segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Ministra da Defesa renuncia após repressão a protestos na Bolívia

26/09/2011 13h56 - Atualizado em 26/09/2011 17h07

Segundo ONGs, há 7 crianças e 37 adultos desaparecidos. 
Indígenas protestam contra rodovia que passará dentro de reserva.

Da Associated Press
A ministra da Defensa da Bolívia, Cecilia Chacón, renunciou nesta segunda-feira (26) após a forte repressão policial contra os indígenas que se manifestam contra a construção de uma estrada que atravessará a região de floresta amazônica - projeto impulsionado pelo presidente Evo Morales. 
"Assumo esta decisão porque não compactuo com a medida de intervenção à marcha assumida pelo governo e não posso justificá-la nem defendê-la enquanto existam outras alternativas no âmbito do diálogo", disse Chacón em sua carta de renúncia enviada a Morales. "Não assim! Nos comprometemos com o povo a fazer as coisas de outra maneira", acrescentou.
A estrada, que deve ser executada pela empresa brasileira OAS, deve ligar a província de Beni, no leste da Bolívia, à província de Cochabamba, no centro do país. Também no domingo Morales anunciou que haverá um referendo nessas províncias "para que o povo decida se o projeto deve ou não ser executado".
Policial prende homem já ferido pelos enfrentamentos na região de Yucumo, na Bolívia (Foto: Juan Karita/AP)Policial prende homem já ferido pelos enfrentamentos na região de Yucumo, na Bolívia (Foto: Juan Karita/AP)
Em meio à renúncia, manifestantes ocupavam a pista de pouso do aeroporto da região amazônica de Rurrenabaque, para evitar que a polícia levasse dali centenas de indígenas que haviam sido detidos no domingo. Cerca de cem manifestantes levantaram barricadas nos acessos à pista para evitar pouso e decolagem de aviões, após a notícia de que o governo retiraria os detidos em um avião Hércules, segundo informações da agência France Presse.
A polícia reprimiu com violência no domingo uma marcha de quase mil indígenas que protestavam contra Morales pela construção da rodovia que atravessará uma reserva natural. "Queremos que o presidente Morales se compadeça. Há feridos, mães sem filhos e filhos sem mães, mas a polícia não nos deixa socorrê-los com alimentos e medicamentos", disse uma manifestante à agência Associated Press.
Sete crianças permanecem desaparecidas na selva, assim como outros 37 adultos indígenas que fugiram pela mata quando houve a intervenção policial, segundo informe do Comitê de Greve e organizações de direitos humanos.
A Central Obrera Boliviana covocou uma greve geral nacional para esta quarta-feira contra a repressão do governo.
Manifestantes fogem do gás lacrimogênio em região do Parque Nacional Isiboro Sécure (Foto: David Mercado/Reuters)Manifestantes fogem do gás lacrimogênio em região do Parque Nacional Isiboro Sécure (Foto: David Mercado/Reuters)
Em várias cidades estão sendo organizadas vigílias públicas para protestar contra a repressão aos indígenas. O subcomandante da polícia, coronel Oscar Muñoz, que presidiu a operação policial, disse que a "agressividade" dos indígenas contra autoridades foi o "detonador" que obrigou os agentes a intervir no protesto.
Os indígenas começaram uma caminhada contra a rodovia no dia 15 de agosto, mas a marcha parou nesta região onde há presença policial e grupos pró-Morales e lutas são travadas para que a marcha continue.
Morales diz que a rodovia de 300 quilômetros é uma necessidade nacional. Os indígenas se opõem ao fato de que a rota atravesse o coração do território indígena do Parque Nacional Isiboro Sécure (TIPNIS) para ligar os vales interandinos no centro com a Amazônia ao norte. A reserva é lar de três etnias e os nativos temem perder seu habitat.
No domingo, o ministro da Presidência, Carlos Romero, acusou organizações ambientalistas e opositores "de direita e de esquerda radical" de estar por trás das manifestações com o propósito de desgastar o governo.

Parada gay reúne multidão em Duque de Caxias, no RJ

25/09/2011 20h03 - Atualizado em 25/09/2011 20h03

A atriz Viviane Araújo foi a madrinha do desfile.
Seis trios elétricos animaram o público LGBT.

Do G1 RJ
6ª Parada Gay de Duque de Caxias (Foto: Foto: Márcia Vilella/ Divulgação)A Parada Gay de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense,  reuniu uma multidão neste domingo (25). Animados por seis trios elétricos e tendo como madrinha a atriz Viviane Araújo, gays, lésbicas, travestis e transexuais pediram o combate à homofobia a o respeito à diversidade sexual. (Foto: Márcia Vilella/ Divulgação)http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2011/09/parada-gay-reune-multidao-em-duque-de-caxias-no-rj.html

Morre queniana Wangari Maathai, Prêmio Nobel da Paz em 2004

26/09/2011 02h20 - Atualizado em 26/09/2011 02h38



Segundo o Movimento Cinturão Verde, ela vinha lutando contra o câncer.
Primeira mulher africana a receber o Nobel, ela tinha 71 anos.

