sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Imprensa negra em debate no Brasil e nos Estados Unidos

NOTÍCIAS
26.02.2010
Imprensa negra em debate no Brasil e nos Estados Unidos
Por Sandra Martins

Comparações entre as imprensas produzidas por negros no Brasil e nos Estados Unidos, bem como as suas relações com os movimentos sociais negros nos dois países, tendo como destaque os programas de ações afirmativas. Este é um dos temas a serem abordados no ciclo de palestras e lançamento do livro “Movimento Negro: escritos sobre os sentidos, democracia e justiça social”, organizado pelos professores Amauri Mendes Pereira e Joselina da Silva.

Em destaque, a relevância para a chamada “imprensa negra fluminense” do jornal SINBA que circulou em fins dos anos setenta durante a ditadura civil-militar. Segundo lembrou o jornalista e pesquisador Togo Yoruba, os militantes do movimento negro manifestaram-se nesta época lançando algumas publicações, entre as quais o SINBA, o Jornegro em São Paulo e a revista Tição em Porto Alegre, que teve entre os seus fundadores o jornalista Jorge Freitas integrante da direção do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro (SJPMRJ).

Conforme nos recorda o jornalista José Reinaldo Marques, “nos anos oitenta surgiram publicações como a revista paulista “Ébano”, ( NR: que teve na sucursal fluminense a participação do jornalista Miro Nunes, membro da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-SJPMRJ) ) e o jornal carioca “Maioria Falante”, que circulou entre 1987 e 1996 e fundado também por Togo Yoruba. Em 1991, foi lançada no Rio a revista Nós, we around the world e, cinco anos depois, em São Paulo, a revista Raça Brasil, que completa 14 anos de em circulação”.

As palestras e o lançamento do livro “Movimento Negro: escritos sobre os sentidos, democracia e justiça social” acontecem no Centro Cultural Municipal Oduvaldo Viana Filho, na Praia do Flamengo 158 (esquina com rua Dois de Dezembro e próximo ao Largo do Machado), Flamengo, Rio de Janeiro, nesta terça-feira, 2 de março, às 19h.

http://www.jornalistas.org.br/noticias.php?idn=1261

A Intolerância Religiosa da Prefeitura Municipal de S.Paulo Carta de Repúdio Torna-se público o seguinte Manifesto

A Intolerância Religiosa da Prefeitura Municipal de S.Paulo Carta de Repúdio Torna-se público o seguinte Manifesto:

Conforme diz a constituição Brasileira, (Art. XVIII) “Todo ser humano tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; esse direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, em público ou em particular”.

Na contra mão da luta por políticas que garantam o respeito à diversidade, a Prefeitura de São Paulo implementa uma ação claramente discriminatória e de intolerância religiosa. O exemplo mais gritante é de tentar expulsar a Associação Cultural Religiosa e Beneficente “Comunidade de Oyá e Ogum - Ilê Alaketú Axé Egbé Oyá Ogun, do Planalto Paulista”, onde está localizada no mesmo endereço, há mais de 25 anos.

A Associação desenvolve atividades voltadas a assistência a pessoas carentes e ao culto religioso. Durante esse tempo a Comunidade reforçou a crença na busca pela radicalização da democracia e pela universalização o dos direitos humanos, econômicos, sociais e culturais, e principalmente, pela erradicação do racismo e da intolerância religiosa.

A comunidade convive em Paz no mesmo bairro com diversos templos de outras religiões, como a Igreja Missionária, Igreja Metodista, Paróquia Nossa Senhora de Lourdes e Igreja Ortodoxa Presbiteriana Santa Maria.

O direito a liberdade religiosa é um princípio da igualdade. Por essa razão nós dos movimentos Negros, Mulheres e seguidos por vários outros movimentos da cidade e estado de São Paulo, repudiamos a ação da prefeitura que expressa a mais absurda demonstração de intolerância religiosa contra este templo de “Matriz Africana” e exigimos o direito à permanência da Associação em seu atual endereço. Declaramos o nosso total apoio e solidariedade a “Comunidade de Oyá e Ogum”.
SÃO PAULO,
JANEIRO DE 2010.

