terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Número de africanos formados nas universidades mais que quadruplica entre 1991 e 2008


Número de africanos formados nas universidades mais que quadruplica entre 1991 e 2008




africanos_na_universidade
O número de sul-africanos de raça negra formado nas universidades públicas da África do Sul aumentou 334 por cento entre 1991 e 2008, revela um estudo efetuado pelo Instituto Sul-Africano das Relações Raciais (SAIRR).
Segundo o estudo, 8.514 estudantes negros formaram-se nas universidades da África do Sul em 1991 (quando o "apartheid" começou a ser desmantelado), tendo esse número subido para 36.970 em 2008.
Por outro lado, o número de brancos formados nas universidades sul-africanas cresceu apenas 4 por cento no mesmo período, passando de 27.619 em 1991 para 31.527 em 2008, revela o estudo do Instituto Sul-Africano de Relações Raciais.
A análise dos resultados das universidades públicas revela ainda que entre alunos mestiços o aumento de formações universitárias cifrou-se em 125 por cento, tendo passado de 2.347 em 1991 para 5.286 em 2008, enquanto o número de indianos que terminaram com sucesso cursos superiores passou de 2.333 em 1991 para 6.857 em 2008, um salto de 194 por cento.
Relativamente às fontes das formações universitárias, o SAIRR apurou que a Universidade da África do Sul (UNISA, a maior do mundo em cursos por correspondência) foi a que mais bacharelatos conferiu a todos os grupos étnicos em 2008, precisamente 12,8 por cento de todos os conferidos pelas 23 universidades e institutos superiores do país.
No mesmo ano a UNISA conferiu igualmente, segundo o estudo, 13,6 por cento de todos os mestrados e doutoramentos do país, sendo neste capítulo a Universidade de Pretória a que melhores resultados obteve, com 15,8 por cento de todos os mestrados e doutoramentos.
Uma das mais importantes conclusões deste estudo, para além das alterações demográficas e étnicas da população universitária do país desde o fim do "apartheid", é que foram as instituições anteriormente reservadas aos brancos as que mais licenciados formou.
"Outras universidades, especialmente aquelas que foram criadas para os historicamente desfavorecidos (já existentes antes de 1991 e criadas a pensar nos grupos raciais não-brancos) necessitam de apoio especial para se tornarem centros de excelência por direito próprio e não à custa de universidades de sucesso", referiu um dos autores do estudo, o investigador Marius Roodt.
Roodt esclareceu que entre as instituições criadas pelo regime do "apartheid" os padrões de ensino não são necessariamente maus, dando como exemplo de excelência a Universidade de Fort Hare, que foi em tempos um núcleo de resistência anti-"apartheid" e onde se formaram alguns dos atuais líderes e governantes da África do Sul.
*** Este texto foi escrito ao abrigo do Novo Acordo Ortográfico ***
Fonte: Correio do Minho

http://www.geledes.org.br/africa-e-suas-lutas/numero-de-africanos-formados-nas-universidades-mais-que-quadruplica-entre-1991-e-2008-23-01-2011.html#ixzz1C3W0Z43i

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Mais de 37% dos adultos que desejam adotar exigem uma criança branca

24/01/201117:30h

Mais de 37% dos adultos que desejam adotar exigem uma criança branca





ABrCor da criança é pré-requisito para 46,94% dos pais adotivos
Um levantamento feito pelo jornal “O Globo”, com base no cadastro de adoções do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), revela que 37,25% dos candidatos a pais só querem adotar crianças brancas. Isso significa que se houver uma criança negra ou parda disponível, precisando de um lar, esses pais adotivos não a querem.
Os números mostram que na hora de se inscrever, 46,94% das famílias fazem questão de escolher a cor da pele do futuro filho. De acordo com o cadastro, apenas 5,81% dos inscritos aceitam crianças pardas; 1,91% aceitam crianças negras; 1% crianças amarelas e 0,97%, indígenas.
Segundo a juíza Andréa Pachá, titular da 1ª Vara de Família de Petrópolis, ouvida pelo “O Golbo”, o perfil das crianças que esperam um lar é bem diferente da procura. De acordo com o cadastro, a maioria das crianças e adolescentes é parda (50,57%). Segundo ela, é estarrecedor que tantos pais adotivos queiram escolher a cor da criança. “Criança é criança, não tem cor. O discurso que se tem é o de que a criança não pode se sentir diferente. Mas isso é uma forma de racismo”, diz Pachá.

