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quarta-feira, 5 de maio de 2010

Tintin corre o risco de não ser editado na sua terra natal, a Bélgica.

28-04-2010 - 13:27h
Tintin «racista» pode não ser editado
Uma aventura do herói belga no Congo corre o risco de não ser publicado no país natal

Tintin corre o risco de não ser editado na sua terra natal, a Bélgica. Em causa está uma das suas aventuras, tida como racista, a segunda escrita por Hergé em finais da década de 20 do século passado.
O ajudante de Tintin numa aventura no Congo, negro, é visto como «estúpido e sem qualidades», lamenta à BBC Bienvenu Mbutu, um congolês a viver na Bélgica e que quer impedir a publicação do livro. «Faz crer que os negros são subdesenvolvidos», acrescentou Mbutu.

A decisão do tribunal belga era esperada hoje mas foi adiada para 5 de Maio. Em jogo está também a possibilidade de edição, com um aviso sobre conteúdo racista.

Já há três anos o livro tinha acendido muitas críticas devido aos estereótipos raciais. Na altura, a comissão britânica para a Igualdade Racial pediu que o texto fosse banido, já que continha um imaginário e palavras de conteúdo racista. O livro é agora vendido junto de literatura mais adulta e com um aviso.

Como exemplo há um excerto em que uma mulher negra diz a Tintin «Homem branco muito bom. Senhor branco é um grande homem juju!». Hergé, que morreu em 1983, explicou que o livro foi um «pecado» de juventude e que reflectia os preconceitos da época (1920). Uma aula de geografia de Tintin aos africanos sobre a Bélgica presente no texto foi mais tarde substituída por uma aula de matemática.

Bienvenu Mbutu espera então pelo dia 5 de Maio, mas já ficaria contente pela presença do mesmo aviso sobre conteúdos racistas existente na edição britânica.

http://diario.iol.pt/internacional/tintin-racismo-belig/1158572-4073.html

domingo, 2 de maio de 2010

Autor fala do show de James Brown no dia do assassinato de Luther King; leia prefácio

06/04/2010 - 09h16
Autor fala do show de James Brown no dia do assassinato de Luther King; leia prefácio
da Livraria da Folha

Vinte e quatro horas após o assassinato de Martin Luther King, em 4 de abril de 1968, James Brown fez o que sabia de melhor: pegou o microfone e foi à luta. Embora o clima estivesse quente em Boston --com inúmeros focos de revolta contra a morte do líder pacifista negro, o cantor insistiu em subir ao palco, tentando acalmar os ânimos na cidade.

Divulgação

Com show, Brown garantiu a paz no dia da morte de Luther King

O saldo daquele dia, nos Estados Unidos, foi de mais de 40 mortos, centenas de feridos e 20 mil presos. Mas, na capital de Massachusetts, cenário de históricas disputas raciais, o cantor soube fazer prevalecer a paz em um show corajoso e eletrizante.

Centrado nesse concerto inesquecível, o livro "O Dia em que James Brown Salvou a Pátria" reconstrói a vida e a carreira do pioneiro do funk nos Estados Unidos, com destaque para uma faceta pouco conhecida: a relação entre Brown, o movimento pelos direitos humanos e as lideranças negras naquele período conturbado da história americana.

Leia abaixo o prefácio do livro assinado pelo rapper Chuck D, do grupo Public Enemy.

*
Prefácio

Lembro do impacto inicial que o Poderoso Chefão do Soul teve sobre mim. Ainda consigo me ver, com meus colegas do ensino médio, escorregando e patinando nos trechos congelados da rua no inverno do Queens, Nova York. O que nos dava equilíbrio era o ritmo de "James Brown", a dança que Mister JB dizia ter criado para finalizar sua apresentação de "There Was a Time". A energia da música de Mister JB correspondia ao vigor compacto de crianças a escola primária que correm livremente. Basta enfileirá-las no corredor do pátio e abrir a porta. Elas não têm a menor ideia de aonde vão - simplesmente correm. Para mim, isso descreve a força de James Brown. É, James
Brown era um homem adulto, mas possuía a centelha ilimitada de uma criança.

Meus pais tinham muitos discos guardados. Era um casal de negros descolados de vinte e poucos anos, soltos numa época turbulenta. Os álbuns, encomendados de clubes de discos, chegavam aos pacotes pelo correio. Havia vários LPs de jazz e soul. Os de James Brown eram multicoloridos, cortesia do departamento de arte da King Records. Eles praticamente pulavam para cima da gente, mas não chegavam tão perto quanto o grito de JB e aquele trecho só de percussão no meio do álbum. James Brown se destacava do conjunto - pelo visual e pelo som.

Minha avó assinava as revistas Look e Life. Ela e meu avô costumavam amontoar revistas, não discos. Foi a Look que fez a pergunta a respeito de Mister JB: seria ele "o negro mais importante dos Estados Unidos"? A capa era azulada. Isso foi precisamente na metade da Guerra do Vietnã, logo depois dos assassinatos de Martin Luther King e de Robert Kennedy. Ainda havia uma lúgubre reverberação dos assassinatos do presidente John F. Kennedy e de Malcolm X poucos anos antes. O país precisava desenvolver uma linguagem comum sobre a loucura vigente - por que ela não poderia vir de ícones culturais que todos ouviam? Mas, no encalço das revoltas de Newark e Detroit, creio que a dança nas ruas não poderia ser oferecida ao povo pela Motown, pela Stax ou pela Atlantic, tampouco por qualquer outro artista, a não ser JB.

