domingo, 13 de fevereiro de 2011

“Quero escrever minha história em paz”, diz Gilberto Braga sobre polêmica racial com Lázaro Ramos

publicado em 08/02/2011 às 14h21:

“Quero escrever minha história em paz”, diz Gilberto Braga sobre polêmica racial com Lázaro Ramos

Em entrevista exclusiva ao R7, autor de Insensato Coração fala sobre André Gurgel
Miguel Arcanjo Prado, do R7


Mal começou e Insensato Coração, a novela das 21h da Globo escrita por Gilberto Braga e Ricardo Linhares, já é alvo de polêmica. Tudo por conta do personagem interpretado pelo ator baiano Lázaro Ramos.

Na sinopse, André Gurgel é definido como “solteiro e bem-sucedido, é o mais badalado nome do design no Rio”. E continua: “sucesso na profissão e na sedução; arrojado, seguro de si no trabalho e na cama, seu único pudor é nunca transar mais de uma vez com a mesma mulher”.

Entretanto, o que tem causado polêmica não é o fato de mais um mulherengo ocupar o horário nobre da TV, mas, sim, o de um ator negro ter sido escalado para o papel. 

João Miguel Jr./GloboJoão Miguel Jr./Globo
Ator Lázaro Ramos vive o designer rico André Gurgel na novela das 21h: personagem negro é alvo de polêmica racial



Logo de cara, Lázaro foi alvo de críticas na imprensa, por conta da interpretação. Na crítica do R7, foi dito que Lázaro “exagerou na canastrice”. No meio impresso também não foi diferente. O jornalista Thiago Mariano, do Diário do Grande ABC, afirmou que “a caricatura chega a ser deslavada, o que, infelizmente, faz com que o personagem perca a profundidade”.

Se as primeiras críticas foram focadas no trabalho de ator desenvolvido por Lázaro, no último domingo, a Folha de S.Paulo, em texto assinado pelo jornalista Maurício Stycer, focou sua avaliação na questão racial.

O jornal acusou os autores do folhetim de “tratar como natural algo que não é natural”. O texto ainda afirmou que “não há ninguém ao redor do personagem com coragem de dizer que ele é negro”.

Em entrevista exclusiva ao R7 (leia, ao fim desta reportagem, a conversa na íntegra), Gilberto Braga afirma que ainda “há muita hipocrisia no Brasil”. E faz o pedido: “Quero escrever minha história em paz”.

Vote: você acha natural haver um personagem como André Gurgel, que é negro, rico e não sofre racismo?

O que foi colocado pelo jornal como problema – a falta de menção racial ao personagem – é visto por muitos atores negros da TV como solução.

Mulher de Lázaro Ramos, Taís Araújo, a primeira protagonista negra da Globo, sempre disse que sonhava em, um dia, ser escalada para um papel sem que o fato de ser negra fosse levado em conta – como agora acontece com seu marido.

Contratada da Record, a atriz Maria Ceiça, que já viveu uma personagem que sofria racismo do próprio marido em Por Amor (1997), faz um discurso afinado ao de Taís.

- O personagem do Lázaro está perfeito. É bem-sucedido com a cor e com a carreira. Jamais ele vai deixar de ser negro, porque isso está estampado na cara. Não queremos só personagens estereotipados. Também quero fazer uma personagem linda, rica e bem-sucedida.


No elenco da Globo desde a fundação da emissora, há 45 anos, o ator Milton Gonçalves vê como “positivo” o fato de Lázaro interpretar alguém bem-sucedido sem que a questão racial precise ser abordada.

- Acho uma mensagem positiva. Criticar a maneira de interpretar é uma coisa. Agora, se as pessoas não entendem [o fato de um negro interpretar um personagem rico e desejado], não há o que discutir. O preconceito é uma anomalia que sempre vai existir.

Já o cineasta mineiro Joel Zito Araújo, diretor do filme Filhas do Vento (2005), considera André Gurgel um personagem "interessante e necessário". Porém, diz que a questão racial deveria entrar, sim, na trama.

- A ousadia muito bem-vinda de uma novela que incorpora um ator negão, sem traços caucasianos, como exemplo de sucesso profissional e sexual, pode perder a força se não tiver jogo de cintura ao tratar o problema racial. 





Lázaro Ramos e Camila Pitanga
Lázaro Ramos e Camila Pitanga: dois negros bem-sucedidos no horário nobre - Foto: João Miguel Jr./Globo
O pesquisador da sociedade brasileira Daniel Martins, mestre em sociologia pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), não concorda que a trama tenha a necessidade de fazer o personagem de Lázaro ser vítima de racismo.

- No Brasil de hoje é possível um negro bem-sucedido. Temos no Supremo Tribunal Federal um juiz negro, o Joaquim Barbosa. E ele não vai circular nas melhores rodas de Brasília? Isso sem falar em Barack Obama, presidente da principal nação do mundo, que é negro. Não entendo o estranhamento em relação ao personagem do Lázaro alugar um iate.

