segunda-feira, 28 de setembro de 2009

propostas aprovadas durante a II Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (II CONAPIR)

Todas as propostas aprovadas durante a II Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (II CONAPIR) estão reunidas em um documento publicado na página eletrônica da SEPPIR nesta quarta-feira (23 de setembro).

Para o ministro da Igualdade Racial, Edson Santos, a publicação coroa o evento que foi pautado pelo pluralismo e espírito democrático: "O documento confere não apenas transparência para as propostas aprovadas, mas é um importante instrumento em favor da implementação das políticas de igualdade racial".

Na publicação estão reunidas 761 resoluções distribuídas de acordo com os seguintes temas: controle social (19), cultura (33), educação (101), política internacional (35), política nacional (29), saúde (115), segurança e justiça (197), terra (72) e trabalho (160).

Balanço - A II CONAPIR reuniu mais de 8 mil pessoas no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, durante os quatro dias do evento realizado de 25 a 28 de junho. Do total, mais de 1.200 participantes eram delegados eleitos em encontros nos 27 estados e no Distrito Federal. Assim, a preparação para a II CONAPIR envolveu milhares de pessoas em conferências estaduais, municipais e regionais de igualdade social. Além disso, Brasília foi sede, nos dias 6 e 7 de junho, da Plenária Nacional de Comunidades Tradicionais, quando foram escolhidos os delegados para defender propostas de interesse específico de comunidades quilombolas, de terreiros, povos indígenas e de etnia cigana.

A responsabilidade de analisar as moções ficou com o Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR), órgão de caráter consultivo integrante da estrutura básica da SEPPIR. Em reunião extraordinária realizada em agosto, o CNPIR analisou todas as 84 moções apresentadas durante a II CONAPIR.

Comunicação Social da SEPPIR /PR

(61) 3411-3696/3659


Para consultar o documento:

http://www.presidencia.gov.br/estrutura_presidencia/seppir/.arquivos/iiconapir.pdf


domingo, 27 de setembro de 2009

Judeus usam galos e galinhas para expiar pecados às vésperas do Yom Kippur Publicidade

27/09/2009 - 10h45
Judeus usam galos e galinhas para expiar pecados às vésperas do Yom Kippur
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ANA CÁRDENES
da Efe, em Jerusalém

"Esta é minha mudança, este é meu substituto, esta é minha expiação", murmuram os fiéis judeus, enquanto dão três voltas por cima de suas cabeças com um animal que, minutos depois, é morto como forma de expiar os pecados.

No ritual das Kaparot, uma expiação simbólica dos pecados, milhares de galos e galinhas são degolados em Israel para lembrar os judeus que, a qualquer momento, Deus pode tirar a vida como forma de compensação por seus pecados.
Amir Cohen/Reuters
Judeu ultraortodoxo faz cerimônia com galo, a fim de expirar pecados às vésperas do Yom Kippur
Judeu ultraortodoxo faz cerimônia com galo, a fim de expirar pecados no Yom Kippur

As mulheres usam galinhas; os homens, galos; e as grávidas, um exemplar de cada um. As Kaparot são vividas nos dias anteriores ao Yom Kippur, a data mais solene do judaísmo, destinada ao arrependimento e ao pedido de perdão.

"Neste momento do ano, que é nosso Ano Novo Judaico [Rosh Hashana], uma das coisas que fazemos é começar uma vida nova e refletir sobre o que fizemos no passado", disse o judeu de origem americana Menachen Persoff, antes de fazer suas Kaparot.

"Pegamos uma galinha e dizemos: 'Em vez de que eu seja castigado e destruído neste mundo, deixe que seja esta galinha'. E então temos que pensar que, quando essa galinha morre, poderíamos ter morrido em seu lugar", informa.

Para Persoff, as Kaparot são uma oportunidade para "ser uma pessoa melhor, pensar nas coisas que fizemos de errado e fazer as coisas de um jeito melhor no futuro".

Depois que a ave escolhida --que deve ser branca, para simbolizar a purificação do pecado-- é girada sobre a cabeça, o animal é degolado com um rápido e certeiro movimento com uma faca afiada cuja lâmina não pode ter a menor fenda, seguindo os preceitos judeus do "kashrut".

Os penitentes costumam doar as aves mortas para a caridade se têm uma boa situação econômica. Caso contrário, as levam para comer em casa.

