sexta-feira, 28 de maio de 2010

Negros latino-americanos pedem plano de apoio à UE

Negros latino-americanos pedem plano de apoio à UE


Notícias

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Organizações de afrodescendentes latino-americanos pediram à União Europeia (UE) e a outros organismos internacionais que deixem de considerá-los uma minoria em suas estratégias de desenvolvimento.

Os afrodescendentes da América Latina "devem de ser tirados desse status de 'outras minorias'", já que "somos 150 milhões, ou seja, 30% da população total. Não somos minoria", disse à Agência Efe nesta quarta-feira em Budapeste o peruano Oswaldo Bilbao, diretor-executivo do Centro de Desenvolvimento Étnico (Cedet).

Bilbao participa de uma conferência do Grupo Internacional para os Direitos das Minorias, organizada na capital húngara, sobre "o papel das minorias e povos indígenas na cooperação para o desenvolvimento".

"Pedimos à UE e a outras organizações multinacionais uma estratégia dirigida aos afrodescendentes, como povo, como povos autônomos, sujeitos a direitos diferentes aos das povoações indígenas", disse, por sua parte, Joel Campbell, do Centro de Direitos Humanos, Cidadãos e Autônomos da Nicarágua (Cedehca).

O ativista lembrou à Efe que a UE está investindo em educação na América Latina.

No entanto, considerou que os fundos que chegam "não estão bem direcionados. Ou seja: a UE destina 80% da cooperação aos Estados e 20% à sociedade civil".

"Isto deveria ser um pouco mais equilibrado", porque é a sociedade civil que fiscaliza "o uso dos fundos e denuncia a corrupção dentro dos países", acrescentou Campbell.

Ele assinalou que a ONU escolheu o ano de 2011 como o dos afrodescendentes, e adiantou que se está trabalhando em uma declaração destes povos, para detalhar quem são, quais são seus direitos fundamentais e suas particularidades.

Participaram da conferência organizada em Budapeste delegados de ONGs de 10 países da América Latina, Ásia e África.

Fonte: Google Noticias


http://www.geledes.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=5805&Itemid=340

Biquínis, modelos negras e cubos marcam primeiro dia de Fashion Rio

27/05/2010 22h46 - Atualizado em 27/05/2010 23h33

Biquínis, modelos negras e cubos marcam primeiro dia de Fashion Rio

Carol Trentini e Ana Claudia Michels foram destaque na Salinas.
Evento teve ainda Mara Mac, Walter Rodrigues e Acquastudio.

Alícia Uchôa Do G1 RJ

Carol SalinasA modelo Carol Trentini desfilou para a Salinas
(Foto: Lucíola Villela)

As tops Carol Trentini e Ana Claudia Michels foram as primeiras a mostrar o que vamos encontrar nas areias do próximo verão carioca. As duas desfilaram pela Salinas nesta quinta-feira (27), primeiro dia de Fashion Rio.

Veja a cobertura completa

A 17a edição do evento começou com Walter Rodrigues e seu elenco 100% negro. No desfile, as modelos entravam e saíam por portas multicoloridas espalhadas ao longo da passarela, exibindo a inspiração meio africana, meio pernambucana do estilista.

Cubos caíram na passarela

Outra que apostou não só em peças com cortes refinados e detalhes artesanais nas aplicações, mas sobretudo no cenário foi a Mara Mac.

Desenhada por Bia Lessa, a passarela tinha cubos vermelhos suspensos no teto que, no meio do desfile, caíam de propósito, deixando apenas a modelo no destaque, dando um susto e tanto na platéia. Depois, as caixas voltavam para o topo, formando um novo modelo de mosaico.

O dia teve ainda Nica Kessler, R.Groove e Acquastudio, que apresentou um desfile conceitual destacando cores como o nude e o coral.

- Walter Rodrigues (clique no link para ver a galeria de fotos)

Walter Rodrigues abriu o Fashion Rio com desfile só de modelos negrasWalter Rodrigues abriu o Fashion Rio com desfile só de modelos negras (Foto: Alexandre Durão/G1)

- Nica Kessler

Desfile de Nica Kessler no primeiro dia de Fashion RioDesfile de Nica Kessler no primeiro dia de Fashion Rio (Foto: Lucíola Villela/G1)

- Mara Mac

Modelos apresentam looks de Mara Mac no Fashion RioModelos apresentam looks de Mara Mac no Fashion Rio (Foto: Alexandre Durão/G1)

