domingo, 25 de julho de 2010

Do Sudário à barba de Maomé, os objetos mais adorados do mundo

Do Sudário à barba de Maomé, os objetos mais adorados do mundo

Revista ‘Time’ elaborou lista das 10 relíquias mais famosas de todas as religiões. Veracidade das peças é discutida

Rio - Cristão não, há grande chance de você já ter ouvido falar do Santo Sudário, pedaço de tecido mantido no Vaticano que teria envolvido o corpo de Jesus após a crucificação. É menos provável, entretanto, que saiba da existência do dente de Buda, da barba de Maomé ou do sangue de São Januário. Tudo isto faz parte da lista das 10 relíquias religiosas mais famosas, divulgada pela revista ‘Time’.

Com 4,3m, o Sudário é mantido desde o século 16 na Catedral de Turim, Itália. Em seguida na lista, vem o sangue de São Januário, de Nápoles, Itália, decapitado no século 4. Segundo fiéis, várias vezes por ano a substância, mantida numa ampola, torna-se líquida. Também na Itália, em Roma, são mantidas as correntes que teriam aprisionado São Pedro em Jerusalém.

A primeira relíquia não-cristã na lista é a barba de Maomé, que fica no palácio do Museu de Topkapi, Turquia. Apesar de o profeta ter proibido a adoração de outros seres fora Deus, a relíquia é visitada por milhares de pessoas todo ano. O mesmo museu mantém uma pegada daquele que, para os muçulmanos, escreveu a palavra de Deus no Alcorão.

O budismo também tem uma relíquia na lista: o canino esquerdo do líder Buda. O dente está num templo no Sri Lanka. Outra relíquia é a Cruz da Videira, maior símbolo da Igreja Ortodoxa da Geórgia e que teria sido presenteada a uma pregadora do país pela própria Virgem Maria. Por falar na mãe de Jesus, há ainda o Cinto Sagrado de Maria, numa Igreja na Itália, e a Túnica da Virgem Abençoada, na Catedral de Chatres, na França. Esta teria aparecido intacta após incêndio. Talvez a relíquia mais estranha, porém, seja a cabeça de São João Batista. Quatro instituições dizem estar com ela, retirada do corpo do santo após pedido da princesa Salomé, filha de Herodes Filipe. Parece muita cabeça para pouco santo...

Mistério da cabeça de São João Batista

Muitas das relíquias têm a veracidade discutida. Por ser respeitado por várias denominações cristãs e pelos muçulmanos, o paradeiro da cabeça de São João Batista é, de longe, o que levanta mais controvérsia. Reivindicam estar com ela a Mesquita de Umayyad, em Damasco; a Igreja de São Silvestre, em Roma; o Museu Residenz, na Alemanha; e a Catedral de Notre Dame de Amiens, na França. O Museu de Topkapi, na Turquia, diz ter o braço do santo e parte da cabeça. Um monastério ortodoxo também afirma ter a mesma relíquia e outro, na Sérvia, sua mão direita, a que teria batizado Jesus.

Também há pesquisadores que duvidam, por exemplo, tanto da pegada de Maomé como dos supostos fios de sua barba. Já o tal dente de Buda pode nem ser humano. Especialistas em odontologia já o questionaram, dizendo que, pelas suas características, é mais provável que tenha pertencido a um animal.

http://odia.terra.com.br/portal/mundo/html/2010/7/do_sudario_a_barba_de_maome_os_objetos_mais_adorados_do_mundo_98604.html

quinta-feira, 22 de julho de 2010

VI CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISADORES(AS) NEGROS(A

VI CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISADORES(AS) NEGROS(AS)

mapa1.jpgO VI Congresso Brasileiro de Pesquisadores(as) Negros(as) entre os dias 26 a 29 de Julho, debaterá sobre “Afrodiáspora: saberes pós-coloniais, poderes e movimentos sociais”, a fim de apresentar e discutir os processos de produção/difusão de conhecimentos intrinsecamente ligados às lutas históricas empreendidas pela populações negras nas Diásporas Africanas, nos espaços de religiosidades, nos quilombos, nos movimentos negros organizados, na imprensa, nas artes e na literatura, nas escolas e universidades, nas organizações não-governamentais, nas empresas e nas diversas esferas estatais, que resistem, reivindicam e propõem alternativas políticas e sociais que atendam às necessidades das populações negras, visando a constituição material dos direitos.

Difundir e debater os saberes produzidos por negros(as) no Brasil implica no esforço de identificar no cenário sociocultural brasileiro, conhecimentos, manifestações e formas de pensar/estar no mundo, concepções, linguagens e pressupostos não hegemônicos, construídas pela multiplicidade de sujeitos que constituem as populações negras, focalizando essa população como produtora de conhecimentos científicos, técnicos e artísticos.

Essa temática também propõe uma reconfiguração dos quadros da memória, no que tange a experiência histórica da população negra no Brasil, que respeite a presença da ancestralidade e tradições africanas, mas, ao mesmo tempo, considere as composições, traduções e recriações realizadas nos movimentos da diáspora.

A escolha dessa temática para orientar os debates e proposições do VI Congresso Brasileiro de Pesquisadores(as) Negros(as), leva em consideração a atual conjuntura brasileira, quando os segmentos negros organizados reivindicam e acentuam o incremento de mecanismos jurídicos-políticos de constituição material de direitos, tais como: a Lei n.º 10.6391 e suas Diretrizes Curriculares, a implementação de Políticas de Ações Afirmativas, a luta pela aprovação do Estatuto da Igualdade Racial e do Projeto de Cotas para Negros nas Universidades pelo Congresso Nacional, o que tem implicado na exigência e na urgência de ampliar o campo de discussão e produção de conhecimentos sobre as populações negras.

Em suma, traremos à tona estudos e debates sobre a realidade das populações negras, principalmente as questões ligadas ao racismo, às reconstruções culturais diaspóricas, às resistências e (re)existências negras. A disseminação de conhecimentos e o debate sobre tais questões, a busca de alternativas que possibilitem a equidade social, farão parte dos trabalhos de intelectuais negros e negras no VI Congresso Brasileiro de Pesquisadores(as) Negros(as).

Estimamos que sejam beneficiados(as) diretamente pelo VI COPENE cerca de 2000 participantes, de todas as Unidades da Federação e do exterior. Além disso, espera-se que na realização deste congresso, assim como nas edições anteriores, tenhamos um crescimento quantitativo e qualitativo da produção científica.


http://www.abpn.org.br/copene/index.php?option=com_content&view=article&id=14&Itemid=27