O sociólogo aprova o fato de Lázaro viver o galã da trama das 21h.

- O André Gurgel serve como espelho positivo para a população negra. Por que ninguém questionou o fato de o Lázaro fazer sucesso com as mulheres do Pelourinho em Ó Paí, Ó? Agora, ele não pega só as meninas do Pelourinho, mas as mulheres mais bonitas da zona sul carioca. E é negro. E isto não faz diferença. O fato de ele ser negro é só um detalhe.

O novelista Gilberto Braga deu sua opinião sobre a polêmica e afirma que não pretende tocar no tema racial em sua trama. Leia a entrevista exclusiva:

R7 – O que você achou da crítica da Folha no último domingo, que o classifica de "tratar como natural algo que não é natural" ao colocar na novela um negro bem posto na sociedade e desejado pelas mulheres?
Gilberto Braga -
 Não vou discutir a crítica da Folha em outro órgão da imprensa, não me sinto confortável na situação.

R7 – Mas qual é a sua opinião sobre o desempenho de Lázaro no papel? Acha que ele exagerou um pouco nos primeiros capítulos como afirmou a imprensa? Acha que ele pode melhorar?
Braga –
 Não, eu acho a atuação do Lázaro perfeita.

R7 - Você acredita que haja preconceito velado nas críticas que Lázaro vem recebendo?
Braga –
 Eu tenho consciência de que ainda há muito racismo no Brasil. Quanto a críticas ao Lázaro, não me chegou nenhuma.

R7 – É possível um negro ser rico, ter sucesso profissional e ainda ser desejado neste país, como acontece em sua novela?
Braga –
 Sim. Há uma série deles... Pelé e Neguinho da Beija-Flor são só alguns exemplos.

R7 – Você esperava que este personagem causasse tanta polêmica assim?
Braga –
 Não. Além de tudo, eu não suporto polêmica. Quero escrever a minha história em paz com meus companheiros.

R7 – Você acha que ainda há muita hipocrisia no Brasil quando se trata do tema do negro? Por quê?
Braga –
 Acho que há muita hipocrisia no Brasil de um modo geral.

R7 – Você pretende fazer com que o personagem de Lázaro sofra preconceito racial na trama? Por quê?
Braga –
 Não, porque a novela não tem essa proposta. Lembro, aliás, que estamos escrevendo uma novela e não fazendo um documentário sobre o nosso momento no Brasil.

Colaborou Bruna Ferreira, estagiária do R7


http://entretenimento.r7.com/famosos-e-tv/noticias/-quero-escrever-minha-historia-em-paz-diz-gilberto-braga-sobre-polemica-racial-com-lazaro-ramos-20110208.html

Boas ideias e pesadelos fashion se dividem em desfiles para gordinhas


13/02/2011 07h00 - Atualizado em 13/02/2011 07h00

Boas ideias e pesadelos fashion se dividem em desfiles para gordinhas

Fashion Weekend Plus Size mostrou as tendências da moda GG.
Uma das grifes apresentou peças para crianças acima do peso.