Alguns criticam os que comem ou doam as aves aos pobres ao entender que os pecados de quem toma parte no ritual foram transferidos ao animal e, portanto, este não deve ser comido.

Após o ritual, as vísceras das aves devem ser colocadas em algum lugar onde possam servir de alimento a outros pássaros, a fim de demonstrar piedade em relação a todas as coisas vivas.

"Nas Kaparot, rezamos para ser perdoados. Nos mostramos envergonhados diante de Deus e lembramos que ele pode nos tirar a vida, mas nos dá a oportunidade de pedir perdão", aponta a judia ultraortodoxa Devorah Leah.

Para ela, esta tradição ajuda a "pensar com mais profundidade" sobre si mesmo e seus atos.

Na antiguidade, as Kaparot eram feitas com cabras --o que deu origem à expressão "bode expiatório".

Hoje em dia, mamíferos não são usados, mas se não é possível ou não se quer usar galinhas ou galos, estes podem ser substituídos por qualquer outra ave, exceto pombos --para não lembrar os ritos de sacrifício no templo--, ou mesmo por um peixe.

Também são muitas as famílias que fazem as Kaparot com dinheiro que depois é doado aos pobres.

O fato de os rabinos permitirem que o rito seja celebrado sem necessidade de matar animais é o principal argumento das organizações defensoras dos animais contra esta prática, que consideram como cruel e abusiva.

"Muitos religiosos argumentam que não há motivo para fazê-lo com dinheiro quando se pode matar uma galinha, porque estas não sofrem. Mas isso não está certo. Todo mundo sabe que os animais têm sentimentos e querem viver, igual a nós", diz Gene Peretz, uma jovem estudante vegetariana que se manifesta em Jerusalém contra o uso de animais vivos nas Kaparot.

Frente a esta postura, os seguidores da tradição, como Leah, argumentam que "os animais estão na terra para ser utilizados pelos seres humanos, sempre que seja de modo correto", e que comer "os animais que Deus nos deu é uma forma de fazer com que o mundo seja mais espiritual".


http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u629833.shtml

sábado, 26 de setembro de 2009

CONCURSO MISS AFRO CIDADE DE SÃO PAULO / 2010

CONCURSO MISS AFRO CIDADE DE SÃO PAULO / 2010
 
 
A Copa do Mundo na África do Sul em 2010, e no Brasil em 2014 será de grande importância para destacarmos a beleza afro descendente com muito mais entusiasmo como um dos principais atrativos do Brasil no segmento de turismo.
Mostrar o que a beleza afro étnica representa para o nosso país a nivel de grandeza e representatividade de marketing é uma das metas da Associação Nacional do Turismo Afro Brasileiro - ANTAB e da Expoafro Brazil Turismo e Eventos terão como diretriz á partir de Janeiro de 2.010.
 
E para se inciar esta tarefa, já estamos informando a todas lideranças de entidades representativas da comunidade negra do estado de São Paulo; empresas do setor de beleza; grupos organizados; cab eleireiros; artesãs capilares e coordenadores de eventos de beleza que em Março de 2010 será realizada a seletiva que elegerá a Miss Afro Cidade de São Paulo 2010.
 
Esta seletiva ocorrerá na Feira Internacional Hair Brasil e será feita de forma diferenciada onde o quesito principal será a estética plastica, postura e comunicação.
 
Poderão participar jovens de 17 á  28 anos que serão indicadas através de eleição em concursos municipais realizados com a participação da coordenação da ANTAB e da Expoafro Brazil que efetuarão a válidade do evento e confirmação de participação da vencedora no concurso da fase da capital.
 
As cidades que onde estarão ocorrendo as seletivas municipais serão inclusas no calendário de festas e manifestações culturais da Secretaria de Esportes, Turismo e Lazer - SET do Estado de São Paulo.
 
Em Julho todas as cidades participantes com suas vencedoras estarão participando do Salão Roteiros do Brasil, principal evento do setor de turismo nacional com o objetivo de apresentar as autoridades parlamentares do governo federal, estadual e municipal as referências de beleza que nosso estado possui e que poderão servir como produto de publicidade e propaganda para a promoção de São Paulo na Copa de 2014!
 
