sábado, 21 de novembro de 2009

Capoeira e feijoada marcam o Dia da Consciência Negra no Rio

20/11/09 - 14h06 - Atualizado em 20/11/09 - 15h20
Homenagens incluíram, ainda, caminhada e danças afro.
Central do Brasil recebeu a primeira edição do Trem do Funk.

Do G1, no Rio, com informações do RJTV
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As homenagens a Zumbi dos Palmares começaram logo pela manhã desta sexta-feira (20) em vários pontos do Rio de Janeiro. No monumento ao líder negro, na Avenida Presidente Vargas, no Centro, as comemorações ao Dia da Consciência Negra incluíram capoeira, danças, oferendas e uma lavagem simbólica da estátua.


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O governador do Rio, Sérgio Cabral, e a secretária estadual de Ação Social e Direitos Humanos, Benedita da Silva, participaram do evento. No palco montado em frente ao monumento, Cabral sancionou a lei que determina a capoeira como patrimônio imaterial do estado.



A programação inclui ainda desfile cívico, apresentações de coral, teatro e muitos artistas. Às 16h está previsto um show com o cantor Arlindo Cruz fará e a bateria da Mangueira, na Praça Onze, no Centro. Segundo Paulo Roberto dos Santos, presidente do Conselho Estadual dos Direitos do Negro, são esperadas cerca de 15 mil pessoas.



Confira o que abre e fecha no Dia da Consciência Negra

Em frente ao monumento a Zumbi dos Palmares se apresentaram integrantes do grupo de afoxé Filhos de Ghandi e meninos da Capoeira do Quilombo do Mestre Arerê. “Eu acho que a minha tem começar de pequena a gostar também, dessa cultura, dessa história que é Zumbi dos Palmares” disse a auxiliar administrativa Eunice Paola de Almeida.



Foto: Luiz Antônio Oliveira / Divulgação O governador Sérgio Cabral participou das comemorações do Dia da Consciência Negra no Centro do Rio (Foto: Luiz Antônio Oliveira / Divulgação) O Rio de Janeiro tem a segunda maior população de negros do Brasil, atrás apenas da Bahia. Mas o movimento de consciência negra lembra que metade da nossa população é de negros e pardos. “É um dia de reflexão para que o povo brasileiro possa pensar na sua existência, na sua colonização, na importância da cultura afrobrasileira”, declarou Carlos Machado, presidente grupo Filhos de Ghandi.



Zumbi dos Palmares morreu aos 40 anos, no dia 20 de novembro de 1695, no local onde atualmente fica a cidade de Viçosa, em Alagoas. Foi no centro do Rio de Janeiro que se formou o primeiro reduto afro da cidade.



Feijoada em Padre Miguel

Em Padre Miguel, no subúrbio da cidade, a comemoração ao Dia da Consciência Negra foi com feijoada para 5 mil pessoas. A programação é para toda a família: roda de samba, pagode, danças africanas e capoeira até o fim do dia. Os moradores também organizaram uma passeata contra a intolerância religiosa.

No Dia da Consciência Negra, a Central do Brasil recebeu a primeira edição do Trem do Funk. Semelhante ao evento que já acontece todo ano com o samba, a festa levou representantes do ritmo embalando passageiros até Belford Roxo, na Baixada Fluminense. A ideia, segundo os organizadores, é reforçar o gênero musical como patrimônio cultural carioca.

http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,MUL1386513-5606,00-CAPOEIRA+E+FEIJOADA+MARCAM+O+DIA+DA+CONSCIENCIA+NEGRA+NO+RIO.html

O Dia da Consciência Negra em São Paulo

O lado B da notícia > 20/11/2009 - 11h01 - 20 de novembro20/11/2009 - 11h01
Dia é celebrado com eventos na Praça da Sé, na capital paulista. Site da Brasileiros acompanha

Diogo Mesquita, da Praça da Sé, em São Paulo

Tamanho do texto: A A AEnviar por e-mail Fale com a gente Seria impossível explicar o Brasil sem falar sobre as diversas culturas que constituem o país. Nesse dia 20 de novembro, uma dessas culturas, talvez a mais importante, tem seu dia de reverências e homenagens.

