sábado, 22 de outubro de 2011

UNASUL Proteger direitos indígenas e recuperar confiança são objetivos do Equador


21/10/2011 - 13h06
UNASUL
Proteger direitos indígenas e recuperar confiança são objetivos do Equador
Maior proteção de direitos, integração das comunidades indígenas e o resgate da confiança da população na justiça estão entre os principais objetivos dos planos de reestruturação do Poder Judiciário do Equador. Rubem Dario Bravo Moreno, ministro da Corte Nacional de Justiça do país, destacou esses pontos em sua exposição durante a VI Cúpula dos Poderes Judiciários da Unasul.

O eixo das reformas são a transparência, gestão e modernização, num plano de desenvolvimento institucional que se iniciou em 2009 e irá até 2018. O ministro afirmou que a criação de novo conselho de magistratura, com responsabilidades de prestar contas, administrar as carreiras e capacitar juízes e servidores, foi um passo importante nesse sentido.

Bravo Moreno aponta a necessidade de legislação específica para as autoridades indígenas. A ideia é que essas autoridades resolvam conflitos internos em suas etnias, com base em suas próprias culturas e hábitos. O magistrado equatoriano, entretanto, relatou que já houve problemas no passado, como penas de morte para delitos relativamente leves e penas de multa para homicídios. Também houve falta de defensores para suspeitos e até confissões obtidas por tortura. Ele asseverou que as decisões dessas autoridades deverão seguir a legislação equatoriana e os direitos humanos universalmente aceitos.

Ele também ressaltou a preocupação com outras minorias e grupos em risco, como crianças e adolescentes. Bravo Moreno informou que se pretende criar uma justiça especializada, com base na doutrina de proteção integral. “Entretanto, ainda temos grande falta de capacitação de juízes e servidores e até mesmo falta de cortes para essa justiça”, lamentou. Quanto à agilização dos processos, ele anunciou a previsão de criar juzgados de paz, tribunais de conciliação para facilitar o acesso da população à justiça. Segundo o magistrado, os juízes de paz devem morar na comunidade e ser eleitos por ela.

Bravo Moreno reconheceu que, no Equador, ainda há grande falta de recursos para o Judiciário. “Temos, em média, apenas seis juízes por cem mil habitantes, enquanto a proporção na América do Sul é próxima de 27 por cem mil”, informou. Outro problema destacado pelo magistrado é que há cerca de 1,2 milhão de processos em atraso nas cortes do país. Entretanto, disse que foi criado um conselho transitório de justiça “com a difícil tarefa de modernizar nosso Judiciário” – órgão de perfil técnico que está pleiteando os recursos necessários.

Foto - Rubem Dario Bravo Moreno, ministro da Corte Nacional de Justiça do Equador.

Coordenadoria de Editoria e Imprensa


quinta-feira, 20 de outubro de 2011

RIO DE JANEIRO Prefeito sanciona Lei que institui o Ensino Religioso nas escolas


EDUCAÇÃO
A disciplina, que é optativa, será oferecida aos alunos do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental a partir de 2012
19/10/2011  » Autor: Anna Beatriz Cunha / Foto: J.P. Engelbrecht

Foto: J.P. EngelbrechtO prefeito Eduardo Paes sancionou na tarde desta quarta-feira, dia 19, em cerimônia no Palácio da Cidade, em Botafogo, a Lei que institui o Ensino Religioso na Rede Municipal de Ensino e que cria o cargo de Professor de Ensino Religioso. A partir do próximo ano letivo, as escolas de turno único do Município do Rio oferecerão a disciplina, de forma opcional, aos alunos do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental.

Acompanhado da subsecretária municipal de Educação, Helena Bomeny, do Arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, e de representantes de todas as religiões, Paes falou da importância de oferecer os ensinos Religioso e de Valores para a formação de crianças e jovens:

- Essa sanção tem função e objeto específicos. Tem sempre uma coisa em comum em todas as religiões, que é ter um certo conceito de proteção das famílias e dos valores. São valores importantes. Nenhuma religião prega a violência e a luta dos povos. Não estamos impondo a nenhuma criança e a nenhum jovem que tenha fé, que siga credo nenhum. Ao contrário, a gente quer que aquele que tenha seu credo, sua crença, que ele possa aprender os valores e os conceitos mais básicos – disse o prefeito, acrescentando ainda, que com essa Lei o Rio se consolida como um estado laico.

