terça-feira, 21 de abril de 2009

CONFERÊNCIA DE PROMOÇÃO DE IGUALDADE RACIAL - MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO

Informo que a reunião no Cedim, anteriormente marcada para dia 22, às 13 horas, teve seu horário de início mudado por motivos operacionais. Novo horário: 16 horas.Att.,Paulo Roberto dos SantosSuperintendência de Igualdade Racial.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Unesco lança biblioteca digital mundial nesta terça

da France Presse, em Bruxelas
A União Européia anunciou nesta terça-feira (23) a reabertura da biblioteca virtual
Europeana, que havia saído do ar poucas horas após sua inauguração, na segunda quinzena de novembro. À época, o motivo dado a respeito do desligamento da biblioteca virtual foi o de que a página não suportou o acesso de 10 milhões de visitantes por hora.
O porta-voz da Comissão Européia, Martin Selmayr, disse que o website foi redefinido, a fim de que tivesse sua capacidade quadruplicada. Entretanto, o site diz que "o usuário pode não ter uma boa navegação nessa etapa de testes", e que o "número de usuários pode ser limitado quando houver excesso de visitantes".
Inspirado no mote da biblioteca de Alexandria --que desejava acolher todo o conhecimento mundial--, o projeto Europeana foi lançado com alarde no último dia 21 de novembro.
A biblioteca pretende tornar acessível em apenas um site o imenso patrimônio cultural de todos os acervos nacionais do continente, como livros raros, antigos ou cujas edições se esgotaram, pinturas, fotografias, músicas, manuscritos, mapas, jornais e documentos.
É possível acessar, por meio do site, obras literárias como "A Divina Comédia", do escritor italiano Dante Alighieri, ou musicais, como as sinfonias do compositor erudito alemão Ludwig Van Beethoven.
A primeira etapa do projeto envolve dois milhões de obras de arte estão acessíveis na Europeana. O objetivo é incorporar mais oito milhões até 2010.
"Esperamos que novos materiais sejam inseridos no decorrer de fevereiro de 2009, mas no momento, estamos apenas monitorando o tráfego da biblioteca", disse o porta-voz.
O site mantém uma equipe com 14 membros, e demanda custo anual de 2,5 milhões de euros (R$ 8,7 milhões).


Link: http://dev.europeana.eu/

23/12/2008 - 17h48 . fonte: Folha On line. Informática

http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u482789.shtml

Ausências de EUA, Alemanha, Holanda, Polônia, Austrália, Itália, Israel e Canadá esvaziam conferência em GenebraAusentes alegam risco de antissemitismo; ministro brasileiro crítica "presidente negro que boicota uma reunião contra o racismo"
MARCELO NINIODE GENEBRA
A decisão da Casa Branca de boicotar a Conferência Contra a Discriminação Racial das Nações Unidas, que começa hoje em Genebra, causou enorme decepção entre grupos de direitos humanos, que esperavam o engajamento do primeiro governo dos EUA chefiado por um afro-americano.Agora, a preocupação na ONU é que debate seja dominado por disputas entre o mundo islâmico e o Ocidente, como ocorreu no encontro de 2001, em Durban (África do Sul). Em uma dose adicional de polêmica, o encontro será aberto pelo presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, que prega o fim de Israel e já disse que o Holocausto é "um mito".Israel, Canadá, Itália, Holanda e Austrália já haviam anunciado que ficarão fora. Ontem, Alemanha e Polônia ignoraram os apelos da ONU e também aderiram ao boicote. Vários países, entre eles o Brasil, estavam ontem envolvidos em intensas gestões para garantir a presença da França.Entre os países da União Europeia, só o Reino Unido confirmou presença. Até a noite de ontem, não havia definição se a UE participaria como bloco. Caso o bloco siga o caminho dos EUA, estimam ativistas, além de esvaziar a cúpula, criarão risco real de que o consenso obtido em torno do documento da conferência vá por água abaixo.Chefe da delegação brasileira na conferência, o ministro Edson Santos, da Igualdade Racial, lamentou a decisão dos EUA, mas disse que é preciso evitar que ela prejudique a reunião. "O problema de ter um presidente negro que boicota uma conferência contra o racismo é mais dos americanos do que da conferência", disse Santos. "É uma contradição."Os EUA e os demais países que aderiram ao boicote alegam que o encontro caminha para se tornar uma plataforma de ataques antissemitas e contra o Ocidente, como ocorreu em 2001. Há oito anos, israelenses e americanos abandonaram as discussões em meio a pesadas críticas ao sionismo.A aprovação, na última sexta, de um esboço do documento que será a base da conferência, reavivou esperanças na ONU de que os EUA e os demais países relutantes decidissem participar. Foram eliminadas referências diretas ao conflito entre israelenses e palestinos e o polêmico conceito de "difamação de religiões", reivindicado pelos países islâmicos.Ao justificar a ausência nos debates que começam hoje, o porta-voz do Departamento de Estado americano, Robert Wood, disse que o documento reafirma declaração de 2001, que os EUA não apoiaram.
São Paulo, segunda-feira, 20 de abril de 2009 . Folha de São Paulo. Mundo