Assinam esta Carta:
- Sociedade Comunitária “Fala Negão/Fala Mulher” da ZL/SP
- MNU - Movimento Negro Unificado
- CONEN - Coordenação Estadual de Entidades Negras
- CEABRA - Coletivo de Empresários Afro-brasiliros
- SOWETO - Organização Negra.
- MOCUTI - Movimento Cultural Cidade Tiradentes
- Coordenador Municipal da UNEGRO de Guarulhos
- Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial do Sindicato dos Jornalistas (COJIRA-SP)
- SOS Racismo – Assembléia Legislativa de São Paulo
- Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa de São Paulo – Presidente Deputado Estadual José Cãmdido
- Instituto Terceiro Corpo
- Fórum das Religiões Afro-brasileiras de São Paulo – FOESP
- Babalorixá Kaobakessy – Edson Ribeiro Mandarino
- Tata Matãmoridê – Eduardo Brasil
- Portal do Candomblé - SP
- Antonia dos Santos Garcia-Socióloga,Doutora em Planejamento Urbano e Regional-IPPUR/UFRJ
- ASETT-Associação Ecumenica dos Teólogos do Terceiro Mundo
- Camila Furch – SOF e Marcha Mundial das Mulheres
- Camila Cardoso Diniz – aluna da UNIFESP – curso de Filosofia
- CENARAB/SP
- Coletivo Dandara-Grupo Feminista da Faculdade de Direito da USP
- Isadora Brandão – Coletivo Dandara
- Conselho Nacional de Iyálorisás, Egbomys e Ekedys Negras/SP
- Doné Kika de Bessen
- Dora Martins dos Santos
- Egbomy Silvia de Oyá
- Espaço Lilás/SP
- Flavia Pereira – Casa da Mulher Lilith /SP
- Luiza E. Tomita – Secretária Executiva e Tesoureira da ASETT
- Marcha Mundial das Mulheres/SP
Maria Fernanda Marcelino – UNIFESP e MMM
- Egbomy Marisabel de Xangô – Presidente Coletivo das Mulheres de Axé da Comunidade de Oyá e Ogun e MMM
- Nalú Faria – MMM e REMTE
- NATA-Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial do Sindicato dos Jornalistas (Cojira/SP)
- Neuza Tito – REF Brasil
- Observatório da Mulher
- Oriashé- Sociedade Brasileira de Cultura e Arte Negra
- Rachel Moreno – Observatório da MulherRenata Faleiros Moreno – REMTE e MMM
- Rosangela Rigo-Secretária Estadual de Mulheres do PT
- SOF – Sempreviva Organização Feminista
- Sonia Coelho – CMS
- Vera Lúcia Santana Araújo – Brasília, Advogada
- UARAB – União dos Adeptos das Religiões Afro-Brasileiras
- Vodunci Zindzi de Oyá
- Ilê Araxá de Olocum, Reino de Xapanã e Oxum
- Anna Paula Silva Cesário
- SAPATÀ –Rede Nacional da Promoção e Controle da Saúde das Lésbicas Negras
- Coletivo Nacional de Lésbicas Negras Feministas Autônomas- Candaces Br
- Fernanda Estima –jornalista, Ciranda Independente da Comunicação e Rede Paulista pela - Democratização da Comunicação e Rede Paulista pela Democratização da Comunicação
- Jarbas Ricardo Almeida Cunha – CONLUTAS/ MG
- Letícia Yumi Shimoda – MMM
- Elaine da silva Campos – WENDO/SP
- Kiambote – MONABANTU/MG
- Makota Kisandembu Kiamaza – Coordenação Executiva e Comunicação - - MONABANTUMG
- Maria Giuseppina Curione – MMM
- Iyálorisá Klau de Sapatá (Claudete Costa) do Ylê Araxá de Olocum, Reino de Xapanã e Oxum/RS (Nação Jejé Ijexá/Banto
- Camila Cristal – UARAB
- Adriana Luza da Cunha
- Procuradora Màe Suzana Andrade – Uruguay
- Grupo ATABAQUE – Uruguay
- Federación IFÁ Del Uruguay
- Casa da Cultura da Mulher Negra – Santos /SP
- Juliana Borges – Diretora de Movimentos Sociais da UEE/SP-Coordenadora Municipal da Juventude Negra do PT
- DCE – Reconstrução Gestão 2008 – PUCCAMP
- José Sotero de Barros
- Egbomy Oyassidinann -Comunidade Oyá e Ogun
- Paulo José Manzano – Comunidade de Oyá e Ogun
- Ekedy Kiyágonarê – Comunidade de Oyá e Ogun
- Maria Aparecida Avelino de Souza- Comunidade de Oyá e Ogun
- Silvana Venâncio – Comunidade de Oyá e Ogun
- Ogan Carlos de Oxalá (Carlos Alberto dos Santos Aguado)- Comunidade de Oyá e Ogun
- Terezinha Venâncio de Souza – comunidade de Oyá e Ogun
- Terezinha Ribeiro Venâncio – Comunidade de Oyá e ogun
- Rede Mulheres Negras - PR
- Igor Moreira Aguado – Comunidade Oyá e ogun
- Afarodé (Ricardo Godoy Pedroso) – Comunidade de Oyá e Ogun
- Kelly Cristiane d. Pedroso- Comunidade de Oyá e Ogun
- Carmem Lydia M. Godoy – Comunidade de Oyá e ogun
- IPJ - Instituto Paulista de Juventude
- Marinalva Lourenço – Marcha Mundial das Mulheres/PE
- Maria da Conceição Franco
- Márcia Valéria Pereira-MMM
- Ana Benedita Franco da Costa – MMM
- Egbomy Ricardo de Oxun - Comunidade de Oyá e Ogun
- Martha de Yewá - Comunidade de Oyá e Ogun
- Maria Luiza Moreira - Comunidade de Oyá e Ogun
- Egbomy Eduardo de Oxalá - Comunidade de Oyá e de Ogun