Depois de lançar "Say it Loud - I'm Black and I'm Proud", o governo - especialmente o de J. Edgar Hoover - começou a entender a importância de JB por várias razões, boas e más. O fato de prefeitos, políticos, militares, presidentes e vice-presidentes procurarem JB, enquanto as estações de rádio e o meio musical hegemônico o excluíam, foi de uma ironia inacreditável. Aquela canção sozinha conferiu a Mr. JB sete afortunados anos de amor por parte da comunidade negra, o que não é fácil de conseguir.

Em minha humilde opinião, imediatamente após o assassinato de Martin Luther King, James Brown se tornou o negro mais importante dos Estados Unidos. Os negros estavam em busca de muitas respostas em seguida ao festival de confusões de 1968. Todos os americanos, perplexos, procuravam respostas, mas a disposição dos negros estava em sintonia com Nat Turner.*

Eu soube do show no Boston Garden muito depois de ele ter ocorrido. Com sete anos e vivendo em Nova York, as notícias que chegavam para mim diziam mais respeito aos assuntos da cidade e a seu próprio potencial explosivo. Não fui muito à escola naquela semana. As novidades de Boston chegavam muito mais tarde, ainda mais numa época em que a ênfase estava nas notícias locais, havendo apenas um espaço rápido a cada noite para notícias do país e do mundo. Nos esportes, o Celtics voltou atrás na contratação de Wilt,** do Philadelphia 76ers, mas quando Bill Russell, primeiro técnico de basquete negro, pôs a culpa no racismo, aumentou a especulação de que haveria agitações locais, pois os negros estavam cansados das "branquelices" da Nova Inglaterra.

Hoje vivemos tempos bem diferentes, e não digo isso do ponto de vista racial. Refiro-me à tecnologia. Televisão a cabo, documentários, DVDs, discos e vídeos piratas, YouTube e internet têm permitido que milhares de pessoas vejam a energia do show daquela noite no Boston Garden. Até hoje penso que aquilo foi uma transmissão ao vivo destinada a manter as pessoas fora das ruas de Beantown (Boston). A paranoia ia imperar até que se encontrasse uma resposta - pelo menos era o que eu achava.

Para mim, o show de James Brown representou e ainda representa o incrível poder da música e da força de vontade para cessar tudo em nome da alegria de se divertir. As imagens reproduzem a tensão de um furacão Katrina dos anos 1960. Hipnótico. Paralisante. Provocador. E ainda assim ele parou e conquistou a todos com "Think" - como ainda haveria de acontecer com muitos outros sucessos de James Brown.

Não há dúvida de que o Poderoso Chefão do Soul fazia as vezes do Príncipe da Paz numa época de caos. De fato, ainda nos curvamos diante dessa extraordinária apresentação cujo signifi cado aumenta a cada década.

CHUCK D, Public Enemy

*
"O Dia em que James Brown Salvou a Pátria"
Autor: James Sullivan
Editora: Jorge Zahar Editor
Páginas: 208
Quanto: R$ 39,00
Onde comprar: pelo telefone 0800-140090 ou na Livraria da Folha.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/livrariadafolha/ult10082u716497.shtml

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Manual do bom conservador

Em Debate


Por: MARCELO COELHO

COMECEI depressa a ler o livro, que é curto, mas perdi a coragem de continuar. Só depois de uma pausa consegui retomá-lo. Foi escrito por José de Alencar nos anos 1867-68 e nunca mais foi republicado.


Reaparece agora em edição de bolso, à venda até em bancas de jornal. E devia ser leitura obrigatória no currículo do secundário, tal a sua capacidade de sintetizar a mentalidade brasileira no que tem de mais conservador, de mais atrasado, de mais duro.


Trata-se das "Cartas a Favor da Escravidão" (editora Hedra), que o célebre romancista endereçou, sob pseudônimo, ao imperador dom Pedro 2º. É sempre fácil, sem dúvida, acusar de insensibilidade e falta de lucidez um texto escrito em outra época.


Mas o que mais importa é ver de que modo o livro de José de Alencar expressa hábitos de pensamento que, até hoje, fazem parte do arsenal reacionário.



Veja, por exemplo, a crítica de Alencar às pressões de países como Inglaterra e França para que acabasse a escravidão por aqui. Como assim?, pergunta Alencar.


Que direito têm as potências estrangeiras de interferir num assunto brasileiro? Filantropia e indignação moral são expedientes hipócritas dos europeus. De resto, não temos culpa pela escravidão.


"Não fomos nós, povos americanos, que importamos o negro da África para derrubar matas e laborar a terra; mas aqueles que hoje nos lançam o apodo e o estigma por causa do trabalho escravo." Alencar continua: "O filantropo europeu, entre a fumaça do bom tabaco de Havana e da taça do excelente café do Brasil, se enleva em suas utopias humanitárias (...) Em sua teoria, a bebida aromática, a especiaria, o açúcar e o delicioso tabaco são o sangue e a medula do escravo.


Não obstante, ele os saboreia". É típico. Nossa inocência está sempre fora de dúvida. Não se pode exigir de um país tão "jovem" que assuma responsabilidade pelo que faz. O fim da escravidão, diz Alencar, virá a seu tempo. Ainda é cedo para querer isso no Brasil. "A raça africana tem apenas três séculos e meio de cativeiro. Qual foi a raça europeia que fez nesse prazo curto a sua educação?"
Sim, porque a escravidão educa o negro. É nessa "escola de trabalho e sofrimento" que um povo "adquire a têmpera necessária para conquistar o seu direito e usar dele".