Violência ameaça eleição na região central do Haiti

Pleito foi suspenso em um dos departamentos
LUIS KAWAGUTIDA REPORTAGEM LOCAL
Uma onda de incidentes violentos no Haiti ontem causou a suspensão das eleições no departamento Plateau Central, no centro do país, anunciou o presidente do CEP (Conselho Eleitoral Provisional) haitiano, Frantz-Gérard Verret. A votação vai renovar um terço dos membros do Senado.Na cidade de Mirebalais, um funcionário eleitoral foi baleado por pessoas não identificadas, que levaram as urnas e fecharam locais de votação, informaram rádios haitianas.Em Saut d'Eau homens armados tomaram de assalto um centro eleitoral e roubaram material de votação.Na capital, Porto Príncipe, grupos armados distribuíram panfletos que diziam que quem saísse de casa seria morto nas ruas. Exemplares dos panfletos foram apreendidos por militares brasileiros da Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti), disse o coronel Gerson Gomes.Havia pouco movimento nas ruas ontem, e o comparecimento às sessões de votação foi muito baixo, conforme disse à Folha um oficial da Polícia Nacional do Haiti.Um veículo que levava armas e cédulas de votação foi interceptado e seu condutor foi detido pela polícia."Pessoas que circulam em veículos estão disparando diante de meu hotel e em outros bairros da cidade", disse a senadora Edmonde Beuzile, que acusou partidários do governo de apoiar os distúrbios. Porém, oficialmente não houve registro de ataques à polícia ou às tropas da ONU na capital até a tarde de ontem.As forças de paz brasileiras não estão atuando na proteção dos centros eleitorais. Essa tarefa está sendo realizada pela polícia haitiana.O clima de tensão para as eleições do senado havia piorado em março, quando todos os candidatos do partido Lavalas, do ex-presidente Jean Bertrand Aristide, foram proibidos pelo CEP de participar do pleito por não cumprir a lei eleitoral. Membros do partido -que hoje está dividido em três facções majoritárias- passaram então a promover o boicote às eleições de domingo.No Plateau Central, seis candidatos, entre os quais apoiadores do governo, disputam uma cadeira vaga no Senado.Cerca de 4,5 milhões de eleitores foram chamados às urnas para eleger 13 senadores entre os 78 candidatos ao posto.

