tempestade política no país -os críticos mais ferozes estão comparando o democrata aos ditadores Josef Stálin (1878-1953) e Kim Jong-il, acusando-o de tentar doutrinar as crianças com ideias socialistas.
A reação raivosa é um sinal do quão polarizado se tornou o cenário político nos EUA depois de um recesso parlamentar em agosto marcado pela discussão sobre a reforma de saúde impulsionada pelo presidente.
A polêmica sobre o discurso aos estudantes não é um bom prenúncio para a fala que Obama fará na quarta-feira ao Congresso, na qual ele apelará por esforços bipartidários para formular uma lei sobre a reforma do sistema de saúde que possa ser apoiada por democratas e republicanos. Os democratas pretendem apresentar um projeto próprio caso não haja acordo até o próximo dia 15.
"O fato de que algo tão insípido como o presidente dizer a crianças que devem se esforçar tenha detonado esse tipo de resposta mostra o nível de paranoia nos EUA neste momento. É uma indicação da falta de vontade dos líderes republicanos de colaborarem com o presidente", disse Matthew Yglesias, do Center for American Progress, centro de estudos de inclinação democrata.
Encorajados pelo êxito que vêm tendo na oposição à reforma da saúde, os republicanos estão buscando novas oportunidades de enfraquecer o governo Obama.
Van Jones, assessor do presidente para questões de meio ambiente, pediu demissão anteontem após ser pressionado por comentários que fez sobre o Partido Republicano, a quem acusou de abusar da maioria parlamentar que teve no passado para impulsionar legislações daninhas ao país.
Amanhã, Obama discursará aos alunos da escola secundária Wakefield, em Arlington (Virgínia), sobre a necessidade de continuar na escola e trabalhar duro. Diretores de outras escolas em todo o país foram encorajados a deixar seus alunos assistirem ao discurso ao vivo no site da Casa Branca.

Coreia do Norte
A reação foi feroz. "Isso não é educação cívica, é a promoção de um culto à personalidade. É algo que você esperaria ver na Coreia do Norte ou no Iraque de Saddam Hussein", disse o senador republicano Steve Russell.
Depois de escolas em Estados como Illinois, Texas, Virgínia e Wisconsin dizerem que não iriam exibir o discurso e de alguns parentes afirmarem que não mandariam seus filhos à escola, a Casa Branca permitiu divulgar a transcrição do discurso hoje para que pais e professores decidam se as crianças devem ouvi-lo ou não.
O plano de Obama de discursar a estudantes não é novidade nos EUA -George Bush pai fez o mesmo em 1991 e sofreu oposição democrata então. Mas a ferocidade da reação desta vez mostra o abismo criado meses após Obama assumir o cargo.
"Um setor do Partido Republicano com fobia a intervenção governamental tomou controle do megafone na política americana, auxiliado e incentivado por direitistas nos meios de comunicação", afirmou Bill Galston, pesquisador do Instituto Brookings e ex-assessor do ex-presidente Bill Clinton (1993-2001).
Ontem, o secretário da Educação do governo Obama, Arne Duncan, desqualificou a polêmica. "Isso é uma estupidez. As crianças podem ir ao colégio e não assistir [ao discurso]. É simplesmente um discurso de 18 minutos, no qual o presidente desafiará os jovens a assumirem responsabilidade por sua educação", disse ele à emissora CBS.


Com agências internacionais
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft0709200903.htm