terça-feira, 20 de abril de 2010

Há 63 anos, primeiro negro na MLB quebrava a barreira do preconceito no esporte por ESPN.com.br

Há 63 anos, primeiro negro na MLB quebrava a barreira do preconceito no esporte
por ESPN.com.br

Nesta quinta-feira, faz 63 anos que o jogador de beisebol Jackie Robinson quebrou a barreira do preconceito no esporte. No dia 15 de abril de 1947, Robinson estreou na MLB (Liga norte-americana de beisebol) com a camisa do Brooklyn Dodgers, atual Los Angeles Dodgers, e foi o primeiro negro a jogar profissionalmente na Liga.

Antes disso, o jogador havia apenas atuado em Ligas especialmente para negros. O reconhecimento de Robinson, não só para o beisebol, mas como para o esporte nos EUA em geral, é tão grande que o número 42 que ele usava foi aposentado por todos os times da MLB em 1997. Somente Mariano Rivera, do New York Yankees, utiliza o número, já que começou a usá-lo antes de 97.

No começo de sua carreira como profissional, Robinson, por ser o pioneiro, sofreu preconceito de vários outros jogadores. Companheiros de equipe chegaram a insinuar que não jogariam ao lado dele por ser negro, enquanto rivais ameaçaram uma greve caso ele jogasse, entre outros tipos de preconceito.

Por ter resistido a tudo isso, além de ter vencido a World Series de 1955, ser eleito MVP da Liga Nacional em 1949, e ter ido a seis All-Star Games, Robinson tem seu reconhecimento até os dias de hoje. Nesta quinta-feira, para homenagear o jogador falecido em 1972, todos os jogadores utilizarão a camisa número 42 nos jogos da MLB.

“15 de abril de 1947 é um dia histórico na MLB. Com todos usando o número 42 nós esperamos demonstrar a magnitude de seu impacto no esporte. A MLB jamais esquecerá as contribuições que ele fez dentro e fora de campo”, disse o comissário da MLB, Bud Selig.

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http://espnbrasil.terra.com.br/beisebol/noticia/115337_HA+63+ANOS+PRIMEIRO+NEGRO+NA+MLB+QUEBRAVA+A+BARREIRA+DO+PRECONCEITO+NO+ESPORTE

Boaventura Sousa Santos coordena projecto europeu

Boaventura Sousa Santos coordena projecto europeu
Racismo
2010-04-13
Analisar os discursos e políticas anti-racistas nos diversos contextos é o tema de um projecto europeu de investigação que agora se inicia, coordenado pelo português Boaventura de Sousa Santos e que incide sobre sete países.

Portugal, França, Itália, Reino Unido, Espanha, Alemanha e Dinamarca são os países onde serão analisadas as formas como é concebida hoje a ideia de racismo, sobretudo nos domínios de emprego e educação, disse à Lusa uma das coordenadoras executivas do projecto, Sílvia Rodriguez Maeso.

O projecto parte da hipótese de que as políticas europeias de integração não incorporam de forma suficiente medidas anti-racistas, resultando em modos de integração precários e tornando as estruturas sociais vulneráveis ao racismo. Procura também analisar até que ponto sociedades europeias culturalmente diversas estão a testemunhar a racionalização das relações sociais e a diferenciação de um conjunto de tipologias mais ou menos recentes de racismos, registados a nível regional, e as suas implicações para as "culturas público-políticas".

Hoje e amanhã, os cerca de 20 investigadores envolvidos no projecto "The semantics of tolerance and (anti)racism in Europe: public bodies and civil society in comparative perspective", de Portugal, Espanha, Alemanha, Reino Unido e Dinamamarca, reúnem-se no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, entidade coordenadora dirigida por Sousa Santos. A investigação teve início a 1 de Março e prolonga-se até 28 de Fevereiro de 2013, sendo financiada pela Comissão Europeia.

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1542398

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Rebolation: Grupo Parangolé sofre racismo em Araxá-MG

Rebolation: Grupo Parangolé sofre racismo em Araxá-MG


SOS Racismo - Notícias
A dançarina Xênia Bispo, do grupo baiano Parangolé, contou emocionada uma história de racismo recente sofrida pela banda liderada por Léo Santana, durante a conversa do grupo com a imprensa, no começo da madrugada deste sábado, no Axé 2010, no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte. Xênia revelou que os integrantes do grupo foram vítimas de racismo em um hotel de Araxá (MG).