- Salinas

Salinas_materia Desfile da Salinas no primeiro dia de Fashion Rio (Foto: Lucíola Villela/G1)

- R.Groove

R. Groove_materiaDesfile de R. Groove no primeiro dia de Fashion Rio (Foto: Alexandre Durão/G1)

- Acquastudio

Acquastudio_materiaDesfile de Acquastudio no primeiro dia de Fashion Rio (Foto: Lucíola Villela/G1)

http://g1.globo.com/especiais/fashion-rio/noticia/2010/05/biquinis-modelos-negras-e-cubos-marcam-primeiro-dia-de-fashion-rio2010.html

quinta-feira, 27 de maio de 2010

ONU alerta sobre eventual decisão do STF sobre quilombolas

ONU alerta sobre eventual decisão do STF sobre quilombolas
Qua, 26 Mai, 12h54
Genebra, 26 mai (EFE).- Uma eventual decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) contra o decreto que regula a titulação das terras de comunidades quilombolas seria contrária aos direitos deste grupo e aos compromissos internacionais assumidos pelo Brasil, advertiu hoje uma especialista das Nações Unidas.
Segundo a relatora especial da ONU para o Direito à Moradia, Raquel Rolnik, "declarar o decreto inconstitucional afetaria o direito das comunidades quilombolas a ter acesso à terra e aos recursos naturais".
Em sua opinião, o decreto tenta, em parte, ser uma compensação pela "dívida histórica do Brasil com as comunidades afetadas por séculos de dominação e pela violação de seus direitos".
O decreto foi levado ao STF pelo DEM, com o apoio dos setores privado industrial, agrícola e pecuário.
Sobre as obrigações internacionais assumidas pelo Brasil, Raquel disse que se a normativa for considerada inconstitucional, o país estaria violando o Pacto Internacional sobre os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais da ONU.
A especialista assegurou que, apesar de o direito à propriedade dos quilombolas ser reconhecido na legislação brasileira, pouco foi feito para garanti-lo.
Raquel disse que estes grupos são "extremamente vulneráveis a desalojamentos forçados e a ameaças por parte dos donos de terras e companhias mineradoras", entre outros.
Além disso, destacou a relação desses grupos com a terra e os recursos naturais, que constituem "as bases espiritual e material de sua identidade cultural".
Atualmente, há 1.408 comunidades quilombolas registradas oficialmente no Brasil. EFE


http://br.noticias.yahoo.com/s/26052010/40/politica-onu-alerta-eventual-decisao-stf.html

Vereador de Maricá é preso em flagrante por injúria racial

27/05/2010 07h34 - Atualizado em 27/05/2010 07h34
Vereador de Maricá é preso em flagrante por injúria racial
Político tentou ultrapassar moto e alegou que agentes sacaram armas. PMs disseram que agiram na lei e que vereador queria tratamento especial.
Do Bom Dia Rio

Um vereador foi preso em flagrante, na madrugada desta quinta-feira (27), por desacato e injúria racial a policiais militares em Maricá, na Região dos Lagos. O crime é inafiançável. Segundo a polícia, o político, Uilton Afonso Viana Filho, teria chamado um dos PMs de "negão e macaco".
Ainda de acordo com a polícia, Uilton dirigia em alta velocidade e fez uma manobra perigosa para ultrapassar três motos da PM. Os policiais pararam o carro.
O vereador não teria gostado da forma como foi abordado, alegando que as armas foram sacadas.
Segundo o pai do suspeito, Uilton Viana, um dos PMs estava armado. “Meu filho me falou que ele chegou com a arma em cima. Ele disse que não precisava disso. Ele não estava armado. Estava com a namorada no carro”, contou.
De acordo com o tenente da Polícia Militar, Gilson Carvalho, os policiais estavam lidando com pessoas comuns. “Provavelmente ele achou que, na condição de vereador, teria que ter um tratamento privilegiado, mas o policial agiu dentro da lei e da normalidade”, explicou.
Na delegacia, o vereador admitiu a discussão, mas negou que tenha xingado o policial.

http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2010/05/vereador-de-marica-e-preso-em-flagrante-por-injuria-racial.html

Anistia Internacional denuncia violações de direitos humanos no Brasil

Anistia Internacional denuncia violações de direitos humanos no Brasil

Agência Brasil

DA REDAÇÃO - Violações de direitos humanos continuam sendo praticadas em presídios, em conflitos agrários e contra povos indígenas no Brasil. A polícia também continua cometendo violência em grandes cidades, principalmente contra moradores de favelas no Rio de Janeiro e em São Paulo. As conclusões são do relatório deste ano da Anistia Internacional, organização não governamental que acompanha a situação dos direitos humanos em todo o mundo.

