quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Safernet - MPF-SP rescinde parte de acordo de denúncia de crime na web com ONG


23/11/2010 17h31 - Atualizado em 23/11/2010 17h31

MPF-SP rescinde parte de acordo de denúncia de crime na web com ONG

Safernet não tem 'condições satisfatórias' para analisar crimes, diz parecer.
Presidente da ONG diz que documento do MPF tem 'inconsistências graves'.

Altieres RohrEspecial para o G1
A procuradoria do Ministério Público Federal em São Paulo (MPF-SP) rescindiu parcialmente o contrato de cooperação técnica firmado em 2006 com a Safernet Brasil. O MPF recomendava que internautas denunciassem crimes virtuais na “Central Nacional de Denúncias”, mantida pela ONG. Agora, com o fim da parceria, o órgão orienta que internautas denunciem crimes pelo sistema de Digi-denúncia.
A parceria do órgão com a Safernet para denúncias do Orkut continua, porque nesses casos a organização não realiza a análise das denúncias, que fica a cargo do Google. O contrato com o Google é de 2008.
Segundo parecer técnico encomendado pelo MPF-SP e divulgado em 12 de novembro, quando o órgão anunciou as mudanças na parceria, a "organização não apresenta condições satisfatórias para atender à demanda de processamento e análise das notificações formuladas por usuários de Internet através do serviço 'Central Nacional de Denúncias'".
Procurado pelo G1, o presidente da Safernet, Thiago Tavares, afirmou que foi notificado do rompimento parcial quando a nota já estava no site do MPF. Segundo ele, há "omissões e inconsistências graves" no parecer do MPF. A metodologia utilizada para separar denúncias de sites hospedados no Brasil dos armazenados em servidores no exterior, por exemplo, seria falha, segundo o fundador da organização.
Tavares disse também que, desde junho tenta propor ao MPF mudanças no processo de encaminhamento das denúncias, mas sem obter resposta. "É muito fácil colocar na conta da sociedade civil a culpa pela impunidade na internet no Brasil", disse Tavares. "Nos (Safernet) somos credores, e não devedores da sociedade".
O presidente da ONG afirmou que divulgaria até ontem nota contestando o parecer, o que não havia acontecido até a publicação desta reportagem.
ParceriasA ONG formou parcerias com a Polícia Federal e com procuradorias do MPF em diversos estados e também com a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia no Senado. Pelo acordo, a Safernet recebe denúncias pelo site Denunciar.org.br, analisa os links enviados e depois encaminha o material às autoridades.
As denúncias acumuladas, segundo o MPF-SP, chegam a 40 mil. Em uma análise restrita aos links mais denunciados à ONG, os técnicos do Ministério Público encontraram 27 provas de crimes graves. Esses links, segundo o órgão, não foram encaminhados para o órgão.
Depois da publicação do parecer, a Safernet firmou uma cooperação com os MPFs no Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima. Essa parceria se restringe à divulgação de material educativo sobre crimes na web, e não à centralização de denúncias.
O parecer técnico do MPF é assinado por um ex-diretor da Safernet, hoje membro do Núcleo Técnico de Combate aos Crimes Cibernéticos (NTCCC). O documento afirma que, no ritmo atual, a ONG levaria nove anos e meio para analisar as denúncias que estão acumuladas no seu banco de dados.
Google e OrkutEm 2008, a ONG assinou junto com o MPF-SP um termo de ajuste de conduta (TAC) com o Google. O termo obrigou a empresa de buscas a realizar a análise humana das denúncias relativas ao Orkut. Todas as denúncias feitas à Safernet que envolvem o Orkut vão automaticamente para o Google, que faz um relatório mensal para o MPF-SP. Devido à natureza automatizada do processo e das obrigações estabelecidas em contrato, o MPF-SP não rescindiu a cooperação nesta área.
O parecer se limitou a analisar o desempenho da Safernet nas denúncias não relativas à rede social. A média de links analisados por dia em 2010 é de 5,3, frente ao número total de 71 denúncias. Ou seja: a cada 14 denúncias enviadas por internautas, uma seria analisada, de acordo com os números do parecer.


Vaticano amplia autorização para uso de camisinha na prevenção da Aids


23/11/2010 13h51 - Atualizado em 23/11/2010 14h30

Vaticano amplia autorização para uso de camisinha na prevenção da Aids

Justificativa para uso vale para mulheres e homens, esclareceu o Papa.
Em livro de entrevistas, ele também afirma que homossexualidade é injusta.