- Eu estava andando pelo corredor do hotel, quando passei pela governança e escutei uma funcionária do hotel dizer ao telefone que o Parangolé estava hospedado lá e que éramos "uma turma de pretinhos desgraçados". Para não perder minha razão, eu fui até o quarto, para me acalmar, e contei para as meninas [as dançarinas Tina Oliveira e Xina Vianna, que também integram a banda].

Xênia revelou que, mais calma, "para não perder a razão", resolveu ir conversar com a funcionária. Esta, no relato da baiana, disse que não queria ofender o grupo e que o termo "pretinhos desgraçados" não era pejorativo em Araxá. Ainda de acordo com o relato de Xênia, a mulher chegou até a pedir autógrafo para uma neta como pedido de desculpas. A dançarina não deu e ainda mandou essa.

- Já que não é pejorativo, vou escrever: "um beijo para sua neta desgraçadinha". Depois disso, Xênia deu a conversa por encerrada e o grupo resolveu então fazer uma reclamação formal com os proprietários do hotel, do qual preferiram não revelar o nome, e a funcionária foi demitida. O Parangolé preferiu não envolver a polícia no caso. A dançarina comemorou a demissão da funcionária.

- Ela mesma que se demitiu ao ter tal atitude racista. Tomara que ela reflita sobre o que disse. Neste momento, dançarina foi aplaudida. Léo Santana, que acompanhou atento ao relato da colega de trabalho, afirmou depois que sua banda tem orgulho de ser negra e cantar letras que defendem a vida e valores da periferia, como Favela.

- Tive uma boa criação e tenho muito orgulho de minha origem. Se alguém fizer um ato racista comigo na minha cara assim, eu nem sei o que posso fazer. É um absurdo tudo isso. As pessoas precisam ter respeito, como eu canto "Favela ê, favela. Favela, eu sou favela. Favela, ê, favela. Respeite o povo que vem dela".

Fonte: Tudo na Hora

http://www.geledes.org.br/sos-racismo/rebolation-grupo-parangole-sofre-racismo-em-araxa-mg.html
Portal Geledes

Desembargador Paulo Rangel: ‘Estava na hora de o TJ ter um negro’ POR ADRIANA CRUZ

17.04.10 às 18h40

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Desembargador Paulo Rangel: ‘Estava na hora de o TJ ter um negro’
POR ADRIANA CRUZ

Rio - Aos 48 anos e com currículo invejável — autor de cinco livros, doutor em Direito pela Universidade Federal do Paraná e professor da Uerj —, o desembargador Paulo Rangel guarda a humildade dos tempos de infância no subúrbio do Rio: “Fiquei emocionado ao ser escolhido pelo governador Sérgio Cabral”.

A nomeação foi publicada em 30 de março, no Diário Oficial. Desde a extinção do Tribunal de Alçada, em 1997, é a primeira vez que o Tribunal de Justiça tem um desembargador negro, escolhido da lista do Ministério Público. Então promotor, Rangel disputou a vaga com quatro procuradores e um promotor. “Fui recebido de braços abertos pelo presidente, Luiz Zveiter, que é judeu. Zveiter me disse: ‘Como judeu, acho que está na hora de termos um negro aqui’”.

Em entrevista a O DIA, Rangel conta a sua trajetória de vida desde a infância simples em Marechal Hermes e Sulacap até a sua ascensão ao tribunal. Além de revelar que espera com ansiedade o nascimento de sua primeira filha, Maria Fernanda, em setembro.

O DIA: A lista tríplice entregue ao governador Sérgio Cabral tinha o senhor, que era promotor, e duas procuradoras. O que o senhor acha que o governador levou em consideração para nomeá-lo desembargador?

Paulo Rangel: Acho que o meu currículo. É lógico que o governador prestigiou um afrodescendente. Mas eu tinha 18 anos de Ministério Público. Atuei no Cível e no Criminal ao longo da minha carreira. Nos últimos anos, estava no Tribunal do Júri. Então, quando o governador olhou meu currículo, ele disse: “Não tenho como não nomeá-lo”. Confesso que fiquei muito emocionado. Não conheço ninguém. Não tenho padrinhos. Não sou filho de ministro, sou de origem humilde.

E qual é a sua origem?

Sou do subúrbio de Sulacap. Meu pai era funcionário público. Mas ele se separou muito cedo da minha mãe. Ela era dona de casa. Então, enfrentei tempos difíceis na vida.

O senhor é autor de cinco livros sobre Direito Penal. Como o senhor conseguiu esse currículo?

