sábado, 26 de março de 2011

Ator diz que Piauí fica no 'c. do mundo' e tem peça cancelada


25/03/2011 15h51 - Atualizado em 25/03/2011 18h08

Ator diz que Piauí fica no 'c. do mundo' e tem peça cancelada

Marauê Carneiro fez comentário nesta quinta-feira no Facebook.
Ele divulgou carta com pedido de desculpas nesta sexta-feira, em Teresina.

Glauco AraújoDo G1, em São Paulo
Marauê tirou post do Facebook e colocou outra mensagem sobre Piauí (Foto: Reprodução/Facebook)Marauê tirou post do Facebook e colocou outra
mensagem sobre Piauí (Foto: Reprodução/Facebook)
O ator Marauê Carneiro divulgou na tarde desta sexta-feira (25) uma carta com pedido de desculpas, após publicar em seu perfil no Facebook, na quinta, que Teresina 'é o c. do mundo'. Ele integra, junto com o ator Kayky Brito e Germano Pereira, o elenco da peça "Fica Frio", que seria encenada no Teatro Assembleia Legislativa, na capital piauiense .
A agenda previa apresentações nesta sexta-feira, sábado e domingo, mas foram canceladas para preservar o patrimônio público, em virtude da reação negativa dos moradores locais com o comentário do artista. Após a polêmica, o nome do ator apareceu na lista de assuntos mais comentados do Twitter em todo o mundo. O colunista social da web Lucas Celebridade ajudou a liderar a campanha contra Carneiro e afirmou que pretende prestar queixa contra o ator.


O presidente interino da Assembleia Legislativa do Piauí, o deputado Fábio Nuñes Novo, cancelou as três apresentações da peça, após consultar a mesa diretora, composta por nove deputados piauienses.
"A decisão foi unânime. Não há como a peça ser apresentada neste teatro diante de um comentário horrível como foi feito pelo ator. Preciso preservar a integridade do patrimônio público. Muitas pessoas foram até a sessão dizer que comprariam o ingresso para a peça, mas que levariam ovo e tomate para jogar no ator."
O diretor do teatro, José Pereira Rosa Filho, disse que apresentou um contrato de cancelamento das três apresentações para os produtores responsáveis pela peça. "O espetáculo está cancelado. O pior é que poderia ter segunda sessão todos os dias. Diante de uma situação como essa, queremos resolver o problema de comum acordo, sem maiores prejuízos para ambas as partes. O ator pediu desculpas, mas a população não reagiu bem."
O deputado disse ao G1 que o pedido de desculpas feito pelo ator não resolve o problema. "A retratação feita por ele, em uma carta, ficou pior do que o cometário que ele fez no Facebook. Ele tenta se justificar dizendo que o termo usado por ele é comum no Piauí. E não é. Ele ofendeu a população, que está reagindo de diversas maneiras e tememos que chegue a ser violenta", afirmou Novo.
Juca ChavesNa carta de desculpas, intitulada "Eu não xinguei o Piauí", o ator disse aos seus seguidores do Facebook que a interpretação de seu post foi "equivocada e por conta da publicação leviana de uma chamada de uma matéria em um site. A frase citada em meu perfil do Facebook é conhecida nacionalmente por ser uma piada criada e citada em vários shows por todo o Brasil pelo cantor e humorista Juca Chaves, como o próprio jornalista relatou em sua coluna".

Em entrevista ao G1Chaves negou a autoria da frase. "Eu sempre fiz piada fina sobre o Piauí (...) Essa frase você encontra em traseira de caminhão. O próprio povão costuma brincar com essa história, tem muita piada popular divertida sobre essa distância do resto do país".
Em sua carta, Carneiro diz que aprendeu a piada com um piauiense. "Só não sei qual a intenção subverter uma frase e dar outra conotação a ela. Por quê? Estou perguntando isso pra vocês". No documento, o ator afirma ainda que não seria leviano com nenhuma cidade que passa e pelas muitas mais que vai passar, muito menos com as pessoas com quem convive.
Ele encerrou a carta dizendo que a mensagem postada por ele no Facebook lhe foi apresentada "como domínio popular. Peço desculpas aos que se sentiram ofendidos e espero ter esclarecido".
Restart
Em outro caso recente, Thomas, baterista da banda Restart, precisou se defender pelo Twitter depois de receber críticas na internet por um episódio em que disse não saber se há "civilização" no Amazonas. Durante um bate-papo com a banda promovido pelo programa "Video show", em março do ano passado (clique aqui para assistir), o músico é perguntado sobre quais lugares ele ainda gostaria de tocar. Thomas responde: "Queria tocar no Amazonas. Imagina, tocar no meio do mato, não sei nem como é o público de lá. Não sei nem se tem gente civilizada, civilização."

Na última terça-feira, a banda divulgou um vídeo na web em que pedia desculpas pelo episódio. "Estou aqui para pedir desculpa para a galera de Amazonas. Me equivoquei, falei sem pensar", dissse Thomas. Mesmo com o gesto público, jovens de Manaus prometem organizar um protesto pacífico durante o show do grupo na cidade, em 1º de abril. 


http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=4136876562919514101&postID=4702258974304083090

quinta-feira, 24 de março de 2011

Portal do LAESER - “Tempo em Curso” - estudo dos indicadores do mercado de trabalho metropolitano brasileiro desagregados pelos grupos de cor ou raça e gênero


  
Prezado leitor e prezada leitora do “Tempo em Curso”.
Com satisfação informo que já se encontra disponível no portal do LAESER (http://www.laeser.ie.ufrj.br/tempo_em_curso.asp) a segunda edição de 2011 do boletim eletrônico mensal de nosso Laboratório.
O “Tempo em Curso” é dedicado ao estudo dos indicadores do mercado de trabalho metropolitano brasileiro desagregados pelos grupos de cor ou raça e gênero. A origem dos dados é a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Neste número é feito um balanço da redução das desigualdades de cor ou raça no mercado de trabalho metropolitano brasileiro durante os dois mandatos do ex-presidente Luiz Ignácio Lula da Silva. Durante a era Lula as assimetrias de cor ou raça entre brancos e pretos & pardos nos rendimentos médios habitualmente recebidos caíram em significativos 30 pontos percentuais.
Porém, quando as desigualdades são analisadas sobre o ângulo da distribuição dos trabalhadores por posição na ocupação, este indicador não se alterou de forma tão pronunciada. Assim, por exemplo, em 2003, 25,5% das mulheres trabalhadoras estavam ocupadas como empregadas domésticas. Oito anos depois, este percentual caíra para 21,3%. Este indicador exemplifica que ainda vigoram no mercado de trabalho brasileiro vetores que tolhem uma fundamental alteração dos grupos de cor ou raça e sexo no que tange às ocupações usualmente exercidas.
Mais uma vez, nós do LAESER, contamos com vosso diálogo, críticas e reflexões.
Boa leitura!
Marcelo Paixão – Professor do Instituto de Economia da UFRJ; Coordenador do LAESER
Link direto para a edição de Fev/2011 do boletim “Tempo em Curso”: http://www.laeser.ie.ufrj.br/pdf/tempoEmCurso/TEC%202011-02.pdf