Em 1999, foi lançado pelo Presidente da Expoafro Brazil Turismo e da Associação Nacional de Turismo Afro Brasileiro - ANTAB, senhor Francisco Henrique Silvino o concurso oficial MISS AFRO DO ESTADO DE SÃO PAULO, conforme a Lei 0646/1999 o concurso esta no calendáriode eventos da Secretaria de Turismo de Esportes e Turismo
 
Conheça o documento oficial da Assembléia Legislativa de São Paulo:-
 
Documento  Indicação   (não existe documento)
No Legislativo  0646 / 1999
Ementa  Indica ao Governador colocar no calendário de eventos da Secretaria de Estado de Esportes e Turismo o concurso de "Miss Afro do Estado de São Paulo".
Regime  Tramitação Ordinária
Indexação  CALENDÁRIO, CONCURSO, CONCURSO MISS AFRO DO ESTADO DE SÃO, EVENTO, MISS AFRO DO ESTADO DE SÃO PAULO(CO, SEC. ESPORTE E TURISMO
Autor(es)  Petterson Prado
 
Dentro das normas do concurso esta o destaque ao trabalho dos cabeleireiros afros e artesãs capilares, além do destaque aos municipios que tratam a questão da cultura afro brasileira de forma igualitária, sem qualquer distinção o forma de preconceito.
 
 
Veja alguns trabalhos que realizamos:-
http://www.trupeartemanha.com.br/missafro/contato.htm
 
http://www.flogao.com.br/rickjunior/foto/31/30680866
 
http://www.netinhodepaula.com.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=34:netinho-de-paula-representa-a-camara-municipal-em-evento-fora-de-sao-paulo&catid=25:netinho-na-camara&Itemid=54
 
http://www.al.sp.gov.br/portal/site/Internet/menuitem.4b8fb127603fa4af58783210850041ca/?vgnextoid=f6b3657e439f7110VgnVCM100000590014acRCRD&id=41f4aca4c4971210VgnVCM100000600014ac____
 
 
Os interessados em realizarseletivas municipais ou indicar candidatas para representar seus municipios, entidades representativas ou sociais, devem entram em contato através do e-mail:- expoafrobrazil@gmail.com
 
Informações (11) 87191-6788,  (19) 9685-5641 falar com Henrique

Filho de pai polonês e mãe negra, Leminski amou a linguagem

sexta-feira, 25 de setembro de 2009, 09:58 | Online

Filho de pai polonês e mãe negra, Leminski amou a linguagem

'Nunca estive muito interessado em envelhecer, eu que sempre amei a juventude', escreveu no fim da vida

Jotabê Medeiros, de O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO - Paulo Leminski consumiu-se velozmente em sua trajetória, confundindo às vezes sua vida e sua obra. "De colchão em colchão/descubro - minha casa é no chão", escreveu, num haicai melancólico sobre sua derradeira condição, a de alcoólatra em queda vertiginosa.

Nascido em 24 de agosto de 1944, em Curitiba (PR), filho de pai polonês e mãe negra, foi um erudito com alma de boêmio. Começou cedo: em 1964, teve poemas publicados na revista de poesia concreta Invenção. De 1970 a 1989, trabalhou como publicitário, professor de cursinho, jornalista, tradutor.

Compositor, teve canções gravadas por Caetano Veloso e pela banda A Cor do Som, além de uma dezena de parceiros. Em 1975 publicou o romance experimental Catatau e foi tradutor de obras de James Joyce, John Lennon, Samuel Beckett, Alfred Jarry, além de haicais de Bashô. Colaborou com o jornal Folha de S. Paulo e com a revista Veja.

Leminski passou a vida dedicado à poesia e à escrita. Aprendeu diversas línguas, segundo dizia, para se tornar um poeta cada vez melhor. Morreu no dia 7 de junho de 1989, em sua terra natal. Até hoje, a sua obra influencia jovens poetas e todos os movimentos poéticos dos últimos 20 anos. Seu livro Metaformose ganhou o Prêmio Jabuti de Poesia, em 1995. Em 2001, o poema Sintonia para Pressa e Presságio foi selecionado por Ítalo Moriconi e incluído no livro Os Cem Melhores Poemas Brasileiros do Século.