Cabe considerar também, diz Alencar, que esse processo educativo é mais lento no Brasil do que, por exemplo, no norte dos Estados Unidos. Lá, graças ao espírito industrioso dos anglo-saxões, o negro rapidamente se transformou num "operário ao qual só faltava o espírito do lucro". Mas nós, brasileiros, somos diferentes. "A raça latina é sobretudo artística (...) Outros elementos, que não o cômodo e o útil, impelem o caráter ardente dessa família do gênero humano: ela aspira sobretudo ao belo e ao ideal."


Como diz a ótima introdução do historiador Tâmis Parron, deve-se fazer uma justiça a José de Alencar: ele não compactua com as teses da época sobre a inferioridade racial dos negros. O problema, como sempre, é "de educação", "despreparo". Mantenha-se, portanto, a escravidão. Aliás, de que escravidão exatamente se está falando? "Um espírito de tolerância e generosidade, próprio do caráter brasileiro, desde muito transforma sensivelmente a instituição. Pode-se afirmar que não temos já a verdadeira escravidão, porém um simples usufruto da liberdade."


As relações entre senhor e escravo "adoçaram" por aqui, diz Alencar, repetindo várias vezes o verbo que faria tanto sucesso na obra de Gilberto Freyre. Seja como for, o escravismo é uma "instituição". E "as instituições dos povos são coisa santa, digna de toda veneração. Nenhum utopista, seja ele um gênio, tem o direito de profaná-las".


Senhores utopistas, fiquem avisados. O que se pretende, ilusoriamente, em nome do progresso, dos direitos humanos etc., contradiz a realidade social. Transformá-la, ainda mais tão cedo, é uma insensatez. Há de preferir-se a realidade, é claro. Desde que se esteja do lado certo do chicote.





Fonte: Folha de S.Paulo

quinta-feira, 15 de abril de 2010

"Negro incomoda quando sai do seu lugar"

29.4.07
"Negro incomoda quando sai do seu lugar"


O professor Carlos Antonio Costa Ribeiro, do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro, o Iuperj, jogou nova luz sobre uma velha encrenca nacional. Os negros não chegam ao andar de cima porque são negros ou porque são pobres?


Num artigo intitulado "Classe, raça e mobilidade social no Brasil", publicado no último número da revista "Dados", ele sustenta que os negros de Pindorama carregam dois fardos. Até o patamar dos 12 anos de escolaridade, prevalecem as desigualdades de classe. Daí para cima, pesa a barreira da cor: "A desigualdade de oportunidades está presente no topo da hierarquia de classe, mas não na base desta hierarquia. (...) A discriminação racial ocorre principalmente quando posições sociais valorizadas estão em jogo".

O texto é de Elio Gaspari na Folha de S. Paulo hoje (29). O estudo a que ele se refere pode ser conferido no site do Iuperj.

domingo, 11 de abril de 2010

O DIA EM QUE JAMES BROWN SALVOU A PATRIA


Livro > Literatura e Ficção > Biografias e Memórias


O DIA EM QUE JAMES BROWN SALVOU A PATRIA


O DIA EM QUE JAMES BROWN SALVOU A PATRIA

James Sullivan

Editora: Jorge Zahar


http://www.travessa.com.br/O_DIA_EM_QUE_JAMES_BROWN_SALVOU_A_PATRIA/artigo/ca9c380e-685e-42fa-ab6d-2fb50418c107


O dia em que James Brown salvou a pátria
O show que garantiu a paz depois do assassinato de MLK
SINOPSE

Vinte e quatro horas após o assassinato de Martin Luther King, James Brown fez o que sabia de melhor: pegou o microfone e foi à luta. Embora o clima estivesse quente em Boston – com inúmeros focos de revolta contra a morte do líder pacifista negro ¬, o cantor insistiu em subir ao palco, tentando acalmar os ânimos na cidade. O saldo daquele dia, nos Estados Unidos, foi de mais de 40 mortos, centenas de feridos e 20 mil presos. Mas, na capital de Massachusetts, cenário de históricas disputas raciais, James Brown soube fazer prevalecer a paz, em um show corajoso e eletrizante.

Centrado nesse concerto inesquecível, o livro reconstrói a vida e a carreira do pioneiro do funk nos Estados Unidos, com destaque para uma faceta pouco conhecida: a relação entre Brown, o movimento pelos direitos humanos e as lideranças negras naquele período conturbado da história americana.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Video Convite Yalorixás no Século XXI

Bom dia queridos e queridas,
Agora é pra valer nosso projeto Yalorixás no Século XXI acontecerá dia 15 de dezembro, preciso do apoio de tosdos e todas na divulgação, espermos lotar a Biblioteca Central, comto com a presença de todos e com uma força na divulgação vejam video (link) abaixo e convite anexo.
Muito obrigado

Alberto Lima
71 - 33342948 - 99593975

www.youtube.com/watch?v=wtRuXAkFo0o

domingo, 8 de novembro de 2009

Primeira juíza negra do país lança livro no estande da Esmal

Cidade
04/11/09 22:03

Primeira juíza negra do país lança livro no estande da Esmal

A juíza baiana Luislinda Dias de Valois Santos, primeira magistrada negra do país, lançará nesta quinta-feira (05), às 20h, no estande da Escola Superior da Magistratura (Esmal) na IV Bienal Internacional do Livro de Alagoas, a obra “O Negro no Século XXI”, que registra situações de preconceito e a difícil realidade dos afro-descendentes no Brasil.