Um dos casos denunciados pela Anistia Internacional em seu relatório é a violência sofrida pelos índios guarani-kaiowá, em Mato Grosso do Sul. Segundo a Anistia Internacional, o governo do Estado e fazendeiros fizeram lobby nos tribunais para impedir a demarcação de terras indígenas.

Ainda de acordo com o relatório, comunidades de guarani-kaiowá foram atacadas por pistoleiros. Há, inclusive, o registro da morte do indígena Genivaldo Vera e do desaparecimento de Rolindo Vera. Índios do acampamento Apyka'y também sofreram ao serem expulsos de suas terras e terem que viver em condições precárias à beira de uma rodovia.

"Os guarani-kaiowá estão sofrendo uma pobreza extrema, subnutrição e continuam sofrendo ataques de representantes de companhias de segurança privada e de (forças) regulares. Continuam sendo despejados e forçados a viver na beira da estrada em condições de extrema pobreza e muitas vezes são forçados a trabalhar em condições irregulares", afirma o representante da Anistia Internacional, Tim Cahill.

O relatório da Anistia Internacional também chama a atenção para a violência com que são tratados camponeses em conflitos por terra no País. O documento cita os 20 assassinatos que teriam sido cometidos, entre janeiro e novembro de 2009, por policiais ou pistoleiros contratados por proprietários de terra.

A situação carcerária no País também foi citada pelo relatório, com destaque para os problemas do Espírito Santo e do presídio de Urso Branco, em Rondônia. Entre os problemas apontados pela Anistia Internacional estão "a falta de supervisão independente e os altos níveis de corrupção".

"Os detentos continuaram sendo mantidos em condições cruéis, desumanas ou degradantes. A tortura era utilizada regularmente como método de interrogatório, de punição, de controle, de humilhação e de extorsão. A superlotação continuou sendo um problema grave. O controle dos centros de detenção por gangues fez com que o grau de violência entre os prisioneiros aumentasse", denuncia o relatório.

A letalidade policial nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo também foi mencionada pela Anistia Internacional. A ONG conta que, no caso do Rio, por exemplo, apesar da experiência das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), a polícia continua cometendo muitos crimes de morte e arbitrariedades.

O documento da Anistia Internacional também citou "ameaças" geradas por projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), como represas, estradas e portos, a comunidades tradicionais e indígenas, a perseguição a defensores de direitos humanos e a persistência do trabalho escravo no Brasil apesar das políticas governamentais para acabar com o problema. De acordo com a Casa Civil, as obras do PAC cumprem a exigência de realização de audiências públicas nas localidades onde os projetos serão implantados, o que permite a ampla discussão com a sociedade civil.

Em nota, a Casa Civil afirma que "estabelece medidas compensatórias que visam garantir a sustentabilidade de comunidades locais, inclusive com a criação de programas de desenvolvimento regional, como em Rondônia, em função das usinas do Rio Madeira, no entorno do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e na refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco."

O representante da ONG diz que, apesar da disposição das autoridades brasileiras em melhorar a situação dos direitos humanos no País, várias denúncias da Anistia Internacional continuam se repetindo ano após ano. Segundo Cahill, isso mostra que há uma diferença entre o discurso das autoridades e a implantação concreta de medidas.

"Há um vácuo entre o entendimento das autoridades de implementar reformas, garantir direitos e a implementação verdadeira e concreta. Esse entendimento das autoridades é sempre contrariado por interesses econômicos e políticos. O que nós vemos é que existe um discurso para a reforma, mas a implementação não ocorre", diz Cahill.

O relatório também abordou a questão da impunidade em relação aos crimes cometidos durante o regime militar brasileiro (1964-1985), mas não comentou a decisão deste ano do Supremo Tribunal Federal (STF) de manter a Lei da Anistia, já que o documento foi fechado no final do ano passado.

A Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro informou que só comentará o relatório quando receber oficialmente o documento. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo nega as denúncias de violações de direitos humanos do relatório. Os governos do Espírito Santo e Mato Grosso do Sul não responderam às críticas. A Agência Brasil não conseguiu entrar em contato com a Secretaria de Justiça de Rondônia.

21:08 - 26/05/2010


http://jbonline.terra.com.br/pextra/2010/05/26/e260517976.asp