Leminski teve um fim melancólico. Morreu aos 44 anos de cirrose. Cheio de energia e vitalidade no seu auge, era evitado até por antigos amigos no final. "Pariso/ Novayorquiso, Moscoviteio/ Sem sair do bar./ Só não levanto e vou embora/ Porque tem países/ Que eu nem chego a madagascar." Num bilhete deixado para os posteriores, falou de seu sentimento em relação a esse desapego ao mundo. "Nunca estive muito interessado em envelhecer, eu que sempre amei a juventude."


http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,filho-de-pai-polones-e-mae-negra-leminski-amou-a-linguagem,440818,0.htm



Ivan Lessa: Morenos, negros e pardos

sexta-feira, 25 de setembro de 2009, 05:48 | Online

Ivan Lessa: Morenos, negros e pardos

Colunista comenta novos dados do IBGE e o aumento no número de 'pardos'.


Colunista da BBC Brasil - O IBGE vive se saindo com cada uma. Acompanho-o há anos, de longe, torcendo para saber o que anda tramando, ou desvendando.

Semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, para dar seu nome completo, divulgou uma porção de dados que me dão mais saudades do Brasil do que água de coco ou pastel de queijo. De cara, o Instituto veio logo de alisamento japonês: cresce o número de pessoas que se declaram pardas.

Cresceu em 1,3 ponto percentual entre 2007 e 2008. É muito pardo. De repente, assim sem mais nem menos. No mesmo período foram registradas reduções nos índices de pessoas que se declaram pretas. Entre estas, houve uma queda de 0,7 ponto percentual. Não chega a ser um exagero, mas dá para abrir inquérito para saber que fim levaram.

Os que se afirmam brancos também decresceram. Uma queda de 0,8 ponto percentual. Os pardos estão comandando as ações. Com tudo e pouco prosas. Pretos (não é negro que se diz, hein, IBGE?) e brancos estão perdendo sua posição no ranking multicor nacional.

Pardo para mim quer dizer muito pouco. Me lembro de papel pardo, com que a gente fazia capa para proteger de nossas porcalhadas mesmo nossos cadernos de colégio. Era uma cor fosca que variava do amarelo ao marrom escuro, como quer o Houaiss, pai dos burros e das reformas ortográficas.

O Houaiss, ao listar acepções para "pardo" beira o politicamente incorreto. Ofensivo mesmo, eu diria. Diz que pardo é "um branco sujo, escurecido".

Quer dizer, me definiu o Vadeco, que batia bola com a gente no racha da rua Bolívar e na praia, ali em frente ao Posto 4 e meio. Vadeco era sobre o alourado e fedia às pampas. Era uma época em que o CC andava, marchava, corria, em moda. Waldico CC virou seu apelido. CC: Cheiro de Corpo.

Mais uma expressão que circulava até há pouco e que adaptamos do body odour americano, o BO, bolação da publicidade do sabonete Lifebuoy, na luta contra as indignidades oferecidas por nossos corpos, sempre em comum dependurados. Coisa dos anos 50, lançamento daUnilever, quero crer. Tem mais: o Lifebuoy não acabava com o CC coisíssima nenhuma. Limpar, para o bruto (era cor-de-rosa), já era uma luta.

Parda era a tez de pessoas (não sei qual o plural de tez) em noticiário policial. Tinha nota de falecimento ou agressão e lá vinha: "Fulano de Tal, aparentando uns 30 anos, tez parda...", Et cetera e tal. Pardo também era um tipo de arroz. Dele se retirava a casca, mas não se polia. Arroz pardo. Eu preferia branco e fofo.

Pardos eram os mulatos. Mulatos e mulatas. Pardos e pardas. Nunca, jamais, nos sambas e marchas. "O teu cabelo não nega, parda, porque és parda na cor..." Tentem cantar. Não dá mesmo. Confere? Pense numa outra musiquinha. Com parda no meio. Não tem. Não conheço uma única em nosso cancioneiro que tenha pardo no título, no meio, onde quiserem. Eram, repito, mulatos e mulatas.

Não entendo, pois, essa pontuação percentual a favor da designação "parda" ou "pardo". É negro mesmo. Ou preto, como prefere o IBGE. Tudo. Menos afro-brasileiro, espero ardentemente, dentro de minha pele morena e sob meus cabelos (já foram cãs) brancos. Teve uma época, aqui no Hemisfério Norte, em que eu também já fui pardo como vocês. Isso é uma história longa e chata e que hoje não estou com a menor vontade de contar.

Fonte: BBC Brasil -



http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,ivan-lessa-morenos-negros-e-pardos,440755,0.htm