http://www.jornalagaxeta.com.br/materias.php?opt=4&mat=428

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Parreira revela que usará 'Invictus' na preparação da seleção da África do Sul Filme de Clint Eastwood conta como Nelson Mandela aproveitou o Mundial

22/02/10 - 21h35 - Atualizado em 22/02/10 - 21h51
Parreira revela que usará 'Invictus' na preparação da seleção da África do Sul
Filme de Clint Eastwood conta como Nelson Mandela aproveitou o Mundial de rugby de 1995, em casa, para unir negros e brancos
Rafael Pirrho
Especial para o GLOBOESPORTE.COM, em Joanesburgo, África do Sul


O sistema de segregação racial terminou de fato na África do Sul em 1994, com a eleição de Nelson Mandela, o primeiro presidente negro da história do país. Desde então, porém, foram raros os momentos em que os sul-africanos realmente se uniram em torno de uma única causa. Talvez a mais significativa delas tenha sido o Mundial de rugby de 1995, em casa, quando Mandela incentivou brancos e negros a torcerem juntos pela seleção. A história é contada no filme “Invictus”, de Clint Eastwood, inspirado no livro “Conquistando o Inimigo”, de John Carlin (confira o trailer no vídeo ao lado).

O técnico Carlos Alberto Parreira vê a Copa do Mundo de futebol como uma nova oportunidade para os sul-africanos vestirem uma só camisa. De novo a África do Sul jogará em casa, em busca do sucesso em campo e da união fora dele. Para Parreira, o Mundial de rugby de 15 anos atrás é o exemplo a ser seguido em 2010.

- Não tenha dúvidas de que em algum momento nós vamos usar o filme. Precisamos passar esse mesmo espírito para nossos jogadores, mostrar que haverá um país inteiro, com negros e brancos, a apoiá-los - adiantou.

A menos de quatro meses para o início da Copa, é difícil imaginar que o futebol sul-africano seja campeão mundial como fez o rugby. Mas para Parreira, passar de fase em um grupo com França, Uruguai e México já será uma façanha equivalente. Depois de chegar lá, "o céu é o limite", repete o treinador. Até porque, em 95, a equipe de rugby também começou o Mundial desacreditada, como lembra Chester Williams, o único jogador não-branco daquela seleção.

- Nós perdemos vários amistosos durante nossa preparação, realmente não achava que pudéssemos ganhar o Mundial. Mas aquela foi uma prova de que a torcida no estádio e a corrente por todo o país podem fazer um milagre. Se não fosse isso acho que não teríamos sido campeões - conta Williams ao GLOBOESPORTE.COM.

A união de todos os sul-africanos em torno do rugby, em 95, foi significativa porque durante o Apartheid a modalidade era vista como um símbolo da repressão branca. Agora é a vez do futebol, o esporte que é paixão dos negros, contar com o apoio de todo o país.

- Estou na campanha para que a África do Sul inteira apoie nossos garotos do futebol, assim como fizeram conosco em 95. Essa Copa pode ajudar a unir o país novamente - espera Williams, que é considerado coloured (nome dado aos sul-africanos nascidos da mistura de etnias diferentes).

Ele diz isso porque sabe que aquele Mundial representou muito mais do que apenas uma vitória do rugby. Foi o retrato de um país possível, em que negros e brancos deixaram os ressentimentos de lado para jogarem juntos. Uma união que, para Williams, só foi possível graças ao exemplo de Nelson Mandela - o maior ícone negro pediu ao seu povo que abraçasse o rugby, o esporte dos brancos.

