quinta-feira, 3 de junho de 2010

Nilma Lino Gomes é a nova integrante do Conselho Nacional

Nilma Lino Gomes é a nova integrante do Conselho Nacional de Educação
Data: 31/05/2010
Veículo: UFMG
Editoria:
Assunto principal: ENSINO FUNDAMENTAL
ENSINO SUPERIOR
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
OUTROS
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Arquivo pessoal

Lina Gomes: nova conselheira

Nilma Lino Gomes é a nova integrante do Conselho Nacional de Educaçãosegunda-feira, 31 de maio de 2010, às 10h37

A professora da Faculdade de Educação Nilma Lino Gomes será uma das novas integrantes da Câmara de Educação Básica (CEB) do Conselho Nacional de Educação (CNE). A lista contendo os nomes dos novos integrantes do Conselho foi publicada no Diário Oficial da União na sexta-feira, 28. Os membros do CNE são escolhidos pelo presidente da República e o ministro da Educação. Entidades do setor educacional indicam até três nomes para cada câmara. A partir dessa lista são selecionados os futuros conselheiros.

As atribuições do Conselho são normativas, deliberativas e de assessoramento ao ministro da Educação. Cabem aos seus integrantes formular e avaliar a política nacional de educação. Sua estrutura é composta pelas câmaras de educação superior e básica.

Três atuais conselheiros da Câmara de Educação Básica foram reconduzidos ao cargo. Mozart Neves Ramos, que é presidente do Movimento Todos pela Educação e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Regina Vinhaes Gracindo, professora da Universidade de Brasília (UNB) e Maria Izabel Noronha, presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp).

Além de Nilma Gomes, a nova integrante que se junta ao CEB é Rita Gomes do Nascimento, da Secretaria de Educação do Ceará. Uma das questões de destaque atualmente em discussão no CEB é a proposta do fim da reprovação de alunos nas três primeiras séries do ensino fundamental.

Para a Câmara de Educação Superior (CES) foram indicados novos cinco nomes: Reynaldo Fernandes, ex-presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) do MEC, Arthur Roquete de Macedo, que já foi membro do CNE e reitor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Gilberto Gonçalves Garcia, ex-presidente da Associação das Universidades Comunitárias (Abruc), Luiz Antonio Constant Rodrigues da Cunha, professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Paschoal Laércio Armonia, diretor do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Paulista (Unip). O mandato é de quatro anos.

Diversidade étnica

Nilma Lina Gomes graduou-se em pedagogia pela UFMG em 1988. Na mesma instituição conluiu, em 1994, mestrado em educação. Realizou doutorado em ciências sociais (antropologia social) pela USP (2002) e pós-doutorado em Sociologia pela Universidade de Coimbra, Portugal (2006). Atualmente é coordenadora-geral do Programa Ações Afirmativas na UFMG e do Nera - Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Relações Raciais e Ações Afirmativas. Seus temas de pesquisa abrangem especialmente organização escolar, formação de professores para a diversidade étnico-racial, movimentos sociais e educação, relações raciais, diversidade cultural e gênero.

(Com Agência Brasil)



terça-feira, 1 de junho de 2010

Uerj divulga estudo com resultado positivo sobre o sistema de cotas

Edição do dia 01/06/2010

01/06/2010 22h40 - Atualizado em 01/06/2010 23h03

Uerj divulga estudo com resultado positivo sobre o sistema de cotas

Mas há discordâncias. O reitor da Uerj admite que o sistema acaba deixando de fora estudantes bem preparados.

A Universidade do Estado do Rio de Janeiro divulgou nesta terça um estudo sobre o seu sistema de cotas. Para a Uerj, que foi a primeira universidade do país a aderir à reserva de vagas, o resultado foi positivo, mas há discordâncias.

Na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 45% das vagas são destinadas para cotistas: 20% para negros, 20% para estudantes de escolas públicas e 5% para deficientes físicos, minorias étnicas e filhos de policiais, bombeiros e agentes penitenciários mortos em serviço. Para todos os candidatos cotistas da Uerj, a renda mensal de cada pessoa da família não pode ultrapassar de R$ 960.

O estudo divulgado hoje pela universidade foi elaborado com base em dados do vestibular de 2009 e mostra que, do total de 2.396 mil vagas para cotistas, eles só preencheram 1.384, pouco mais de 40% do total oferecido. As 1.012 vagas que restaram foram disponibilizadas para os demais candidatos.

Segundo a Uerj, as vagas para os cotistas não são preenchidas porque muitos candidatos não conseguem atingir a nota mínima no vestibular, que é 2. O estudo também mostra como fica a disputa no vestibular.

Para quem concorre pelas cotas, a relação é de praticamente um candidato para cada vaga. Para os não cotistas, a relação passa dos 11 candidatos por vaga. Para o sociólogo Demétrio Magnoli, esta é uma relação desigual.

“Os cotistas têm uma relação candidato por vaga muito mais favorável, três, quatro, dez vezes mais favorável, dependendo da carreira do que os não cotistas. Então, o sistema do mérito só existe entre os não cotistas. Entre os cotistas, praticamente foi eliminado o critério do mérito para entrar na universidade”.

O estudo aponta ainda que, em vários cursos, a nota máxima atingida por um candidato cotista é sempre inferior à nota mais alta do não cotista, como nos casos de medicina (cotistas 81 e não cotista 84,5), engenharia química (49,3 x 74,8), informática (50,5 x 78) e enfermagem. (53,3 x 60,5).

O reitor da Uerj admite que o sistema acaba deixando de fora estudantes bem preparados. “É desigual, é verdade. Mas ele visa reduzir a desigualdade. Eu espero que, em menos tempo que outros países, nós consigamos resolver e equacionar essa questão da desigualdade social tão gritante que tem nesse país e acabar com o sistema de cotas”, disse o reitor da Uerj, Ricardo Vieiralves de Castro.

O estudo também avaliou o desempenho depois da aprovação no vestibular. Segundo a Uerj, o índice de abandono entre os cotistas é menor que entre os não cotistas. O índice de reprovação entre os dois grupos é maior entre os não cotistas em todo o período.

A universidade também avaliou o desempenho dos cotistas por disciplina. A maior dificuldade desses estudantes é em matérias que têm como base a matemática e principalmente o português.

“É uma língua muito difícil, em geral. E os brasileiros ainda a maltratam demasiadamente. Mas esse ainda é um problema porque os setores populares falam um português no cotidiano muito errado. E a matemática é um problema grave na escola pública”, acrescentou o reitor.

Para o sociólogo, o estudo não muda a sua opinião sobre o sistema de cotas. “Nós não estamos falando aí de inclusão social. Nós não estamos falando de incluir pessoas pobres na universidade. Isso não acontece com o sistema de cotas raciais. Isso aconteceria se nós tivéssemos uma revolução no ensino fundamental e médio que permitisse a estudantes mais pobres de escolas públicas de periferias a disputar lugares em igualdade de condições”.



http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2010/06/uerj-divulga-estudo-com-resultado-positivo-sobre-o-sistema-de-cotas.html