Na obra, com o discernimento de quem conhece profundamente suas origens, a magistrada convida o leitor a redescobrir a história dos afro-descendentes no país. Como muitos brasileiros, ela sentiu na pele o peso do racismo ainda jovem, quando foi “aconselhada” por um professor a parar de estudar para cozinhar feijoada na casa de brancos. A cada capítulo, a autora pontua, de forma simples e direta, o processo histórico causador da desigualdade social e racial em nosso país.

“Esse livro é, ao mesmo tempo, uma missão e um desabafo. Nasceu em um momento difícil de minha vida em que pude, mais uma vez, sentir na pele o preconceito, tão velado em nossa sociedade”, declarou a magistrada.

Dividido em 18 capítulos, o livro é um avocar para uma reflexão sobre o retorno que a sociedade tem dado ao povo negro, em vista de sua contribuição social, econômica e cultural, ao longo dos séculos. Resultado de ampla pesquisa, lazer, educação, cultura e esporte são outros aspectos abordados na ótica de quem enxerga e convive com o preconceito cotidianamente.

“Quis mostrar à sociedade que pouco mudou na vida do afro-descendente aqui no Brasil. Infelizmente, muitas pessoas têm uma percepção camuflada”, afirma a juíza Luislinda Santos.

por TJ-AL



http://www.alemtemporeal.com.br/?pag=cidade&cod=10128

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Histórias infantis de princesas africanas ganham vida em trailer gratuito na internet

Histórias infantis de princesas africanas ganham vida em trailer gratuito na internet

LivroClip “Omo-Obaâ€�é baseado na obra homônima da escritora Kiusam de Oliveira, que traz as curiosidades de Oiá, Oxum, Iemanjá,

Olocum, Oduduá e Ajê Xalugá

Histórias de princesas costumam fascinar as crianças. Imagine, agora, ter a chance de conhecer um pouco mais sobre a cultura africana por meio de princesas que se tornaram, mais tarde, rainhas. O LivroClip “Omo-Obaâ€�, baseado na obra homônima da escritora Kiusam de Oliveira, com ilustrações de Josias Marinho, dá vida às aventuras da menina Oiá, e promete encantar jovens e adultos. Veja: http://www.livroclip.com.br/index.php?acao=hotsite&cod=209

Além da princesa Oiá, que tinha o poder de se transformar em animais, o livro revela as histórias, particularidades e aventuras de outras cinco princesas africanas: Oxum, Iemanjá, Olocum, Ajê Xalugá e Oduduá. De forma divertida, os leitores vão desvendar os costumes e valores. O trailer é fruto de uma parceria entre o LivroClip e a Mazza Edições, com objetivo de estimular a leitura e levar o melhor da cultura brasileira e afro-brasileira aos leitores.

Os internautas também têm acesso à um hot site exclusivo com mais informações sobre a obra, o autor e o “Espaço do Professorâ€�, com dicas de como usar a obra em sala de aula. O trailer faz parte do acervo digital do portal LivroClip (www.livroclip.com.br), que reúne mais de 150 animações multimídia baseadas em obras de literatura nacional e mundial.

Sobre o LivroClip

O LivroClip é uma mídia gratuita e interativa para incentivo à leitura e apoio ao professor na internet e na sala de aula. Premiado pela Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, o LivroClip foi selecionado pelo Ministério da Educação para integrar o Banco Internacional de Objetos Educacionais, que está em desenvolvimento em cinco universidades brasileiras.

Para mais informações:

DeNegrir
Coletivo de Estudantes Negros/as da UERJ.
http://br.groups.yahoo.com/group/denegrir_uerj2005/

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Almirante Negro volta às livrarias

Domingo, 25 de Outubro de 2009 | Versão Impressa

Almirante Negro volta às livrarias

Livro deu nome à ''revolta da chibata''

"Há muito tempo nas águas da Guanabara/o Dragão do Mar reapareceu." Foi necessário meio século para que esse episódio, a rebelião de 1910 dos marinheiros contra os castigos físicos, descrita metaforicamente no samba iniciado por esses versos - O Mestre-Sala dos Mares, de João Bosco e Aldir Blanc -, ganhasse nome e livro definitivos e mais 50 anos para chegar à quinta edição.

Editado pela primeira vez em 1959, A Revolta da Chibata, do jornalista Edmar Morel (1912-1989), será relançado amanhã, no Rio, pela Editora Paz e Terra, com 384 páginas e organizado pelo neto do autor, o jornalista e pós-doutor em história Marco Morel, professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). O trabalho traz novidades, como as memórias do líder João Cândido, que estavam perdidas.

"As memórias tinham sido publicadas em 1912 e 1913 na Gazeta de Notícias, mas, na coleção da Biblioteca Nacional, faltavam esses exemplares. Localizamos os jornais na Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo", relata Marco. A nova edição - as anteriores foram em 1959, 1963, 1979 e 1986 - incorpora a ficha de João Cândido na Marinha, revelada em 2008, e notas, que ajudam na contextualização dos fatos, além de fotos dos rebelados.

O movimento envolveu mais de 2,3 mil marinheiros, a maioria negros e mulatos pobres, nos navios Minas Gerais, São Paulo, Bahia e Deodoro, na Baía de Guanabara, de 22 a 27 de novembro de 1910. Edmar o batizou de Revolta da Chibata. A frota naval do Brasil, na época, era a terceira maior do mundo, o que ajudou a dar peso à rebelião.

Alguns marujos, como o próprio João Cândido, tinham acompanhado a construção de um dos navios, o Minas Gerais, no estaleiro Vickers-Armstrong, em New Castle, na Inglaterra, aprendendo a manobrá-lo. Isso foi fundamental para o sucesso inicial.