Igreja qualifica escândalos de Berlusconi de "problema moral"

24/01/2011 - 16h51

Igreja qualifica escândalos de Berlusconi de "problema moral"


DA EFE, NA CIDADE DO VATICANO
DA ANSA, EM MILÃO

O presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), o cardeal Angelo Bagnasco, disse nesta segunda-feira que a sociedade italiana assiste "aflita" ao escândalo sexual em que está envolvido o primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, e que se percebe um evidente "mal-estar moral".
Bagnasco fez estas manifestações em Ancona, diante do Conselho Permanente da CEI, onde tratou --como anunciou no último dia 21-- do caso "Ruby", a menor de idade marroquina que supostamente manteve relações sexuais com Berlusconi, gerando um escândalo político na Itália.
Sem nomear diretamente Berlusconi, o religioso disse que, nos últimos dias, estão se multiplicando notícias sobre "comportamentos contrários ao decoro público e são exibidas provas --verdadeiras ou falsas-- de estilos não-compatíveis com a sobriedade e a correção".
"A coletividade olha, consternada, os atos da vida pública e respira um evidente mal-estar moral. A vida de uma democracia se compõe de delicados e necessários equilíbrios", afirmou o cardeal.
O cardeal reiterou que "quem aceita assumir um mandato político deve estar consciente da medida e da sobriedade, da disciplina e da honra que isso comporta".
Bagnasco disse ainda que, na atual situação, ninguém sairá ganhando, "ninguém terá motivos para se alegrar, nem para se considerar vencedor".
Alem disso, perguntou o que será do futuro da Itália diante desta "contaminação" e disse que chegou o momento de "parar" para esclarecer tudo de maneira cuidadosa e tranquila.
O cardeal advogou por uma nova ética na vida, na família, na solidariedade e no trabalho.
Bagnasco fez as declarações depois que a Promotoria de Milão abriu uma investigação contra a Berlusconi por um suposto delito de incitação à prostituição.
EM CRISE
O presidente da Câmara dos Deputados da Itália, Gianfranco Fini, voltou a pedir nesta segunda-feira a renúncia de Berlusconi.
O premiê está sendo investigado pela Procuradoria de Milão sob suspeita de ter cometido extorsão e prostituição de menores, devido à hipótese de ter mantido relações sexuais com a menor marroquina Karima "Ruby" El Mahroug, no início de 2010, em sua residência de Arcore.
Fini, ex-membro e cofundador do partido governista Povo da Liberdade (PDL), disse que compartilha das declarações de seus colegas, que já pediram a demissão do premiê. O presidente da Câmara disse que está convencido de que "o equilíbrio entre poderes e funções do Estado é a essência da democracia".
"Deve existir respeito entre os expoentes dessas diversas instituições. O poder político não deve temer diminuição de autoridade ou soberania por conta das investigações dos juízes", comentou.
Um em cada dois italianos pensa que o chefe de governo deve renunciar a seu cargo após a polêmica. Segundo uma pesquisa divulgada pelo jornal "Corriere della Sera", 49% da população é a favor da renúncia de Berlusconi.


CNN elege brasileiro como 'o povo mais legal do mundo


21/01/2011 18h31 - Atualizado em 21/01/2011 18h36

CNN elege brasileiro como 'o povo mais legal do mundo'

Como ícone “cool” brasileiro, o site da CNN cita o cantor e ator Seu Jorge.
Lista tem cingapurianos, jamaicanos, mongóis, americanos e espanhois.

Do G1, em São Paulo
Brasileiros são descritos como 'sexy, descontraídos e festeiros' pelo siteBrasileiros são descritos como 'sexy, descontraídos
e festeiros' pelo site (Foto: Reprodução)
Os brasileiros ocupam o primeiro lugar num ranking feito pelo site da americana CNN de “nacionalidades mais legais” do mundo.
“Sem os brasileiros não existiria o samba e o carnaval do Rio, o bonito futebol de Pelé e Ronaldo, os minúsculos biquínis e corpos bronzeados da praia de Copacabana e a depilação com cera”, diz o texto.
“A menos que eles usem a reputação de povo sexy, descontraído e festeiro como um disfarce para exterminar golfinhos ou invadir a Polônia, nós não temos outra escolha senão nomear os brasileiros o povo mais legal do planeta.”
Como ícone “cool” brasileiro, o site cita o cantor e ator Seu Jorge. A versão que o cantor fez para músicas de David Bowie, diz o texto, “faz você desejar que Ziggy Stardust fosse do Brasil, não do espaço”, em referência ao álbum "The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders From Mars” do inglês.
Já na categoria “nem tão cool”, o site lista a carne e o cacau brasileiros – “tão deliciosos, mas as vastas áreas de florestas destruídas deixam um gosto amargo”.
Em segundo lugar no ranking de nacionalidades mais legais estão os cingapurianos. Nesta era digital, justifica o texto, o velho conceito do que é “cool” teve de ser revisto, já que os geeks estão dominando o mundo. O ícone do país escolhido é o garoto Lim Ding Wen, que consegue programar em até seis linguagens diferentes de computador com apenas 9 anos.
Os norte-americanos estão na 5ª posição, na lista que tem ainda jamaicanos, mongóis e espanhóis (veja a lista, em inglês). “Como sugerir que o povo que votou duas vezes em George W. Bush é legal? Sim, nós somos porque, goste você ou não, somos o máximo”, brinca o texto.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Embaixador brasileiro diz que Baby Doc é bem-vindo ao Haiti


