quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Deputado britânico é expulso do Parlamento europeu por citação nazista

Deputado britânico é expulso do Parlamento europeu por citação nazista

Godfrey Bloom/Reuters
Bloom foi retirado do Parlamento após os comentários
Um deputado britânico foi expulso nesta quarta-feira do Parlamento europeu após dirigir um slogan nazista a um colega alemão.
Godfrey Bloom, do pequeno partido nacionalista Independence Party, disse em alemão "Ein Volk, Ein Reich, Ein Führer" (ou "Um Povo, um Império, um Líder") enquanto o líder do bloco socialista, o alemão Martin Schulz, discursava para 736 deputados.
Schulz interrompeu seu discurso, no qual cobrava um maior esforço da Grã-Bretanha para a estabilização da zona do euro e denunciou Bloom.
"Não sei se muita gente escutou isso... existem pessoas na Alemanha que falam isso e luto contra este espírito em tudo o que faço, mas não estou certo de que ele (Bloom) também o faz", disse Schulz.
Controle
O presidente do Parlamento, o polonês Jerzy Buzek, pediu para que o britânico se desculpasse, mas Bloom respondeu que "as opiniões demonstradas por 'Herr' Schulz justificaram (seus comentários). Ele é um fascista antidemocrático".
Buzek então expulsou Bloom do recinto. O parlamentar britânico ainda tentou voltar para a votação, sendo novamente retirado por seguranças.
Líderes de cinco partidos representados pediram para que sejam impostas sanções severas a Bloom, dizendo por meio de um comunicado que "não podemos aceitar que membros do Parlamento Europeu insultem seus colegas de uma forma que lembra os piores momentos de nossa história".
Após o incidente, Bloom disse que a União Europeia "já controla as economias da Irlanda e Grécia e, sem dúvida, outras se seguirão".

Diretor do curso de direito reconhece que houve racismo na PUC

Diretor do curso de direito reconhece que houve racismo na PUC

(2'12'' / 519 Kb) - O diretor da Faculdade de Direito da PUC-SP, professor Marcelo Figueiredo, reconheceu a existência de racismo no caso que envolve estudantes do último ano. A  bolsista Meire Rose Morais recebeu uma série de ofensas de uma colega por meio de uma lista de e-mails.
“O conteúdo é realmente racista, preconceituoso. Eu diria preconceito, racismo, intolerância. Essas são as palavras mais corretas.”
Embora as agressões tenham ocorrido no final de outubro, Figueiredo assegura que só tomou conhecimento do caso a partir da matéria publicada pela Radioagência NP na última sexta-feira (22).  Segundo o regulamento interno, somente a Reitoria pode tomar providências, como a abertura de uma investigação. Ele diz que a postura da estudante não pode ser confundida com a da universidade.
“A PUC sempre foi vista como uma universidade extremamente tolerante, pluralista, com todos os tipos de grupos religiosos, políticos, filosóficos. Nesse aspecto toda a comunidade reconhece que a PUC não é intolerante.”
O professor afirma que, apesar de abrigar diferentes grupos, a PUC não possui nehuma política voltada para promover a integração entre eles.
“A PUC dá palestras para os alunos no início dos cursos, explicando como funciona a estrutura da universidade, mas ela não tem realmente um plano de convivência. Eu acho que, na verdade, nenhuma universidade no Brasil tem isso.”
Figueiredo revela que, em 30 anos, nunca teve notícia de um caso de racismo dentro da universidade.
“Eu nunca ouvi falar de um caso de racismo na PUC. Eu já estou lá há quase 30 anos. Eu acho que foi um fato isolado, não é uma conduta recorrente, uma coisa que ocorre sempre. A gente sempre vai encontrar pessoas intolerantes. É inevitável que a faculdade consiga neutralizar todas as personalidades esquizóides da sociedade.”
De São Paulo, da Radioagência NP, Jorge Américo.
22/11/10