A rebelião foi desencadeada pelo castigo imposto ao marinheiro Marcelino Rodrigues Meneses: 250 chibatadas no Minas Gerais, cujo comandante, capitão-de-mar-e-guerra Batista da Neves, foi morto, assim como outros oficiais e alguns marujos.

No primeiro dia, os marinheiros enviaram manifesto ao presidente Hermes da Fonseca reivindicando o fim do chicote, aumento de soldo e demissão dos oficiais "indignos". Uma anistia encerrou a revolta, mas, dias depois, foi revogada. Muitos revoltosos foram expulsos, presos, torturados, fuzilados. João Cândido foi parar no Hospital de Alienados.

"As pessoas sofriam perseguições por escrever sobre a revolta", conta Morel. Após o golpe de 64, ele próprio teve direitos cassados. "Meu avô não conseguia emprego nas redações dos grandes jornais e recebia ameaças por telefone e por carta", conta Marco.

Em 2008, o presidente Lula sancionou a anistia a João Cândido e os companheiros.Uma estátua do líder da rebelião saiu dos jardins do Museu da República, no Rio, e foi para a Praça XV. Uma proposta da indenização aos descendentes, contudo, foi vetada e, na Marinha, ainda há animosidade. Quase 40 anos após a morte de João Cândido (1969), o Almirante Negro permanece maldito.




http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20091025/not_imp456027,0.php

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Lançamento do Livro "O Negro no Século XXI, da juíza Luislinda Dias de Valois Santos |

26/08/2009 às 08:23
| ATUALIZADA às 15:08 | COMENTÁRIOS (2)

Juíza baiana lança livro para fazer desabafo histórico sobre preconceito racial

Liana Rocha, do A Tarde

Ressentimento é algo que passa bem longe da juíza Luislinda Dias de Valois Santos. Mesmo assim, a baiana que é a primeira magistrada negra do País, não podia deixar passar despercebida a engrenagem racista que teve que enfrentar e que ainda segue funcionando, para indignação de grande parte da população brasileira, e principalmente, baiana.

Por isso seu primeiro livro, O negro no século XXI – que será lançado hoje à noite na Livraria Saraiva – é ao mesmo tempo um desabafo e uma análise histórica da posição do afro-descendente no Brasil. Tomando como base suas próprias vivências, a autora pontua, de forma simples e direta, em 18 capítulos, o processo histórico causador da desigualdade social e racial no País.

O livro começou a ser escrito em um momento difícil, quando a juíza enfrentava dois processos judiciais nos quais foi citada injustamente. A experiência acabou servindo como gatilho para algo que vai muito além do simples relato pessoal. A intenção da obra é provocar uma reflexão sobre o retorno que a sociedade brasileira tem dado ao povo negro, em vista de sua contribuição social, econômica e cultural ao longo dos séculos.

| Seriço |


Lançamento do Livro "O Negro no Século XXI, da juíza Luislinda Dias de Valois Santos |


Quando: quarta-feira, 26, 19h30


Onde: Saraiva Mega Store (3341-7020), Avenida Tancredo Neves, Salvador Shopping, 2° piso

terça-feira, 30 de junho de 2009

CONGRESSO DOS ADVOGADOS AFRO BRASILEIROS DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL– SEÇÃO SÃO PAULO E A SOCIEDADE –

DATA3 de julho (sexta-feira)
9h30 CREDENCIAMENTO
10 horasABERTURA Dr. Luiz Flávio Borges D’UrsoPresidente da OAB SP
Dr. Marco Antônio Zito AlvarengaPresidente da Comissão do Negro e de Assuntos Antidiscriminatórios da OAB SP
Dr. José GregóriAdvogado; Secretário Especial de Direitos Humanos; Presidente da Comissão Municipal de Direitos Humanos.
Dr. Sidney Uliris Bortolato AlvesPresidente da CAASPDra. Eunice A. de Jesus PrudenteAdvogada; Diretora da ESA; Professora da USP e Universidade Campos Sales. José Maria Dias NetoAdvogado; Secretario Geral-Adjunto da OAB SP; Grão Mestre da Maçonaria (GOP).

12 horasINTERVALO
14h30“MINISTÉRIO PÚBLICO E A SUA ATUAÇÃO NOCOMBATE DOS CRIMES RACIAIS”
ExpositoresDr. Nadir de Campos JuniorPromotor de Justiça; Diretor Geral da Associação Paulista do Ministério Público; Professor Universitário e de Cursos Preparatórios.
Dr. Augusto RossiniPromotor de Justiça; Mestre e Doutor em Direito Penal; Coordenador do Centro de Apoio Criminal do Ministério Público. DebatedorDr. Sinvaldo José FirmoAdvogado; Do Instituto do Negro Padre Batista; Especialista em Crimes Raciais; Membro da Comissão dos Direitos Humanos da OAB SP.

15h30“A RELAÇÃO COM JUDICIÁRIO DO ADVOGADO E VÍTIMA NO JULGAMENTO DO PROCESSO QUE APURA O CRIME DE RACISMO”
ExpositoresDr. Antonio Carlos MalheirosDesembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo Dr. Ricardo de Castro NascimentoJuiz Federal; Presidente da Associação de Juízes Federais de São Paulo e do Mato Grosso do Sul – AJUFESP.
“INDENIZAÇÕES POR DANOS MORAIS EM RAZÃO DE PRÁTICA DE RACISMO”
ExpositorDr. Erickson Gavazza MarquesDesembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo; Professor da Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie.
DebatedorasDra. Sonia Maria Pereirado NascimentoRepresentante do GUELEDÉS Dra. Claúdia Patrícia de Luna SilvaAdvogada; Pós-graduada em Direito do Consumidor e da Cidadania.