23/01/2011 18h48 - Atualizado em 23/01/2011 18h54

Embaixador brasileiro diz que Baby Doc é bem-vindo ao Haiti

Igor Kipman diz que ex-ditador pode ajudar o país.
Boatos dizem que Préval poderia cancelar 1º turno das eleições.

João Gabriel RodriguesEspecial para o G1, em Porto Príncipe*

O ex-ditador haitiano Jean-Claude Duvalier, o 'Baby Doc', fala a jornalistas em Porto Príncipe, no dia 21 de janeiroO ex-ditador haitiano Jean-Claude Duvalier, o 'Baby
Doc', fala a jornalistas em Porto Príncipe, no dia 21
de janeiro (Foto: St-Felix Evens/Reuters)

O embaixador do Brasil no Haiti, Igor Kipman, afirmou neste domingo (23) que o ex-ditador haitiano Jean Claude Duvalier, o Baby Doc, é bem-vindo ao país, caso venha para ajudar. Para o diplomata brasileiro, o ex-governante, que viveu em exílio por 25 anos, não trará ainda mais tensão ao quadro de instabilidade política local.
"Não creio que aumente a instabilidade porque, até agora, pelo que eu vi, não disse em nenhum momento que deseja voltar à política. Ele veio no interesse de ajudar o país. Então, não acredito que isso influencie. Qualquer ajuda é bem-vinda", disse.

O embaixador tem a mesma opinião sobre o também ex-presidente Jean-Bertrand Aristide, que afirmou recentemente que está pronto para voltar ao Haiti a qualquer momento.


"Ele publicou inclusive uma carta dizendo que está pronto para voltar. No momento em que o país vive, qualquer participação para ajudar é bem-vinda, assim como o Duvalier", disse.

ExpectativaA tensão política no Haiti aumentou neste domingo (23), com boatos na capital, Porto Príncipe, de que o atual presidente, René Préval, poderia anunciar o cancelamento do primeiro turno das eleições. O governante estaria na República Dominicana e faria o anúncio no país vizinho.

Nesta manhã, Edmond Mulet, Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), deixou um evento esportivo em Porto Príncipe mais cedo do que o previsto, possivelmente por conta deste anúncio. As tropas brasileiras estão se preparando para possíveis atos de manifestação da população.
Igor Kipman (de boné amarelo), Coronel Altair Polsin, Febrício Lima (secretário de esportes de Manaus) e Edmond Mulet (de boné azul)Igor Kipman (de boné amarelo), Coronel Altair Polsin, Febrício Lima (secretário de esportes de Manaus) e Edmond Mulet (de boné azul) (Foto: João Gabriel Rodrigues/especial para o G1)
O presidente é acusado por opositores de fraudar o pleito, apoiado pela ONU, realizado em meio à confusão generalizada e às acusações de manipulação. Ele havia pedido inicialmente à Organização dos Estados Americanos (OEA) que ajudasse a verificar os resultados eleitorais.

Os resultados preliminares, que foram muito contestados por candidatos da oposição e provocaram protestos pelas ruas, quando foram anunciados pelo Conselho Eleitoral Provisório no mês passado, levaram o tecnocrata e protegido de Préval, Jude Celestin, ao segundo turno. Os especialistas da OEA citaram irregularidades "significativas" na contagem dos votos e recomendaram que Celestin seja substituído no segundo turno pelo músico popular Michel Martelly, que ficou em terceiro lugar por pouca diferença.

O relatório confirmou a opositora Mirlande Manigat como a candidata que conquistou o maior número de votos no primeiro turno. Ainda assim, ela não teria tido porcentagem o suficiente para vencer a eleição na primeira etapa.