Dolores OroscoDo G1, em São Paulo
Flight Level (Foto: Renata D'Almeida/G1)Os modelos infantis da grife GG Flight Level que
foram apresentados na FWPS, em São Paulo.
  (Foto: Renata D'Almeida/G1)
Modelos que sorriam na passarela, macacões, peças listradas bem resolvidas, lingerie “para namorar” e até roupa para crianças gordinhas foram os destaques da Fashion Weekend Plus Size, que aconteceu na noite de sábado (12), em São Paulo. Em sua terceira temporada, a série de desfiles dedicados à moda GG reuniu nove grifes que exibiram coleções para outono-inverno 2011.
Madrinha do evento, a comediante Fabiana Karla foi a primeira a subir na passarela. “Nosso objetivo não é fazer apologia à obesidade, mas ao bem-estar. O que interessa é que vocês se aceitem com são. Como eu e os mulherões que vão desfilar aqui”, disse a humorista, que finalizou o discurso com uma piada. “É claro que mais tarde teremos um coquetel com comes e bebes. Mais comes que bebes”.
Com o tema “Be free” (“seja livre”, na tradução do inglês), a catarinense Exuberance abriu os desfiles em grande estilo, mostrando que gordinha pode usar de tudo. A marca apostou em macacões soltinhos em tons de terra e tie dye, camisas de alfaiataria com referência militar e, surpresa, até numa calça-cenoura .
Teoricamente o modelo ajustado na perna e largo no quadril deveria passar longe do guarda-roupa de uma garota com manequim acima do 44. Mas a calça-cenoura da Exuberance tem a barra soltinha, faz um mix interessante de branco e preto e é combinada com um belo salto alto. Resultado: uma silhueta harmoniosa e alongada para a mulher com quilinhos extras.
Fashion Weekend Plus Size (Foto: Renata D'Almeida/G1)Os destaques da Fashion Weekend Plus Size: a calça-cenoura e o macacão da grife Exuberance, o belo trabalho com listras da Flight Level e a lingerie sexy da Ness. (Foto: Renata D'Almeida/G1)
Outra que ousou foi a Flight Level. A grife de Santa Barbara D’Oeste, no interior paulista, apresentou uma coleção que se destacou pelo bom trabalho com listras em looks inspirados na curvilínea Sophia Loren. Destaque para a estola de pele, usada em conjuntinho preto monocromático.
“As divas dos anos 50 tinham um corpo bem mais próximo do nosso. Pensei em trazer o glamour dessas mulheres para nosso guarda-roupa”, contou a estilista da marca, Viviane Gonçalves. “Gordinha tem pavor de peça listrada e com razão, porque engorda mesmo. Mas o que fiz foi fazer um jogo interessante de listras mais largas na diagonal e na horizontal”.
Fabiana Karla (Foto: Renata D'Almeida/G1)A comediante Fabiana Karla, eleita madrinha do
evento fashion GG. (Foto: Renata D'Almeida/G1)
A Flight Level também mostrou looks da sua linha infantil, a Maria Joaquina. “Pequenas misses sunshine” desfilaram sorridentes com roupinhas cheias de babados e coloridas.
“Tem mãe que sofre para comprar roupa pro filho que está naquela fase de mudança de corpo e um pouquinho acima do peso. Elas acabam usando roupas que são o ‘P’ do adulto”, explica Viviane. “E criança quer usar roupa de criança: coloridinha, com desenhos”.
Fetiche GGDuas grifes especializadas em lingerie para tamanhos grandes se apresentaram no FWPS a paulista Ness e a gaúcha Signorelli Sizély. Enquanto a primeira apostou no fetiche, com cinta-liga e corsets, a segunda foi mais na linha romântica, com estampas fofas de xadrez e flores delicadas.
Marcia Ramos Constantino, estilista da Ness, defende que garotas gordinhas também podem usar fio-dental. Tal qual a roraimense Paula, concorrente da atual edição do “Big Brohter Brasil”, que tem exibido o bumbum sem medo na piscina do reality show.
“As meninas que tem bumbum grande, podem mostrá-lo se tiverem segurança pra isso. O que não fica legal é escolher os modelos com as laterais fininhas, que acabam dividindo o quadril de uma forma que não favorece”, explica. “A calcinha deve ter uma lateral mais larga. E o sutiã com bojos estruturados para modelar os seios”, recomenda.
Mayara Russi (Foto: Renata D'Almeida/G1)Mayara Russi: a modelo, chamada de "Ana Paula Arosio plus size", foi destaque na passarela da FWPS e desfilou para as marcas Magnólia e Korokru. (Foto: Renata D'Almeida/G1)
Legging e camisão: o clichê fashion das gordinhasEnquanto algumas marcas ousaram e acertaram nos desfiles do FWPS, outras ficaram presas a clichês da moda GG.
Apesar das elegantes chemises (camisa mais longa de alfaiataria, usada como vestido), a paulista Spicy e Vitta pecou pelo excesso de uma dupla manjada pelas gordinhas: legging com blusa solta. Foram vários modelos da combinação na passarela da marca. Cansou.
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FWPS (Foto: Renata D'Almeida/G1)A chemise e o looks blusa comprida e legging da
Spicy e Vitta. (Foto: Renata D'Almeida/G1)
Também pecou pelo excesso o curitibano Edson Eddel – especialista em vestidos GG de festa. Na coleção quase dominada pelo monocromático, longos acetinados em tons berrantes como o pink, o turquesa e verde-bandeira traziam aplicações exageradas de strass. Brilho demais, cores demais: o pesadelo de Chanel.
Diferente de todas as grifes do FWPS, que seguiram o caminho da moda comercial, Eddel teve momento de puro conceito. Motivado pelo tema “Do lixo ao luxo”, o estilista usou materiais recicláveis em algumas de suas peças, como o vestido de noiva de celofane e outro de saco de lixo.
O próprio Eddel surgiu ao final da apresentação vestindo um macacão feito com 8.000 lacres de latas de refrigerante – e engatinhando na passarela. “Adoro uma performance, assim como gosto de criar para as gordas! Lá em Curitiba todo mundo que conhece meu trabalho se pergunta: ‘o que será que ele vai aprontar no desfile?’ Eu gosto mesmo é de causar!”.
Nem Jaques Leclair e Victor Valentim, os estilistas excêntricos da novela “Ti ti ti”, assumiriam tal intenção com tanta naturalidade.
Edson Eddel (Foto: Renata D'Almeida/G1)O estilista Edson Eddel em momento performático ao final do desfile na FWPS. (Foto: Renata D'Almeida/G1)

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Nos últimos cinco anos, desemprego aumentou entre mais pobres, diz Ipea


10/02/2011 15h01 - Atualizado em 10/02/2011 15h36

Nos últimos cinco anos, desemprego aumentou entre mais pobres, diz Ipea

Entre os 10% mais pobres, taxa subiu de 23,1% para 33,3% desde 2005.
Tempo médio de procura por trabalho diminuiu. 

