segunda-feira, 26 de julho de 2010

Novozavidovo tem 1º político negro eleito da Rússia

Novozavidovo tem 1º político negro eleito da Rússia

26 de julho de 2010 |

A população da cidade de Novozavidovo, na Rússia, costumava olhar fixamente para Jean Gregoire Sagbo porque nunca havia visto um negro. Agora, enxergam nele um político honesto. No mês passado, Sagbo tornou-se o primeiro negro eleito para um cargo público na Rússia.

Em um país onde o racismo é arraigado e frequentemente violento, a eleição de Sagbo para ser um dos dez conselheiros municipais da cidade de 10 mil habitantes é um marco. O africano, de 48 anos, nascido em Benin, é visto simplesmente como um russo que se importa com o lugar onde vive. "A pele dele é negra, mas ele é russo por dentro", diz o prefeito de Novozavidovo, Vyacheslav Arakelov.

Sagbo não é o primeiro negro na política do país. Outro imigrante africano, Joaquin Crima, de Guiné-Bissau, concorreu à chefia de um distrito no sul da Rússia em 2009, mas foi derrotado. Ele era chamado pela mídia de "Obama da Rússia". Agora, o apelido está sendo repassado para Sagbo, apesar de sua relutância. "Meu nome não é Obama. Isso é sensacionalismo", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,novozavidovo-tem-1-politico-negro-eleito-da-russia,586132,0.htm

Uerj recebe VI Congresso Brasileiro de Pesquisadores Negros

Uerj recebe VI Congresso Brasileiro de Pesquisadores Negros

De 26 a 29 de julho será realizado na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) o VI Congresso Brasileiro de Pesquisadores(as) Negros(as) – Copene. Dessa vez, o Copene irá debater a “Afrodiáspora” e suas implicações acerca dos: saberes pós-coloniais, poderes e movimentos sociais. A temática irá abordar as lutas históricas das populações negras, assim como os aspectos da presença do negro na política, nas artes, na ciência e diversos outros setores da sociedade.

A escolha do tema leva em consideração a atual conjuntura brasileira, quando os segmentos negros organizados reivindicam e acentuam o incremento de mecanismos jurídicos políticos de constituição material de direitos, tais como: a Lei n.º 10.6391 e suas Diretrizes Curriculares, a implementação de Políticas de Ações Afirmativas, a luta pela aprovação do Estatuto da Igualdade Racial e do Projeto de Cotas para Negros nas Universidades pelo Congresso Nacional.

O Copene tem o objetivo de difundir e debater os saberes produzidos por negros(as) no Brasil. Para isso, organizou uma programação que discutirá 24 eixos temáticos, como: religiosidade, gênero, quilombos, política e educação. Serão 50 palestrantes selecionados para divulgar conhecimentos científicos, técnicos e artísticos. O ator norte-americano Danny Glover confirmou presença na mesa “ comunicação e mídia”.

É esperado um público de mil participantes, de todos os estados do país e do exterior. Para se inscrever é necessário preencher um formulário pelo site. As taxas para participação variam entre R$ 50 (estudantes de graduação e pesquisadores de iniciação científica associados à Associação Brasileira de Pesquisadores Negros – ABPN) e R$ 175 (pesquisadores internacionais não associados).

A programação estará espalhada por diversos ambientes da universidade. Consulteaqui.

A UERJ fica na Rua São Francisco Xavier n°524 – Maracanã. O evento será realizado nos turnos da manhã, tarde e noite, das 9h às 22h.


http://oglobo.globo.com/rio/bairros/posts/2010/07/26/uerj-recebe-vi-congresso-brasileiro-de-pesquisadores-negros-311082.asp

Lula diz que dívida do Brasil com negros não pode ser paga em dinheiro

26/07/2010 - 08:44 (atualizada em 26/07/2010 08:46)

Lula diz que dívida do Brasil com negros não pode ser paga em dinheiro

No programa semanal "Café com o Presidente", o presidente defendeu o Estatuto da Igualdade Racial, aprovado na semana passada

    Ao comentar a sanção da lei que cria o Estatuto da Igualdade Racial na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (26) que a dívida do Brasil com os negros não pode ser paga em dinheiro,mas com solidariedade.

No programa semanal "Café com o Presidente", ele avaliou que a importância da lei está em garantir que, a partir de agora, não exista diferença entre brancos e negros no País. Lulalembrou que o projeto tramitou no Congresso Nacional por vários anos, até a elaboração de uma proposta única.

“Não é tudo o que a gente quer. Ainda faltam coisas pra gente fazer, mas é importante que a gente tenha a clareza de que hoje nós temos o Estatuto da Igualdade Racial, nós temos uma lei que dá mais direitos, que recupera a cidadania do povo negro brasileiro”, disse.

O estatuto prevê garantias e políticas públicas de valorização, além de uma nova ordem de direitos para os brasileiros negros, que somam cerca de 90 milhões de pessoas. O documento é formado por 65 artigos e tem como objetivo, segundo a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, a correção de desigualdades históricas no que se refere às oportunidades e aos direitos dos descendentes de escravos do País.


http://www.abril.com.br/noticias/brasil/lula-diz-divida-brasil-negros-nao-pode-ser-paga-dinheiro-581596.shtml



domingo, 25 de julho de 2010

Obama conversa com funcionária que renunciou após falsa acusação racista

Agencia EFE

22/07/2010 23h50 - Atualizado em 22/07/2010 23h50


Obama conversa com funcionária que renunciou após falsa acusação racista

Agencia EFE

Washington, 22 jul (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, conversou por telefone com uma funcionária de raça negra do Departamento de Agricultura obrigada a renunciar após falsa acusação de racismo contra um fazendeiro branco.