17 horas
“A POLÍCIA O ADVOGADO E A SOCIEDADE”
ExpositoresMajor Airton Edno RibeiroMajor da Policia Militar; Mestre em Educação das Relações Raciais. Dra. Maria Clementina de SouzaDelegada de Policia do Estado de São Paulo; Professora Acadêmica de Policia Civil;Conselheira Estadual da ONG AFROBRÁS.DebatedorDr. Antonio Carlos ArrudaAdvogado; Ex.Presidente do Conselho de Participação e desenvolvimento da Comunidade Negra do Estado de São Paulo.
18 horas“HISTÓRIA DA OAB SP”Dr. Fábio Marcos Bernardes TrombettiAdvogado; Conselheiro Secional; Presidente da Comissão de Resgate da Memória da OAB SP.

18h30 – ENCERRAMENTO“DESAFIOS E PERPECTIVAS PARA ADVOCACIA AFRO BRASILEIRA”
ExpositorDr. Hédio Silva JúniorAdvogado, Conselheiro Seccional; Mestre em Direito Processual Penal e Doutor em Direito Constitucional pela PUC SP; Professor do Curso de Mestrado em Direito da UNIMES; Coordenador Executivo do CEERT – Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades; ex-Secretário de Justiça do Estado de São Paulo.

Local HOTEL BRASTON Rua Martins Fontes, 330 – Consolação010050-000 - São Paulo SP
Inscrições / InformaçõesPraça da Sé, 385 - Térreo – Atendimento ou pelo site:
www.oabsp.org.brMediante a doação de uma lata ou um pacote de leite integral em pó – 400g, no ato da inscrição.

PromoçãoComissão do Negro e Assuntos Antidiscriminatórias da OAB SP
ApoioCaixa de Assistência dos Advogados de São Paulo
Departamento de Cultura e Eventos da OAB SPDiretor: Dr. Umberto Luiz Borges D’Urso
Dr. Rui Augusto MartinsAdvogado; Conselheiro Secional da OAB SP.
***Serão conferidos certificados de participação - retirar em até 90 dias - vagas limitadas***

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Biografia de Cruz e Souza

Cruz e Sousa: Dante negro do Brasil
Uelinton Farias Alves
. 1a edição - 14x21cm ISBN 9788534704243
416 páginas - cód. 2321
Cruz e Sousa é singular em termos étnicos e existenciais. Isto é deixado bem claro por Uelinton Farias desde o começo do texto, ao caracterizá-lo como “negro retinto”, de origem banta, sem qualquer mescla de sangue europeu, logo “diverso em origem de muitos homens negros que lhe seriam contemporâneos, entre os quais Machado de Assis, José do Patrocínio, Luiz Gama, Ferreira de Araújo, Olavo Bilac, Alcindo Guanabara, Capistrano de Abreu, Barão de Cotegipe, André Rebouças e muitos outros”.
E ao contrário de outros biógrafos, ele não hesita em afirmar que Cruz e Souza, “o menino João da Cruz”, se não nasceu escravo, foi ao menos meio-escravo: embora tivesse mãe alforriada, a escravidão pesava sobre o corpo de seu pai.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Unesco lança biblioteca digital mundial nesta terça

da France Presse, em Bruxelas
A União Européia anunciou nesta terça-feira (23) a reabertura da biblioteca virtual
Europeana, que havia saído do ar poucas horas após sua inauguração, na segunda quinzena de novembro. À época, o motivo dado a respeito do desligamento da biblioteca virtual foi o de que a página não suportou o acesso de 10 milhões de visitantes por hora.
O porta-voz da Comissão Européia, Martin Selmayr, disse que o website foi redefinido, a fim de que tivesse sua capacidade quadruplicada. Entretanto, o site diz que "o usuário pode não ter uma boa navegação nessa etapa de testes", e que o "número de usuários pode ser limitado quando houver excesso de visitantes".
Inspirado no mote da biblioteca de Alexandria --que desejava acolher todo o conhecimento mundial--, o projeto Europeana foi lançado com alarde no último dia 21 de novembro.
A biblioteca pretende tornar acessível em apenas um site o imenso patrimônio cultural de todos os acervos nacionais do continente, como livros raros, antigos ou cujas edições se esgotaram, pinturas, fotografias, músicas, manuscritos, mapas, jornais e documentos.
É possível acessar, por meio do site, obras literárias como "A Divina Comédia", do escritor italiano Dante Alighieri, ou musicais, como as sinfonias do compositor erudito alemão Ludwig Van Beethoven.
A primeira etapa do projeto envolve dois milhões de obras de arte estão acessíveis na Europeana. O objetivo é incorporar mais oito milhões até 2010.
"Esperamos que novos materiais sejam inseridos no decorrer de fevereiro de 2009, mas no momento, estamos apenas monitorando o tráfego da biblioteca", disse o porta-voz.
O site mantém uma equipe com 14 membros, e demanda custo anual de 2,5 milhões de euros (R$ 8,7 milhões).