Do G1, em São Paulo
Desemprego entre mais ricos e mais pobres (Foto: Editoria de Arte/G1)Desemprego entre mais ricos e mais pobres
(Foto: Editoria de Arte/G1)
A forte criação de vagas formais e aqueda da taxa de desemprego à mínima recorde de 5,3% em dezembro de 2010 não se refletiu em redução da desigualdade entre os desocupados nos últimos anos, segundo levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
De acordo com o levantamento, a taxa de desemprego entre os 10% da população com menor rendimento nas regiões metropolitanas passou de 23,1% em dezembro de 2005 para 33,3% no final do ano passado – uma alta de 44,2%. Já entre os 10% com maior renda, o desemprego, que já era de apenas 2,1%, recuou para 0,9% no mesmo período, numa queda de 57,1%.
Com isso, a taxa de desemprego dos mais pobres passou a ser 37 vezes superior à dos mais ricos no ano passado.
“Em função disso, o decréscimo no número de desempregados nas seis principais regiões metropolitanas do país foi acompanhado pela ampliação do peso relativo dos trabalhadores de menor rendimento. Entre 2005 e 2010, a quantidade de desempregados foi reduzida em 590 mil trabalhadores, sendo que a participação relativa dos 20% de maior rendimento diminuiu de 7,8% para 6,0% (queda de 23,1%)”, diz o Ipea em nota.
Tempo de procura por trabalho
De acordo com o Ipea, o tempo médio de procura por trabalho entre os 10% com renda menor caiu de 341,4 dias em 2005 para 248,3 dias em 2010. O movimento foi contrário entre os 10% de maior renda: o tempo médio de procura cresceu de 277 dias para 320,6 dias no mesmo período.
“O aumento do tempo de procura entre os desempregados de maior rendimento familiar per capita sugere que estes podem estar sendo mais seletivos em relação à aceitação de novos empregos. Por outro lado, a diminuição do tempo de procura entre os mais pobres também é indicativo de que estes acessam principalmente trabalhos precários e de curta duração, retornando rapidamente à condição de desemprego. Ou mesmo, a expressão direta da intensa rotatividade na ocupação de baixa renda”, avalia o instituto

Plenário do Senado aprova indicação de Fux para o Supremo


09/02/2011 19h16 - Atualizado em 09/02/2011 20h27

Plenário do Senado aprova indicação de Fux para o Supremo

Ministro vai ocupar 11ª vaga no STF, aberta com aposentadoria de Eros Grau.
Indicado por Dilma, Fux foi sabatinado na CCJ do Senado por quatro horas



Robson BoninDo G1, em Brasília



O ministro Luiz Fux durante sabatina no Senado que aprovou sua indicação para o STF (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)O ministro Luiz Fux durante sabatina no Senado
que aprovou sua indicação para o STF
(Foto: Geraldo Magela/Agência Senado


O plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (9), por 68 votos a favor e 2 contra, a indicação do ministro Luiz Fux para a 11ª vaga do Supremo Tribunal Federal (STF), aberta em agosto com a aposentadoria do ministro Eros Grau. A posse do novo magistrado do Supremo não está marcada, mas a expectativa é de que ocorra nos próximos dias.
Mais cedo, os integrantes da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) já haviam aprovado, por unanimidade, o nome de Fux. A sabatina do magistrado na comissão durou cerca de quatro horas e foi marcada por elogios dos parlamentares.
Ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) desde 2001, Fux nasceu no Rio de Janeiro em 1953, é casado e tem dois filhos. Ele se formou em direito na Universidade do Estado do Rio de Janeiro em 1976.



Com sua aprovação, Fux deverá decidir no Supremo o desempate do julgamento da lei da Ficha Limpa, que terminou em 5 a 5 nos dois julgamentos feitos pelos ministros, no ano passado. Outro caso que aguarda julgamento no STF é o do mensalão, suposto esquema de compra de votos de parlamentares.
O tribunal também se prepara para decidir o futuro do italiano Cesare Battisti. O julgamento ainda não tem data marcada. Os ministros terão de se manifestar sobre a decisão do ex-presidente Lula, que no último dia de mandato negou o pedido de extradição do ex-ativista. Do lado de fora do Supremo, manifestantes pediram que o italiano permaneça no Brasil.