Foto: J.P. Engelbrecht- A gente consolida essa visão do estado laico na hora em que a gente respeita aquilo que é a fé de cada um dos indivíduos, das pessoas que estão nas escolas do município. Quanto mais as pessoas conhecerem a história das religiões, menos preconceito terá.

Pela Lei aprovada, o Ensino Religioso nas escolas da Prefeitura do Rio é opcional e somente será oferecido aos alunos cujos pais ou responsáveis desejarem. As doutrinas oferecidas são: católica, evangélica/protestante, afro-brasileiras, espírita, orientais, judaica e islâmica. Para os alunos que não optarem por este tipo de ensino, a Secretaria Municipal de Educação (SME) oferecerá, nos mesmos horários, o ensino de Educação para Valores.

Na ocasião, a subsecretária municipal de Educação, Helena Bomeny, apresentou um perfil religioso dos alunos das escolas municipais e disse que a SME fará um levantamento para verificar o interesse dos alunos por esta nova disciplina:

Foto: J.P. Engelbrecht- Nós fizemos no início desse ano uma pesquisa para checar a diversidade de religiões que nossos alunos alcançavam. Fizemos uma consulta com seis mil pais, que desse universo, 42% seguiam a religião católica, 32% optaram pelo ensino de valores, 23% eram de religiões evangélicas e o restante dos demais credos. Em fevereiro, já teremos todos os dados tabulados para saber a demanda específica para cada credo. Dessa forma, quando fizermos o concurso para Professor de Ensino Religioso, nós já saberemos o quantitativo de vagas para cada um desses credos.
 
Como a Lei diz que o ensino religioso deve ser oferecido no turno integral, a SME optou por oferecer a disciplina nas escolas de turno único de sete horas, por conta da adequação à grade curricular. Nas escolas com turnos pela manhã e à tarde seria preciso reduzir a carga horária das demais disciplinas para a implantação do Ensino Religioso.

Até 2020, todas as escolas da Prefeitura do Rio estarão funcionando em horário integral de sete horas, de acordo com a Lei que implanta o turno único na rede municipal de educação, aprovada em novembro do ano passado. 

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Alerj aprova cota de 20% para negros e índios em concursos públicos


18/10/2011 19h26 - Atualizado em 18/10/2011 20h34




Se sancionada pelo governador, reserva valerá para Executivo e Legislativo.
Líder do Governo na Alerj diz que quer incluir faixa de renda nas cotas.

Do G1 RJ
A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou em discussão única, na tarde desta terça-feira (18), projeto de lei do governo do Estado que institui cota para negros e índios nos concursos públicos. Segundo o projeto, os concursos públicos para cargos efetivos do Poder Executivo e das entidades da administração indireta terão de reservar 20% das vagas para negros e índios.  Ele segue para o governador Sérgio Cabral, que tem 15 dias para sancionar ou vetar.
Uma emenda apresentada e aprovada estende a cota aos concursos do Poder Legislativo. Outras três emendas foram aprovadas: uma proíbe o enquadramento nas cotas após a inscrição; outra determina que informações falsas sejam enviadas ao Ministério Público; e uma terceira reduz a cota a 10% em concursos com até 20 vagas.
“Vamos ainda discutir com o Governo a possibilidade de nova regra tratando da faixa de renda como critério”, anunciou o líder do Governo na Alerj, deputado André Corrêa.
A proposta do Governo, se sancionada, vigorará por dez anos. O texto diz que, para ter acesso à cota, o candidato deverá se declarar negro ou índio. Se o candidato aprovado na cota desistir, a vaga será preenchida por outro candidato negro ou índio. 
Em junho passado, o governador Sérgio Cabral assinou no Palácio Guanabara decreto instituindo a cota para negros e índios em concursos públicos do estado, que entrou em vigor um mês depois.
Na época, o governador disse que "a imagem do serviço público brasileiro começa a mudar a partir do Rio de Janeiro". Após o decreto, o governo do Estado resolveu apresentar à Assembleia Legislativa o projeto de lei 888/11 com o mesmo teor do decreto.