São Paulo, segunda-feira, 20 de abril de 2009. Folha de São Paulo. Mundo

Mandela interrompe retiro e surge em comício de Zuma

Em final apoteótico de campanha presidencial, ícone sul-africano não cita candidatoFavorito à Presidência apesar de escândalos do passado, candidato diz que marca do governista CNA é "mais popular que nunca"
FÁBIO ZANINIENVIADO ESPECIAL A JOHANNESBURGO
Para surpresa de uma plateia de 40 mil pessoas no estádio de Ellis Park, o Maracanã do rúgbi sul-africano, Nelson Mandela surgiu ontem a bordo de um carrinho de golfe para abençoar a candidatura de Jacob Zuma a presidente do país.Foi um final teatral para a campanha de Zuma e de seu Congresso Nacional Africano, no último comício antes da eleição de depois de amanhã.Aos 90 anos, o ícone antiapartheid foi convencido pela liderança do partido a interromper momentaneamente a aposentadoria para emprestar sua imagem a um candidato de estilo polêmico e com acusações de corrupção ainda não esclarecidas pesando sobre si. Zuma, porém, tentou vender à plateia a ideia de que foi Mandela quem pediu para ir ao evento.Ele preferiu não falar no comício, limitando-se a dar uma volta olímpica no estádio dentro do carrinho, acenando para a multidão delirante, com Zuma sentado a seu lado.Apenas uma rápida mensagem gravada pedindo apoio ao partido, mas sem citar o candidato, protagonista de polêmicas, como minimizar a epidemia de Aids, foi exibida no telão do estádio. "O CNA tem a responsabilidade histórica de liderar nossa nação e ajudar a construir uma sociedade unida e não-racial", disse Mandela.Como a não deixar dúvida do fascínio que ele ainda desperta sobre os sul-africanos, a plateia acompanhou emocionada pelo telão a sofrida escalada de Mandela ao palco no meio do gramado, dez degraus demoradamente vencidos. Um coro de apoio empurrou-o, e o que pareceu um grito de gol comemorou sua chegada ao topo.Durante quase toda a campanha, o frágil ícone sul-africano manteve-se distante, aparecendo apenas uma vez num evento pró-Zuma. Mas seu sobrenome está presente na eleição, por meio do neto Mandla e da ex-mulher Winnie, ambos candidatos a deputados.Ontem, a presença de Mandela no comício foi confirmada à imprensa poucos minutos antes de sua chegada, e anunciada ao público apenas quando ele surgiu sentado no carrinho.O CNA vestiu para o evento seu melhor figurino de partido de libertação nacional, com hinos antiapartheid entoados a todo momento. A cada dois minutos, o grito de "Amandla!" (poder, em língua zulu) era puxado pelo mestre de cerimônias. Coros sobre o comunismo esquentavam a multidão, que suportou quase três horas de espera sob o sol.MetralhadoraUma das canções, a polêmica "Umshini Wami" ("Traga minha metralhadora"), foi cantada pelo próprio Zuma, microfone em punho. Ex-chefe de inteligência do braço armado do CNA nos anos 80, o provável futuro presidente só tomou o cuidado de não fazer o gesto imitando uma rajada sendo disparada, que costuma acompanhar a canção.Em contraste com a desenvoltura ao cantar e dançar, Zuma leu o discurso de maneira entediante, transitando entre o zulu, sua língua natal, e o inglês. "Previam dificuldades para nós, mas a marca do CNA é mais popular do que nunca."Além dos 40 mil de Ellis Park, mais 40 mil acompanhavam o comício pelo telão num estádio ao lado. O evento foi boicotado pelo ex-presidente Thabo Mbeki, deposto por aliados de Zuma no ano passado.Zuma listou uma serie de promessas genéricas para saúde, educação, combate à criminalidade e à corrupção, e prometeu que o CNA, mesmo com vitória esmagadora, vai se comportar de maneira "responsável". O partido colocou como meta obter dois terços dos votos, o que permitiria aprovar emendas constitucionais.Ele tentou neutralizar as críticas da oposição de que a concentração de poder é perigoso. "Não há na Constituição o que diga que uma grande maioria para um partido é uma ruim."Acusado de associação num escândalo de venda de armas, Zuma foi investigado pela Promotoria sul-africana e liberado há duas semanas por uma tecnicalidade. Também foi julgado por estupro e absolvido.Ele atribui as acusações a uma campanha fomentada pela mídia e pelo Judiciário, duas instituições para as quais fez ameaças veladas.
São Paulo, segunda-feira, 20 de abril de 2009. Folha de São Paulo. Mundo