- A imagem de Mandela entrando no estádio na final do Mundial com o casaco e o boné da seleção de rugby ainda é muito forte na minha cabeça. Aquele foi um momento incrível, quando realmente vimos que tínhamos que ganhar. Por ele e por nosso país - relembra Williams.

Boneca da Luciana de 'Viver a Vida' provoca polêmica

Boneca da Luciana de 'Viver a Vida' provoca polêmica
24 de fevereiro de 2010 • 07h41
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Artista plástico não vai colocar boneca de Luciana à venda

GABRIELA GERMANO
Rio de Janeiro
Luciana (Alinne Moraes) está dando o que falar em Viver a Vida. E a boneca em homenagem à personagem, criada pelo artista plástico Marcus Baby, também. "Todo mundo comentou. Já sofri muito vendo as cenas dela e resolvi prestar a homenagem. É um hobby, não faço com a intenção de vender", explica Marcus, que já foi procurado por algumas personalidades com interesses comerciais.
Ele não vende, mas defende a ideia de que empresas invistam nessa empreitada. "Acharia fantástico ter bonecas cadeirantes, gays, negras, desde que não tornassem isso um gueto", opina.
No mercado especializado, há quem já pense em mexer seus pauzinhos nesse sentido. "Penso com carinho nessa ideia de fazer uma boneca cadeirante. Mesmo antes de a novela começar, pessoas já me procuraram com a intenção de levar isso à frente. Mas os custos com a fabricação da cadeira de rodas dificultam o projeto", explica Antônio Epaminondas, proprietário da fábrica de brinquedos Walbert, de Boituva, São Paulo.
O empresário, no entanto, toca em um ponto ainda mais complexo e cruel: o preconceito das pessoas. Ele sentiu isso na pele quando fabricou, na época de Páginas da Vida, a boneca Clarinha, uma alusão à personagem da novela de Manoel Carlos que tinha síndrome de Down. "Por dois anos tivemos o produto em nosso catálogo. Vendemos 10.403 unidades, o que é um número péssimo. Algumas lojas que nunca compraram de mim pediam meia-dúzia só para não dizer que não tinham. A novela impulsiona as vendas. Se voltar no Vale a Pena Ver de Novo, vende novamente. Mas o ser humano é maldoso", resume. "Exporto para a África. O ano passado foram 5 contêineres. Nenhum de boneca negra", polemiza ele.
Consultora da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedo (Abrinq), Cecília Aflalo defende que esse cenário tem mudado. "Na tese de mestrado que apresentei em 1998, citei o episódio de uma garota que tinha um Ken branco e uma Barbie negra. Depois de simular um beijo entre os dois, ela jogou a boneca longe e a chamou de bruxa. Hoje percebo que isso não acontece mais. Lembro-me também da Gessinho, que tinha a mão engessada, e já vi bonecas com muletas. Se você for a hospitais de crianças com câncer, as bonecas carecas são as que mais chamam a atenção. Todas elas são muito importantes para a questão da identificação. Mas o que acontece no Brasil é que o mercado de brinquedos funciona com renovação muito grande. E mesmo produtos bons saem de linha. Os bonecos imitam a vida e sentimos falta desses brinquedos", defende Cecília.

http://diversao.terra.com.br/tv/noticias/0,,OI4283633-EI14301,00-Boneca+da+Luciana+de+Viver+a+Vida+provoca+polemica.html

Incrições até 28/02 para o Seminário Temático 5 7. Mulheres negras e suas diversas formas de organização nos contextos urbano e rural no Brasil

Incrições até 28/02 para o Seminário Temático 5 7. Mulheres negras e suas diversas formas de organização n os contextos urbano e rural no Brasil.

Enviada: 19/02/2010 19:30

Por favor, ajudem a divulgar

Seminário Temático 57. Mulheres negras e suas diversas formas de organização nos contextos urbano e rural no Brasil - Coordenação: Matilde Ribeiro (PUC-SP) e Denise Botelho (UnB)
28 de fevereiro de 2010 - Encerramento do período de inscrições para Comunicação Oral e Pôster para o Seminário Internacional Fazendo Gênero 9 - Diásporas, Divpara ersidades, Deslocamentos - 23 e 26 de agosto de 2010,
Universidade Federal de Santa Catariana

Informações no site: www.fazendogenero9. ufsc.br
Grata

Denise Botelho e Matilde Ribeiro