Do G1, com agências internacionais
O Papa Bento XVI fez, em livro, uma declaração histórica reconhecendo que o uso de camisinhas é moralmente justificável em alguns casos para prevenir contra a Aids. E a justificativa vale não apenas para garotos de programa homossexuais, mas também para heterossexuais e transexuais, disse o Vaticano nesta terça-feira (13).
O esclarecimento, o mais recente passo em direção ao que está sendo visto como uma mudança significativa na política da Igreja Católica no assunto, foi feito durante uma entrevista para divulgar o novo livro do papa: 'Light of the World: The Pope, the Church and the Signs of the Times' (Luz do Mundo: O Papa, a Igreja e os Sinais dos Tempos).
O monsenhor Rino Fisichella e o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, durante entrevista nesta terça-feira (23) no Vaticano.O monsenhor Rino Fisichella e o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, durante entrevista nesta terça-feira (23) no Vaticano. (Foto: AP)

No livro, uma longa entrevista com o jornalista católico alemão Peter Seewald, o papa usou o exemplo de que um garoto de programa estaria justificado em usar uma camisinha para prevenir contra a transmissão da doença.
O esclarecimento foi necessário porque as versões em alemão, inglês e francês do livro usaram o artigo masculino ao se referir ao 'garoto de programa', mas a versão italiana usou o artigo feminino ('prostituta').
O padre Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, disse nesta terça que havia perguntado ao papa diretamente sobre isso para esclarecer seu pensamento.
'Perguntei ao papa pessoalmente se havia uma distinção séria entre o uso do masculino ao invés do feminino e ele disse 'não'', disse Lombardi.
'Ou seja, a questão é que (o uso da camisinha) deveria ser o primeiro passo em direção à responsabilidade de se tornar ciente do risco à vida de outra pessoa com quem se está tendo uma relação', disse Lombardi.
'Se é um homem, uma mulher ou um transexual que faz isso, defendemos sempre o mesmo ponto, de que é o primeiro passo de responsabilidade para prevenir contra a transmissão de um grave risco ao outro.'
A Igreja vem dizendo há décadas que camisinhas não fazem parte da solução no combate à Aids, apesar de não existir nenhuma política formal sobre o assunto em qualquer documento do Vaticano.
No livro, o papa diz que o uso de camisinhas deveria ser visto como 'o primeiro passo em direção à moralização', mesmo que camisinhas 'não sejam realmente a forma de lidar com o mal da infecção do HIV'.
O erro na tradução do livro para o italiano, cujos trechos foram divulgados pelo jornal da Santa Sé, "L' Osservatore Romano", se deveu a motivos de rapidez e será corrigido nas próximas edições, segundo fontes eclesiásticas.
As palavras do papa e a explicação de Lombardi -apesar de não mudarem a proibição de métodos contraceptivos pela Igreja Católica- foram bem recebidas como sendo um avanço pelos católicos liberais, ativistas contra a Aids e autoridades da saúde.
'Pela primeira vez o uso de camisinhas em circunstâncias especiais foi apoiado pelo Vaticano e isso é uma boa notícia e um bom começo para nós', disse Margaret Chan, diretora-geral da Organização Mundial da Saúde.
Homossexualidade injusta
No livro, o Papa também afirma que a homossexualidade é injusta, opõe-se à vontade de Deus e é inconciliável com a vocação sacerdotal.
"Enquanto seres humanos (os homossexuais) merecem respeito (...) não devem ser rejeitados por causa disso. O respeito ao ser humano é fundamental e decisivo", afirma ele.
"Mas isto não significa que a homossexualidade seja justa. Ela permanece como qualquer coisa que se opõe à essência mesma do que Deus quis na origem", precisa ele.
Bento XVI exprime-se de forma mais específica no livro, considerando que a "homossexualidade não é conciliável com a vocação sacerdotal". Senão, "correríamos um grande risco de fazer do celibato uma espécie de pretexto para fazer entrar no sacerdócio pessoas que não podem se casar", acrescentou.
"A seleção de candidatos ao sacerdócio deve, então, permanecer muito atenta. É preciso o maior cuidado para evitar uma confusão deste tipo fazendo com que o celibato dos padres seja, por assim dizer, assimilado à tendência à homossexualidade", concluiu ele.
A uma pergunta sobre a existência de uma homossexualidade nos "mosteiros, entre os religiosos", que talvez não seja vivenciada ou praticada", o papa respondeu: "as pessoas em questão devem, pelo menos tentar ativamente não se dominar por esta tendência, a fim de permanecerem fiéis à missão inerente a seu ministério".
As palavras suscitaram a condenação da principal associação italiana de defesa dos direitos dos homossexuais, Arcigay: "os dizeres do papa humilham milhões de vidas que devem suportar diariamente discriminações", estima em comunicado.