http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2011/10/alerj-aprova-cota-de-20-para-negros-e-indios-em-concursos-publicos.html

Secretaria de Educação de Duque de Caxias - Fórum Educação Educação Afimativa Sankofa


Fórum Educação Educação Afimativa Sankofa
Oficina Matriz Africana e Ação Educativa
Exposição África-Brasil, Ancestralidade e Expressões Contemporâneas (Adaptada)

Programação

Segunda-feira, dia 24 de outubro.
12h às 14h – Credenciamento.
14h – Sessão de Abertura.
15h - Apresentação do Site Ipeafro e do Kit Ipeafro para Educadores.
16h - Exibição de vídeo documentário do Ipeafro.
17h – Visita inicial à exposição África-Brasil, Ancestralidade e expressões contemporâneas, aberta à visitação dos participantes do Fórum e da Oficina durante o evento.

Terça-feira, dia 25 de outubro.
14h – Mesa Redonda Matrizes africanas e políticas de ensino.
Ana Célia da Silva (Conselho Estadual de Cultura da Bahia). A representação social do negro no livro didático - O que mudou e por que mudou.
Renato Nogueira Junior (UFRRJ). Afrocentricidade e educação: Princípios gerais para um currículo afrocentrado.
 
Moderador: Carlos Alberto Medeiros.
17h - Exibição de trechos do vídeo documentário O Zelador, de Daren Bartlett.

 Quarta-feira, dia 26 de outubro.
9h - Oficina Matriz Africana e Ação Educativa - Sessão I. Coordenação: Azoilda Trindade (FFP/ UERJ) e Carla Lopes (Arquivo Nacional).
Espaço de reflexão e ação para educadores e para estudantes de pedagogia, licenciatura e formação de professores (ensino médio), acerca da matriz africana no cotidiano escolar.
14h – Mesa Redonda Faces e Enlaces das Matrizes Africanas.
Helena Theodoro (FAETEC). Educadoras de Natureza. Mulher negra e religiosidade afro-brasileira.
Ibrahima Gaye (Senegal – Centro Cultural Casa África, Belo Horizonte). Cultura Afro nas Escolas. Um exemplo da implantação da Lei 10.639/2003.
Moderador: Éle Semog (CEAP, Fórum Permanente de Educadores).

Quinta-feira, 27 de outubro.
8h30 - Oficina Matriz Africana e Ação Educativa - Sessão II.
14h - Diálogo: Matriz Africana, Escola e Academia. Apresentação dos resultados da oficina e debate sobre esses resultados no que se refere à formulação de políticas afirmativas de diversidade e inclusão no ensino. Comentários e debate com os professores Zene Santarosa (FEBF) e Amilcar Pereira (UFRJ).17h - Encerramento do Fórum e Abertura da Exposição ao Público.
Cerimônia de entrega do Prêmio Ipeafro Sankofa 2011.
Abertura ao público da exposição África-Brasil, Ancestralidade e Expressões Contemporâneas.
A exposição estará aberta a visitação de 31 de outubro até 9 de dezembro, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h.
O período das visitas guiadas de escolas, educadores e grupos comunitários será de 7 de novembro até 2 de dezembro.
Marcação de visitas guiadas com a Secretaria de Educação no tel. 21-8074-7191.
Inscrições no Fórum por meio do email ipeafrocaxias@gmail.com.
Informações com a Secretaria de Educação do Município de Caxias
21-8074-7191
ipeafrocaxias@gmail.com

Local do Fórum e da Oficina
Secretaria de Educação de Duque de Caxias
Av. Prefeito José Carlos Lacerda, n. 1422
Bairro 25 de Agosto
Duque de Caxias


Local da Exposição

Biblioteca Municipal Leonel de Moura Brizola

Centro Cultural Oscar Niemeyer - Praça do Pacificador s/nº
Duque de Caxias

Telefone: 2672-3155 /3653-1999
Funcionamento: Segunda a sexta-feira, das 9h às 17h.