Link: http://dev.europeana.eu/

23/12/2008 - 17h48 . fonte: Folha On line. Informática

http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u482789.shtml

segunda-feira, 16 de março de 2009

SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA - CENTRO CULTURAL MUNICIPAL JOSÉ BONIFÁCIO

DIA INTERNACIONAL PELA ELIMINAÇÃO DA DISCRIMINAÇÃO RACIAL
LEI CAÓ – 20 ANOS
A 21 de março de 1960, a polícia do regime do apartheid sul-africano abriu fogo sobre uma manifestação pacífica, em Sharpeville, que protestava contra as leis de discriminação racial. Dezenas de manifestantes foram mortos e muitos mais ficaram feridos. Hoje, relembramos o Massacre de Sharpeville chamando a atenção para o enorme sofrimento causado pela discriminação racial em todo mundo e pontuando os 20 anos da Lei Caó, lei que pune os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional em nosso país.Portanto, em homenagem ao Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, o Centro Cultural Municipal José Bonifácio programou para o dia 21 de março de 2009, das 15h às 21h30min, a abertura das exposições:“Retalhos Culturais”, com a participação dos artistas da Casa do Artista Plástico Afro-brasileiro – CAPA e do grupo “Mulheres de Pedra”. “Sessenta Anos sem Paulo da Portela”, apresentando textos, fotografias e documentos do compositor considerado o “civilizador” do samba. Paralelo às exposições acontecerá a famosa Roda de Samba da Tia Elza com a participação do Grupo União e dos cantores Elson do Forrogode, Dunga, Toninho Nascimento, entre outros.
Entrada Franca Centro Cultural José Bonifácio.
Rua Pedro Ernesto, 80 – Gamboa.
Tel.: (21) 2233-7754 / (21)2253-6255

sábado, 7 de março de 2009

NOVA CANTORA NA PRAÇA: REBECA TÁRIQUE


Rebeca Tárique da Silva Menezes: esse é o nome de uma cantora nova no mercado, mas que traz nas suas músicas uma ancestralidade e força das raízes Africanas. Teve como fonte de inspiração a cantora Marinêz Ex. Banda Reflexus, sua tia, com quem convive desde a infância e aprendeu muito do que sabe.
"Nasci e me criei ouvindo minha tia cantar, ela é minha verdadeira ídola. Aprendi a amar a minha cultura e minha raça através das músicas gravada na Banda Reflexus e foi por conta disso que eu desejei ser cantora", diz ela. Nascida em 9 de fevereiro de 1987, quando criança, dizia que quando crescesse queria ser igual à tia, coisa de criança que fez valer no seu trabalho musical. De Salvador da Bahia, sua terra natal, tomou pra si algumas outras referências como Carlinhos Brown, Margareth Menezes e seu Padrinho Mateus Aleluia do grupo cachoerano Tincoães.
Jovem negra feminista milita no movimento negro na Entidade CEN- Coletivo de Entidades Negras aonde ocupa a função de Diretora Nacional de Juventude, espaço onde pôde revelar seu talento. Sua primeira apresentação foi na Caminhada da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, quando foi vista em cima de um trio entoando sua voz marcando para centenas de pessoas. Em seguida, vieram as apresentações no Lançamento de uma entidade de estudantes negros da Universidade Federal da Bahia- Brasil, Diáspora e uma série de outros convites surgiram e a cantora já estreou no carnaval baiano puxando três blocos afros no circuito batatinha.
Rebeca Tárique, como é mais conhecida, agora está com duas músicas de trabalho: "Cantos e Encantos" e "Até Oxalá vai a Guerra" que foi também a música oficial da IV Caminhada pela Vida e Liberdade Religiosa (Caminhada contra intolerância religiosa e pelo Respeito às religiões de Matrizes Africanas), realizado no dia 23 de novembro de 2008 e tema do Documentário sobre a derrubada do Terreiro Oyá Onipó Neto em Salvador.
É de se notar que a artista, além de não negar suas raízes, faz da música seu instrumento de trabalho e militância, além de explicitar que tem Orixá na cabeça, é filha de Oyá e está pronta pra brilhar.
Tradução para Inglês:
Rebeca Tárique da Silva Menezes: this is the name of a new singer on the market, but it brings in his music a force of ancestry and African roots. As a source of inspiration was the singer Marinez Ex Banda Reflexus, his aunt, who lives from childhood and learned much of what you know. "I was born and grew up listening to me sing my aunt, she is my true idol. I learned to love my culture and my race through the songs recorded in Banda Reflexus and was due to what I wanted to be a singer," she says. Born February 9, 1987, as a child, said that when you grow up wanted to be equal to the aunt, who did things for children assert in their musical work. Here in Salvador da Bahia, her native land, took them for some other references as Carlinhos Brown, Margareth Menezes and his group Godfather Matthew Hallelujah cachoerano Tincoães. Young black women active in the black movement in the body of CEN-Collective Entities where Black plays the role of National Director of Youth, where space could prove his talent. His first appearance was in Black Woman's Journey Latin American and Caribbean, as was seen on top of a trio Beating your voice to mark hundreds of people. Then came the presentations at the launch of a body of black students of the Federal University of Bahia, Brazil, Diaspora, and a number of other calls came in and the singer has debuted Bahian carnival afros pulling three blocks in the circuit chip.
Rebeca Tárique, as is known, is now working with two songs: "chants and charms" and "So I hope the war will" which was also the official song of the Fourth Walk for Life and Religious Freedom (Walking against religious intolerance and the to arrays of African religions), held on November 23, 2008 and subject of the documentary on the defeat of Oya Terreiro Neto ONIP in Salvador. It should be noted that the artist, and not deny their roots, their music is the instrument of work and activism, and explain that you have Orixá head, is the daughter of Oya and is ready for shine.