terça-feira, 23 de novembro de 2010

lançamento da Cartilha de cotas raciais - Prefeitura Municipal de Salvador

A Prefeitura Municipal de Salvador,através da Secretaria Municipal da Reparação em parceria com a SECULT e o IBASE estará realizando o lançamento da Cartilha de cotas raciais que acontecerá no dia 25/11 a partir das 14h no auditório do Minictério Público em Nazaré.
 
Este é mais um evento da Agenda Afirmativa da Secretária Municipal da Reparação.
 
Conto com sua presença!
 
Será fornecido certificado!

Laina Crisóstomo
Secretaria Municipal da Reparação
Assessora Técnica
Prefeitura Municipal de Salvador
Tel.:55 71 4009-2616
Email:lcsqueiroz@...
Site:http://www.reparacao.salvador.ba.gov.br

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

projeto SAL do SAMBA - Tributo a Donga, João da Baiana, Pixinguinha e Sinhô

Associação da Comunidade Remanescente do Quilombo Pedra do Sal – ARQPEDRAentidade representativa da comunidade remanescente do quilombo  que tem como um de seus principais objetivos a  titulação do território quilombola e a preservação da identidade cultural da comunidade quilombola  convidada para mais um evento  do projeto SAL do SAMBA - Tributo a Donga, João da Baiana, Pixinguinha e Sinhô a realizar-se nos  dia 01 de dezembro  das 19 as 22 horas e dia   02 (Dia Nacional do Samba) das 06 as 22 horas, no quilombo Pedra do Sal localizado no bairro da Saúde, Zona Portuária do Rio de Janeiro, conforme especificações abaixo:

O quilombo Pedra do Sal  é depositário da memória de uma das histórias mais lindas que a cidade do Rio de Janeiro tem para contar, envolvendo a formação de todo um complexo de atividades no entorno do mercado de escravos e de sal (cenários que aparecem nas gravuras de Rugendas), envolvendo o corte da Pedra do Sal para a construção da rua Sacadura Cabral, a construção e operação do porto do Rio (tudo isto obra dos escravos e de seus sucessores livres), o antigo rancho carnavalesco, o surgimento do samba com figuras de expressão nacional como Donga e João da Baiana, o candomblé, o bloco carnavalesco Afoxé Filhos de Gandhi.

Herdeiros de uma tradição importante na memória da cidade do Rio de Janeiro, de uma história de lutas e resistências, os quilombolas da Pedra do Sal constituem hoje o único contingente humano que pode legitimamente se reivindicar como continuador das implicações histórico-sociais da presença negra e escrava na área portuária; que pode como tal assumir a memória e dar seguimento às atividades rituais que constituem o patrimônio imaterial; e que finalmente pode reivindicar o território como constitutivo de sua identidade étnica. O Samba, o Santo e o Porto sumarizam a tradição que os quilombolas da Pedra do Sal atualizam.
Todo dia 2 de dezembro, o grupo do quilombo da Pedra do Sal celebra, no Largo João da Baiana, essa história e memória através da lavagem da pedra (rito simbólico de purificação), do samba, gastronomia e de depoimentos de antigos portuários. Celebram sua continuidade histórica na região e sua relevância para a memória, a identidade e a formação da sociedade brasileira. No último 2 de dezembro, a festa organizada pelo Quilombo, envolve a lavagem da Pedra do Sal pelo Afoxé Filhos de Gandhi e por pessoas ligadas ao candomblé. A atividade terá cobertura da Rede Globo.



