Publicado em: 06/04/2010 16:40
Acusado de racismo contra jornalista, mestre de cerimônias nega ato preconceituoso
Por Eduardo Neco/Redação Portal IMPRENSA
Divulgação
Manoel Costa
O mestre de cerimôninas Manoel Costa, acusado de ato racista contra a jornalista Juliana Albino na semana passada, em São Paulo, durante evento, respondeu às acusações dizendo não ser preconceituoso e que não tinha intenção de humilhar a repórter.
Na ocasião, em feira voltada ao mercado de gastronomia e turismo, Costa discutiu com Juliana ao ser questionado por ela, que teria o flagrado violando objetos pessoais em sua bolsa. Ao ser indagado pela jornalista, o cerimonialista teria dito: "Volta pra senzala".
O jornalista Caio Martins, que se apresentou como testemunha do desentendimento, confirmou ao Portal IMPRENSA a agressão. "Falou com todas as palavras: minha filha, não enche o saco, volta pra senzala!", contou.
"Em primeiro lugar, esclareço que não sou preconceituoso ou racista, e que provarei até a ultima instância, que não tive a intenção de atingir a moral de ninguém. Não tenho diferenças ou atritos com pessoas de outra cor, credo, formação, ideologia, posição social e afins", disse Costa em resposta dirigida à Comissão dos Jornalistas pela Igualdade Racial de São Paulo (Cojira-SP), órgão do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) que repudiou publicamente o episódio.
"Ressalto que não tive e não tenho nenhuma intenção de ofender ou humilhar quem quer que seja. Imagino que a Juliana tenha interpretado mal minhas atitudes (...)", avaliou Costa sublinhando que "houve excessos de ambas as partes".
Dizendo-se surpreso com a repercussão, o cerimonialista classificou o fato como uma "infelicidade" e questionou outros chavões de conteúdo preconceituoso. "Quem de nós nunca se excedeu? Todos os dias ouvimos frases como: "Vai lavar roupa! Só podia ser mulher ao volante", ou "Vai buzinar para sua mãe!", e tantas outras", observou.
Por fim, Costa alerta à Juliana sobre as dimensões do episódio. "Lamento o ocorrido, continuarei com minha vida e carreira, com o mesmo respeito e dedicação e, se me permitem, sugiro à Juliana que reflita sobre as consequências que podem advir".
Em entrevista ao Portal IMPRENSA, na última terça-feira (30), Juliana contou que registrou boletim de ocorrência e estuda pedido de indenização por danos morais.
http://portalimprensa.uol.com.br/portal/ultimas_noticias/2010/04/06/imprensa34852.shtml
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Acusado de racismo contra jornalista, mestre de cerimônias nega ato preconceituoso
Postado por LUIZ FERNANDO MARTINS DA SILVA às 21:00
Marcadores: Discriminação, Notícias
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