A Praça da Sé é o principal centro de homenagens no Dia da Consciência Negra em 2009, na cidade de São Paulo. O evento já começou animado antes das 9 horas da manhã, com uma bela roda de capoeira. Depois, a Praça abriu espaço para a passagem das congadas que, com um batuque contagiante, convidou os espectadores e curiosos a entrarem na Catedral da Sé. Compostas por mulhers, homens e crianças e seus adereços coloridos e música típica, as congadas remetem à raíz da cultura negra. Uma de cada vez, as oito congadas de São Paulo e de Minas Gerais entraram acompanhadas do publico na Catedral.

Em seguida, por volta das 10 horas, foi a vez do Coral Familia Alcântara, de Minas Gerais, se apresentar na Praça. A festividade para o Dia da Consciência Negra irá durar todo o dia. Às 11 horas, está prevista uma missa, e depois o publico será convidado a prestigiar artistas e DJs que se apresentarão em palco montado na Praça.

12h30 - Às 11 h foi iniciada na Catedral da Sé a missa ritualística afrobrasileira, integrada por grupos típicos de Moçambique e congada, para abençoar o Dia da Consciência Negra. Em seguida, foi a vez do Coral da OSESP entoar a missa com muito batuque e alcalanto, sob o comando do maestro Carlos Alberto Pinto Fonseca. Com a Catedral cheia, muita gente já se instalou em frente ao palco montado na Praça, onde um telão transmite a missa e mais tarde receberá artistas como Luiz Melodia e Elza Soares. Nem o forte sol afugentou o público, que comparece em bom numero. Ao final da missa, muitos aplausos e cumprimentos entre os participantes evidencia o caráter festivo e consciente do dia. Após as missas na catedral, o dia continua com vários shows na Praça.

14h45 - Ao meio-dia em ponto o grupo Ilê Aiyê e as dez rainhas da noite da beleza negra entraram no palco com muitas batucadas e um som que remete à cultura africana. No telão ao fundo, muitas imagens do Brasil e dos brasileiros foram mostradas. As Congadas, que fizeram a introdução do dia festivo, agora saem às ruas com seus tambores e som contagiante. No palco da Praça da Sé, o show é uma verdadeira viagem ao continente africano. Após a apresentação do grupo, foi a vez de outro som original da cultura negra animar o público presente, o hip hop, com Kamau, o dj King e Gog, que veio especialmente de Brasília para a apresentação. Nem os primeiros pingos de chuva no centro de são Paulo foram capazes de tirar a animação dos presentes. Em meio à tanta festa, até se esquece que o principal objetivo hoje é a conscientização. Segurando um cartaz com os dizeres "Cota é preconceito racial", Luiz Alexandre da Silva lembrou da importância da data. "Na minha opinião, um dia para lembrar os negros é uma forma de racismo. Não existe o Dia da Consciência Branca", disse Silva, que trabalha de dublê. Ele ainda falou que passada a festa deste dia 20, a doença do preconceito ira continuar. "A Constituição diz que somos todos iguais, é preciso haver uma maior integração", finalizou. E o dia segue animado na Praça da Sé.

17h50 - O hip hop terminou e, ao final, ficou a mensagem de que o ano tem 365 dias, ou seja, o 20 de novembro não é uma data que irá mudar a realidade só pela clebração. É preciso que aconteça uma mudança radical na cabeça de todos. A próxima a subir no palco foi Vívian Marques e seu funk dos anos 1970/1980. O samba não podia faltar nesse dia e pontualmente às 16h o Quinteto Branco e Preto assumiu o centro das atenções e transformou a Praça da Sé em uma imensa roda de samba de raíz, com participações especiais de Inah, Germano Mathias e o carioca Murilão. Em seguida, a dj Vívian Marques irá mostrar mais um pouco de seu funk/soul por aproximadamente 30 minutos, aquecendo a plateia para a esperada apresentação de Luiz melodia, marcada para 18h.


http://www.revistabrasileiros.com.br/secoes/o-lado-b-da-noticia/noticias/1117/