 
Programação


 
SAL do SAMBA
Tributo a Donga, João da Baiana, Pixinguinha e Sinhô

 
01 DE DEZEMBRO DE 2010

 
19:00 horas - Apresentação teatral do Grupo Entrou por Uma Porta
"Histórias Contadas e Compartilhadas" com direção de Reinaldo Santana
20:00 horas - Exibição de curtas dos cinestas negros Joel Zito de Araujo e Zozimo Bubbul
21:00 - Show com a Banda de reggae ANNCESTRAIS

 
02 DE DEZEMBRO DE 2010
Dia Nacional do Samba

 
Homenagens e depoimentos:
João da Baiana (in memoriam)
Claudio Camunguelo (in memoriam)
Egbomi Iraci de Ogum
Hiram Araújo
Audie

 
06:00 -  Lavagem da Pedra do Sal  com as tias Baianas e Afoxé Filhos de Gandhi
07:00 - Café da manhã quilombola
09:30 - Palestra: “O poder da Pedra do Sal” com  Hiram Araujo e Damião Braga
11:00 - Roda de samba
12:00 hs - A tradicional feijoada do Nego Rico e Lucinha 
12:30 horas - Roda de samba
18:00 horas -  Roda de capoeira com o quilombola mestre Graúna
20:00 horas - Bloco Tradicional  “Os Mariocas”
22:00 horas - Encerramento


 
Realização:
ARQPEDRA
Associação da Comunidade Remanescente do Quilombo Pedra do Sal

 
Coordenação Geral:
Damião Braga - (21) 9701-8905
Produção:
Lucinha - (21) 9855-3759
Mauro Santos - (21) 9698-7689

RESOLUÇÃO SEASDH Nº 231 DE 22 DE MARÇO DE 2010 DESIGNA OS MEMBROS DO COMITÊ ESTADUAL INTERSETORIAL DE POLÍTICAS DE ATENÇÃO AOS REFUGIADOS.

Secretaria de Estado de Assistência
Social e Direitos Humanos
ATOS DO SECRETÁRIO
RESOLUÇÃO SEASDH Nº 231 DE 22 DE MARÇO DE 2010
DESIGNA OS MEMBROS DO COMITÊ ESTADUAL
INTERSETORIAL DE POLÍTICAS DE
ATENÇÃO AOS REFUGIADOS.
A SECRETÁRIA DE ESTADO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL E DIREITOS
HUMANOS, no uso de suas atribuições constitucionais e legais,
e
CONSIDERANDO o Decreto nº 42.182, de 11 de dezembro de 2009,
que instituiu o Comitê Estadual Intersetorial de Políticas de Atenção
aos Refugiados,
RESOLVE:
Art. 1º- Designar os membros, abaixo elencados, que irão compor o
Comitê Estadual Intersetorial de Políticas de Atenção aos refugiados
sob a Coordenação da Subsecretaria de Defesa e Promoção dos Direitos
Humanos:
Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos
Betânia Freitas de Souza - Titular
Moniza Rizzini Ansari - Suplente
Secretaria de Estado de Governo
Roberta Reis Dutra - Titular
Rodrigo Dantas Scorzelli - Suplente
Secretaria de Estado de Trabalho e Renda
Maria Christina Rodrigues Menezes - Titular
Glória Maria Almeida Vilar de Queiroz - Suplente
Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil
José Santana Mateus - Titular
Wagner Magalhães de Souza - Suplente
Secretaria de Estado de Educação
Rita de Cássia R. da Silva - Titular
Denise Corecha Rosa - Suplente
Secretaria de Estado de Segurança
Gerson Filgueiras - Titular
Luciano Carvalho de Souza - Suplente
Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro
Patrícia Fonseca Carlos Magno de Oliveira - Titular
Daniella Martins - Suplente
Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro
Leonardo de Souza Chaves - Titular
Marcos Kac - Suplente
Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Estado
do Rio de Janeiro
Sidney Teles da Silva - Titular
Marielle Francisco da Silva - Suplente
Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional do Estado do Rio de
Janeiro
Alexandre de Mendonça Lima Tolipa - Titular
Pedro Lavigne - Suplente
Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiado
Andrés Ramirez - Titular
Wellington Carneiro - Suplente
Comitê Nacional para os Refugiados
Renato Zerbini Ribeiro Leão - Titular
Mônica Blatt Caruso - Suplente
Fórum dos Reitores do Estado do Rio de Janeiro
Clóvis Eugênio Georges Brigagão - Titular
Jacques Edgar D'adesky - Titular
Carlos Alberto Medeiros - Suplente
Luiz Fernando Martins - Suplente
Cáritas Arquidiocesana do Rio de Janeiro
Cândido Feliciano da Ponte Neto - Titular
Heloisa Santos Nunes - Suplente
Art. 2º- Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação,
revogadas as disposições em contrário.
Rio de Janeiro, 22 de março de 2010
BENEDITA DE SOUZA DA SILVA SAMPAIO
Secretária de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos