terça-feira, 5 de maio de 2009

GUANTÁNAMO

Justiça dos EUA ordena soltura de preso da base

DA ASSOCIATED PRESS
Um juiz federal dos EUA ordenou ontem a libertação de um prisioneiro iemenita da base militar de Guantánamo, em Cuba, preso há sete anos.Segundo o juiz Gladys Kessler, o governo americano deve tomar os passos diplomáticos para encontrar um país que receba Alla Ali bin Ali Ahmed, que foi detido no Paquistão.Kessler deu prazo até o dia 15 de junho para os EUA informarem a condição de Ahmed. Há outros presos na mesma situação.Após assumir, o presidente Barack Obama ordenou o fechamento da base até janeiro de 2010. Os EUA procuram agora países que aceitem receber os presos que correm risco de perseguição em seus países de origem.Na Câmara dos Representantes (Deputados), democratas rejeitaram ontem pedido de US$ 50 milhões do também democrata Obama para realocar os presos da base, símbolo da "guerra ao terror" de George W. Bush.Eles temem que suspeitos, muitos dos quais sem acusações formais, sejam levados para os EUA.

São Paulo, terça-feira, 05 de maio de 2009. Folha de São Paulo. Mundo

Ações afirmativas

TARGINO DE ARAÚJO FILHO e PETRONILHA BEATRIZ GONÇALVES E SILVA

Como se vê na UFSCar, o compromisso social não impede a excelência acadêmica; ao contrário, incentiva avanços


EM SEUS 39 anos de existência, a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) tem estabelecido metas com vistas a orientar seus talentos e suas potencialidades para a construção de qualidade acadêmica aliada a compromisso social.Esse compromisso social que a instituição se atribui tem feito com que integrantes seus, oriundos de grupos que a sociedade historicamente marginaliza, busquem compreender e apoiar demandas e iniciativas de movimentos e ações sociais.Como universidade pública, a UFSCar busca ter representada a diversidade social e étnico-racial da sociedade, e não apenas atender grupos que detêm historicamente o poder econômico, usufruem dos instrumentos mais sofisticados para se educarem, selecionam as informações a serem divulgadas pelos meios de comunicação e criam estratégias para excluir cidadãos que não pertencem a seus grupos. Dessa forma, tais grupos mantêm desigualdades e emperram iniciativas para que todos sejam iguais em direitos.Em dezembro de 2006, os conselhos Universitário e de Ensino, Pesquisa e Extensão aprovaram o Programa de Ações Afirmativas (PAA) da UFSCar. A aprovação ocorreu após debates e estudos pela comunidade acadêmica, iniciados em 2005.O PAA operacionaliza o previsto no Plano de Desenvolvimento Institucional da UFSCar, com a finalidade de promover o acesso ao ensino superior de grupos que têm sofrido perdas provocadas por discriminações, marginalização, desigualdades.Ao adotar o ingresso por reserva de vagas para egressos do ensino médio público e, dentre estes, para negros (pretos e pardos) e indígenas, a UFSCar busca coerência com sua missão de instituição pública.A reserva de vagas para negros, que vem causando tanta indignação da parte de alguns, foi adotada pela UFSCar com a finalidade de corrigir desigualdades que têm mantido os negros marginalizados dos direitos devidos a todos os cidadãos, entre eles o de educação em todos os níveis de ensino.E por que reparação? Estudos divulgados a partir de 2001, notadamente pelo Ipea, mostram constante defasagem de escolaridade, ao longo dos séculos 20 e 21, entre homens e mulheres negros e brancos, com acentuada desvantagem para os negros. Além disso, no século 20, coube principalmente às famílias negras e ao movimento negro criar oportunidades de educação para suas crianças, adolescentes, jovens e adultos.Julgamentos precipitados, relações étnico-raciais muito tensas, atitudes geradas por racismo e falsa convivência cordial impedem medidas para a real democratização da educação.É importante salientar que se classificar preto ou pardo, no Brasil, é escolha política, uma vez que ser, parecer e dizer-se branco pode trazer reconhecimento, acolhimento fácil em muitas instâncias da sociedade.Diante desse quadro, a portaria que dispõe sobre a implantação do ingresso por reserva de vagas na UFSCar institui como forma de identificação de cor/raça (preto ou pardo) a autoidentificação. No caso de contestação, solicita-se ao candidato que apresente documento próprio, dotado de fé pública, que faça alusão à sua cor/raça preta ou parda, ou que apresente documento de um de seus ascendentes diretos (pai ou mãe) em que conste ser, ele, preto ou pardo.Cabe esclarecer que raça, na categoria cor/raça, não se refere, é claro, a um conceito biológico -este, aliás, desde há muito superado. Está se referindo à construção social de raça que, por meio de atitudes agressivas, desqualifica pessoas negras. Mas também se refere à afirmação do pertencimento étnico-racial que permite às pessoas negras enfrentar as consequências do racismo.É bom lembrar que, no cotidiano, o termo raça é utilizado para indicar características físicas -entre outras, cor da pele, tipo de cabelo, feições do rosto. A utilização estereotipada do termo influencia, interfere e até mesmo determina o lugar social dos sujeitos no Brasil.É importante, para concluir, destacar que, ao final do primeiro ano de implantação da reserva de vagas na UFSCar, constatou-se, por meio de análises estatísticas rigorosas, que o rendimento acadêmico dos ingressantes pela reserva de vagas foi igual ao dos demais estudantes -e em três cursos o rendimento foi superior.Como se vê, o compromisso social não impede a excelência acadêmica; ao contrário, incentiva avanços.

TARGINO DE ARAÚJO FILHO é docente do Departamento de Engenharia de Produção e reitor da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos). Foi pró-reitor de extensão da universidade (1997 a 2004).

PETRONILHA BEATRIZ GONÇALVES E SILVA é professora titular de ensino-aprendizagem - relações étnico-raciais da UFSCar, pesquisadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e coordenadora do grupo gestor do Programa de Ações Afirmativas da universidade.

Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.

TENDÊNCIAS/DEBATES. São Paulo, terça-feira, 05 de maio de 2009. Folha de São Paulo.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz0505200908.htm

Filme de Spike Lee responde ao racismo de Clint Eastwood

da Folha Online

Baseado no romance homônimo de James McBride, também encarregado pela elaboração do roteiro, chegou às telas do Brasil no último fim de semana o longa-metragem "Milagre em Santa Anna", do cineasta Spike Lee. Trata-se de um épico que narra a história de quatro soldados, membros de uma divisão do Exército americano formada apenas por negros, que passam por situação delicada depois que um deles arrisca sua vida para salvar uma criança italiana.
A produção é uma resposta do cineasta ao patriotismo de Clint Eastwood em suas obras sobre a Segunda Guerra Mundial. Em junho de 2008, Lee havia criticado Eastwood por ele não ter usado um único ator negro em "A Conquista da Honra" e "Cartas de Iwo Jima".

Com a produção, Lee continua mostrando as injustiças raciais na telona, como já fez em "Faça a Coisa Certa" (1989), "Malcom X" (1992), "Todos a Bordo" (1996) e "A Hora do Show" (2000).


veja trailer:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/videocasts/ult10038u557471.shtml

Terça-feira, 05 de maio de 2009 . Folha On Line. Videocasts

Fé sem os limites da religião

Assim como o presidente do Tribunal de Justiça do Rio, muitos cariocas também ‘flexibilizam’ suas crenças

POR NATALIA VON KORSCH , RIO DE JANEIRO
Rio - Em busca do conforto proporcionado pela religião, vale tudo: de tocar tambor a se curvar às leis do Corão, até conciliar a Torá ao livro de Kardec. Num país onde 73,6% dos brasileiros ainda se declaram católicos, o sincretismo é cada vez mais comum. No início do ano, o presidente do Tribunal de Justiça (TJ), Luiz Zveiter, provocou polêmica ao mandar tirar o crucifixo do plenário e definir sua religiosidade: “Sou maçom, judeu e kardecista”. O Rio tem centros espíritas frequentados por judeus, assim como uma sinagoga messiânica onde a palavra de Jesus é propagada por novos evangélicos que mantêm a fé na Torá. “Sou judeu por tradição, mas nunca frequentei sinagoga. Meu pai, minha mãe e meu irmão são kardecistas, apesar de judeus. Nasci do ventre de mãe judia e de pai judeu, não é questão de escolha”, diz Zveiter. No gabinete, ele mantém imagens do seu guia espiritual e de um rabino. Na mesa, copo d’água cheio contra energias negativas. Segundo ele, além do berço, o que o faz judeu é guardar as tradições e praticar o bem: “Eu me considero mais judeu do que muitos judeus”. Fundadora da Sinagoga Judaico-Messiânica, no Humaitá, a pedagoga Ângela Mizhari Homfani também não se considera menos judia, apesar da fé no Evangelho: “A gente não muda de religião, apenas se completa. Celebramos todas as datas judaicas, mas cremos na Palavra de Jesus”.Trajetória familiar liberalZveiter diz que seu perfil religioso se explica pela própria trajetória familiar. “Nunca frequentei sinagoga, mas me considero mais judeu que muitos judeus. Não é questão de escolha. Quando fiz 13 anos, idade em que pela tradição o jovem comemora sua entrada no mundo adulto, não comemorei”, lembra. Ele, então, recebeu carta do pai que dizia: “Não praticamos a religião dos nossos ancestrais, o que não nos impede de ser judeus’”.Triplicou o número de não-católicos, diz IBGESegundo o IBGE, o número de brasileiros que declaram não praticar a fé católica triplicou em seis décadas. Em 1940, apenas 5% diziam ter outra ou nenhuma religião. Hoje, 15,4% declaram-se evangélicos e 1,4% kardecistas, entre outros.O pastor da Igreja Presbiteriana de Jacarepaguá Marcos Amaral, 47, é filho de umbandista e único membro da família evangélico. Por isso, defende a eterna busca pela fé: “A gente desaguou numa sociedade desalmada, sem espírito. E essa é a solução para o novo século, a retomada do sacro, onde o homem vai reencontrar seu equilíbrio. Qualquer experiência religiosa que colabore para isso é válida”. Ex-católica, ex-evangélica, ex-kardecista e atualmente umbandista, a recepcionista Cristiane Carvalho, 45, encontrou-se com o pastor Marcos em sua igreja, numa prova de que, religião à parte, a fé ainda move montanhas. “Religião é uma busca. Se eu quiser, vou continuar mudando até morrer”, garante.

02.05.09 às 22h29. O Dia. Rio
http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2009/5/fe_sem_os_limites_da_religiao_9854.html

Cia Rubens Barbot convida:

Cia Rubens Barbot te ha invitado al convidou para o evento '2ª Temporada do espetáculo "Oreino do outro mundo- Orixás"' el em movimiento.org movimento.org!

Aos amigos da Cia Rubens Barbot A Cia Rubens Barbot Teatro de Dança, convida a todos para a segunda encenação do espetáculo que emocionou o Ria de Janeiro.Cia RB

Hora: junio 11, 2009 de 8am às 9:15amUbicación Locação: Casa Alto Lapa SantaOrganizado por: Cia Rubens Barbot Teatro de Dança

Descripción del evento:A Cia Rubens Barbot Teatro de Dança, tem o prazer de convidar a todos para 2ª encenação do espetáculo "O reino do outro mundo- Orixás, eleito o melhor espetáculo de 2008, pelo Jornal do Brasil.
Acontecerá na mata da sala de ensaios da cia no bairro de Santa Teresa. A temporada começa no dia 11 de Junho e vai até o dia 02 do mês Agosto.
Ingressos: R$20,00 inteira e R$10,00 meia
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