Fui porteiro de edifício e vendedor de loja até passar para concurso da Polícia Civil, onde atuei como detetive. Fiquei sete anos na polícia. Fiz a faculdade com o sacrifício normal de um policial que vive só do seu salário. Passei para concurso do Ministério Público. Aí, fui fazer coisas que fazemos quando somos jovens: Inglês, Espanhol e Italiano para correr atrás do tempo perdido. Fiz mestrado em Ciências Penais e doutorado em Direito. Em 2006, disputei uma única vaga e passei no concurso da Uerj. Sou professor de Processo Penal da universidade. Pessoalmente, é uma realização profissional. Agradeço muito a Deus por tudo isso.

O que representa hoje para o senhor estar lotado na 5ª Câmara Criminal?

Uma quebra de paradigma. Não há preconceitos. Fui recebido de braços abertos pelo presidente Luiz Zveiter, que é judeu. Zveiter me disse: “Eu, como judeu, acho que estava na hora de termos um negro no tribunal”. E mais, como desembargador posso fazer muito pela sociedade. Hoje (quarta-feira passada), por exemplo, decidi contra uma prisão domiciliar para tratamento médico de uma fraudadora do INSS. Ela tem 72 anos, mas fraudou. Terá o atendimento no hospital do presídio, como havia decidido o juiz do 1º grau. Na época do crime, ela não estava doente. Então neguei o pedido.

Como foi o processo de eleição até a sua nomeação?

Primeiro integrei a lista sêxtupla (com seis nomes). Eram quatro procuradores candidatos, eu e mais um promotor. Então, houve a eleição pelo pleno, ou seja, os 180 desembargadores do Tribunal, o que é muito democrático e legítimo. Antes de outubro de 2008, votavam apenas os 25 integrantes do Órgão Especial, os mais antigos. Recebi 93 votos, cinco a menos do que a mais votada; e dois a menos do que a segunda mais votada.

O que o senhor acha de um promotor ser transformado em desembargador?

Um respeito à Constituição Federal. A Constituição não faz distinção. Ela diz apenas que tem que ser um membro do Ministério Público. Acho também que a escolha foi justa. É um marco na História tanto do Tribunal de Justiça quanto do do Ministério Público.

O que o senhor pensou quando soube da sua nomeação?

A primeira coisa que pensei foi ‘valeu a pena’. Valeu o sacrifício que fiz todos os anos da minha vida dentro da ética. Sou kardecista. Deus me abençoou. Abri o meu discurso com o Livro de Matheus. Este ano realmente está sendo muito especial. Agora, vou esperar o nascimento da minha primeira filha, Maria Fernanda, previsto para setembro.

http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2010/4/desembargador_paulo_rangel_estava_na_hora_de_o_tj_ter_um_negro_75916.html

domingo, 18 de abril de 2010

Se fosse o Leonardo DiCaprio, o tratamento seria o mesmo?

Se fosse o Leonardo DiCaprio, o tratamento seria o mesmo?

Ator Danny Glover é preso em manifestação trabalhista

O Globo e AP

RIO - Engajado em causas trabalhistas, o ator americano Danny Glover foi preso
ontem, em Maryland, durante uma manifestação. Aos 63 anos, Glover foi detido
junto com mais outros 11 manifestantes por desobedecer ordens policiais enquanto
protestava diante da sede da multinacional francesa da área de alimentos
Sodexho. A companhia é acusada de práticas abusivas contra empregados e más
condições de trabalho.

O porta voz da polícia local afirmou que foram feitos três pedidos para que
Glover e o grupo se retirassem, mas, ao contrário disso, o grupo se manteve
firme e enfrentou a barreira formada pelos policiais. O ator e o ex-líder
sindical Andy Stern chegaram a ser algemados, mas liberados em seguida.

Apesar da liberação, Glover e demais manifestantes podem ser obrigados a pagar
multa de até U$ 1 mil ou a cumprir pena de prisão de 90 dias, segundo fontes
judiciais.

Os organizadores do protesto, integrantes do sindicato internacional de
trabalhadores dos Eua, o Service Employees International Union (SEIU),
denunciaram como ilegais os maus tratos por parte do Sodexho, mas a empresa
negou. Diante disso, o protesto reuniu trabalhadores temporários, estudantes e
líderes sindicais de Grã-Bretanha e França, que viajaram para apoiar os
empregados da Sodexho nos Estados Unidos.

O agente do ator conhecido por sucessos como 'Máquina mortífera' e 'A cor
púrpura' disse que Glover se negou a fazer qualquer declaração sobre o assunto.