Deportações nos EUA atingem novo recorde com Obama


Deportações nos EUA atingem novo recorde com Obama

Governo do atual presidente já deportou quase 1,2 milhão de imigrantes e debate ganha relevância com proximidade das eleições

BBC 18/10/2011 20:12


Foto: APAmpliar
Presidente Barack Obama faz discurso no Aeroporto Asheville, em Fletcher, Carolina do Norte
Os Estados Unidos deportaram 396.906 imigrantes ilegais no ano fiscal encerrado em 30 de setembro, o maior número já registrado, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo Departamento de Segurança Interna.
De acordo com o governo americano, 55% dos deportados no ano fiscal de 2011 haviam sidocondenados por crimes (1.119 por homicídio, 5.848 por crimes sexuais, 44.653 por delitos relacionados a drogas e 35.927 por dirigir sob a influência de álcool ou drogas).
O número de deportações nos EUA vem crescendo gradualmente na última década e já havia sido recorde no ano anterior, quando 392.862 imigrantes ilegais foram forçados a deixar o país. A divulgação dos novos dados, porém, voltou a provocar críticas ao presidente Obama, que desde o início de seu governo vem registrando um número de deportações bem maior do que o de seu antecessor, o republicano George W. Bush.
"No total, esse governo já deportou quase 1,2 milhão de pessoas, deixando um rastro de devastação nas comunidades latinas pelo país", disse Joanne Lin, conselheira da organização de defesa dos direitos civis União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU, na sigla em inglês).
A política do governo de dar prioridade à deportação de criminosos condenados também foi criticada por alguns republicanos, por supostamente indicar uma maior tolerância a imigrantes ilegais que não cometeram crimes.
Debate
O debate em torno da imigração ilegal vem ganhando novo destaque à medida que se aproximam as eleições presidenciais de 2012. Em 2008, Obama foi eleito com grande apoio da comunidade de origem latina, que representa cerca de um sexto da população americana.
No entanto, analistas afirmam que esse apoio pode ser perdido nas próximas eleições, em meio ao descontentamento com a demora do governo em implementar a prometida reforma nas leis de imigração do país, que acabou adiada por conta da crise econômica e diante da forte resistência do Partido Republicano.
Com uma população de 12 milhões de imigrantes ilegais nos EUA, Obama é criticado tanto por setores contrários à imigração ilegal quanto por aqueles que defendem os imigrantes. Os defensores cobram mais ação do governo para permitir a legalização dos imigrantes que já estão no país. Os opositores afirmam que a Casa Branca não age com o rigor necessário para impedir a entrada de novos ilegais.
Leis estaduais
Desde o ano passado, a insatisfação com a atuação do governo vem fazendo com que alguns Estados criem suas próprias leis de imigração – em desafio à legislação americana, que estabelece que as políticas de imigração são de responsabilidade federal.
Até agora, pelo menos sete Estados – Arizona, Alabama, Carolina do Sul, Geórgia, Utah e Indiana – já aprovaram leis de imigração. Todas foram contestadas na Justiça por entidades de defesa dos direitos civis e, em alguns casos, pelo próprio governo federal.
Com exceção da Carolina do Sul – onde ainda não há decisão sobre a ação judicial movida pela ACLU na semana passada –, todas também tiveram partes bloqueadas pela Justiça. Além dessas leis, projetos semelhantes chegaram a ser analisados em cerca de 20 Estados, mas não foram aprovados.
Segundo os críticos, as leis estaduais, consideradas muito rigorosas, dão margem à discriminação racial e poderiam prejudicar especialmente a população de origem hispânica, inclusive aqueles em situação legal no país.
Seus defensores, porém, dizem que os Estados precisam proteger suas fronteiras da entrada de imigrantes ilegais e que sua presença rouba empregos dos americanos, em um momento em que a taxa de desemprego no país ultrapassa 9%.