Segundo o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, a ligação telefônica durou sete minutos, e Obama expressou seu "pesar" pelo fato de a funcionária Shirley Sherrod ter perdido seu posto de trabalho em decorrência do incidente.

O secretário de Agricultura, Tom Vilsak, já tinha pedido desculpas publicamente a Sherrod na quarta-feira e revelou que tinha oferecido a ela a reincorporação ao Departamento, embora em outro posto diferente ao que ocupava e onde, segundo assegurou, Sherrod poderia pôr em prática "suas capacidades únicas".

Na conversa telefônica desta quarta-feira Obama assegurou a Sherrod que Vilsak tinha sido sincero em sua oferta e suas desculpas, e pediu para que ela aceitasse a reincorporação, segundo a Casa Branca.

Em entrevista posterior concedida à rede de televisão "ABC News", Obama admitiu que o secretário de Agricultura tinha se "precipitado" ao pressionar para que Sherrod renunciasse.

O caso, que despertou uma tempestade política nos Estados Unidos, representa uma situação embaraçosa para a Casa Branca - que quarta-feira reconheceu que a saída de Sherrod foi um "erro" e uma injustiça.

O escândalo surgiu depois que foi divulgado, domingo, em uma página conservadora da internet, um vídeo, gravado em março, que mostrava de forma fragmentada um discurso da funcionária no qual parecia reconhecer que deixou de ajudar um fazendeiro branco por questões racistas há 24 anos.

Segunda-feira, Vilsak anunciou a renúncia de Sherrod em meio a grande confusão, ao declarar que "no Departamento de Agricultura não há tolerância alguma para a discriminação e eu condeno energicamente a discriminação contra qualquer pessoa".

Entretanto, a funcionária, que desde o primeiro momento alegou que suas declarações no vídeo estavam fora de contexto, afirmou que sua renúncia não tinha sido voluntária, e só foi apresentada por pressões de seus superiores, segundo ela, com participação da Casa Branca.

O Governo rejeita taxativamente ter participado do caso, e assegurou que a situação foi tratada unicamente por Vilsak. Obama foi informado sobre a situação depois que a funcionária renunciou, segundo a Casa Branca.

Enquanto isso, foi publicado o vídeo completo, no qual Sherrod deixa claro que ajudou o fazendeiro. O próprio homem, de nome Roger Spooner, saiu em defesa da funcionária e confirmou que graças a sua ajuda pôde manter suas propriedades.

"Não sei de onde saíram estas tolices sobre racismo. Parece que alguém quer fazer alvoroço", disse Spooner, que disse que a funcionária é "uma amiga para toda a vida".

No vídeo que causou a polêmica, Sherrod explicava como Spooner a tratou com carinho exagerado e até suspeito, fazendo com que ela se sentisse inferior quando foi pedir ajuda.

"O não se deu conta que, enquanto tratava de demonstrar que era superior a mim, eu estava pensando se ia a ajudar ou não", disse Sherrod, conforme pode ser visto na gravação.

"Eu estava deliberando sobre o fato de que tantos negros tenham perdido suas terras (ao longo da história), e então eu estava na situação de ter que ajudar um branco a manter as suas", acrescentou. EFE


http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/07/obama-conversa-com-funcionaria-que-renunciou-apos-falsa-acusacao-racista.html

Índios mantêm reféns em obra de hidrelétrica em MT, diz Funai

25/07/2010 12h00 - Atualizado em 25/07/2010 18h28

Índios mantêm reféns em obra de hidrelétrica em MT, diz Funai

Segundo Fundação, indígenas reivindicam indenização.
Empresa diz que aguarda aprovação de plano de ações para comunidade.

Do G1, em São Paulo, com informações da TV Centro América

Cerca de 300 índios de pelo menos seis etnias ocupam, desde a manhã deste domingo (25), o canteiro de obras da usina hidrelétrica de Dardanelos, em Aripuanã (MT). De acordo com Antônio Carlos Ferreira de Aquino, coordenador regional da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Juína (MT), cerca de 100 funcionários da obra são mantidos reféns.

Mato GrossoUsina é construída no noroeste do estado. (Foto: Arte/ G1)

Segundo Aquino, a obra da hidrelétrica começou há cerca de três anos. "Houve alguma falha no processo de licenciamento e a usina foi construída sobre um cemitério indígena. Os índios vêm negociando um ressarcimento", diz o coordenador.

"Queremos indenização pela construção da hidrelétrica. A obra fica a cerca de 30 km da reserva e causou grande impacto social e cultural na comunidade, sem contar os prejuízos ambientais, porque os animais para caça se afastaram", diz ao G1 o líder indígena Aldeci Arara.

Os índios pedem, segundo Aquino, a presença de representantes do Ministério de Minas e Energia, da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, do Ministério Público, da Funai, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e das empresas responsáveis pela hidrelétrica para negociar a indenização.

Paulo Rogério Novaes, gerente de Meio Ambiente da Águas da Pedra, empresa responsável pelo empreendimento, afirmou ao G1 que a energética aguarda a aprovação de um programa de ações para a comunidade indígena.

"A empresa jamais se negou a fazer algo pela comunidade, mas estamos aguardando um parecer da Funai, que está analisando estudos sobre o que é preciso fazer. O empreendimento, dentro da legislação ambiental, está procurando fazer tudo o que é solicitado", diz.

Segundo Novaes, a previsão é de que a hidrelétrica entre em operação em janeiro de 2011.

http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/07/indios-mantem-refens-em-obra-de-hidreletrica-em-mt-diz-funai.html