domingo, 25 de janeiro de 2009

A má abolição

Hoje um estudo clássico, "A Integração do Negro na Sociedade de Classes", de Florestan Fernandes, atacou o mito da democracia racial.
É impossível pensar o Brasil sem pensar a escravidão. O escravismo teve, entre nós, praticamente a idade que o país tem hoje. Durou quase 400 anos, num país com pouco mais de meio milênio de existência. Enraizou-se em toda a nossa extensão territorial. E deu às nossas vidas formas, práticas e sentidos singulares. Como se não bastasse, nossa formação histórica aconteceu pelo encontro de povos escravistas. E escravistas fomos todos -senhores e escravos (palmarinos escravizavam; negros forros compravam cativos etc.)- até meados do século 19, quando se configurou o movimento abolicionista. Foi aí, pela primeira vez em nossa história, que o sistema escravista em si foi colocado em questão. Daí a profundeza das marcas que a escravidão gravou na vida brasileira. A onipresença da herança escravista. Desse ponto de vista, aliás, a produção intelectual brasileira surpreende. E de forma desconcertante, que mereceria ser analisada com vagar. Freyre e Florestan É certo que nossa historiografia produziu um rio de livros sobre a escravidão. Mas o tema escasseia nos ensaios de interpretação social da vida brasileira. Não foram muitos os que seguiram o exemplo de [Joaquim] Nabuco. Este, como André Rebouças, se concentrou no exame da escravidão e, ao mesmo tempo, na formulação de um projeto de futuro, propondo uma reforma geral da sociedade, de modo que o ex-escravo nela pudesse ingressar como cidadão pleno. É nesse campo que surgem Gilberto Freyre [1900-87] e Florestan Fernandes [1920-95]. Freyre, o mais ousado e inovador dos pensadores sociais que o Brasil produziu. Florestan, espírito ao mesmo tempo desbravador e meticuloso, mestre do rigor sociológico. Freyre, em "Casa-Grande & Senzala", concentrando-se na escravidão. Florestan, esquadrinhando a outra ponta do arco nabuquiano: o ingresso do descendente de escravos na "ordem social competitiva" -não como o cidadão do sonho de Nabuco, mas como expressão crua da subcidadania, formando a ralé de uma São Paulo em tenso e intenso processo de expansão e transformação. Esse é o tema de "A Integração do Negro na Sociedade de Classes", livro de meados da década de 1960, cujo primeiro volume agora se relança. Um clássico? Sim. Florestan quer nos mostrar, em seu estudo, como "o povo emerge" na história brasileira. E o faz por meio do preto e do mulato "porque foi este contingente populacional que teve o pior ponto de partida para a integração ao regime social que se formou ao longo da ordem social escravocrata e senhorial e do desenvolvimento posterior do capitalismo no Brasil". É assim que nos fala do destino do liberto na transição da ordem escravocrata à ordem competitiva -para então examinar as profundas consequências materiais, políticas, sociais e culturais desse processo. E identifica, no abandono do liberto naquele momento de transição, a base da exclusão social das massas negromestiças na moderna sociedade brasileira. Mas, ao buscar as causas últimas dessa marginalização, vai encontrá-las num compósito que independe da cor da pele. À época da abolição, o Estado e a igreja, assim como os senhores ou já ex-senhores, entregaram os libertos à própria sorte. No campo, eles não tinham terras para cultivar. Na cidade, não recebiam educação, nem instrução técnica necessária para se engajar no novo mundo produtivo. Foi assim que ex-escravos e descendentes de escravos chegaram ao século 20. Não apenas em estado de pobreza ou de miséria, mas, sobretudo, sem os instrumentos indispensáveis à superação de tal situação. Vale dizer, condenados ao subproletariado urbano, num contexto de inadaptação e anomia. Ainda segundo Florestan, ao encarar essa realidade e combater o preconceito, pretos e mulatos davam uma resposta a dois dilemas sociais que definiam o atraso do Brasil como sociedade moderna. Interesse histórico Por fim, Florestan faz sua célebre crítica da ideologia da democracia racial, que acabaria se convertendo no cerne da oposição da esquerda acadêmica à obra de Freyre -uma disputa de poder, no espaço intelectual brasileiro, que ainda está para ser estudada. Hoje, a crítica de Florestan tem interesse principalmente histórico. Ninguém mais, no país, acha que vive numa democracia racial. De outra parte, o buraco é mais embaixo. Não somos uma democracia racial, mas podemos vir a ser. Florestan dizia que aquela ideologia era manipulada em razão dos interesses da classe dirigente. Mas que, se caísse nas mãos de pretos e mulatos e estes dispusessem de autonomia social, poderia se transformar em "fator de democratização" da riqueza, da cultura e do poder.
São Paulo, domingo, 25 de janeiro de 2009.
ANTONIO RISÉRIO ESPECIAL PARA A FOLHA.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Lançamento livro "25 anos de Movimento Negro no Brasil" e exposição Januário Garcia


A Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial - SEPPIR e o Museu da República convidam para o lançamento do livro "1980/2005 – 25 ANOS DO MOVIMENTO NEGRO NO BRASIL” e abertura da Exposição “CONSCIÊNCIA VIVA” do fotógrafo Januário Garcia.

RSVP – Confirmação de presença pelo e-mail: lancamentojanuario@gmail.com Importante: Somente convidados confirmados em lista receberão um exemplar do livro.

Local: Museu da República
Rua do Catete, 153 – Catete – Rio de Janeiro – RJ
Lançamento: 8 de maio, às 18h
Exposição aberta ao público de 8 de maio a 8 de junho de 2008