Do G1, com agências internacionais *
Wangari Maathai, em foto de arquivo de março de 2010. (Foto: Reuters)Wangari Maathai, em foto de arquivo de março de
2010. (Foto: Reuters)
A ambientalista queniana Wangari Maathai, Prêmio Nobel da Paz em 2004, morreu neste domingo (25), anunciou nesta segunda-feira (26) o Movimento Cinturão Verde, organização que ela fundou há mais de 30 anos.
“Com imensa tristeza, a família de Wangari Maathai anuncia seu falecimento, ocorrido em 25 de setembro de 2011, depois de uma grande e valente luta contra o câncer”, diz a organização em sua página na internet.
Segundo as agências internacionais de notícias, Wangari Maathai, de 71 anos, morreu no Hospital em Nairobi, no Quênia.
Maathai fez campanha pelos direitos humanos e capacitação das pessoas mais pobres da África. Em 2004, ela recebeu o Prêmio Nobel da Paz por seus esforços para promover o desenvolvimento sustentável, democracia e paz. Foi a primeira mulher africana a levar o prêmio.
Bióloga, mãe de três filhos, Wangari Maathai foi presa e ameaçada de morte por lutar pela democracia no Quênia. Nas primeiras eleições livres de seu país, foi eleita para o Parlamento e tornou-se ministra assistente do Meio Ambiente.
(*) Com informações das agências de notícias France Presse e Reuters

domingo, 25 de setembro de 2011

STJ - MÍDIAS - Racismo: crime contra a dignidade


Baixos salários, dificuldade de acesso à educação de qualidade e marginalização. Esses são apenas alguns dos problemas enfrentados por mais da metade da população brasileira, declarada negra, de acordo com dados do IBGE. Mesmo com a redução das desigualdades, o abismo entre brancos e negros continua imenso e, embora considerado crime, o racismo ainda é uma dura realidade.

Sobre este tema, a Coordenadoria de Rádio preparou a reportagem especial desta semana, que traz a opinião do presidente do STJ, ministro Ari Pargendler, além de mostrar depoimentos e o entendimento do Tribunal sobre o racismo.

A reportagem completa pode ser acessada a partir das 8h, deste domingo (25) no site do STJ, espaço Rádio, durante a programação da Rádio Justiça (FM 104.7) e, ainda, pelo no site da Rádio Justiça.  

Coordenadoria de Editoria e Imprensa 



Morgan Freeman diz que movimento Tea Party é racista e pede que Obama reaja

24/09/2011 - 13:44 | William Maia | São Paulo 

Ele foi presidente dos Estados Unidos, viveu o líder sul-africano Nelson Mandela, e já encarnou até o papel de Deus. Nos Estados Unidos, Morgan Freeman também é conhecido por suas opiniões políticas. Em entrevista que deve ir ao ar na próxima sexta-feira (30/09) na TV norte-americana, o ator fez duras críticas ao movimento conservador Tea Party. Para Freeman, a ferrenha oposição que o movimento faz ao presidente Barack Obama é baseada no racismo.
Quando perguntado se com Obama no poder a questão do racismo nos EUA melhorou ou piorou, Freeman disse que as coisas pioraram e que o presidente virou um alvo para as agressões da extrema direita.
"A política declarada deles, publicamente, é fazer o que for preciso para fazer com que Obama só tenha um mandato", disse o ator. "O que isso significa? ‘Dane-se o país. Nós vamos fazer tudo o que pudermos para tirar esse negro daqui’”.
Freeman disse compreender a postura de Obama de não reagir ao grupo, mas defendeu que agora o democrata adote uma postura mais agressiva.
Ressaltando novamente o caráter racista do Tea Party, Morgan Freeman afirmou que a ascensão do grupo mostra um ódio racial ainda remanescente nos EUA. “Isso apenas mostra o lado fraco, sombrio e obscuro da América”, disse o vencedor do Oscar de melhor ator coadjuvante em 2005, pelo filme “Menina de Ouro”.
"Nós devemos ser melhores que isso. E nós realmente somos. É, por isso é que todas aquelas pessoas estavam em lágrimas, quando Obama foi eleito presidente."
Freeman apoiou a candidatura de Obama à Presidência, mas se recusou a fazer campanha com ele, dizendo que era um ator, não um político.Ele participou de um show em defesa dos direitos civis na Casa Branca em 2010.